143 resultados para Privação do Sono
Resumo:
Em um estudo qualitativo sobre a qualidade de vida de estudantes de Medicina, na Universidade Federal de Santa Catarina, emergiu o tema "Estratégias de enfrentamento do estresse". O objetivo deste artigo é apresentar dados relativos a este tema, na perspectiva de melhorar a qualidade de vida do estudante de Medicina. Seguindo princípios da pesquisa qualitativa, o tema proposto é apresentado com base na análise dos dados empíricos, relativos a depoimentos selecionados do conjunto de dados dos 25 participantes do estudo e no diálogo com a literatura. Entre os que desenvolveram estratégias, as apontadas incluíam valorização dos relacionamentos interpessoais e de fenômenos do cotidiano, equilíbrio entre estudo e lazer, organização do tempo, cuidados com a saúde, alimentação e o sono, prática de atividade física, religiosidade, trabalhar a própria personalidade para lidar com situações adversas e procura por assistência psicológica. Sugere-se maior preocupação dos envolvidos na educação médica com a qualidade de vida do estudante de Medicina e o desenvolvimento de estratégias para promovê-la ou que preparem o estudante para lidar com o estresse durante a formação médica.
Resumo:
Historicamente, a medicina, enquanto arte e ciência, esteve ligada a bases humanísticas. Após se distanciar destes valores no século 19, tende, atualmente, a recuperar estas origens. Às escolas médicas cabe formar profissionais comprometidos com todos os determinantes do processo saúde-doença. Analisaram-se qualitativamente dados de observações realizadas nos cenários coletivos de um ambiente docente e assistencial de uma escola médicado Sul do Brasil.Os objetos de estudo foram os espaços físicos, em suas possibilidades e limitações, e as ações e atitudes de usuários, docentes, funcionários e, especialmente, de alunos em atividades práticas nos ambientes da unidade, ao se detalharem aspectos de comunicação entre os grupos, instrumentos de empoderamento e diferenças na estruturação de cinco ambulatórios de especialidades médicas. Em 40 horas de observações, vínculos superficiais, raras atitudes de acolhimento e de respeito como outro, distanciamento na produção de cuidado em saúde e comportamentos inoportunos entre colegas marcaram vivências cotidianas ainda distantes dos ideais de humanização. Pretende-se contribuir para revalorizar a dimensão humana dos processos de ensino e aprendizagem desta escola médica, no sentido de preparar egressos instrumentalizados para conhecer, entender e atuar de maneira comprometida, afetiva e efetiva nas novas tendências e demandas do setor saúde.
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A prática médica depende de um repertório de competências sociais que permitem ao médico desenvolver empatia, habilidades de comunicação, pensamento crítico, capacidade de liderança e tomada de decisões. Nosso objetivo foi analisar as habilidades sociais e a presença de sonolência diurna entre estudantes de Medicina nos quatro primeiros anos do curso. Os estudantes (n = 180) responderam ao Inventário de Habilidades Sociais de Del Prette & Del Prette e à Escala de Sonolência Diurna. Observou-se que não houve diferença dos escores de habilidades sociais nos diferentes anos do curso e que 47,3% dos estudantes apresentaram escores baixos, necessitando de aprimoramento. Estudantes do sexo feminino apresentaram maior autocontrole da agressividade. Entre os estudantes, 50% apresentaram sonolência diurna, cuja presença se associou a menores escores de habilidades sociais, principalmente do fator relativo à autoexposição a desconhecidos ou a situações novas.
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Trata-se de estudo observacional de corte transversal que teve por objetivo conhecer a percepção sobre qualidade de vida de 84 estudantes de graduação em Medicina da Universidade de Brasília. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário específico - aspectos sociodemográficos, acadêmicos e de saúde - e do instrumento de avaliação de qualidade de vida Whoqol-bref. Foram realizadas análises estatísticas descritivas de frequência, tendência central e dispersão e análise inferencial de comparação entre os domínios. A percepção sobre qualidade de vida demonstrou que o domínio mais bem avaliado diz respeito às relações sociais e que o domínio com pior escore de avaliação foi o psicológico. As facetas capacidade de concentração, sono, grau de energia, capacidade para realizar atividades do dia a dia e do trabalho, oportunidades de lazer e sentimentos negativos (mau humor, desespero, ansiedade e depressão) influenciaram negativamente a qualidade de vida dos entrevistados. Estas estão intimamente ligadas ao desempenho no processo de formação e na realização das atividades acadêmicas.
