Fenologia de esp��cies lenhosas da caatinga do Serid��, RN

A fenologia de 13 esp��cies arbustivas e arb��reas da caatinga do Serid�� foi acompanhada durante dois anos para determinar se, nesta vegeta����o aberta e pobre de esp��cies, as fenofases sucedem-se ao longo de todo o ano. Foram selecionados 10 indiv��duos adultos de cada esp��cie e feitas observa����es quinzenais sobre sua cobertura de folhagem, flora����o e frutifica����o. A cobertura de folhas foi fortemente influenciada pela pluviosidade, em 11 das esp��cies que tiveram as copas totalmente desfolhadas durante um n��mero vari��vel de dias durante as esta����es secas. Essa influ��ncia ficou patente nos r��pidos fluxos de forma����o e queda de folhas, subsequentes a chuvas espor��dicas, em ��pocas normalmente secas. No entanto, Capparis flexuosa e Erythroxylum pungens permaneceram com folhas o ano todo. Ao longo dos dois anos, apenas por curtos per��odos de tempo (cerca de 15 dias) n��o havia flores ou frutos na comunidade. No entanto, flora����o e frutifica����o tiveram picos na esta����o chuvosa. Os padr��es em n��vel de esp��cie foram mais complexos do que em n��vel de comunidade. Erythroxylum pungens n��o floresceu, e Aspidosperma pyrifolium e Tabebuia impetiginosa floresceram uma ��nica vez, ao longo dos dois anos, enquanto Mimosa acutistipula floresceu cinco vezes e Jatropha mollissima e Pithecellobium foliolosum, quatro. Em quatro esp��cies (Amburana cearensis, Anadenanthera colubrina, Pithecellobium foliolosum e Tabebuia impetiginosa), a frutifica����o n��o ocorreu em todos os indiv��duos que floresceram, enquanto nas outras esp��cies os que floresceram produziram frutos. Apesar de a frutifica����o ter ocorrido quase que continuamente, durante muitos per��odos foi composta exclusivamente de frutos do tipo seco.

Influence of pioneer-species combinations on restoration of disturbed ecosystems in the Atlantic Forest, Rio de Janeiro, Brazil

The analysis of species composition and its effects on sustainability restoration processes in the Atlantic Forest with poor environmental attributes is important to improve rehabilitation techniques for disturbed ecosystems. Reforestation projects were used as Biological Measures (BM) of rehabilitation, where treatments differ in the composition of exotic species, utilized as anthropic pioneers: BM1 - 82% (73% Mimosa caesalpiniifolia Benth, 9% Eucalyptus citriodora Hook.); BM2 - 91% (9%, 82%); and BM3 - 25% (15%, 10%). The monitoring of spontaneous regeneration was evaluated in three 12-year-old reforestation sites between thr rainy season of 2004 and 2005, and compared with an approximately 100-year-old native forest fragment and a grassland: ecosystems with inertial tendency toward recuperation and degradation, respectively. It was detected that exotic species used as anthropic pioneers strongly influenced regeneration: BM1 (75%), BM2 (85%), BM3 (55%), Forest (0%) and Grassland (50%). The highest similarity of species with forest regeneration (5%) was found for treatment BM3.

Cover layers to the growth of trees and shrobs over a sulfide spoil from gold mining

This work was done at a gold mine company in Paracatu, MG, Brazil, and was conducted from March 2000 to November 2005. The substrate (spoil) studied was a phillite rock which contains sulfides such as pyrite and arsenopyrite. This study aimed to evaluate the survival and growth of plant species on different combinations of substrate layers over the spoil. These layers were a cover layer and a sealing layer, both deposited over the spoil. The treatment 1 had saprolite (B1) in the sealing layer (SL) and B1 with liming (B1L) in the cover layer (CL). The treatment 2 had B1 in SL and B1L + soil with liming (SoL) in the CL. The treatment 3 had B1 + SoL in the SL and B1L in the CL. The treatment 4 had B1 + SoL in the SL and B1L + SoL in the CL. The plant species used were Acacia farnesiana, A. holosericea, A. polyphylla, Albizia lebbeck, Clitoria fairchildiana, Flemingia sp., Mimosa artemisiana, M. bimucronata e Enterolobium contortisiliquum. Forty and 57 months after planting, collardiameter, height, and living plants were evaluated. The greatest survival rate was oobservedintreatmentwith B horizon of an Oxisoil in both layers, with 80 %. In general, M. bimucronata and A. farnesiana species showed the highest survival rate. The arsenic-content by Mehlich 3 in the cover layer ranged from 0.00 to 14.69 mg dm- 3 among treatments. The experimental results suggest that layers combinations above the sulfide substrate allow the rapid revegetation of the spoil.

