121 resultados para paradigma funcional
Resumo:
Disconcerting environmental problems, for which no solutions exist yet, appear daily. Despite this, many believe countries such as Brazil, biologically rich and not yet belonging to the First World, should be restricted to collecting information. Counteracting this opinion, that precludes rationally influencing the environment, we have sought to better understand the language of nature based on Quantitative Chemo-Biology. This multidisciplinary endeavor tackles a range of issues from basic questions such as the origin of life, to more urgent problems such as mapping the chemical and biological diversity of specific regions. We believe this is the right way to prepare younger generations to deal with the unpredictable future.
Resumo:
A esquistossomose mansônica hepato-esplênica com varizes sangrantes do esôfago é infreqüente em crianças, entretanto, determina morbidade atingindo a produtividade desses futuros adultos. Uma das opções para o tratamento cirúrgico é a esplenectomia associada à ligadura da veia gástrica esquerda e esclerose endoscópica das varizes, nos casos de recidiva hemorrágica. Auto-implante esplênico tem sido adicionado em crianças. Há evidências de que a esplenose pós-esplenectomia por trauma mantém, de forma parcial, as funções imunológica e de filtração esplênicas. Todavia, estudos semelhantes não foram realizados em pacientes esquistossomóticos. Foram analisados 23 pacientes, de 9 a 18 anos, com esquistossomose hepato-esplênica submetidos à esplenectomia, ligadura de veia gástrica esquerda e auto-implante esplênico no omento maior. Avaliou-se a função de filtração através da pesquisa de corpúsculos de Howell-Jolly em esfregaços de sangue periférico, cuja presença indica ausência ou insuficiência de função de filtração esplênica. Foi realizada análise morfológica da esplenose através de exame cintilográfico, usando enxofre coloidal, marcado com Tecnécio 99m. Observou-se captação dos implantes esplênicos em todos os pacientes, entretanto, em dois (8,7%), o número de nódulos esplênicos observados foi inferior a cinco, sendo considerado insuficiente. Em correspondência, esses dois pacientes foram os únicos que apresentaram positividade para corpúsculos de Howell-Jolly. Os dados confirmam o auto-implante esplênico no omento maior como método eficaz de produção de esplenose e manutenção da função de filtração esplênica em mais de 90% dos pacientes.
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OBJETIVO: Avaliar as repercussões clínicas e laboratoriais em pacientes submetidos a auto-implantes esplênicos. MÉTODOS: Foram estudados 29 pacientes com lesões graves do baço, 20 que receberam auto-implantes esplênicos (grupo I), nove a esplenectomia total sem preservação de tecido esplênico (grupo II) e 22 pacientes com baços íntegros constituíram o grupo controle (grupo III). Investigaram-se as complicações pós-operatórias imediatas e tardias. No pós-operatório tardio realizaram-se exames hematológicos (hematimetria, hemoglobina, hematócrito, plaquetas, leucócitos globais e segmentados, linfócitos e corpúsculos de Howell Jolly). Dosaram-se as imunoglobulinas (IgA, IgM e IgG) e linfócitos T totais (LTT), linfócitos T ativos (LTA) e linfócitos B. Realizou-se cintilografia esplênica com enxofre coloidal marcado com o 99mTc. RESULTADOS: Em nenhum dos grupos verificou-se leucocitose ou trombocitose. Os corpúsculos de Howell-Jolly foram observados no grupo II e neste grupo a IgM esteve reduzida. A cintilografia mostrou tecido esplênico captante no grupo I. CONCLUSÃO: O auto-implante é uma boa alternativa quando a esplenectomia total for necessária.
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OBJETIVO: Foram estudados 25 pacientes portadores de neoplasias malignas da cabeça e pescoço (20 de vias aerodigestivas superiores e cinco da glândula tireóide), submetidos a esvaziamentos cervicais uni ou bilaterais (33 procedimentos), sendo 15 supra-omohióideos, 11 funcionais e sete em campos alargados. MÉTODO: Através da eletroneuromiografia (ENM), foram avaliados funcionalmente o músculo trapézio e o nervo espinhal após os diferentes procedimentos, aos 30 e 180 dias. RESULTADOS: Foram aferidos para as três formas de linfadenectomia 94% de desnervação do músculo trapézio, severa em 68% e moderada 32% (p = 0,001), portanto valores significativos. Quanto à avaliação do tipo de lesão do nervo espinhal, após 30 dias observou-se lesão de axônio (axonotmese) em 31 dos 33 procedimentos. Com relação à reinervação, esta foi detectada após 180 dias, sendo boa (21%), moderada (72%) e ruim (7%) para valores de p = 0,001 de significância estatística. CONCLUSÕES: A eletroneuromiografia foi um método efetivo na avaliação da unidade neuromuscular e o tipo de esvaziamento cervical conservador não foi determinante de alterações destas estruturas.
