92 resultados para Equipe multiprofissional
Resumo:
O estudo de abordagem qualitativa teve como objetivo compreender as relações sociais entre o Agente Comunitário de Saúde (ACS) e a equipe de Saúde da Família (SF), nesse sentido, destaca-se a articulação das ações e a interação entre trabalhadores. Foram realizadas 23 observações participantes e 11 entrevistas semiestruturadas com uma equipe de SF em um município do interior de São Paulo, Brasil. Identificou-se que o ACS, como elo, desenvolve ações operacionais para agilizar o trabalho da equipe. Como laços de ligação, desempenham ações articuladas ao trabalho da equipe, interagindo com os trabalhadores, construindo planos assistenciais em comum, aproximando equipe e comunidade, adequando ações de cuidado às necessidades das pessoas. Na prática comunicativa, ao falarem de si, falam da própria comunidade, pois é seu representante e porta-voz na equipe. Concluiu-se que o Agente Comunitário de Saúde pode ser um trabalhador estratégico se suas ações compreenderem uma dimensão mais política e social do trabalho em saúde.
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Esta pesquisa qualitativa teve por objetivo analisar a experiência da equipe de incubação de um empreendimento solidário de usuários de saúde mental. As entrevistas ocorreram com sete membros da equipe, sendo os dados analisados segundo análise de conteúdo. Da análise emergiram quatro categorias: Considerando a incubação como um processo - aprendendo e encontrando os significados de ser apoio; Apontando facilidades e dificuldades no processo de construção do empreendimento; Visualizando resultados da inclusão pelo trabalho - percebendo a melhora dos usuários; Apontando necessidades de mudanças no processo, esperando uma maior autonomia dos usuários e a formalização do empreendimento. A experiência revelou ser um trabalho novo e gratificante para a equipe, possibilitando aprendizado, troca de saberes e vínculo. Identificamos o papel do técnico como educador/facilitador do processo. Além das facilidades e do reconhecimento da relevância do trabalho para a vida dos usuários, a equipe enfrenta desafios para gerar renda satisfatória.
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Pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, com o objetivo de analisar a representação social do processo de escolha de chefias entre profissionais de enfermagem de um hospital universitário. As informações foram obtidas mediante as técnicas de associação livre de palavras e entrevista aberta. Para este artigo realizou-se análise de conteúdo categorial temática, tendo como guia de leitura a Teoria das Representações Sociais. A partir desse enfoque emerge a categoria: divisão da equipe de enfermagem - constituintes e constituídos pelo processo de escolha de chefias. Esta se configura como a cristalização da representação social sobre o objeto, ancorada em elementos relacionados à liderança, imparcialidade, mudança, conhecimento, confiança e humanização. Destaca-se a noção de liderança por acenar um movimento na imagem de divisão da equipe ao associar o processo de escolha de chefias a um espaço de comunicação, propício à integração da equipe e ao reconhecimento de potenciais líderes.
Resumo:
A segurança do paciente representa um desafio para a excelência da qualidade no setor saúde. Este estudo objetivou: verificar a adequação entre a alocação da equipe de enfermagem e as horas de cuidado requeridas pelos pacientes, bem como identificar a relação entre essa alocação com eventos adversos/incidentes (EA/I). Trata-se de pesquisa observacional, descritiva e prospectiva, desenvolvida nas Unidades de Terapia Intensiva Clínicas do 4º andar e 6º andar de um Hospital Universitário, do município de São Paulo, Brasil, no período de 01/11/07 a 10/12/07, com 46 pacientes. Nas UTIs 4º andar e 6º andar, respectivamente, 43,3% e 10,3% das alocações foram inadequadas (p = 0,000). Houve diferença na frequência de EA/I nas alocações adequadas e inadequadas da equipe de enfermagem da UTI 4º andar e UTI 6º andar, p = 0,0004 e p = 0,000, respectivamente. Concluiu-se que, quanto maior a diferença entre as horas disponíveis e requeridas de cuidado nas alocações de enfermagem, menor a frequência de EA/I.
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Este estudo objetivou caracterizar como a equipe da Estratégia Saúde da Família percebe sua dinâmica de acompanhamento de famílias que convivem com a doença crônica da criança. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e como método a Análise de Conteúdo, técnica de análise categorial temática. Para a coleta de dados utilizou-se o grupo focal, que foi desenvolvido com três equipes de Saúde da Família, totalizando 32 sujeitos. Os resultados foram organizados em três categorias temáticas: Peculiaridades das famílias que convivem com a doença crônica da criança; Equipe, família e Estratégia Saúde da Família e Limitações para cuidar. A percepção da equipe é que o desenho da Estratégia Saúde da Família favorece o acesso à experiência familiar, permitindo o reconhecimento de suas especificidades. Os dados revelam ainda as limitações da equipe em sua capacidade de resolução e a necessidade de investimentos na articulação entre os distintos serviços, setores e equipamentos sociais.