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A formação em Medicina é densa e com grandes responsabilidades. Contato com a morte, ambiente competitivo, privação de lazer e sensação de insegurança técnica funcionam como um retrato da formação. Objetiva-se descrever os diferentes processos que interferem no sofrimento psíquico discente em todas as escolas médicas do Ceará. O estudo acompanhou, do segundo ao sexto ano, 40 alunos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e 20% dos demais estudantes com ingresso comum em todas as outras escolas cearenses. Utilizou-se o Self-Report Questionnaire-20 para avaliar transtornos mentais leves (TML) . A maior prevalência de suspeitos de portar TML foi de 53,3% na Uece, com 20% dos alunos procurando ajuda psicológica. Nas outras escolas, 48,5% foram suspeitos e 18,2% procuraram ajuda. Depressão, insônia, problema pessoal, privação de lazer e insegurança técnica atuaram sobre o sofrimento. A formação médica representa um período de dúvidas, receios e tensões. Os currículos p recisam considerar como os estudantes lidam com a formação. As escolas devem tornar seus serviços de apoio mais integrados à execução dos currículos, focando os dois últimos anos, oferecendo suporte às tensões pessoais e familiares.
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Assim como em qualquer comunidade, fatores estressantes estão presentes no dia a dia dos acadêmicos de Medicina, impactando sua qualidade de vida. Como um desdobramento da experiência pedagógica na disciplina Saúde e Sociedade, do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), um grupo de alunos decidiu investigar o tema, a fim de conhecer a própria percepção sobre o assunto. A partir de um grupo focal e com base em parâmetros adotados pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS, foram analisados fatores que têm determinado a qualidade de vida dos acadêmicos de Medicina. O principal elemento considerado na qualidade de vida do estudante de Medicina da Ufop é uma extensa carga horária curricular, frequentemente associada a uma carga excessiva de atividades extracurriculares, que limitam práticas de esporte, lazer e qualidade de sono. Outro ponto considerável é a precária relação dos alunos com a infraestrutura da cidade. Considera-se o grande desafio que se apresenta à adequação do programa do curso às diretrizes curriculares nacionais sem prejuízo das condições necessárias à saúde física e mental dos graduandos.
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Este estudo teve como objetivo caracterizar a saúde dos trabalhadores florestais envolvidos na atividade de extração de madeira em regiões montanhosas. A pesquisa foi realizada em uma empresa florestal localizada no Distrito Florestal do Vale do Rio Doce, sendo estudados 100% dos trabalhadores. Para caracterização da saúde destes, foi utilizado um questionário estruturado em forma de entrevista, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). Os resultados evidenciaram que as atividades de extração florestal têm causado impactos negativos sobre a saúde dos trabalhadores, visto que 66% deles disseram sentir dor em alguma parte do corpo, 79% afirmaram ter algum problema dentário, 86% relataram ficar expostos a fatores que prejudicavam sua saúde, 20% apresentaram algum distúrbio do sono, 9% não tinham acesso a saneamento básico e 29% já havia sofrido acidentes de trabalho. Ao término deste estudo, conclui-se que os trabalhadores florestais da extração de madeira estão expostos a situações de vida e trabalho que não contribuem para a promoção e manutenção da saúde desse pessoal.
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OBJETIVO: Avaliar a influência da privação dos hormônios ovarianos no ganho ponderal, em modelo experimental. MÉTODO: Foram utilizadas 40 ratas fêmeas adultas, distribuídas aleatoriamente em três grupos: Grupo 1 (n=10) - controle, Grupo 2 (n=10) - submetido apenas à laparotomia, Grupo 3 (n=20) - submetido à ooforectomia total bilateral. Os animais foram pesados semanalmente durante 30 semanas e os resultados foram avaliados pelo teste t de Student, com significância para p < 0,05. RESULTADOS: As ratas ooforectomizadas apresentaram ganho ponderal maior do que as demais, sendo a diferença significativa a partir da 9ª semana e persistindo até o fim do experimento. CONCLUSÕES: No presente trabalho, a privação dos hormônios ovarianos foi um fator relacionado com o maior ganho ponderal, em ratas.
