254 resultados para 8-74
Resumo:
Foram estudadas 104 amostras de secreção vaginal de mulheres com suspeita de candidiase segundo observações clinicas, na cidade de Alfenas-MG. Encontrou-se 55,7% de positividade para Candida albicans .prevalecendo maior índice na raça negra (64% de 25 amostras), sendo de 53,1% (79 amostras), a positividade na raça branca. Em 14 gestantes, a pesquisa da levedura mostrou-se positiva na totalidade dos casos. A maioria das amostras positivas (93,1%) procedia de mulheres com idade compreendida entre 20 40 anos. O uso de anticoncepcionais, antibióticos e presença de displasias cervicais mostraram-se como fatores que contribuiram para maior incidência do fungo. Das 58 amostras de C. albicans isoladas, 50 (86,2%) pertenciam ao sorotipo "A", sendo 37 (74%) isoladas de mulheres da raça branca e 13 (26%) da raça negra. Apenas 08 amostras (13,8%) pertenciam ao sorotipo "B", sendo 05 (11,9%) isoladas a partir de mulheres da raça branca e 03 (18,75%) da raça negra.
Resumo:
Com o objetivo de dimensionar a prevalência da infecção pelo Treponema pallidum e determinar fatores de risco relacionados a soropositividade foram rastreados 299 presidiários no Centro Penitenciário de Atividades Industriais de Goiás (CEPAI-GO), 20 Km de Goiânia. O rastreamento sorológico foi realizado utilizando-se como critério de positividade, qualquer resultado sororeagente ao VDRL independentemente do título. Através de um questionário padronizado foram avaliados os seguintes fatores de risco: tempo de encarceramento, sinais e sintomas relativos às principais doenças sexualmente transmissíveis (DST), história de sífilis ou outras DST e práticas sexuais (homo/bissexualismo e número de parceiros). Foram calculados o valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) da história pregressa de sífilis obtida na anamnese. Uma soroprevalência global de 18,4% foi obtida, não havendo diferença entre as faixas etárias. O VPP do antecedente de sífilis foi de 26% significando que 74% dos indivíduos que referiram sífilis no passado não tiveram confirmação pelo VDRL. Entre os fatores de risco testados, a bissexualidade foi o único que apresentou associação estatisticamente significante com soropositividade (risco relativo 5,8 - LC 95% 1,2-16,0 p= 0,03). Foram discutidas as dificuldades metodológicas que poderiam ter influenciado nos resultados.
Resumo:
A evidência da transmissão extraflorestal da leishmaniose cutâneo-mucosa na região do Vale do Ribeira ensejou o presente estudo epidemiológico prospectivo, visando avaliar a atividade enzoótica de L. (V.) braziliensis. A pesquisa paratisológica da infecção natural em pequenos mamíferos e população canina foi complementada com o teste de imunofluorescência indireta (IFI) para cães e captura de flebotomíneos em ambiente florestal e peridomiciliar. A positividade para o teste sorológico e exame parasitológico somente foi observada para cães residentes e com taxas de 5,6 e 2,4%, respectivamente. Entre animais silvestres e sinantrópicos capturados, destacam-se os pertencentes a Oryzomys (Oligoryzomys) e Rattus rattus, ambos assinalados em proporções equivalentes (29,3%), em ambiente peridomiciliar. Foram capturados apenas 166 exemplares femininos de Lutzomyia intermedia, fato atribuído à borrifação das habitações humanas e anexos com DDT. No contexto epidemiológico mais amplo, discute-se a fragilidade do ciclo extraflorestal da L. (V.) braziliensis; o papel do cão e de pequenos mamíferos, como fonte de infecção domiciliar, além de analisar o potencial deles na dispersão do parasita na área estudada.
Resumo:
Provas funcionais respiratórias foram realizadas em 58 pacientes com Paracoccidioidomicose (Pbmicose) pulmonar uni e multifocal em 52; tumoral em 5 e genital feminino interno em 01. A idade oscilou de 20 a 74 anos e a duração da doença variou de 3 a 25 anos. Manifestações respiratórias, tegumentares e linfáticas foram predominantes. Catorze deles desenvolveram Cor pulmonale, função renal alterada em 19, modificações eletrocardiográficas em 8 e atividade hiporeatora adrenal em 13 dos 20 casos estudados. A análise radiológica revelou lesões designadas: leve em 16; moderada em 24 e grave em 18 que à evolução evidenciaram: manutenção e piora, respectivamente, em 35 e em 23 deles. As provas funcionais respiratórias mostraram: espirografia normal em 17; obstrutivo em 32 e misto em 9 doentes. O espaço morto foi superior a 35% em 25 e a ventilação alveolar minuto estava elevada em 54. A diferença alvéolo-arterial de Oxigênio estava aumentada em todos. A análise estatística revelou associação significativa entre radiologia: evolução radiológica e a função pulmonar. A Pbmicose em doentes tabagistas inveterados conduziu ao enfisema, enquanto que as modificações alvéolo-arteriais anoxêmicas propiciaram a disseminação da Doença de Lutz.
