472 resultados para Extração em fase sólida
Resumo:
Foram submetidos quimioterapia com Nifurtimox (Bay 2502) ou com o Benzonidazol (Ro 7-1051) cinqenta e oito camundongos cronicamente infectados com diferentes cepas do Trypanosoma cruzi (Tipos II e III) por perodos de 90 a 100 dias. Vinte e um camundongos cronicamente infectados foram utilizados como controles no tratados. Os inculos variaram entre 1 x 10(4) e 5 x 10(4) tripomastigotas sanguicolas. O tratamento foi feito durante 90 dias, nas doses de 200mg/kg/dia durante 4 dias, seguidas de doses de 50mg/kg/dia, para o Nifurtimox e de 100mg/kg/dia, para o Benzonidazol. Os resultados dos testes parasitolgicos (xenodiagnstico, subinoculao do sangue e hemocultura), nos camundongos tratados com o Benzonidazol, mostraram 85,3% de negativao nos animais infectados com as cepas de Tipo IIe 43% com as cepas de Tipo III. Nos camundongos tratados com o Nifurtimox observou-se 71,4% de cura parasitolgica nos infectados com as cepas de Tipo II e 66% nos infectados com as cepas de Tipo III. Os testes de IFIpermaneceram positivos em 90% dos animais tratados e curados. Houve regresso total ou parcial das leses miocrdicas e de msculo esqueltico nos animais tratados e curados. Em 50% dos animais em que os testes de cura permaneceram positivos, houve persistncia de leses histopatolgicas discretas. Conclui-se que o tratamento na fase crnica pode determinar negativao parasitolgica em percentagem elevada de casos, comparvel ao obtido na fase aguda, com as cepas de Tipo II e mais elevadas com as cepas de Tipo III, com persistncia da positividade da IFI.
Resumo:
Vrios trabalhos com eletrocardiograma na doena de Chagas tm sido feitos. Alguns referindo-se a grupos selecionados de casos, outros a estudos longitudinais, relatam as caractersticas da mortalidade nas diversas fases da doena. Com o objetivo de avaliar o valor do eletrocardiograma como ndice de avaliao teraputica e de seu comportamento na doena de Chagas desde a fase aguda, no presente trabalho, analisou-se evolutivamente o eletrocardiograma de 42 pacientes (18 mulheres e 24 homens) procedentes da zona rural do Norte de Minas Gerais; predomnio etrio foi nas duas primeiras dcadas; todos com comprometimento cardaco; todos receberam tratamento especfico. O acompanhamento dos 42 pacientes foi de 9 anos dos quais 3 pacientes tiveram seguimento de 20 anos. Foram analisados 270 eletrocardiogramas. Ns utilizamos os seguintes critrios para a anlise do ECG: cdigo de Minnesota modificado para doena de Chagas; WHO/I. S. F. C. TASK FORCE para conduo intraventricular e critrios de Pieretti para rea eletricamente inativa. Conclumos que as alteraes eletrocardiogrficas agravam com a evoluo da doena e que o eletrocardiograma no serve de ndice de avaliao teraputica.
Resumo:
A reao sistmica aos traumatismos e infeces graves, reao de fase aguda, (RFA), pode determinar imunossupresso e reativao de infeces latentes. O objetivo do trabalho foi verificar, em 71 chagsicos crnicos com ousem RF, a freqncia de parasitismo pelo T. cruzi na veia central da supra-renal (VCSR). Os critrios para RFA (+) foram observados em 30 chagsicos: l)morteporsepsis e/outrauma aps evoluo maior que umasemana e 2)presena de lceras de stress sangrantes, ou 3) hiperplasia reacional do bao ou 4) esteatose heptica. Registrou-se peso e altura e calculou-se o ndice de massa corporal (IMC). Chagsicos com RFA (+) apresentaram maior comprometimento nutricional que os RFA (-): peso = 49,0 vs 54,5 kg; IMC = 17,5 vs 20,6kg/m2 (mediana p< Q,05). O parasitismo na VCSR no diferiu entre os grupos: 43,3% e 43,9%, respectivamente. Conclumos que os chagsicos com RFA (+) so mais subnutridos que os RFA (-) e que o desenvolvimento pr-bito de RFA no afeta a frequncia de parasitismo na VCSR.
