Impacto de uma abordagem interdisciplinar em crianças e adolescentes com disfunção do trato urinário inferior (DTUI)


Autoria(s): Azevedo,Roberta Vasconcellos Menezes de; Oliveira,Eduardo Araújo; Vasconcelos,Monica Maria de Almeida; Castro,Breno Augusto Campos de; Pereira,Fabiana Resende; Duarte,Nathalia Filgueiras Vilaça; Jesus,Patricia Moraes Resende de; Vaz,Giovana Teixeira Branco; Lima,Eleonora Moreira
Data(s)

01/12/2014

Resumo

Introdução: A disfunção do trato urinário inferior (DTUI) corresponde a alterações no enchimento ou esvaziamento de urina de causas neurogênicas, anatômicas e funcionais. Objetivo: Avaliar o impacto do tratamento em crianças e adolescentes com DTUI. Métodos: Coorte histórica de 15 anos de seguimento com participação de 192 pacientes (123F, 69M) com idade inicial de 0,1 a 16,8 anos, analisados à admissão (T0) e ao final do seguimento (T1). A maioria dos pacientes era do grupo neurológico (60,4%). O tratamento instituído foi a uroterapia com intervenção comportamental e cognitiva, micção de hora marcada, hidratação oral, dieta laxativa, biofeedback, eletroestimulação sacral, cateterismo vesical intermitente limpo (CIL), terapia anticolinérgica, enema retal, tratamento da infecção do trato urinário (ITU) e, nos casos refratários, procedimentos cirúrgicos, tais como a derivação urinária continente e incontinente (vesicostomia), ampliação vesical e conduto para a realização do enema anterógrado cólico. Resultados: Os principais sintomas foram incontinência urinária diurna (82,3%), enurese noturna não monossintomática (78,6%), incontinência fecal (54,2%) e constipação intestinal (47,9%). Detectou-se redução significativa da infecção do trato urinário (p = 0,0027), da incontinência urinária diurna (p < 0,001), da enurese noturna (p < 0,001), da incontinência fecal (p = 0,010) e do refluxo vesicoureteral (p = 0,01). Houve aumento significativo no uso do CIL (p = 0,021), da terapia com anticolinérgico (p < 0,001) e diminuição da quimioprofilaxia (p < 0,001). Conclusão: Este estudo mostrou que o tratamento da DTUI na criança deve ser individualizado, além de requerer uma monitorização constante dos parâmetros clínicos, laboratoriais e de imagem, para minimizar o risco de lesão renal.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002014000400451

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Fonte

Jornal Brasileiro de Nefrologia v.36 n.4 2014

Palavras-Chave #bacteriuria #bexiga urinaria neurogênica #bexiga urinária hiperativa #cateterismo uretral intermitente #constipação intestinal #enurese #incontinência urinária
Tipo

journal article