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This clinical trial compared parasitological efficacy, levels of in vivo resistance and side effects of oral chloroquine 25 mg/Kg and 50 mg/Kg in 3 days treatment in Plasmodium falciparum malaria with an extended followed-up of 30 days. The study enroled 58 patients in the 25 mg/Kg group and 66 in the 50 mg/Kg group. All eligible subjects were over 14 years of age and came from Amazon Basin and Central Brazil during the period of August 1989 to April 1991. The cure rate in the 50 mg/Kg group was 89.4% on day 7 and 71.2% on day 14 compared to 44.8% and 24.1% in the 25 mg/Kg group. 74.1% of the patients in the 25 mg/Kg group and 48.4% of the patients in the 50 mg/Kg group had detectable parasitaemia at the day 30. However, there was a decrease of the geometric mean parasite density in both groups specially in the 50 mg/Kg group. There was 24.1% of RIII and 13.8% of RH in the 25 mg/Kg group. Side effects were found to be minimum in both groups. The present data support that there was a high level resistance to chloroquine in both groups, and the high dose regimen only delayed the development of resistance and its administration should not be recommended as first choice in malaria P. falciparum therapy in Brazil.
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Para reconhecer a distribuição dos planorbídeos na 8ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, 286 lotes de caramujos procedentes dos 85 municípios que a constituem foram examinados e identificados no Laboratório de Malacologia da SUCEN. Biomphalaria straminea, que ocorre em quatro criadouros - um em Altair e três em S. José do Rio Preto, foi a única espécie identificada capaz de vir a comportar-se naturalmente como hospedeira intermediária de S.mansoni. Isto demonstra que são mínimas as probabilidades da esquistossomose vir a instalar-se na área estudada.
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Registramos a ocorrência de epidemia de dengue causada pelo sorotipo 2 (DEN 2) na cidade de Araguaina, estado do Tocantins (TO) situado no Brasil central. Quatrocentos indíviduos de 74 famílias, residentes nos bairros S. João, Araguaina Sul e Neblina foram entrevistados e sangrados, independentemente de terem adoecido ou não. Os soros tanto de adultos quanto de crianças de ambos os sexos foram usados para pesquisa de anticorpos inibidores da hemaglutinação (IH) e IgM através de ensaio imunoenzimático (MAC ELISA). Nas casas onde haviam doentes no momento do inquérito, sangue total também foi colhido para tentativa de isolamento de vírus. O quadro clínico apresentado pelos pacientes foi caracterizado por febre, cefaléia, mialgias, artralgias e exantema do tipo máculo-papular não pruriginoso. A infecção foi mais frequente em mulheres (33.9%) do que nos homens (23.8%), ocorrendo em todas as faixas etárias, inclusive em crianças com menos de um ano de idade, bem como em maiores de 70 anos. Um total de 1105 mosquitos (56 fêmeas e 45 machos de Culex quinquefasciatus e 567 fêmeas e 437 machos de Aedes aegypti) foram obtidos a partir de larvas coletadas em Araguaina. As fêmeas de Ae. aegypti obtidas das larvas fizeram repasto sangüíneo em 8 pacientes febris. O diagnóstico laboratorial foi feito por isolamento de vírus (cultura de células de Aedes albopictus, clone C6/36) e por sorologia (IH e MAC ELISA). Foram isoladas 5 amostras de DEN 2 de pacientes febris e tipadas por imunofluorescência indireta usando anticorpos monoclonais de dengue. Nenhuma amostra viral foi isolada de mosquitos. Outrossim, comprovou-se infecção em 111 pessoas sangradas, o que revelou um índice de positividade de 27.75% (111 em 400), sendo que 66.2% das famílias estudadas apresentaram pelo menos um indivíduo positivo. Ocorreram ainda, 26.1% de infecções assintomáti-cas. Por outro lado, a correlação de positividade entre os dois testes usados (IH e MAC ELISA) foi de 94.6%. Estimamos que ocorreram aproximadamente 83.250 casos da doença, entre 15 de março a 31 de maio de 1991. Esta é a primeira epidemia de DEN 2 em um estado da Amazônia Brasileira, portanto em área endêmica de febre amarela, e a primeira evidência da interiorização do DEN 2, até então restrito ao Rio de Janeiro.