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OBJETIVO: O carcinoma espinocelular CEC da base da língua tem um comportamento agressivo, disseminando-se precocemente para o pescoço uni ou bilateralmente. O objetivo deste trabalho é estabelecer critérios de tratamento eletivo ou terapêutico dos linfonodos cervicais metastáticos ou não para o CEC da base de língua. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 290 pacientes com CEC de base de língua atendidos no Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis, Hosphel, São Paulo, de 1997 a 2000. Após análise loco-regional, foram classificados segundo os níveis I, II, III, IV e V do estadiamento TNM da UICC (1998). Os resultados foram analisados segundo o teste do Qui-quadrado para o estudo da associação de sítios, tamanho do tumor, presença de metástases e invasão da linha média. RESULTADOS: Houve um predomínio do sexo masculino em relação ao feminino (9:1), da 6ª década, dos fumantes e etilistas (83,8%). Quanto à disseminação linfonodal, diagnosticamos N0 (21,0%), N1 (13,4%), N2 (43,1%), N3 (22,5%) e níveis I(11,6%), II(69,0%), III (13,5%), IV (2,8%) e V (3,1%). Quanto à invasão da linha média, não houve relação significante com o nível comprometido. CONCLUSÃO: O tratamento do CEC da base da língua deve envolver o sítio primário e os níveis de disseminação linfonodal, uni e bilateral.
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OBJETIVO: Determinar a importância da tomografia computadorizada na mudança do paradigma cirúrgico no carcinoma espinocelular (CEC) da boca e orofaringe. MÉTODO: De 1991 e 2004, nos Departamentos de Cirurgia de Cabeça e Pescoço/ORL e Radiologia do Hospital Heliópolis, foram analisados, retrospectivamente, tomografias computadorizadas de 30 pacientes, 25 homens e cinco mulheres, com idades variando de 25 a 77 anos, todos com diagnóstico de carcinoma epidermóide do soalho da boca e/ou da língua oral e orofaringe. Todos os exames foram avaliados por dois radiologistas, separadamente, sem o conhecimento prévio do estadiamento clínico, sendo analisada a disseminação local-regional para os diferentes sítios. Para análise interobservadores, o índice Kappa foi calculado para estimar a concordância entre os mesmos, sendo o nível de significância adotado o valor de 0,05. RESULTADO: A análise da concordância entre os observadores foi considerada excelente (Kappa: 0,81 - 1,00) para três subsítios (linha média, espaço mastigador e cadeia linfonodal jugulo-carotídea alta); boa (Kappa: 0,61 - 0,80) para 10 subsítios (soalho da boca e língua oral, ramo da mandíbula, trígono retromolar, espaço submandibular, loja amigdalina e cadeias linfonodais submentoniana, submandibular, jugulo-carotídea média, jugulo-carotídea baixa e espinal); moderada (Kappa: 0,41 - 0,60) para dois subsítios (corpo da mandíbula e base da língua) e não foi possível calcular o Kappa para um subsítio (cadeia linfonodal retrofaríngea). CONCLUSÃO: A concordância interobservadores predominou de boa a excelente, sendo os valores estatisticamente significantes.
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OBJETIVO: Avaliar a função pulmonar pós-colecistectomias subcostais abertas de pacientes sob ação da morfina no pós-operatório imediato. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo prospectivo, onde se avaliaram espirometrias pós-operatórias de 15 pacientes submetidas à colecistectomias abertas subcostais, que receberam dose única de morfina peridural na anestesia. Os dados pós-operatórios foram comparados aos pré-operatórios pelo teste t-Student emparelhado. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: Existiram diferenças significativas para as variáveis Capacidade Vital Forçada (p = 0,007) e Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (p = 0,008) no pré e pós-operatório imediato, indicando distúrbios ventilatórios restritivos. Todas as pacientes apresentaram espirometrias normais no 3º dia de pós-operatório. CONCLUSÃO: Mesmo sob ação analgesia da morfina peridural, no pós-operatória imediato, foram observados distúrbios ventilatórios restritivos leves pós-colecistectomias subcostais abertas. Contudo, observou-se uma rápida recuperação da função pulmonar, o que pode diminuir a morbidade pulmonar pós-operatória.