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OBJETIVO: Determinar a prevalência da síndrome de dumping em uma série de casos submetidos ao bypass gástrico, baseado em critérios clínicos, e caracterizar seus principais aspectos. MÉTODOS: Foi realizada uma análise dos sintomas descritos como dumping em 34 pacientes obesos mórbidos submetidos ao bypass gástrico com reconstrução em Y de Roux, por meio do preenchimento de um questionário que incluiu um sistema de escore para o diagnóstico clínico da síndrome de dumping, descrito por Sigstad. RESULTADOS: A ocorrência de dumping com base em critérios subjetivos foi de 44%. Aplicando o escore para diagnóstico clínico, a ocorrência foi de 76%. Os sintomas mais freqüentes foram "vontade de deitar" (88%), cansaço (69%) e sono (69%). Apenas 28% dos pacientes com dumping se sentiram incapacitados para a realização das atividades cotidianas. Não foi observada diferença entre o percentual de perda de peso dos pacientes dumpers e não-dumpers. CONCLUSÃO: O escore de Sigstad se mostrou uma ferramenta útil para o diagnóstico de dumping, embora uma visão crítica deva ser adotada quando utilizado em pacientes submetidos ao bypass gástrico. A síndrome de dumping foi frequente nesta população, embora geralmente subestimada, não sendo incapacitante para a realização das atividades cotidianas dos pacientes, assim como não se mostrou um fator relevante no auxílio à perda de peso.
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OBJETIVO: Avaliar o resultado do tratamento cirúrgico de pacientes obesos mórbidos pelo método da BGA, acompanhados em ambulatório multidisciplinar. MÉTODOS: Foram estudados 20 pacientes com IMC que variou de 36,6 a 72 kg/m2 (X=47,51 +/- 6,1) e idade entre 36 a 60 anos, submetidos à colocação de BGA. As comorbidades encontradas no pré-operatório foram hipertensão arterial (nove), diabetes tipo II (quatro), apneia do sono grave (um), hipertrigliceridemia (quatro) e problemas ortopédicos graves (três). No seguimento pós-operatório os pacientes foram atendidos em ambulatório multidisciplinar (cirurgião, endocrinologista, psiquiatra e nutricionista). Nos primeiros seis meses, a orientação foi de visitas mensais para ajustes da banda e orientação nutricional. Após, as visitas ocorreram a cada dois ou três meses, conforme a necessidade. RESULTADOS: O tempo cirúrgico variou de 40 a 180 minutos; o de internação de 1 a 10 dias (X = 36 horas). Duas pacientes necessitaram reintervenção cirúrgica por complicações tardias: uma rotação do portal e um deslizamento superior da banda . O tempo de seguimento variou de 28 a 36 meses. A perda de peso média foi de 29,26 kg +/- 8,8, ou 24,37% +/- 6,1 do peso inicial e 49,16% +/- 11,3 do excesso de peso. O IMC médio variou de 47,51 para 34,88. Houve melhora global das comorbidades, mais acentuada nos pacientes com maior perda de peso. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos foram satisfatórios para a maioria dos pacientes nos quesitos perda de peso e melhora das comorbidades.
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OBJETIVO: avaliar a função ovariana em pacientes com câncer do colo uterino, que se submeteram a histerectomia radical com preservação dos ovários. MÉTODOS: foram analisadas retrospectivamente pacientes com câncer do colo uterino, submetidas a histerectomia radical com preservação dos ovários na Clínica Ginecológica do Hospital São Marcos-SPCC, de abril de 1998 a outubro de 2001, com avaliação dos sintomas de privação estrogênica (fogachos, vagina seca) e mensuração dos níveis de FSH pós-operatórios. Os dados foram analisados pelo teste de Pearson. RESULTADOS: os níveis de FSH foram mensurados em 42 pacientes; destas, 33 (78,5%) apresentaram níveis normais de FSH no pós-operatório (menores que 30 mU/mL); os valores variaram entre 1,2 e 132,44 mU/mL (mediana de 21,05 mU/mL). Das nove pacientes com níveis elevados de FSH, cinco (55,6%) haviam sido submetidas a radioterapia pós-operatória (p<0,0001). Não houve associação entre a idade das pacientes e os níveis de FSH (p=0,33). Cistos ovarianos funcionais ocorreram em quatro pacientes (7,7%). Uma paciente apresentou recidiva da lesão na cúpula vaginal e metástase para o couro cabeludo, evoluindo para óbito. CONCLUSÃO: observou-se preservação da função ovariana em 78,5% das pacientes. A transposição ovariana foi inadequada para preservar sua função em pacientes submetidas à radioterapia pós-operatória. Não se observou associação entre idade e níveis de FSH no pós-operatório.
