95 resultados para Portugal História
Resumo:
Resumo O objetivo deste artigo apresentar algumas inquietaes tericas e metodolgicas sobre a forma como os historiadores representam o conhecimento histrico, dando especial ateno ao uso de grficos interativos, mapas dinmicos e animaes. Se o objeto do conhecimento histrico tem diferentes movimentos, distintas intensidades, por que seria o papel impresso o principal (seno nico) veculo de divulgao deste conhecimento? Diante de objeto to escorregadio e de difcil apreenso, os historiadores optaram, desde o sculo XIX at o presente, por narrar (atravs da escrita) as dinmicas sociais, sem preocupao com formas alternativas de representao. Muito recentemente, o fenmeno das mdias digitais e da internet trouxe inspirao para os profissionais do tempo social, permitindo algumas experincias inovadoras. sobre algumas destas experincias que o texto tratar.
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Estuda-se a história, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistncia mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistncia Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.
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Atravs da anlise das relaes existentes entre as medidas de risco e as medidas de eficincia de testes de diagnstico ou triagem, so discutidos os problemas e limitaes concernentes ao uso de fatores de risco na predio da distribuio de efeitos (infeco, doena, cura) em uma populao. Para ilustrar o tema, foi utilizada a associao, em crianas, entre a questo "voc j tomou banhos em rios?", muito utilizada em anamneses clnicas ensinadas em diversas escolas mdicas do Brasil, e a infeco pelo Schistosoma mansoni. A história de banhos em rios, enquanto um importante fator de risco, mostrou-se mau preditor da ocorrncia da infeco esquistossomtica. A anlise demonstrou que este achado , em grande parte, devido a baixa freqncia de história negativa de banhos em rios. Porm, a possibilidade da utilizao de fatores de risco isoladamente ou agrupados, com o objetivo de predio de efeitos, possvel e desejvel. Apesar de pouco explorado nos seus aspectos prticos ou conceituais, esta rea de conhecimento representa um importante ponto de convergncia entre a epidemiologia das causas e a epidemiologia das intervenes.
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Com o objetivo de analisar a associao de algumas caractersticas sociodemogrficas atuais com o fato de ter realizado ou no um aborto, foram estudadas 138 alunas de uma universidade brasileira, que haviam tido pelo menos uma gravidez. Essas alunas foram identificadas dentre as 937 que devolveram, pelo correio, questionrio auto-respondido, anonimamente, distribudo a todas as alunas da graduao. As alunas foram divididas em dois grupos, segundo tenham feito pelo menos um aborto ou no. Constatou-se que a maior proporo de mulheres que havia abortado esteve entre aquelas com at 24 anos de idade, sem companheiro, sem religio e sem nenhum filho vivo por ocasio do estudo. A anlise por regresso logstica apontou no ter filhos vivos como caracterstica atual associada realizao de um aborto.
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OBJETIVOS: Estudar a sobrevivncia de populaes de Aedes albopictus de ambientes rural e urbano, em diferentes condies de alimentao, e analisar sua idade fisiolgica e a história reprodutiva. MTODOS: Foram coletadas larvas de Ae. albopictus no Vale do Paraba (localidade urbana), e no Vale do Ribeira (localidade rural), Estado de So Paulo. As fmeas que emergiram foram alimentadas com acar ou com sangue e observadas diariamente anotando a data da morte de cada uma e outras variveis relacionadas com a reproduo. Os ovrios foram dissecados seguindo a tcnica de Polovodova, e a avaliao do desenvolvimento folicular segundo Christophers e Mer. Foram construdas tbuas de vida e analisadas estatsticamente as taxas de sobrevida. Para anlise dos dados foi utilizado o Stata 7.0. RESULTADOS: Foi observada discordncia gonotrfica nas duas populaes de Ae. albopictus. As fmeas onparas desenvolveram sacos terminais. As nulparas apresentaram ovrios normais e em alguns casos foram observadas dilataes. As fmeas alimentadas com acar apresentaram maiores taxas de sobrevida. No foi detectada diferena estatstica na taxa de sobrevida entre as duas populaes avaliadas. CONCLUSES: A idade fisiolgica e o estado de paridade de Ae. albopictus no foram definidas pela anlise dos ovarolos porque estes apresentaram sacos terminais em vez de dilataes. O tipo de alimento ingerido influenciou na sobrevivncia das fmeas de Ae. albopictus.
