88 resultados para Ituí transparente
Resumo:
Conyza canadensis e C. bonariensis são espécies invasoras cujo relato tem sido cada vez mais frequente, dada sua capacidade de desenvolvimento em áreas com palhada, sob sistema de semeadura direta (SSD). A luz é necessária para a germinação de diversas espécies de plantas daninhas, sendo considerado um fator de superação da dormência das sementes. A germinação de sementes sob SSD sofre o efeito da filtragem de comprimentos de onda pela palhada, que podem influenciar diretamente esse processo. O presente trabalho teve por objetivo estudar o efeito de diferentes filtros de luz sobre a germinação de sementes de C. canadensis e C. bonariensis. Foi realizado um experimento em que as sementes das espécies foram colocadas para germinar sobre papel mata-borrão umedecido com água, dentro de caixas gerbox transparentes envolvidas com filtros de luz azul, verde, vermelho, vermelho-distante, transparente e também em caixas de gerbox preta (ausência de luz). Foi avaliada a germinação aos cinco e 10 dias após a semeadura e no final desse período por mais 10 dias, com todos os tratamentos recebendo luz branca. As sementes de ambas as espécies sofrem significativamente o efeito da filtragem de comprimentos de onda, exceto o filtro vermelho, que proporcionou germinação superior à dos demais filtros, sendo inferior apenas ao transparente.
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O objetivo deste trabalho foi descrever a morfologia do fruto, da semente e do desenvolvimento de plântulas de Jatropha elliptica Müll. Arg. Os frutos foram coletados em setembro e outubro de 2003, na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, no Município de Santo Antônio de Leverger. Para a descrição da morfologia dos frutos e das sementes foram utilizados 50 frutos e 50 sementes. Para a caracterização das etapas da germinação foram utilizadas quatro repetições de 20 sementes, colocadas sobre papel mata-borrão, umedecidas com ácido giberélico (400 ppm), em caixas de plástico transparente, mantidas em câmara para germinação, a 30 ºC e fotoperíodo de oito horas, durante 40 dias. O fruto de J. elliptica é seco, tricoca, endocarpo lenhoso e de deiscência explosiva. A semente é ovalada, endospérmica, de envoltório liso e marmoreado, com carúncula presa na parte ventral; o hilo é visível na base e a rafe é bem marcada longitudinalmente. A germinação é epígea e fanerocotiledonar. O tempo médio de germinação é de 13 a 25 dias. Foi possível descrever e ilustrar, de forma distinta, a morfologia do fruto, da semente e da plântula de J. elliptica, que se apresentou bastante homogênea e confiável para a identificação.
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INTRODUÇÃO: A Doença Renal Policística Autossômica Recessiva (DRPAR) é uma causa importante de morbidade e mortalidade pediátricas, com um espectro variável de manifestações clínicas. MÉTODOS: A apresentação e evolução clínica de 25 pacientes (Pts) foram analisadas através da revisão de prontuários, aplicando-se os formulários propostos por Guay-Woodford et al. As morbidades associadas à doença foram avaliadas quanto à frequência e à idade de manifestação. RESULTADOS: A idade média de diagnóstico foi de 61,45 meses (0 a 336,5 meses), com distribuição similar entre os sexos (52% dos pts do sexo feminino). Houve histórico familiar da doença em 20% dos casos (5/25), com dois casos de consanguinidade. Na análise inicial, diagnosticou-se hipertensão arterial (HAS) em 56% dos Pts (14/25); doença renal crônica estágio > 2 (DRC > 2) em 24% (6/25); infecções do trato urinário (ITU) em 40% (10/25) e hipertensão portal (HP) em 32% dos casos (8/25). Das ultrassonografias abdominais iniciais, 80% demonstraram rins ecogênicos com cistos grosseiros e 64% detectaram fígado e vias biliares normais. Inibidores da ECA foram utilizados em 36% dos Pts, betabloqueadores em 20%, bloqueadores de canais de cálcio em 28% e diuréticos em 36% dos casos. Na análise final, após um tempo de acompanhamento médio de 152,2 meses (29,8 a 274,9 meses), HAS foi diagnosticada em 76% dos Pts, DRC > 2 em 44%, ITU em 52% e HP em 68%. CONCLUSÃO: As altas morbidade e mortalidade associadas à DRPAR justificam a construção de um banco de dados internacional, visando ao estabelecimento de um tratamento de suporte precoce.