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OBJETVO: comparar a qualidade de vida (QV) antes e após tratamento fisioterápico de mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: ensaio clínico não controlado com 26 mulheres com queixa clínica predominantemente de IUE. Foram excluídas mulheres na pós-menopausa, com hiperatividade do detrusor, com cistocele grau II ou maior e tratamento cirúrgico/conservador anterior. O tratamento fisioterápico constituiu-se em 12 sessões individuais de cinesioterapia do assoalho pélvico associadas ao biofeedback eletromiográfico, e as mesmas realizavam 200 contrações divididas entre fásicas (rápidas) e tônicas (lentas). Para avaliar a QV, todas responderam ao King's Health Questionnaire (KHQ), antes e após o tratamento. Os dados foram descritos em freqüências, médias e desvios-padrões, medianas, mínimos e máximos. Os escores do KHQ foram comparados pelo teste de Wilcoxon para amostras pareadas, com nível de significância de 0,05. RESULTADOS: houve uma diminuição dos sintomas urinários, particularmente da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional e perdas urinárias aos esforços. Observou-se uma melhora significativa nos escores dos domínios do KHQ: percepção da saúde (49,0±24,0 versus 26,9±15,7; p=0,0015), impacto da incontinência (78,2±28,2 versus 32,1±30,5; p=0,001), limitações das atividades diárias (75,0±28,2 versus 13,5±22,6; p<0,001), limitações físicas (72,4±29,4 versus 15,4±24,5; p<0,001), limitações sociais (38,3±28,6 versus 6,4±14,5; p<0,001), emoções (59,0±33,8 versus 14,1±24,7; p=0,0001), sono/energia (34,0±23,8 versus 6,4±16,4; p=0,001) e as medidas de gravidade (66,9±19,6 versus 22,3±24,2; p<0,001), exceto das relações pessoais (60,5±33,9 versus 41,7±16,7; p=0,0679). CONCLUSÕES: a QV de mulheres com IUE tratadas com fisioterapia pode melhorar em diversos aspectos, quando avaliada com um instrumento específico, como o KHQ.
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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida de mulheres no climatério, atendidas em um hospital-escola na cidade do Recife, Pernambuco, empregando o Medical Outcome Study 36-item Short Form Health Survey (MOS SF-36 Health Survey), o Women's Health Questionnaire (WHQ) e o índice de Blatt-Kupperman modificado. MÉTODOS: em estudo descritivo, transversal, foram avaliadas 233 mulheres atendidas entre fevereiro e junho de 2006. Em amostragem de conveniência, foram incluídas mulheres com idade entre 40 e 65 anos e concordância em participar da pesquisa, excluindo-se a com história prévia de ooforectomia bilateral, terapia hormonal no semestre antecedente à pesquisa e doenças descompensadas. Calculou-se o tamanho amostral, admitindo prevalência de sintomas climatéricos em 4% e precisão igual a 2,5%. Foram analisadas: saúde geral, componente físico e componente mental, obtidos com o MOS SF-36 Health Survey; qualidade de saúde pelo WHQ; e sintomatologia climatérica pelo índice de Blatt-Kupperman modificado. Os dados foram analisados com o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 13.0. RESULTADOS: a qualidade de vida foi classificada como ruim. Pelo MOS SF-36 Health Survey, identificou-se maior prejuízo no componente mental (18,5 versus 27,7% do físico), maiores perdas nas funções sociais (80,2%) e limitações por problemas emocionais (78,61%). Pelo WHQ, houve maior acometimento de distúrbios do sono (69,7%), sintomas somáticos (69,1%) e vasomotores (68,8%), sendo considerados regulares a função sexual e os sintomas menstruais. Os sintomas de deficiência estrogênica foram acentuados para 53% das mulheres. O aumento dos sintomas de hipoestrogenismo se acompanhou de piora da saúde geral e da saúde menopausal. CONCLUSÕES: pareceu plausível supor que a menopausa se configurou realmente como um evento biopsicossocial, mais do que orgânico, derivado predominantemente da deficiência estrogênica.