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RESUMO Objetivo Analisar a percepção da equipe de enfermagem do centro cirúrgico sobre o processo de acreditação hospitalar, nas dimensões avaliativas de estrutura, processo e resultado. Método Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, exploratório-descritivo, realizado em um hospital universitário. Resultado A população constou de 69 profissionais de enfermagem, e a coleta de dados ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, por meio de um questionário, empregando-se a escala de Likert. O instrumento teve Alpha de Cronbach igual a 0,812. Na comparação das três dimensões, a que obteve maior escore de favorabilidade foi de resultado, média de 47,12 (dp± 7,23), e a menor foi de estrutura, média de 40,70 (dp± 5,19). Conclusão Este diagnóstico situacional subsidiará a reestruturação dos pontos vulneráveis avaliados nas três dimensões, sobretudo os da dimensão de estrutura, com vistas à acreditação nível 2 pela Organização Nacional de Acreditação pleiteada na Instituição.
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RESUMO Objetivo Investigar o estresse emocional, o coping e burnout da equipe de enfermagem e a associação com fatores biossociais e do trabalho em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método Estudo transversal, realizado em oito UTI de hospital-escola, do município de São Paulo, em 2012. Coletaram-se dados biossociais e de trabalho dos profissionais, juntamente com Escalas de Estresse no Trabalho, Coping Ocupacional, Lista de Sinais e Sintomas e Inventário Maslach de Burnout. Resultados Participaram da pesquisa 287 sujeitos, predominantemente mulheres, com companheiro e filhos. O nível médio de estresse e coping controle foram prevalentes (74,47% e 79,93%, respectivamente) e a presença de burnout em 12,54%. Fatores associados ao estresse referiram-se às condições de trabalho. Ter companheiro, atuar em UTI Clínica e gostar do trabalho foram fatores de proteção para coping prevalente, enquanto que horas de sono adequadas foi fator de proteção para burnout. Conclusão O controle do ambiente de trabalho e o sono adequado são fatores decisivos e protetores para enfrentamento das situações de estresse ocupacional.
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Este artigo propõe uma reflexão sobre a integração ensino e serviço a partir das discussões de um grupo multiprofissional de um curso de especialização para ativação de mudanças na formação superior em saúde. Além das reflexões do grupo, o texto traz interlocuções com referenciais teóricos sobre aspectos que envolvem a integração ensino-serviço. São abordadas as relações da integração ensino-serviço com a formação superior dos profissionais de saúde, com os modelos tecnoassistenciais, com a prática do cuidado em saúde, com o trabalho em equipe e com a educação permanente.
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Este trabalho investiga a formação acadêmica e a motivação de médicos do Programa de Saúde da Família (PSF) para atuarem na área e as vivências adquiridas. Trata-se de estudo exploratório, descritivo e qualitativo. As categorias de análise foram: carência de formação em atenção básica na escola médica e início da carreira; trabalho cotidiano do médico; visita domiciliar; relação multiprofissional na equipe; trabalho médico - realização profissional, rotatividade e falta de perspectivas; compreensão da população acerca do PSF. Os profissionais optaram pelo PSF por motivações pessoais, havendo pouco destaque e preparação para a atividade na graduação. Foi mencionada a importância dos agentes comunitários, do trabalho em grupos e das visitas domiciliares, apesar de alguns referirem impossibilidade de efetuar os dois últimos itens. Há insatisfação profissional devido a sobrecarga de trabalho, dificuldades no relacionamento multiprofissional, falta de retorno financeiro e de reconhecimento de outros profissionais e da população. Foram apontados falta de apoio e vontade política necessários ao êxito do programa. A pesquisa permitiu identificar falta de articulação entre escola médica e gestão municipal na formação de profissionais para atuação no PSF.