Planting density and initial growth of two tree species adapted to the semi-arid region

Planting densities influence several aspects of forest formation, including management practices, timber yield, quality, and extraction, and consequently its production costs. The objective of this study was to evaluate Mimosa caesalpiinifolia and Gliricidia sepium growth as a function of planting density (400, 600, 800, 1000, and 1200 plants ha-1) and plant age. The species were evaluated every 90 days for plant height (PH), crown diameter (CD) and root collar diameter (RCD) (10 cm above the ground), with the first evaluation performed at 90 days and the last at 720 days. When plants were one year of age and beyond, evaluations were conducted also for stem diameter at breast height (DBH) (1.30 m above the ground). A randomized block design with split-plots and three replicates was adopted. Species were assigned to plots, planting densities were assigned to subplots, and evaluation ages were assigned to subsubplots. The four traits in both species had their values decreased as planting density increased, but continually increased as plant age increased. For PH and RCD there was an alternation between species superiority, with gliricidia being superior to sabi�� at some ages, while the opposite occurred at other ages. As to CD the species only differed in the last measurement, gliricidia being superior. With regard to DBH, gliricidia was superior starting from the second measurement. There was an effect of the species �� ages interaction for the four traits and also an effect of the densities �� ages interaction for CD and DBH.

Abordagem sist��mica e o uso de modelos para recupera����o de ��reas degradadas

Com base na Teoria Geral dos Sistemas, na "��tica da Teoria do Caos" e auxiliada pela Engenharia de Sistemas se desenvolveu um modelo ecol��gico de sistema para a recupera����o ambiental tratando a ��rea como um sistema din��mico complexo, hipersens��vel ��s condi����es iniciais de prepara����o do terreno. Partindo da hip��tese de que as ��reas degradadas s��o hipersens��veis ��s condi����es iniciais de prepara����o do terreno, aplicou-se a t��cnica das rugosidades para desencadear ao longo do tempo propriedades emergentes que aceleram o processo de recupera����o ambiental. Avaliou-se, no processo de recupera����o ambiental a evolu����o dos componentes, solo, vegeta����o, fauna, ��gua e microclima sob o efeito das rugosidades, como componentes auxiliares na internaliza����o da mat��ria e energia na ��rea degradada. Comparou-se a evolu����o das vari��veis ambientais bi��ticas e abi��ticas no modelo de prepara����o do terreno irregular com o modelo convencional, formado por superf��cies planas e mais regulares. Confirmou-se que as rugosidades se comportam como atratores gravitacionais que geram ilhas de diversidade, incorporando ao sistema uma din��mica hipersens��vel a essas condi����es iniciais e funcionam como nucleadoras que desencadeiam efeitos amplificados pela retroalimenta����o, que potencializam e aceleram a recupera����o ambiental. Todas as vari��veis biom��tricas da esp��cie Mimosa scabrella (altura, di��metro do colo, DAP e ��rea da copa) e altura da vegeta����o espont��nea apresentaram crescimento mais acelerado nas ��reas irregulares, resultando em mudan��as ambientais dos fatores abi��ticos. Concluiu-se que o modelo ecol��gico proposto e os resultados pr��ticos obtidos validam o diagrama de influ��ncia como ferramenta importante para entender as rela����es de causalidade e retroalimenta����o das vari��veis e sua evolu����o temporal no processo de recupera����o ambiental.