Resumo:
A sensibilidade de hemoculturas, realizadas uma ou trs vezes, foi estudada em 52 pacientes na fase crnica da doena de Chagas. Modificaes foram introduzidas na tcnica tais como, diminuio do perodo de processamento do sangue, homogeneizao suave e exame at 120 dias do cultivo. Os resultados mostram alto percentual de positividade, ou seja, 79% e 94% dos pacientes foram positivos, respectivamente, com um ou trs testes. A julgar pela nmero de tubos positivos, em cada paciente, a parasitemia foi baixa em 59% deles, mdia em 16% e alta em 25%. No houve diferenas significativas nos resultados positivos em funo da idade dos pacientes, que variou de 14 a 82 anos. Nossos resultados demonstram que a hemocultura uma metodologia sensvel para o diagnstico parasitolgico da doena de Chagas e ideal para monitorar cura em pacientes submetidos a tratamento.
Resumo:
Para verificar a freqncia de anisocoria em portadores da fase crnica da doena de Chagas foi feito estudo prospectivo e duplo cego. Foram submetidos a exame oftalmolgico 131 pacientes com sorologia positiva para doena de Chagas e 138 indivduos com sorologia negativa, da populao do municpio de Mamba (GO), regio endmica de doena de Chagas. Para a avaliao da presena ou no de anisocoria foi realizada a pupilometria com rgua. Observamos a presena de anisocoria em 10(7,6%) pacientes chagsicos e em 3(2,1%) controles. O teste do qui-quadrado revelou que as diferenas detectadas foram estatisticamente significantes ao nvel de 5%. A doena de Chagas deve ser includa entre as causas de anisocoria.
Resumo:
Com objetivo de desenvolver metodologia para avaliar alteraes pupilares na fase crnica da doena de Chagas em rea endmica, foram examinados dez pacientes chagsicos e dez controles, pareados quanto ao sexo, idade e cor. O dimetro e rea pupilar, determinados com recursos de projeo e topografia, foram comparados nos dois grupos. Ambas as pupilas foram fotografadas, simultaneamente, com iluminao padronizada. De cada indivduo foram feitas trs fotos sucessivas: inicial, aps 30 minutos da instilao de colrio depilocaipina a 0,1% e aps 30 minutos da instilao de colrio de fenilefrina a 3%. As pupilas dos chagsicos diferiram das dos controles, de forma estatisticamente significante: maiores dimetros e reas iniciais; irregularidades nos contornos; maiores redues percentuais em dimetro e rea aps pilocarpina; maiores aumentos percentuais em dimetro e rea aps fenilefrina. A metodogia foi considerada satisfatria e os resultados sugerem alteraes no sistema nervoso autnomo ocular nos chagsicos.
Resumo:
Valorizando a sensibilidade do sistema Quantitative Buffy Coat (QBC), documentada em modelo experimental murino, estando os animais com infeco aguda pelo Trypanosoma cruzi houve tentativa de evidenciar esse parasita no sangue perifrico de 100 pacientes com doena de Chagas, em fase crnica. Com o emprego desse mtodo, nenhuma positividade ocorreu, evidentemente em virtude das pequenas parasitemias, no revelveis pela tcnica, pelo menos conforme o verificado atravs da casustica considerada.
Resumo:
O xenodiagnstico (xeno) clssico e artificial feitos com Dipatalogaster maximus de primeiro estgio foi realizado simultaneamente em 57 pacientes com infeco chagsica crnica (22 do sexo masculino e 35 do sexo feminino, com idades entre 7 e 80 anos). Exceto dois pacientes com clnica de megaesfago, os demais tinham dois exames sorolgicos prvios positivos sendo feita nova sorolgia no decorrer do estudo. Os pacientes eram provenientes do ambulatrio do Hospital Universitrio de Braslia (HUB) ou eram residentes no municpio de Mamba, GO. Dos 57 pacientes, 24 (42%) apresentaram xenodiagnsticos positivos. Dos 114 xenodiagnsticos realizados, 36 (32%) foram positivos. A comparao das duas tcnicas no mostrou diferena estatisticamente significante (p = 0,42), porm o xeno artificial apresenta vantagem porque o sangue oferecido aos triatomneos atravs de um aparelho enquanto, no xeno clssico, os triatomneos sugam atravs da pele do paciente.