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O presente trabalho, além da revisão da literatura sobre quimiotipagem do C. neoformans, com novos dados sobre a epidemiologia da criptococose, teve por finalidade principal a caracterização das duas variedades desta levedura em pacientes com neurocriptococose, HIV + e HIV -. As variedades neoformans e gattii estão hoje bem definidas bioquimicamente, com o emprego do meio C.G.B., proposto por KWON-CHUNG et al. (1982) 24. O isolamento do C. neoformans var. gattii das flores e folhas do Eucalyptus camaldulensis e do Eucalyptus tereticornis, na Austrália, através dos trabalhos de ELLIS & PFEIFFER (1990)16 e PFEIFFER & ELLIS (1992)41, possibilitou investigações epidemiológicas das mais interessantes sobre este microrganismo, levedura capsulada a qual SANFELICE50, 51, na Itália, em 1894 e 1895 despertou a atenção do meio médico. BUSSE8, em 1894, descrevia o primeiro caso de criptococose humana sob a forma de lesão óssea, simulando sarcoma. As pesquisas nacionais sobre o assunto em foco foram destacadas, seguindo-se a experiência dos Autores com o meio de C.G.B. (L - canavanina, glicina e azul de bromotimol). Foi possível, através deste meio o estudo de 50 amostras de líquor, sendo 39 procedentes de aidéticos (78%) e 11 de não aidéticos (22%). De pacientes HIV+, 37 (74%) foram identificados como C. neoformans var. neoformans e 2 (4%) como C. neoformans var. gattii. Dos HIV- 8 ( 16%) foram classificados como C. neoformans var. neoformans e 3 (6%) como C. neoformans var. gattii. Através deste trabalho, evidencia-se a importância da neurocriptococose, principalmente entre os aidéticos, demonstrando-se mais uma vez o interesse do meio CGB na quimiotipagem do C. neoformans em suas duas variedades, ganhando em importância a demonstração de que duas espécies de eucalipto podem funcionar como "árvores-hospedeiras" para o Cryptococcus neoformans var. gattii.
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In this paper we report a eight-year prospective study designed to further characterize incidence, epidemiology, specific syndromes, treatment and prognosis associated with fungal infections in neutropenic patients. During the study period 30 fungal infections were diagnosed in 30 patients among 313 episodes of fever and neutropenia (10%). There were 15 cases of candidiasis, 5 pulmonary aspergillosis, 3 sinusitis by Aspergillus fumigatus, 5 infections by Fusarium sp., one infection by Trichosporon sp., and one infection due to Rhodotorula rubra. Blood cultures were positive in 18 cases (60%). The predisposing factors for fungal infection in multivariate analysis were the presence of central venous catheter (p<0.001), longer duration of profound (<100/mm³) neutropenia (p<0.001), the use of corticosteroids (p<0.001), gram-positive bacteremia (p=0.002) and younger age (p=0.03). In multivariate analysis only recovery of the neutropenia (p<0.001) was associated with good prognosis whereas the diagnosis of infection by Fusarium sp. (p=0.006) was strongly associated with a poor outcome. The death rate was 43%. There was no statistically significant difference in the death rate between patients who did receive (52%) or did not receive (50%) antifungal treatment. Identifying patients at risk, specific syndromes and prognostic factors may help to reduce the high mortality associated with disseminated fungal infections in neutropenic patients.
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Systematic examination of the upper respiratory and digestive tracts (URDT) was performed in a group of 80 paracoccidioidomycosis (PCM) patients submitted to post-treatment follow-up ranging from 8 months to 17 years. Mucosae of the URDT had been involved prior to specific treatment in 74 patients, distributed as follows: oropharynx, 50 (41 alone, 7 in association with the larynx, and 2 with the nasal mucosa); larynx, 30 (23 alone and 7 in association); and nasal mucosa, 3(1 alone and 2 in association). Inactive lesions were observed in all the 50 patients with lesions of the oropharynx, 3 of whom with deforming scars (1 with retraction of the tongue and 2 with narrowing of the oral orifice). One case presented a destructive lesion, with perfuration of the palate. Of the other 46 cases, examination showed nacreous white striated scars which were nearly imperceptible in some cases and in others displayed partial retraction of anatomical structures without any alteration of their features. Patients presented a high rate of missing teeth. In 3 patients with involvement of the nasal mucosa, none of whom presented active PCM lesions, 2 still had nasal voices. In 30 patients with lesions of the larynx, 1 suffered a relapse of PCM and 2 developed epidermoid carcinoma. Of the other 27 cases, none of whom had active PCM lesions, 15 presented dysphonia, 3 were tracheotomized, and 9 were asymptomatic.