Modelagem da biomassa total e da lenha por unidade de ��rea para bracatingais nativos

A bracatinga (Mimosa scabrella Benth.) �� uma esp��cie pioneira nativa da Floresta Ombr��fila Mista de r��pido crescimento e cultivada, predominantemente, na forma de povoamentos puros ou consorciada com culturas agr��colas pelos pequenos e m��dios produtores da regi��o metropolitana de Curitiba. O objetivo deste estudo foi selecionar equa����es estimativas da biomassa total e da lenha de bracatingais por unidade de ��rea nas diferentes idades, disponibilizando, assim, uma ferramenta simples e de f��cil aplica����o durante o processo de comercializa����o dos povoamentos. Os dados s��o provenientes de 272 parcelas tempor��rias com idades variando de 3 a 18 anos. Foram testados 21 modelos tradicionais: 10 aritm��ticos e semilogar��tmicos e 11 logar��tmicos. Foram tamb��m desenvolvidas equa����es pelo processo Stepwise a partir de uma matriz de correla����o. As equa����es ajustadas foram comparadas pelo Coeficiente de determina����o ajustado (R��aj), Erro-padr��o da estimativa percentual (Syx%), teste F e Distribui����o gr��fica de res��duos. Duas equa����es para cada caso foram selecionadas, sendo uma tradicional e a outra desenvolvida por Stepwise. Para a biomassa total, foram selecionadas a equa����o de Clutter e a equa����o aritm��tica desenvolvida por Stepwise; e para a biomassa da lenha, a equa����o da vari��vel combinada, proposta por Spurr, e a equa����o aritm��tica de Stepwise. Por fim, realizou-se teste Qui-quadrado (x��) a partir de uma amostra de 17 parcelas extra��das da base de dados, em que as quatro equa����es selecionadas foram consideradas v��lidas para a estimativa da biomassa total e da lenha dos bracatingais da regi��o metropolitana de Curitiba.

Biomass of tree species as a response to planting density and interspecific competition

Planting trees is an important way to promote the recovery of degraded areas in the Caatinga region. Experiments (E1, E2, and E3) were conducted in a randomized blocks design, with three, three, and five replicates, respectively. The objectives were to evaluate biomass of the shoots of: a) gliricidia (G) and sabi�� (S), as a response to planting density; b) G, S, and neem (N) in competition; c) G, and S in agroforestry. E1 was conducted in split-plots, and planting densities (400, 600, 800, 1000, and 1200 plants ha-1) as subplots. E2 consisted of a factorial comprising the following plots: GGG, NGN, SGS, NNN, GNG, SNS, SSS, GSG, NSN (each letter represents a row of plants). E3 was conducted with G and S in agroforestry experiment. The trees were harvested after 54, 42, and 27 months old, in E1, E2 and E3, respectively. In E1, G presented higher green biomass of the stems and leaf at smaller densities than S, but lower green biomass of branches at most densities. The species did not differ for mean stem dry biomass and leaf dry biomass, but G showed higher branch dry biomass at most densities. Higher planting densities increased green and dry biomass of stems, branches, and leaves in S, but decreased those characteristics in G, with the exception of leaf dry mass, which was not influenced by density. In E2, the behavior of each species was identical in plots containing the same or different species. Griricidia showed the highest green biomass of stems and branches, and the highest values for geren biomass of the leaf were observed for gliricidia and neem. The highest stem, branch, and leaf dry biomass values were obtained for G, S, and N, respectively. In E3, G was superior for stem and leaf green biomass, and for stem and branch dry biomass. There were no differences between species for the other biomass values.

Influ��ncia do espa��amento nas caracter��sticas energ��ticas de esp��cies arb��reas em plantios de curta rota����o

Este trabalho teve como objetivo determinar o poder calor��fico superior (PCS) das ��rvores e a massa espec��fica b��sica ponderada (ρb pond) da madeira de Acacia mearnsii De Wild, Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden, Mimosa scabrella Benth e Ateleia glazioviana Baill distribu��das em diferentes espa��amentos em plantio: 2,0 x 1,0 m; 2,0 x 1,5 m; 3,0 x 1,0 m; e 3,0 x 1,5 m, nas idades de 1 e 3 anos. O estudo foi conduzido em um experimento localizado no Munic��pio de Frederico Westphalen, RS, em delineamento experimental de blocos completos casualizados com tr��s repeti����es, no esquema de parcelas subdivididas. A determina����o do PCS das ��rvores foi realizada a partir da pondera����o dos valores obtidos em cada compartimento (madeira, casca, galho e folha), por meio de bomba calorim��trica. A determina����o da ρb pond foi realizada a partir da pondera����o dos valores verificados dos discos coletados em diferentes posi����es ao longo do tronco, usando-se o m��todo da balan��a hidrost��tica e massa seca. O PCS de todas as esp��cies no primeiro ano ap��s o plantio foi superior ao do terceiro ano, destacando-se a Acacia mearnsii com as maiores m��dias. A ρb pond n��o apresentou tend��ncia sistem��tica de aumento ou redu����o ao longo do tempo e as esp��cies Acacia mearnsii e Ateleia glazioviana, os maiores valores. Os diferentes espa��amentos de plantio n��o induziram a varia����o do PCS e da ρb pond nas esp��cies estudadas, n��o sendo verificada tend��ncia sistem��tica positiva ou negativa em rela����o ao espa��o vital proporcionado pelo espa��amento.

