126 resultados para Retina : Patologia


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Em autópsias realizadas durante 20 anos em portadores de miocardite crônica chagásica parasitologicamente comprovados, foi realizada uma pesquisa exaustiva das formas tissulares do Trypanosoma cruzi nas secções histológicas de vários órgãos. Os parasitos intracelulares foram encontrados nos tecidos extracardíacos em 11 casos (55%), a saber: tubo digestivo (10 vezes), adrenal (6 vezes) e em vários outros órgãos (1 vez cada). A presença dos parasitos se associava com discreta infiltração mononuclear focal, mas, o mais das vezes, não havia qualquer alteração. O estudo mostra que as formas de multiplicação do T. cruzi tendem a se distribuir amplamente na infecção crônica, mas como são escassas, o seu encontro depende de pesquisa minuciosa. Um fato interessante é que somente no miocárdio os parasitos aparecem associados com inflamação crônica, difusa, progressiva e fibrosante.

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A pesquisa de anticorpos líticos (AL) através do teste de lise mediada por complemento (LMCo) foi positiva em 11 líquidos pericárdicos obtidos de pacientes chagásicos falecidos subitamente ou por causas não relacionadas à doença de Chagas e que estão incluídos em um estudo da forma indeterminada dessa doença. Em todos esses pacientes a sorologia convencional para doença de Chagas apresentou resultados positivos e o quadro anátomo-patológico mostrou lesões características ou compatíveis com a cardite chagásica crônica. Em 12 líquidos pericárdicos de indivíduos que faleceram por diferentes causas e nos quais a sorologia para doença de Chagas foi negativa, a LMCo também foi negativa. A presença de AL no líquido pericárdico constitui forte evidência da presença de infecção ativa por T. cruzi nos chagásicos necropsiados e abre perspectivas para o estudo e o melhor conhecimento da patologia da doença de Chagas.

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Coelhos jovens de ambos os sexos (1-2 meses de idade), outbred, inoculados com tripomastigotas da cepa Colômbia de Trypanosoma cruzi desenvolveram lesões cardíacas, macro e microscópicas, além de características parasitológicas e imunológicas, muito semelhantes às observadas na doença de Chagas humana, tanto na fase aguda como na fase crônica. Na fase aguda a síndrome cardíaca caracteriza-se macroscopicamente por discreta cardiomegalia, com dilatação de câmaras direitas, e miscroscopicamente por miocardite focal pouco acentuada; na fase crônica, por cardiomegalia moderada ou acentuada, com hipertrofia e dilatação de câmaras e adelgaçamento da ponta (aneurisma apical), predominantemente do ventrículo esquerdo, e por miocardite focal, cóm áreas de necrose miocitolítica e degeneração de miocélulas, associadas a infiltrado inflamatório, principalmente composto de linfócitos, e fibrose intersticial. Devido à reprodução de aspectos da doença cardíaca chagásica humana em tempo relativamente curto, à simplicidade, à disponibilidade para múltiplos pesquisadores e ao baixo custo, o modelo representado pelo coelho constitui uma alternativa para estudos dos mecanismos, patologia e tratamento da cardiopatia chagásica.

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A tomografia computadorizada foi utilizada para avaliar o comprometimento abdominal em 25 doentes deparacoccidioidomicose. Existiam lesões intra-abdominais em, respectivamente, 75%e23% dos doentes com asformas aguda ("juvenil") e crônica ( do adulto '). A alteração mais freqüente foi o aumento dos gânglios linfáticos abdominais (12/25 casos); outras lesões foram: calcificação de gânglios linfáticos em 4 casos; obstrução das vias biliares em 5 doentes ictéricos; abscessos ou calcificação esplénica em 3 casos; 2 doentes mostraram lesões incomuns: aumento e irrgularidade do pâncreas em um e múltiplos abscessos nos músculos psoas em outro. Conclui-se que a tomografia computadorizada é procedimento útil na avaliação da disseminação da paracoccidioidomicose ao abdome e no diagnóstico de suas complicações abdominais.

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Foi feita uma avaliação histopatológica de 702fragmentos de tecido hepático obtidos pela antiga SUCAM no sul do Estado da Bahia no período que vai de 1981 a 1991. Apenas em 17,7% dos casos ofígadofoi considerado h is to logicamente normal. Mais de um terço dos casos exibia intensa esteatose, provavelmente causada por desnutrição grave afetando crianças nos primeiros anos de vida. Nos demais, as alterações indicativas de fbrose, tuberculose, esquistossomose e hepatites apareceram como processos importantes pela sua gravidade e frequência. Além disso, uma variada gama de processos patológicos hepáticos pôde também ser reconhecida. Sugere-se que o material de viscerotomia merece um exame histológico mais detalhado, pois desta maneirapoderáfomecer dados de valorpar a a identificação de processos patológicos que afetam populações vivendo em áreas remotas do nosso país.