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O trato urinário é o sítio mais comum de infecção bacteriana. As infecções do trato urinário (ITU) recorrentes em mulheres sem anormalidades anatômicas do trato urinário demandam uso frequente e repetido de antibióticos, aumentando a prevalência de micro-organismos resistentes aos antimicrobianos. A possibilidade de abordagem alternativa, com a utilização de vacinas produzidas a partir de bactérias inativadas ou componentes estruturais desses micro-organismos, é uma realidade palpável. Confirmando resultados observados experimentalmente, estudos clínicos controlados têm mostrado redução dos episódios de recorrência, sem efeitos colaterais significativos, com imunoterapia oral ou vaginal. Nesta revisão, foram apresentados os mecanismos de agressão e defesa envolvidos na gênese das infecções urinárias em mulheres com trato urinário normal, a evolução do conhecimento sobre a imunoterapia nas ITU e as vacinas já disponíveis ou em desenvolvimento para o tratamento dessa importante condição clínica.
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INTRODUÇÃO: A escolha do antimicrobiano para tratamento inicial de infecção de trato urinário (ITU) costuma ser empírica e deve considerar a prevalência dos uropatógenos nas diversas faixas etárias e sexo. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de uropatógenos em ITU comunitária e sua relação com idade e sexo. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em pronto socorro (PS) de hospital geral, de janeiro a dezembro, 2010, em pacientes menores de 15 anos com suspeita clínica de ITU, que colheram urocultura quantitativa. Definida ITU como urocultura com crescimento de agente único > 100.000 unidades formadoras de colônia (ufc)/mL na coleta por jato médio ou > 50.000 ufc/mL na coleta por sondagem vesical. RESULTADOS: Ocorreram 63.464 atendimentos no PS. Foram obtidas 2.577 uroculturas; destas, 291 foram positivas para ITU (prevalência = 11,3% das suspeitas clínicas e 0,46% dos atendimentos); 212 casos (72,8%) em meninas, mediana de idade = 2,6 anos. O uropatógeno predominante foi E.coli (76,6%), seguido por Proteus mirabilis (10,3%) e Staphylococcus saprophyticus (4,1%). Em lactentes < 3 meses, a prevalência de E.coli foi significativamente menor (50% x 78,4%; OR = 0,276; p = 0,006). Maior prevalência de Staphylococcus saprophyticus ocorreu em pacientes > 10 anos (24,4% x 0,4%; OR = 79,265; p < 0,0001). Proteus mirabilis foi significativamente mais prevalente em meninos (24,0% x 5,2%; OR = 5,786; p < 0,001). CONCLUSÕES: E. coli foi o uropatógeno mais prevalente das ITU comunitárias. Entretanto, na escolha do antimicrobiano empírico inicial, deve-se levar em consideração a prevalência significativa de outros agentes diferentes de E. coli em lactentes < 3 meses, a alta prevalência de Staphylococcus saprophyticus em pacientes > 10 anos e de Proteus mirabilis em meninos.