Resumo:
Foram comparados o estado nutricional e parmetros do metabolismo do ferro de adultos HIV-positivos, com ou sem resposta de fase aguda (RFA). Adultos HIV-positivos (n = 29) submeteram-se a antropometria, recordatrio alimentar e determinao srica de albumina, protena C reativa (PCR), ferritina e capacidade total de ligao do ferro (CTLF), alm de creatinina urinria. Infeco mais PCR > 7mg/dl foram critrios de positividade da RFA. ndice de massa corporal (IMC < 18,5kg/m2) e ndice creatinina-altura (ICA < 70%) definiram subnutrio. Subnutrio (77,8 vs 40%) e tuberculose pulmonar (44,4 vs 9,5%) foram mais freqentes nos pacientes RFA-positivos, que tambm apresentaram menores nveis de albumina (3,7 0,9 vs 4,3 0,9g/dl), CTLF (165,8 110,7 vs 265,9 74,6mg/dl) e hemoglobina (10,5 1,8 vs 12,6 2,3g/dl). A ingesto de ferro foi adequada e similar entre RFA-positivos e RFA-negativos, o mesmo ocorrendo, respectivamente, quanto ferritina srica (mediana; variao, 568; 45,3-1814 vs 246; 18,4-1577ng/ml). Pacientes HIV-positivos com resposta de fase aguda so nutricionalmente mais comprometidos e tm anemia que parece no depender da ingesto recente de ferro.
Avaliao do tratamento especfico para o Trypanosoma cruzi em crianas, na evoluo da fase indeterminada
Resumo:
Doze pacientes com idades entre 7 a 12 anos, na forma indeterminada da doena de Chagas, com sorologia e xenodiagnstico positivos, receberam tratamento especfico. Dois pacientes tomaram 7mg/kg de nifurtimox durante 60 e 90 dias e 10 usaram 5-7mg/kg de benznidazol durante 60 dias. A evoluo clnica foi verificada atravs de exame clnico, eletrocardiograma, exame radiolgico contrastado do esfago. Aps o tratamento somente uma (8,3%) paciente apresentou todos os exames negativos. Oito deles foram avaliados aps oito anos do tratamento e 4 acompanhados durante 20 anos. Sete (58,4%) permaneceram na forma indeterminada e 4 (33,3%) chagsicos progrediram clinicamente para cardiopatia grau II e/ou esofagopatia, apesar do tratamento precoce. So necessrios estudos com maior nmero de crianas na fase indeterminada e acompanhamento a longo prazo para se estabelecer a influncia do tratamento especfico na evoluo da doena de Chagas.
Resumo:
Em investigao experimental, a ticlopidina mostrou ser ativa no sentido de diminuir a parasitemia e a mortalidade quando avaliada a infeco de camundongos pelo Trypanosoma cruzi. Por isso, este frmaco foi administrado a 12 pacientes com doena de Chagas, em fase crnica. Houve utilizao de 150, 200 ou 250mg, durante 90 dias, conforme se tratasse de crianas, adolescentes ou adultos, respectivamente. Ficou documentado cabal insucesso sob os pontos de vista parasitolgico e sorolgico.
Resumo:
Pesquisou-se a ocorrncia, na parede das veias do plexo pampiniforme de chagsicos crnicos, de acmulos intracelulares de Trypanosoma cruzi e sinais inflamatrios (flebite). Para tal fim, colheram-se, necropsia, 23 pares de funculos espermticos, epiddimos e testculos, sendo 17 de chagsicos crnicos e 6 de controles (no chagsicos). Em cada caso, foram feitos mltiplos cortes das gnadas e dos vasos; fez-se pesquisa de T. cruzi por imuno-histoqumica nos funculos espermticos de todos os casos. No se observaram parasitos nas paredes vasculares. Notou-se flebite crnica inespecfica, focal e discreta, em cinco chagsicos (bilateral em trs pacientes) e dois controles; havia infiltrao mononuclear discreta do interstcio funicular em treze chagsicos e cinco controles. A anlise estatstica dos resultados (chi2) no revelou diferenas significativas. Conclui-se que o ambiente hormonal devido testosterona no parece favorecer a infeco da parede dos vasos gonadais por Trypanosoma cruzi, embora, segundo a literatura, o referido hormnio parea ter aes imunodepressoras.