RESIST��NCIA AO CISALHAMENTO DAS JUNTAS ADESIVAS PRODUZIDAS COM TR��S DIFERENTES ESP��CIES DE MADEIRAS E ADESIVOS VIN��LICOS PARA APLICA����ES N��O ESTRUTURAIS

Os adesivos utilizados na colagem de madeiras para aplica����es n��o estruturais normalmente cont��m uma emuls��o de poli(acetato de vinila) (PVAc) estabilizada com poli(��lcool vin��lico) e alguns aditivos. A liga����o adesiva formada com essa classe de adesivo �� pobre quando exposta �� umidade e �� temperatura. Nesse contexto, a classifica����o pr��via dos adesivos utilizados para aplica����es n��o estruturais, com resist��ncia �� umidade e �� temperatura, �� muito importante para a qualidade e durabilidade das juntas adesivas. Neste trabalho, foi estudada a influ��ncia de tr��s esp��cies de madeiras (Fagus sylvatica L., Mimosa scabrella Bentham e Micropholis cf. venulosa Mart. & Eichler) na resist��ncia ao cisalhamento das juntas adesivas preparadas com tr��s adesivos vin��licos, sintetizados com diferentes concentra����es do N-butoximetilacrilamida (NBMA). Os ensaios de resist��ncia ao cisalhamento, na linha de colagem, foram realizados sob diferentes ciclos de acondicionamento das juntas adesivas. Os resultados indicaram que h�� diferen��as significativas na resist��ncia de colagem das juntas adesivas e na porcentagem de falha na madeira provocada, tanto pela esp��cie de madeira quanto pelo tipo de adesivo utilizado. Os adesivos produzidos foram classificados de acordo com a classe de durabilidade, ap��s v��rias etapas de acondicionamento. Os valores mais altos de resist��ncia ao cisalhamento foram observados nas juntas coladas com as madeiras de Micropholis cf. venulosa Mart. & Eichler e Fagus sylvatica L., com o adesivo AD-3. O menor valor de resist��ncia ao cisalhamento foi observado nas juntas adesivas preparadas com a madeira da esp��cie Mimosa scabrella Bentham. A madeira Micropholis cf. venulosa Mart. & Eichler mostrou-se mais adequada para a substitui����o da madeira Fagus sylvatica L.

DIVERSIDADE CULTURAL, MORFOL��GICA E GEN��TICA DE DIAZOTR��FICOS ISOLADOS DE N��DULOS DE BRACATINGA1

RESUMO O nitrog��nio �� um dos macronutrientes essenciais aos seres vivos, o que o torna um dos fatores limitantes para o crescimento vegetal. Apenas uma parcela dos procariotos, os diazotr��ficos, possui a capacidade de reduzir o nitrog��nio atmosf��rico para outras formas dispon��veis ��s plantas. A bracatinga �� uma esp��cie arb��rea de import��ncia econ��mica capaz de estabelecer simbiose mutual��stica com organismos diazotr��ficos, sendo os seus principais usos: produ����o de energia, madeira, forragem, ind��stria qu��mica de produtos naturais, apicultura, paisagismo e sombreamento e recupera����o de ��reas degradadas e zonas rip��rias. Este estudo objetivou estabelecer rela����o entre a diversidade cultural e morfol��gica e a variabilidade gen��tica dos isolados nodulantes em bracatinga de diferentes condi����es edafoclim��ticas. Coletaram-se n��dulos radiculares retirados ao acaso em sete ��reas compreendidas entre o Vale do Itaja��, Planalto Sul e Meio-Oeste do Estado de Santa Catarina. Foi observada ampla diversidade cultural entre os diazotr��ficos presentes, havendo predom��nio de isolados de r��pido crescimento, de col��nia com colora����o branca leitosa, formato circular, borda lisa e superf��cie mucoide. Entre os par��metros avaliados, a transpar��ncia da col��nia, a produ����o de muco e a altera����o do pH foram considerados relevantes para a diferencia����o dos isolados. A caracteriza����o taxon��mica dos isolados foi realizada por compara����o dos fragmentos sequenciados, sendo as esp��cies isoladas deste conjunto amostral pertencentes aos g��neros Burkholderia, Pantoea, Pseudomonas e Rhizobium.