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Introdução: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) corresponde a alterações no enchimento ou esvaziamento de urina de causas neurogênicas, anatômicas e funcionais. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento em crianças e adolescentes com DTUI. Métodos: Coorte histórica de 15 anos de seguimento com participação de 192 pacientes (123F, 69M) com idade inicial de 0,1 a 16,8 anos, analisados à admissão (T0) e ao final do seguimento (T1). A maioria dos pacientes era do grupo neurológico (60,4%). O tratamento instituído foi a uroterapia com intervenção comportamental e cognitiva, micção de hora marcada, hidratação oral, dieta laxativa, biofeedback, eletroestimulação sacral, cateterismo vesical intermitente limpo (CIL), terapia anticolinérgica, enema retal, tratamento da infecção do trato urinário (ITU) e, nos casos refratários, procedimentos cirúrgicos, tais como a derivação urinária continente e incontinente (vesicostomia), ampliação vesical e conduto para a realização do enema anterógrado cólico. Resultados: Os principais sintomas foram incontinência urinária diurna (82,3%), enurese noturna não monossintomática (78,6%), incontinência fecal (54,2%) e constipação intestinal (47,9%). Detectou-se redução significativa da infecção do trato urinário (p = 0,0027), da incontinência urinária diurna (p < 0,001), da enurese noturna (p < 0,001), da incontinência fecal (p = 0,010) e do refluxo vesicoureteral (p = 0,01). Houve aumento significativo no uso do CIL (p = 0,021), da terapia com anticolinérgico (p < 0,001) e diminuição da quimioprofilaxia (p < 0,001). Conclusão: Este estudo mostrou que o tratamento da DTUI na criança deve ser individualizado, além de requerer uma monitorização constante dos parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem, para minimizar o risco de lesão renal.
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Descrever uso do Eculizumab na síndrome hemolítica urêmica atípica (SHUa) após transplante renal. Paciente de 16 anos, com diagnóstico de doença renal crônica desde 2010, decorrente de SHUa, submetida à hemodiálise. Transplante renal por doador falecido: fevereiro de 2012. Apresentou boa evolução clínica até 14º DPO, quando iniciou quadro de febre, oligúria, piora da função renal [creatinina sérica (CRs): 4,0 mg/dl] e sinais de hemólise [plaquetas: 110.000 mm3; hemoglobina (Hb): 4,5 g/dL; LDH: 3366 U/L]. Biópsia do enxerto: microangiopatia trombótica. Realizado manejo com hemoderivados (plasma fresco) e plasmaférese, com melhora da função renal (CRs: 1,46 mg/dl). Uma semana após esta intercorrência, reapresentou quadro de febre, anemia, sinais de hemólise e ITU, então manejados com ciprofloxacina, pulsoterapia com metilprednisolona e transfusão de plasma (plaquetas: 43.000 mm3; Hb: 6,0 mg/dl, reticulócitos: 1,3%, haptoglobina < 5,8 mg/dl, LDH: 1181 U/L). Após piora clínica, iniciada terapêutica com Eculizumab, 900 mg a cada cinco dias durante duas semanas. Evoluiu com boa resposta clínica, caracterizada pela melhora da função renal, normalização hematológica (plaquetas: 160.000 mm3; Hb: 11,4 g/dL) e alta hospitalar em cinco dias. Desde então, mantém uso de Eculizumab 900 mg de 15/15 dias, com quadro renal e hematológico estável. O uso de Eculizumab foi de grande utilidade no controle da recidiva da SHUa e preservação do enxerto.
Germinação e morfologia de sementes e de plântulas de hortelã-do-campo Hyptis cana Pohl. (Lamiaceae)
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Estudos de morfologia de sementes e de plântulas de espécies nativas do cerrado durante a germinação fornecem informações fundamentais para sua identificação, para interpretação dos testes de germinação em laboratório e para estudos sobre seu ciclo biológico e regeneração natural. O objetivo deste trabalho foi descrever características externas e internas da semente, além de detalhar e ilustrar o processo germinativo e a morfologia das plântulas de hortelã-do-campo. O teste de germinação foi conduzido com duas subamostras de 50 sementes colocadas em substrato de papel mata-borrão (sobre papel), acondicionadas em caixas de plástico transparente, mantidas em câmara de germinação regulada a 30ºC e fotoperíodo de oito horas. As avaliações foram realizadas semanalmente, durante 30 dias. O fruto é um carcerulídio e a semente possui tegumento castanho-escuro, opaco, rugoso e hilo basal e esbranquiçado. A semente é exalbuminosa, o embrião é invaginado, com ponta da radícula excedendo a margem inferior dos cotilédones. A germinação é fanerocotiledonar e a emergência é epígea, que se inicia cerca de dois dias após a instalação do teste e se caracteriza pela protrusão da raiz primária, sendo que os cotilédones só rompem o tegumento no quarto dia. O hipocótilo é esverdeado, cilíndrico e piloso. Aos 21 dias, as plântulas estão completamente desenvolvidas, com epicótilo e as primeiras folhas abertas (filotaxia oposta).