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Ochocientos veinte reden nacidosfRN) de ≤2500g de la Matemidad Percy Bolandfueron examinados entre 1988 y 1989por los diferentes métodos de diagnóstico de la enfermedad de Chagas (Patologia de placenta, serologia, parasitologia y clínica) con el propósito de determinar su eflcacia y costo. El examen histopatologico permitió detectar 87 casos de infección placentaria. De este total, se observaron 43 (49%) casos RN positivos al examen parasitologico de la sangre del cordon. Este número aumento con la repetición de la prueba durante el primer mes de vida del nino, alcanzando el mismo nivel que la histopatologia. Con el examen serológico se detectaron 2 casos positivos. El signo clínico de alia especificidad de la enfermedad de Chagas en RN es la hepato-esplecnomegalia. Se discuten ventajas y desventajas en cuanto a costo y factibilidad de dos estrategias de detección de la enfermedad de Chagas congénito, la primera basada en la histopatologia y la otra en la parasitologia. Se concluye que los programas de detección de la enfermedad de Chagas no pueden ser uniformes, yaquese deben tomar en cuenta aspectos deprevalencia de la enfermedad, existencia del vector y disponibilidad de técnicas de laboratorio.

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As formas severas de esquistossomose mansônica, particularmente a hépato-esplênica, se acompanham de glomerulopatia geralmente manifesta por síndrome nefrótica. Nos últimos 10 anos reduziu-se muito o número de casos observados desta glomerulopatia no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, um hospital geral num estado onde esta parasitose é endêmica. O objetivo deste estudo foi verificar se estava havendo, de fato, desaparecimento desta patologia ou se este número decrescente refletia apenas diminuição marcante de casos graves de esquistossomose mansônica acompanhados neste Hospital. Para isso foram comparadas as prevalências de glomerulopatia em hepatosplênicos esquistossomóticos autopsiados no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos em duas décadas: de 1960-70, antes da intervenção terapêutica nas áreas endêmicas de esquistossomose com oxamniquine, e de 1980-1990, após a adoção desta intervenção. Houve grande redução no número de doentes com hepatosplenomegalia esquistossomótica autopsiados no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos quando comparadas a década antes (140 autópsias) e depois (31 autópsias) do tratamento com oxamniquine. A prevalência de glomerulopatia, entretanto, persistiu a mesma (11,4% comparada com 12,9%, respectivamente). A conclusão é que a redução do achado de glomerulopatia esquistossomótica em nossos dias reflete apenas a redução das formas graves da parasitose após a intervenção terapêutica nas áreas endêmicas.

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Recentemente falecido em Barcelona, Cecílio Romaña foi um importante tropicologista argentino com muitas contribuições à clínica, ao controle e à patologia da doença de Chagas entre 1930 e 1960. Em 1935, Romaña tornou-se famoso por sua precisa descrição do complexo oftalmo-ganglionar, o mais típico dos sinais de porta de entrada da doença de Chagas humana, sinal este que logo ficou conhecido em toda a América Latina com o nome de "sinal de Romaña", por proposição de dois pesquisadores brasileiros, Emmanuel Dias e Evandro Chagas. O achado de Romaña causou enorme polêmica com o grande Salvador Mazza, que não reconheceu a especificidade do sinal e, muito menos, aceitou a proposta nomenclatura. Estes fatos são relatados no presente artigo, que homenageia Cecílio Romaña e destaca o enorme impacto de sua descoberta para o conhecimento da doença de Chagas aguda em toda sua área endêmica.

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Os dermatófitos são um grupo de fungos taxonomicamente relacionados que têm a capacidade de invadir os tecidos queratinizados (pele, pêlo e unha) dos homens e animais produzindo infecções denominadas dermatofitoses. Com o intuito de avaliar a epidemiologia e etiologia das infecções causadas por estes fungos em Goiânia, GO, foram examinadas no Laboratório de Micologia do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, de janeiro a dezembro de 1999, 1.955 amostras de indivíduos com suspeita clínica de dermatofitoses. Foram isolados 445 (22,8%) cepas de dermatófitos e identificados principalmente Trichophyton rubrum (49,4%), Trichophyton mentagrophytes (30,8%) e Microsporum canis (12,6%). Quanto à localização das lesões, os membros inferiores, unhas dos pés e couro cabeludo foram as regiões mais acometidas. Neste estudo foram avaliados dados correlacionados a sexo, faixa etária, local das lesões e agente etiológico.