Plantas que causam altera����es mec��nicas ou traum��ticas em ruminantes e equinos, com ��nfase em Stipa spp. (Gramineae)

V��rias plantas podem provocar algum tipo de inj��ria mec��nica. Entre elas as que causam traumatismo da pele ou mucosas, e as que causam altera����es do sistema digest��rio, incluindo obstru����o esof��gica, sobrecarga ruminal e obstru����o intestinal. Neste trabalho s��o revisadas algumas plantas que causam essas altera����es e �� descrito um surto de inj��ria mec��nica causada por Stipa spp. (flechilha) em ovinos no Uruguai. Os animais, principalmente os cordeiros, apresentavam grande quantidade dos frutos de flechilha incrustadas na l�� e alguns desses se introduziam na pele, pan��culo adiposo e m��sculo cut��neo do tronco causando dermatite e paniculite multifocal difusa.

Potencial alelop��tico de plantas de acapu (Vouacapoua americana): efeitos sobre plantas daninhas de pastagens

Extratos aquosos de folhas e cascas de plantas de acapu (Vouacapoua americana) foram preparados nas concentra����es de 0, 1, 2, 3 e 5% (v/v), visando identificar e caracterizar a atividade potencialmente alelop��tica dessa esp��cie. Analisaram-se os efeitos dos extratos sobre a germina����o de sementes e o alongamento da raiz prim��ria das plantas daninhas mal��cia (Mimosa pudica) e malva (Urena lobata). Os bioensaios de germina����o foram desenvolvidos em condi����es de 25 ��C e fotoper��odo de 12 horas. Para os bioensaios de alongamento da raiz prim��ria, as condi����es estabelecidas foram de 25 ��C e fotoper��odo de 24 horas. Os resultados obtidos indicaram varia����es de respostas em fun����o da fonte do extrato aquoso, do par��metro analisado e da concentra����o do extrato. As redu����es observadas tanto na germina����o como no alongamento da raiz prim��ria foram crescentes com o aumento da concentra����o do extrato, sendo os efeitos mais intensos observados na concentra����o de 5%. Independentemente da esp��cie receptora e do par��metro analisado, o extrato preparado a partir das cascas do acapu evidenciou maior atividade alelop��tica inibit��ria. O alongamento da raiz prim��ria foi o par��metro mais sens��vel aos efeitos potencialmente alelop��ticos do que a germina����o das sementes. Comparativamente, cascas e folhas apresentaram diferen��as em rela����o ��s classes de subst��ncias qu��micas. Nas cascas foram encontradas cumarinas que n��o estavam presentes nas folhas, as quais, por sua vez, apresentaram ester��ides e triterpen��ides, que n��o foram identificados nas cascas do acapu.

Est��dio de desenvolvimento e estresse h��drico e as potencialidades alelop��ticas do capim-marandu

Extratos aquosos da parte a��rea da Brachiaria brizantha cv. Marandu, na concentra����o de 5%, foram preparados com o objetivo de estudar as prov��veis diferen��as nas potencialidades alelop��ticas desta gram��nea em fun����o do est��dio de desenvolvimento das plantas e do estresse h��drico (6 e 12 dias sem ��gua). Como plantas receptoras utilizaram-se: Stylosanthes guianensis cv. Mineir��o e cv. Bandeirante, Pueraria phaseoloides, Senna obtusifolia, Senna occidentalis, Mimosa pudica, Stachytarpheta cayenennsis e Urena lobata. Os bioensaios foram desenvolvidos em condi����es de 25 ��C de temperatura e fotoper��odo de 12 horas de luz. Os resultados obtidos mostraram que a germina����o foi reduzida em maior magnitude pelos extratos aquosos preparados a partir de material (folhas e colmos) colhido durante a fase vegetativa do capim-marandu, indicando maior concentra����o de compostos sol��veis em ��gua, nesta fase do desenvolvimento da planta, em rela����o �� fase reprodutiva. A imposi����o do estresse h��drico nas intensidades de 6 e 12 dias, tanto na fase vegetativa como na fase reprodutiva, n��o promoveu interfer��ncias nas potencialidades alelop��ticas do capim-marandu.