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Objetivo: estudar a mobilidade do colo vesical e a força da musculatura perineal em mulheres com e sem incontinência urinária de esforço, no menacme e na pós-menopausa. Métodos: foram avaliadas 61 pacientes, das quais 31 estavam no menacme, sendo 17 com incontinência urinária de esforço (IUE) e 14 continentes, e 30 estavam na pós-menopausa, das quais 15 com e 15 sem IUE. Todas as incontinentes foram submetidas ao teste da coluna d'água e ao teste de esforço com bexiga vazia. A mobilidade do colo vesical foi avaliada pelo teste do cotonete e por ultra-sonografia e, para estudo da função da musculatura perineal, foram utilizados a palpação digital e cones vaginais. Resultados: a posição do colo vesical nas mulheres com incontinência urinária de esforço (grupos A e C), tanto pela ultra-sonografia quanto pelo teste do cotonete, foi mais baixa, sendo --11,8 cm no grupo A e --12,5 cm no grupo C, do que as mulheres continentes, nas quais o colo encontrava-se, em média, a +4,4 cm no grupo B e +2,3 cm no grupo D. Quanto à mobilidade do colo vesical, avaliada pela ultra-sonografia e pelo teste do cotonete, não houve diferença significativa entre os grupos continentes no menacme (9,1 cm) e na pós-menopausa (9,5 cm). Também não houve diferença significativa entre os dois grupos incontinentes entre si (17,1 cm para o grupo A e 16,6 cm para o C). No entanto, a mobilidade foi significativamente maior nos grupos com incontinência urinária de esforço (A e C) do que nos grupos continentes (B e D) Verificamos que, quanto à avaliação da musculatura do assoalho pélvico, o teste realizado com cones vaginais e a avaliação funcional do assoalho pélvico mostraram índice 4 no grupo B e 3,4 no grupo D, indicando maior força muscular nas mulheres continentes, quando comparadas às incontinentes (2,9 e 2,3, respectivamente no menacme e na pós-menopausa). Conclusão: a mobilidade do colo vesical, avaliada por meio do teste do cotonete e da ultra-sonografia, é maior nas mulheres incontinentes, independente do estado menopausal. A avaliação do assoalho pélvico pela palpação digital e pelos cones vaginais mostrou que a função muscular é menos eficiente nas mulheres incontinentes.
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OBJETIVO: avaliar e comparar os efeitos da oxibutinina, da eletroestimulação e dos exercícios perineais no tratamento da hiperatividade do detrusor. MÉTODOS: foram randomizadas mulheres com idade variando de 35 a 80 anos, predominantemente brancas. As pacientes foram randomizadas nos grupos: Oxibutinina (n=22), Eletroestimulação (n=21) e Exercícios Perineais (n=21). Os grupos eram semelhantes quanto à raça (p=0,948), idade (p=0,747), estado hormonal (p=0,813), tempo de sintomatologia (p=0,789), cirurgias prévias para correção de incontinência urinária (p=0,993) e índice de massa corpórea (p=0,897). Avaliaram-se antes e depois do tratamento o estudo urodinâmico, o diário miccional, a presença de urgência e a satisfação. A duração do tratamento foi de 12 semanas consecutivas. Para análise estatística, utilizaram-se os testes do chi2 de Pearson, análise de variância (ANOVA) e o t-pareado. RESULTADOS: na avaliação do diário miccional, houve diminuição da urge-incontinência e dos absorventes utilizados nos três grupos (p<0,05) e diminuição da freqüência miccional no Grupo Oxibutinina (p=0,014). Observou-se redução dos episódios de noctúria nos Grupos Oxibutinina (p=0,003) e Eletroestimulação (p=0,036). Na comparação entre as três técnicas, a análise desses dados foi semelhante (p>0,05). A urgência desapareceu em 63,6% das pacientes do Grupo Oxibutinina, em 52,4% das do Grupo Eletroestimulação e em 57,1% das pacientes do Grupo Exercícios Perineais, resultado semelhante entre os grupos (p=0,754). A avaliação subjetiva mostrou que 77,3, 52,4 e 76,2% estavam satisfeitas nos Grupos Oxibutinina, Eletroestimulação e Exercícios Perineais, respectivamente, após o tratamento, sem diferença entre os grupos (p=0,142). A cura urodinâmica foi observada em oito (36,4%) das pacientes do Grupo Oxibutinina, 12 (57,1%) do Grupo Eletroestimulação e em 11 (52,4%) das mulheres tratadas com exercícios perineais, o que foi semelhante quando se compararam os grupos entre si (p=0,358). A diminuição da perda urinária correlacionou-se com a satisfação das pacientes (p<0,05). CONCLUSÃO: os tratamentos foram igualmente eficazes; a diminuição da perda urinária influenciou a satisfação das pacientes.