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In order to evaluate the role of the determination of adenosine deaminase activity (ADA) in ascitic fluid for the diagnosis of tuberculosis, 44 patients were studied. Based on biochemical, cytological, histopathological and microbiological tests, the patients were divided into 5 groups: G1 - tuberculous ascites (n = 8); G2 - malignant ascites (n = 13); G3 - spontaneous bacterial peritonitis (n = 6); G4 - pancreatic ascites (n = 2); G5 - miscelaneous ascites (n = 15). ADA concentration were significantly higher in G1 (133.50 ± 24.74 U/l) compared to the other groups (G2 = 41.85 ± 52.07 U/l; G3 = 10.63 ± 5.87 U/l; G4 = 18.00 ± 7.07 U/l; G5 = 11.23 ± 7.66 U/l). At a cut-off value of >31 U/l, the sensitivity, specificity and positive and negative preditive values were 100%, 92%, 72% and 100%, respectively. ADA concentrations as high as in tuberculous ascites were only found in two malignant ascites caused by lymphoma. We conclude that ADA determination in ascitic fluid is a useful and reliable screening test for diagnosing tuberculous ascites. Values of ADA higher than 31 U/l indicate more invasive methods to confirm the diagnosis of tuberculosis.
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A survey for canine tegumentary leishmaniasis (CTL) has been carried out between 1986 and 1993 in seven endemic localities for American cutaneous leishmaniasis in the State of Rio de Janeiro. 270 dogs have been examined for their clinical aspects, the development of delayed hypersensitivity (DHS) with Immunoleish antigen and with immunofluorescent antibody research of IgG (IF). 28.2% of them had ulcer lesions and 3.3% had scars. The lesions consisted of single (39.5%) and mucocutaneous lesions (31.6%), multiple cutaneous (25.0%) and mucocutaneous lesions associated with cutaneous ulcers (4.0%). Twelve (15.8%) isolates from biopsies were analyzed by zimodeme and schizodeme and identified as L. (V.) braziliensis. The overall prevalence of canine infection that was evaluated with the skin test was of 40.5% and with IF it was of 25.5%. Both tests showed a high positive rate with relation to the animals with mucosal lesions, as in the case of human mucocutaneous leishmaniasis. The comparison of the two tests showed the skin test to have a better performance although there was no statistical difference (p>0.05) between them. The proportional sensitivity and specificity was of 84.0% and 74.0%, respectively. The Immunoleish skin test and IF are useful tools to be employed in CTL field epidemiological surveys.
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In this study we investigated the effect of 8-Bromoguanosine, an immunostimulatory compound, on the cytotoxicity of macrophages against Leishmania amazonensis in an in vitro system. The results showed that macrophages treated with 8-Bromoguanosine before or after infection are capable to reduce parasite load, as monitored by the number of amastigotes per macrophage and the percentage of infected cells (i.e. phagocytic index). Since 8-Bromoguanosine was not directly toxic to the promastigotes, it was concluded that the ribonucleoside induced macrophage activation. Presumably, 8-Bromoguanosine primed macrophages by inducing interferon alpha and beta which ultimately led to L. amazonensis amastigote killing. The results suggest that guanine ribonucleosides may be useful to treat infections with intracellular pathogens.
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Serum samples from 497 children and adults inhabiting two neighbourhoods (Guamá and Terra Firme) in Belém, Pará, North Brazil were screened for the presence of human herpesvirus 8 (HHV-8) antibody using an enzyme-linked immunosorbent assay. An overall 16.3% prevalence was found for these urban communities. Taken both genders together, prevalence rates of HHV-8 antibody increase gradually, across age-groups, ranging from 12.0% to 33.3%. When seroprevalence is analysed by gender, similar rates are found for female (18.4%) and male (14.0%) individuals. In the former gender group, seroprevalence rates increased from 10.3%, in children £ 10 years of age, to 30.0% in adults 41-50 years of age. Conversely, among male subjects, the prevalence of HHV-8 antibodies decreased from 13.3% in children/young adults aged £ 10 to 20 years of age to 6.1% in adults aged 21-30 years. From the 31-40 year-old group male onwards, seropositivity rates increased gradually, ranging from 8.3% to 66.7%. A significant difference in seropositivity rates was noted when comparing 21-30 age groups for female and male subjects: 23.3% and 6.1%, respectively (P = 0.03). Geometric mean optical densities were found to increase slightly from the lower to the higher age-groups. Our data suggest that transmission of HHV-8 occurs frequently in the general urban population of Belém, and that prevalence of antibody seems to increase with age.