Atividade potencialmente alelop��tica de extratos brutos e hidroalco��licos de feij��o-de-porco (Canavalia ensiformis)

Extratos hidroalco��licos de parte a��rea, ra��zes e sementes e extratos brutos de sementes de Canavalia ensiformis foram preparados, visando identificar e caracterizar os efeitos potencialmente alelop��ticos sobre a germina����o de sementes e o alongamento da rad��cula das plantas daninhas Mimosa pudica, Urena lobata, Senna obtusifolia e Senna occidentalis. Os trabalhos foram desenvolvidos em condi����es controladas de 25 ��C de temperatura e fotoper��odo de 12 horas, para o bioensaio de germina����o, e 24 horas, para o de alongamento da rad��cula. Os efeitos foram aquilatados tendo por contraste (testemunha) a ��gua destilada. Os resultados variaram em fun����o da esp��cie receptora, da concentra����o e da parte da planta utilizada no preparo dos extratos. A inibi����o da germina����o das sementes e do alongamento da rad��cula foi diretamente proporcional �� concentra����o do extrato, com as mais intensas inibi����es observadas na concentra����o de 4%. Independentemente da esp��cie receptora, as sementes, seguidas das ra��zes, foram as principais fontes de subst��ncias qu��micas com atividades potencialmente alelop��ticas no feij��o-de-porco. A an��lise dos diferentes extratos brutos revelou que as subst��ncias qu��micas com atividades potencialmente alelop��ticas presentes nas sementes do feij��o-de-porco t��m polaridade compreendida entre o acetato de etila e o metanol. Para o extrato bruto metan��lico, concentra����es a partir de 0,4% inibiram completamente a germina����o das esp��cies receptoras, enquanto para M. pudica e S. occidentalis concentra����es de 0,6 e 0,8% proporcionaram inibi����es da ordem de 100% para a germina����o das sementes dessas esp��cies. A sensibilidade das esp��cies aos efeitos potencialmente alelop��ticos variou na seguinte ordem decrescente: M. pudica > S. occidentalis > S. obtusifolia > U. lobata.

Efeitos alelop��ticos do calopog��nio em fun����o de sua idade e da densidade de sementes da planta receptora

A intensidade dos efeitos potencialmente alelop��ticos depende de fatores relacionados �� esp��cie doadora e receptora. Neste trabalho, analisaram-se as varia����es nos efeitos alelop��ticos do calopog��nio (Calopogonium mucunoides) em fun����o de sua idade (2, 4, 6, 8, 10 e 12 semanas ap��s a emerg��ncia) e da densidade de sementes da esp��cie receptora (500, 1.000, 2.000, 3.000 e 4.000 sementes m-2). Em cada idade, as plantas foram coletadas e separadas em parte a��rea e ra��zes. Os efeitos alelop��ticos foram avaliados sobre a germina����o das sementes das plantas daninhas: Mimosa pudica (mal��cia), Urena lobata (malva), Senna obtusifolia (mata-pasto) e Senna occidentalis (fedegoso). A intensidade dos efeitos alelop��ticos variou negativamente em fun����o do aumento da densidade de sementes das esp��cies daninhas. Essa varia����o foi mais intensa nas esp��cies com sementes grandes, como malva e mata-pasto, do que naquelas de sementes pequenas, como mal��cia e fedegoso. A idade da planta foi fator determinante nos efeitos alelop��ticos do calopog��nio. Aparentemente, a planta aloca suas subst��ncias qu��micas com atividade alelop��tica de forma diferenciada nas ra��zes e na parte a��rea. A parte a��rea do calopog��nio revelou intensidade de efeitos alelop��ticos crescentes at�� a idade de quatro semanas, quando atingiu seu valor m��ximo. J�� os efeitos promovidos pelas ra��zes foram crescentes com a idade at�� 12 semanas de crescimento, quando os efeitos superaram aqueles promovidos pela parte a��rea. Esses resultados indicam que existe possibilidade de manejo da leguminosa forrageira calopog��nio, visando maximizar a sua atividade potencialmente alelop��tica.