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O presente artigo uma atualizao sobre a ocorrncia e diagnstico das riquetsioses existentes no Brasil e Portugal, com o objetivo de incentivar e incrementar a vigilncia epidemiolgica dessas doenas nos dois pases. Realizou-se levantamento bibliogrfico e foram apresentados dados no publicados de laboratrios e servios de epidemiologia. Os resultados descreveram a ocorrncia das riquetsioses no Brasil e Portugal, inclusive aquelas recm-descritas, advindas de riqutsias de potencial patognico ainda incerto. Os mtodos diagnsticos atualmente empregados foram discutidos. Como em outros pases, as riquetsioses parecem assumir crescente importncia em sade pblica. Relegadas a um plano secundrio por muitas dcadas, o interesse por essas infeces tem aumentado nos dois pases, mas ainda carece de investigao para esclarecer seu real significado em sade pblica.
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Estuda-se a história, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistncia mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistncia Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.
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OBJETIVO: Poucos tm sido os estudos para conhecer o grau de poluio pelo fumo do tabaco a que esto sujeitas as pessoas em vrios lugares pblicos e privados. O objectivo do estudo foi quantificar o nvel de poluio do ar provocada pelo fumo do cigarro em locais de trabalho e de lazer. MTODOS: O estudo foi realizado no concelho de Braga, Portugal, em 2005. A medio dos teores de nicotina no ar interior foi realizada com monitores passivos contendo um filtro de 37 mm de dimetro tratado com bissulfato sdico no seu interior. Os monitores foram colocados em lugares pblicos, de trabalho e de lazer, pr-definidos. Para cada um dos locais, calculou-se a mediana da nicotina. RESULTADOS: A presena de nicotina foi detectada em 85% das amostras. Foram encontrados valores elevados de contaminao do ar nas discotecas, com mediana de 82,26 g/m, variando entre os 5,79 e os 106,31 g/m.Os locais de trabalho da administrao pblica e da universidade apresentaram os valores mais baixos de nicotina. CONCLUSES: Os dados confirmam a necessidade de reforar a implemen-tao e sobretudo, o cumprimento de polticas sem fumo nos locais de trabalho e de lazer, em benefcio da sade dos trabalhadores e como medida reforadora de um ambiente que facilite aos fumadores o abandono do fumo do tabaco.
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OBJECTIVO: Descrever o perfil epidemiolgico e genotpico da infeco crnica pelo vrus da hepatite B na Regio Norte de Portugal. MTODOS: Foram includos 358 indivduos oriundos das consultas de especialidade que apresentavam resultados positivos para o antgeno da hepatite B durante pelo menos seis meses em dois hospitais do Norte de Portugal em 2008 e 2009. Os dados foram obtidos a partir dos processos clnicos, determinaes laboratoriais feitas quando da genotipagem do vrus, ecografia e/ou ultra-sonografia e bipsia heptica. As caractersticas demogrficas, marcadores vricos, carga viral e gentipos, e severidade da doena heptica foram avaliadas e comparadas entre sexos. RESULTADOS: Os gentipos A e D predominaram. A transmisso intrafamiliar ocorreu predominantemente nas mulheres. Um tero das mulheres apresentava ingesto alcolica superior a 20 g/dia, aumentando para 58,9% nos homens. A ausncia do AgHBe foi semelhante nos dois sexos (p = 0,662). Os parmetros bioqumicos em geral apresentaram-se com valores mais altos nos homens, assim como nos estgios necro-inflamatrio e de esteatose heptica (p = 0,003). CONCLUSES: As diferenas relativas s vias de transmisso da infeco pelo vrus da hepatite B entre homens e mulheres podem ser conseqncia de comportamentos de risco associadas ao gnero. A ingesto excessiva de lcool predominante nos indivduos do sexo masculino, assim como maior severidade da doena heptica em relao s mulheres.
