Soroprevalência e fatores de risco para sífilis em população carcerária de Goiás


Autoria(s): Andrade,Ana Lúcia Sampaio Sgambatti de; Martelli,Celina Maria Turchi; Sousa,Luiz Carlos Silva; Sousa,Marta Antunes de; Zicker,Fabio
Data(s)

01/06/1989

Resumo

Com o objetivo de dimensionar a prevalência da infecção pelo Treponema pallidum e determinar fatores de risco relacionados a soropositividade foram rastreados 299 presidiários no Centro Penitenciário de Atividades Industriais de Goiás (CEPAI-GO), 20 Km de Goiânia. O rastreamento sorológico foi realizado utilizando-se como critério de positividade, qualquer resultado sororeagente ao VDRL independentemente do título. Através de um questionário padronizado foram avaliados os seguintes fatores de risco: tempo de encarceramento, sinais e sintomas relativos às principais doenças sexualmente transmissíveis (DST), história de sífilis ou outras DST e práticas sexuais (homo/bissexualismo e número de parceiros). Foram calculados o valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) da história pregressa de sífilis obtida na anamnese. Uma soroprevalência global de 18,4% foi obtida, não havendo diferença entre as faixas etárias. O VPP do antecedente de sífilis foi de 26% significando que 74% dos indivíduos que referiram sífilis no passado não tiveram confirmação pelo VDRL. Entre os fatores de risco testados, a bissexualidade foi o único que apresentou associação estatisticamente significante com soropositividade (risco relativo 5,8 - LC 95% 1,2-16,0 p= 0,03). Foram discutidas as dificuldades metodológicas que poderiam ter influenciado nos resultados.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651989000300007

Idioma(s)

pt

Publicador

Instituto de Medicina Tropical

Fonte

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo v.31 n.3 1989

Palavras-Chave #Rastreamento sorológico #Soroprevalência #Sífilis #Fatores de risco #Doenças sexualmente transmissíveis
Tipo

journal article