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É relatado o caso de paciente de 20 anos com hepatoesplenomegalia, febre e grave insuficiência hepática. Estudos histopatológicos e imunohistoquímicos de fragmentos hepáticos obtidos em necropsia permitiram o diagnóstico de leishmaniose visceral e hepatite fulminante pelo vírus B. Os autores apontam possível influência da resposta imunitária relacionada com a leishmaniose visceral no desenvolvimento de grave lesão hepática pelo vírus B da hepatite.

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Durante o período de janeiro de 1999 a julho de 2002 um total de 164 casos de tinha do couro cabeludo foram diagnosticados através de exames micológicos, realizados no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás. Destes pacientes, 94 (57,3%) pertenciam ao sexo masculino, com idades variando de 3 meses a 13 anos. O diagnóstico e identificação dos agentes de dermatofitoses do couro cabeludo foram feitos utilizando-se exame direto com KOH a 20% e cultivo em ágar Mycobiotic e em ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol. As seguintes espécies foram identificadas: Microsporum canis (71,3%), Trichophyton tonsurans (11%), Trichophyton mentagrophytes (7,9%), Trichophyton rubrum (6,7%) and Microsporum gypseum (3%). Nossos estudos mostraram que o fungo de habitat natural no animal (zoofílico), Microsporum canis foi o agente mais comum de lesões no couro cabeludo em humanos.

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Paciente sadio em que, ao exame de rotina, foi detectado nódulo pulmonar esquistossomótico com verme adulto, 25 anos após o tratamento específico com oxamniquine® e distante da região endêmica. O nódulo simulava clinicamente neoplasia.

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Relata-se um caso de espondilodiscite por Brucella em um paciente do sexo masculino, 56 anos, fazendeiro, com manifestações sistêmicas da doença. O diagnóstico foi realizado por sorologia com título de 1/160, hemocultura positiva, o VHS foi elevado, bem como alterações radiológicas mostraram espondilodiscite ao nível de T8/T9 compatíveis com a patologia. O paciente foi tratado com estreptomicina 1gIM/dia por 15 dias, doxaciclina e rifampicina por seis semanas, com melhora clínica do quadro. O envolvimento vertebral na brucelose é uma complicação de ocorrência variável na literatura, mas considerado pouco freqüente, de difícil diagnóstico principalmente em regiões com alta prevalência de tuberculose, visto que esta pode mimetizar o quadro de brucelose. Chama-se atenção a um caso raro de espondilodiscite por brucelose, dada a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento a fim de se evitar possíveis seqüelas.

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To study the frequency of ocular lesions in 30 gerbils infected with 100 embryonated eggs of Toxocara canis, indirect binocular ophthalmoscopy was performed 3, 10, 17, 24, 31 and 38 days after infection. All the animals presented larvae in the tissues and 80% presented ocular lesions. Hemorrhagic foci in the choroid and retina were present in 92% of the animals with ocular lesions. Retinal exudative lesions, vitreous lesions, vasculitis and retinal detachment were less frequent. Mobile larvae or larval tracks were observed in four (13.3%) animals. Histological examination confirmed the ophthalmoscopic observations, showing that the lesions were focal and sparse. In one animal, there was a larva in the retina, without inflammatory reaction around it. The results demonstrated that gerbils presented frequent ocular lesions after infection with Toxocara canis, even when infected with a small number of embryonated eggs. The lesions observed were focal, consisting mainly of hemorrhages with signs of reabsorption or inflammation in different segments of eye, and differing from the granulomatous lesions described in ocular larva migrans in humans.

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Angiostrongylus costaricensis é um parasita que causa angiostrongilíase abdominal em humanos, seu tratamento inclui o uso de antiinflamatórios apesar da falta de estudos que justifiquem esta conduta. O objetivo deste artigo é avaliar o efeito da betametasona e da Arctium lappa na evolução de lesões intestinais induzidas pelo parasita. Utilizou-se camundongos Swiss, machos, adultos, distribuídos em 4 grupos: infectados tratados com betametasona; com Arctium lappa; não tratados e grupo controle. Os tratamentos iniciaram no 15º dia de infecção e permaneceram por 15 dias. Infiltrado eosinofílico e granuloma foram avaliados (1-leve; 2-moderado; 3-severo). A betametasona permitiu a evolução das lesões para formas mais graves, enquanto o extrato não interferiu na progressão da patologia. As substâncias empregadas não mostraram eficácia na proteção das lesões induzidas pelo Angiostrongylus costaricensis em camundongos. Estes achados desmotivam o uso de betametasona e Arctium lappa em humanos acometidos por angiostrongilíase abdominal.