Causa versus predição: história de banhos em rios como fator de risco e preditor da infecção pelo Schistosoma mansoni


Autoria(s): Barreto,Mauricio L.
Data(s)

01/08/1987

Resumo

Através da análise das relações existentes entre as medidas de risco e as medidas de eficiência de testes de diagnóstico ou triagem, são discutidos os problemas e limitações concernentes ao uso de fatores de risco na predição da distribuição de efeitos (infecção, doença, cura) em uma população. Para ilustrar o tema, foi utilizada a associação, em crianças, entre a questão "você já tomou banhos em rios?", muito utilizada em anamneses clínicas ensinadas em diversas escolas médicas do Brasil, e a infecção pelo Schistosoma mansoni. A história de banhos em rios, enquanto um importante fator de risco, mostrou-se mau preditor da ocorrência da infecção esquistossomótica. A análise demonstrou que este achado é, em grande parte, devido a baixa freqüência de história negativa de banhos em rios. Porém, a possibilidade da utilização de fatores de risco isoladamente ou agrupados, com o objetivo de predição de efeitos, é possível e desejável. Apesar de pouco explorado nos seus aspectos práticos ou conceituais, esta área de conhecimento representa um importante ponto de convergência entre a epidemiologia das causas e a epidemiologia das intervenções.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101987000400003

Idioma(s)

pt

Publicador

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Fonte

Revista de Saúde Pública v.21 n.4 1987

Palavras-Chave #Métodos epidemiológicos #Risco #Previsões #Efetividade #Esquistossomose mansônica/prevenção e controle
Tipo

journal article