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A análise de imagens digitais tem grande potencial de uso na determinação do vigor de sementes. Associada ao teste de crescimento de plântulas, essa técnica possibilita a análise dimensional de imagens com rapidez e precisão. O resultado é a extensão total de cada plântula via quantificação computadorizada do comprimento de suas partes constituintes. Assim, o objetivo do trabalho foi estudar o vigor de lotes de sementes de milho, por meio do teste de crescimento de plântulas, utilizando-se a análise de imagens. Plântulas de milho (genótipo AG122) foram retiradas do germinador ao quarto dia de desenvolvimento e ordenadas sobre uma folha de poliéster transparente na superfície de um "scanner" para a captação das imagens. Desenvolveu-se uma rotina de processamento no programa "Scil-Image" para a análise das imagens digitais obtidas das plântulas. Houve medição computadorizada da extensão total, com a soma do comprimento do coleóptilo ao comprimento da maior raiz da plântula e, também ao tamanho de todo sistema radicular. As plântulas foram mensuradas manualmente, visando a comparação com o método em estudo. Com os resultados verificou-se que a técnica digital possibilita a associação dos dados obtidos no processamento a eventuais diferenças de vigor existentes em lotes de sementes de milho, de maneira similar a outros métodos destinados à avaliação do vigor de sementes da referida espécie.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica de sementes da sempre-viva (Syngonanthus elegans (Bong.) Ruhland) colhidas em diferentes épocas e locais e submetidas ao armazenamento. Capítulos de S. elegans foram colhidos em duas áreas de ocorrência natural no Campus II da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, em Diamantina, MG, em um Neossolo Quartzarênico Órtico típico (local 1) e Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico (local 2), em cinco épocas (04/07/05, 19/07/05, 22/08/05, 21/09/05 e 20/10/05) e, posteriormente, submetidos a testes para avaliação do vigor e da germinação da semente (Experimento 1). Os capítulos colhidos em 04/07/05 (locais 1 e 2) foram acondicionados em sacos de polietileno transparente e armazenados no Laboratório de Sementes em temperatura ambiente (20º±2ºC) ou em geladeira (5º±2ºC), por zero, quatro, oito e 12 meses. Após esses períodos, as sementes foram novamente avaliadas quanto ao vigor e à germinação (Experimento 2). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 5x2 (época x local de colheita) para o Experimento 1; e o esquema fatorial 4x2x2 (armazenamento x local de colheita x temperatura de armazenamento) para o Experimento 2, com quatro repetições. A qualidade fisiológica da semente de S. elegans variou em função da época e do local de colheita. Durante o armazenamento, o vigor e a germinação não variaram com o local de colheita e a temperatura de armazenamento. O armazenamento por 12 meses em geladeira ou temperatura ambiente melhorou a qualidade fisiológica da semente.
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Este estudo descritivo procurou elucidar aspectos morfoanatômicos e do desenvolvimento dos frutos, sementes e plântulas de Pseudima frutescens (Sapindaceae), uma espécie arbórea. Nas descrições foram utilizados flores e frutos em diferentes estádios de desenvolvimento e, para a observação da germinação e do desenvolvimento das plântulas, as sementes foram colocadas para germinar sobre papel de filtro umedecido com água destilada, em caixas de plástico transparente, com tampa, utilizando-se amostras de 100 sementes (quatro sementes por caixa), mantidas em temperatura de 25+1ºC. O fruto desta espécie, com duas sementes, é uma cápsula obcordada circundante, lobada, de coloração laranja-avermelhada externamente e laranja internamente. A semente, exalbuminosa, é ovóide, preta e brilhante; o embrião ocupa todo o interior da semente e possui cotilédones carnosos e eixo hipocótilo-radícula curto. A plântula é criptocotiledonar e a germinação, que é hipógea, ocorre na presença de luz, iniciando no quinto dia após a semeadura. Com oito dias, a raiz primária media 17 mm de comprimento, apresentando-se coberta de pêlos absorventes. Após 14 dias emergiu o epicótilo de coloração esverdeada. A plântula apresenta, após 30 dias, dois pares de eófilos compostos. Com 60 dias, a raiz principal media 12 cm de comprimento, com muitas raízes laterais e o epicótilo com 9 cm de extensão possuía seis folhas expandidas. Como o desenvolvimento da plântula é relativamente rápido, P. frutescens pode ser uma espécie indicada para programas de recuperação de áreas degradadas.