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OBJETIVO: Avaliar os resultados de interveno para melhoria da quantidade e relevncia das notificaes de reaces adversas a medicamentos. MTODOS: Foi implementado um estudo controlado aleatorizado, por agrupamentos em farmacuticos a exercer actividade profissional na regio norte de Portugal, em 2007. Aps aleatorizao, 364 indivduos foram alocados ao grupo de interveno (261 na interveno telefnica e 103 nos workshops); o grupo de controlo foi constitudo por 1.103 farmacuticos. Na interveno educativa foram abordados a problemtica das reaces adversas a medicamentos, o impacto na sade pblica e a notificao espontnea. Quanto relevncia, as reaes adversas foram classificadas em graves e inesperadas. A anlise estatstica foi efectuada com base no princpio intention-to-treat; aplicaram-se modelos lineares generalizados mistos, utilizando o mtodo penalized quasi-likelihood. Os farmacuticos estudados foram seguidos durante um perodo de 20 meses. RESULTADOS: A interveno aumentou trs vezes a taxa de notificao espontnea das reaes adversas (RR = 3,22; IC 95%: 1,33; 7,80) relativamente ao grupo de controlo. Houve incremento da relevncia das notificaes com aumento das reaes adversas graves em cerca de quatro vezes (RR = 3,87; IC 95%: 1,29;11,61) e inesperadas em cinco vezes (RR = 5,02; IC 95%: 1,33;18,93), relativamente ao grupo de controlo. CONCLUSES: As intervenes educativas aumentam significativamente, por at quatro meses, a quantidade e a relevncia das notificaes espontneas de reaces adversas a medicamentos por parte dos farmacuticos da regio norte de Portugal.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia, tratamento e controlo da hipertenso e identificar factores associados em utentes de farmcias comunitrias. MTODOS: Estudo transversal com 1.042 utentes de 40 a 65 anos em 60 farmcias comunitrias de Portugal Continental entre outubro de 2005 e janeiro de 2006. Os dados foram obtidos pela aplicao de questionrio e medio de parmetros biolgicos. Foram realizadas trs regresses logsticas sequenciais para verificar associao entre as variveis. RESULTADOS: A idade mdia foi de 53,7 anos e a razo homem/mulher foi 0,68. A prevalncia da hipertenso arterial foi de 54,8%. Cerca de 70% dos hipertensos encontravam-se sob tratamento anti-hipertensivo e, destes, 47,7% estavam controlados. A hipertenso esteve positivamente associada idade mais elevada, sexo masculino, ser casado, apresentar ndice de massa corporal e nvel de colesterol total mais alto, ser diabtico, ter doena cardiovascular pessoal ou familiar precoce e reportar mais consultas mdicas por ano. A hipertenso tratada mostrou-se positivamente associada a ser mulher, no casado, ser diabtico, viver numa rea urbana e reportar mais de trs consultas mdicas por ano. Nos hipertensos tratados, estar controlado foi positivamente associado a ter comportamento aderente teraputica anti-hipertensiva (auto-reporte), percepcionar o efeito desta medicao e ser de baixo risco cardiovascular. Os modelos preditivos apresentaram reas sob as respectivas curvas ROC entre 0,72 e 0,78, com capacidade discriminatria aceitvel. CONCLUSES: A prevalncia da hipertenso foi elevada, mas similar encontrada em outros estudos realizados em Portugal. A proporo de doentes tratados foi satisfatria, em contraste com o nvel insuficiente de controlo.