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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida (QV) de mulheres na pós-menopausa usuárias e São Paulo. MÉTODOS: foi conduzido estudo clínico transversal, com 250 mulheres na pós-menopausa, idade entre 45 a 70 anos, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de setembro de 2007 a agosto de 2008. As participantes foram divididas em dois grupos: usuárias de terapia hormonal (TH, n=70) e não usuárias (n=180). Consideraram-se como usuárias de TH aquelas que faziam uso contínuo dessa terapia há pelo menos seis meses. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas. Aplicou-se o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK), para avaliar a intensidade dos sintomas climatéricos, e o Questionário de Saúde da Mulher (QSM), para a avaliação da QV. A análise estatística foi realizada pelo teste do χ2 ou exato de Fisher, teste de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significativas na comparação entre os grupos quanto à idade, menarca, menopausa, paridade e índice massa corpórea. Observou-se que 67,2% eram casadas, 83,2% com ensino fundamental e 53,2% se ocupavam com os trabalhos domésticos, não diferindo entre os grupos. As usuárias de TH relataram menor frequência de sintomas climatéricos (IMBK) de intensidade moderada e acentuada, comparadas a não usuárias (p<0,001). Na avaliação do QSM, verificou-se, entre as usuárias de TH, menor escore médio quanto ao déficit cognitivo (p<0,001), sintomas vasomotores (p=0,04), problemas com o sono (p<0,001) e atratividade (p=0,02), contudo, sem diferença no escore total quando comparadas a não usuárias. CONCLUSÕES: as mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de TH, atendidas em UBS, não apresentaram diferenças na QV global.
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OBJETIVO: avaliar a incidência e o impacto econômico direto do câncer de colo de útero (CCU) em Roraima, no ano de 2009, e analisar o perfil epidemiológico e socioeconômico das pacientes portadoras dessa doença. MÉTODOS: os laudos histopatológicos emitidos em Roraima em 2009 foram revisados, assim como os prontuários de pacientes femininas em tratamento oncológico. Foram registrados dados clínicos e procedimentos médicos (terapêuticos e diagnósticos) realizados em pacientes portadoras de CCU no único centro de tratamento oncológico do Estado de Roraima. Portadoras de CCU tratadas no Sistema Único de Saúde (SUS) de Roraima foram submetidas a entrevista abordando temas socioeconômicos e fatores de risco. RESULTADOS: registramos 90 casos de CCU e lesões pré-malignas de alto grau. Roraima possui a maior incidência de CCU do Brasil (46,21 casos/100.000 mulheres), sendo 3 vezes mais incidente que o de mama e comparável a países subdesenvolvidos de baixa renda. O perfil epidemiológico revela pacientes com privação econômica, socialmente desfavorecidas, baixa escolaridade, sexarca precoce (média de 13,8 anos), multiparidade (média de 5,5 gestações). Das pacientes estudadas, 71,7% nunca haviam realizado o teste de Papanicolaou, e o desconhecimento foi o motivo mais relatado (47,4%). Como problema de saúde pública, o manejo do CCU gera gastos anuais diretos de mais de R$ 600 mil, com custo médio por paciente de R$ 8.711,00. CONCLUSÕES: o CCU é o câncer mais incidente em mulheres roraimenses e um grave problema de saúde pública no Estado. Seu elevado impacto econômico favorece a implantação de medidas preventivas do ponto de vista de custo-efetividade. O perfil da pacientes revela a ineficiência dos serviços preventivos em alcançar pacientes com perfil de exclusão socioeconômico e alto risco para o câncer de colo uterino.