Resumo:
O teste de raios X vem sendo empregado em programas de qualidade e como auxiliar nos estudos morfológicos e fisiológicos de sementes de diversas espécies. A arnica (Lychnophora pinaster Mart.) é uma espécie medicinal que apresenta um número elevado de aquênios cheios ou mal formados por ocasião da frutificação, o que dificulta a produção de sementes necessária para o suprimento de uma demanda cada vez maior, pela indústria farmacêutica. Para verificar o efeito do estádio de maturação de aquênios de arnica na qualidade fisiológica das sementes e a eficiência do teste de raios X na separação de sementes mal formadas, foram coletados, no mês de dezembro de 2003, aquênios provenientes de uma população de plantas do município de Itumirim, MG. Na coleta, foram considerados os capítulos cujos aquênios apresentavam o papus interno aderido, estádio menos maduro e com papus interno ausente, aquênios mais maduros já em dispersão. Após a coleta, os aquênios foram submetidos à secagem, pré-limpeza e separados com auxílio de um soprador vertical. Os aquênios foram dispostos em placas de acrílico transparente sobre fita adesiva de dupla face, radiografados e separados em três categorias, de acordo com a morfologia interna visualizada na radiografia em cheios, mal formados e vazios; em seguida foram submetidos ao teste de germinação por um período de 90 dias, em BOD regulada à temperatura alternada de 20-30ºC e fotoperíodo de 12 horas. Foram avaliados o índice de velocidade e a porcentagem final de germinação. Os aquênios remanescentes foram submetidos ao teste de tetrazólio para verificação da sua viabilidade. O teste de raios X na intensidade de 30Kv por 45 segundos é eficiente na separação dos aquênios conforme sua morfologia interna. No estádio de maturação dos capítulos com aquênios sem o papus interno são obtidas sementes de arnica de qualidade fisiológica superior.
Resumo:
O estudo da fisiologia germinativa de sementes, principalmente de plantas daninhas, tem se intensificado, devido à importância do conhecimento sobre este assunto para melhorar e criar novas técnicas de manejo de plantas daninhas. Os experimentos foram conduzidos em duas etapas objetivando-se estudar os efeitos de diferentes métodos de quebra de dormência das sementes e da qualidade da luz de Murdannia nudiflora (L.) Brenans. Na primeira etapa, os tratamentos constituíram de sete métodos de quebra de dormência: escarificação mecânica, com lixa por 60 segundos; escarificação química, com imersão em ácido sulfúrico por 30, 60 e 300 segundos, hidróxido de sódio a 20% por 5, 15 e 25 minutos, hipoclorito de sódio a 2,5% por 24 horas, nitrato de potássio (20 mM) por 24 e 48 horas, ácido giberélico (1 mM) por 24 horas e testemunha. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente ao acaso, com quatro repetições. Foram contadas diariamente as sementes germinadas, e no final de 30 dias, determinou-se o IVG. Na segunda etapa, os tratamentos de qualidade da luz constaram de 5 filtros de luz (azul, verde, vermelho, transparente e ausência total de luz). Maior porcentagem de germinação das sementes foi obtida utilizando escarificação mecânica (lixa) (84%), seguido da escarificação química com ácido sulfúrico por 1 minuto (74%), hipoclorito de sódio por 24 horas (46%) e hidróxido de sódio por 25 minutos (26%). Quanto a porcentagem de germinação de sementes em função da qualidade de luz verificou-se as seguintes porcentagens de germinação: azul - com refletividade máxima a 450 nm (58%), verde - 500 nm (64%), vermelho - 700 nm (75%), ausência de luz (0%) e transparente - sem absortividade na região de 380 nm a 760 nm (87%). Sementes de M. nudiflora podem ser consideradas fotoblásticas positivas.