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As exigências sociopolíticas atuais quanto à formação e ao perfil do profissional de saúde se ampliam para além da capacitação técnico-científica, requerendo profissionais capazes de um atendimento integral em equipe interdisciplinar/multiprofissional. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi, através da Educação a Distância, baseada em método fundamentado na teoria construtivista, promover cenários de interação visando à construção de uma prática/pensamento integral em saúde, com a participação de seis graduandos de Medicina e nove profissionais da saúde. Foi utilizado o Teleduc, um ambiente de aprendizagem a distância. O modelo de estudo foi definido como um estudo de caso, e a análise se baseou nas interações dos alunos, na participação nos fóruns de discussão, nas edições dos exercícios individuais e dos portfólios de grupo. O procedimento mostrou-se um valioso promotor de interação em saúde, possibilitando desequilíbrios, reflexões, postura cooperativa e mudanças de conduta, com geração de conhecimento integral em saúde. A análise evidenciou que, para construir relações de cooperação no virtual, são necessários elementos que otimizem as interações, conferindo qualidade pedagógica e proporcionando um contexto favorável, a fim de prolongar o aprendizado rumo a uma prática transformadora
Resumo:
O objetivo deste relato é apresentar, dentro da proposta do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), uma parte do projeto da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). Trata-se da estratégia de inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino de graduação extramuros da FMRP, que visa definir e implantar recursos tecnológicos de Aprendizado Eletrônico para apoiar atividades discentes e docentes, gestão da informação, educação continuada e segunda opinião formativa. A trajetória metodológica delineou tanto o processo de atendimento de parte das ações do eixo Cenário de Prática em Atenção Básica de saúde relativa ao processo de ampliação da rede de malha ótica, essencial para suporte às atividades de desenvolvimento do uso das TIC, quanto a abordagem qualitativa de um estudo exploratório sobre a utilização do Teleduc no primeiro ano do eixo de Atenção à Saúde da Comunidade (ASC) do curso de Medicina. Nesta investigação foram realizados dois grupos focais com aplicação de questionário estruturado a discentes e docentes.
Resumo:
O trabalho em saúde realizado em termos da Atenção Básica por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF) tem-se caracterizado por uma divisão parcelar do trabalho entre profissionais de saúde cada vez mais especializados e dependentes do trabalho de outros, perdendo, assim, autonomia e resolutividade. Percebe-se a atuação de equipes extremamente fragmentadas, nas quais cada profissional meramente executa a parte que lhe cabe no processo, sem se preocupar com o resultado geral e abstendo-se do seu papel social. O objetivo deste trabalho é relatar como essa tendência pôde ser verificada em uma Equipe de Saúde da Família no bairro do Salobrinho, no município de Ilhéus - BA, por universitários participantes do Programa de Ensino pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) vinculado à Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus - BA, e sua tentativa de modificar a realidade a partir do uso de metodologias participativas para valorização da equipe.
Resumo:
Metodologias ativas de ensino-aprendizagem apontam a necessidade de colocar o aluno em contato com o paciente e suas necessidades desde o início do curso médico. A reflexão sobre a realidade por meio da problematização assume papel fundamental, juntamente com uma visão humanística do paciente, conhecendo, entendendo e respeitando a complexidade deste. Assim, este trabalho teve por objetivo investigar como a inserção longitudinal de estudantes de Medicina em cenários comunitários de Atenção Básica à saúde poderia influenciar sua formação. Mediante entrevistas, observou-se que o contato com a comunidade - particularmente em visitas domiciliárias, acompanhando agentes comunitários de saúde - resultou em profundas reflexões sobre a inserção social dos sujeitos como alunos e futuros profissionais.
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A mudança do conceito de saúde e a introdução de outro modelo de Atenção produziram transformações na formação em saúde e exigiram que os alunos participassem dos serviços de saúde com a presença de profissionais sob a forma de preceptoria. Objetivo Analisar quais conceitos e atividades da preceptoria são apresentados pelas publicações brasileiras em saúde, entre os anos de 2002 e 2012, que tratam da preceptoria médica e multiprofissional. Metodologia Revisão de literatura das experiências brasileiras publicadas nas bases bibliográficas Lilacs, Medline, SciELO, Wholis e Portal Capes, utilizando como descritores “formação” e “preceptoria”. Para a análise, selecionaram-se os temas: conceito de preceptor/preceptoria; atividades, características e formação do preceptor; relação preceptor-aluno-serviço; condições de trabalho. Resultados Os termos preceptoria e preceptor são frequentemente utilizados no âmbito da formação em saúde, porém ainda carecem de definição consistente. As atividades e características do preceptor são heterogêneas. A preceptoria traz uma dimensão docente/pedagógica, poucas vezes presente nos processos formativos dos profissionais. Conclusão O perfil e as atividades do preceptor devem ser pactuados previamente nos programas dos cursos. Pensar a formação do preceptor é fundamental para garantir a transformação da Educação em Saúde.
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OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida das mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e compreender a experiência vivida por essas mulheres diante dos sintomas que apresentam. MÉTODOS: Este estudo compreendeu duas abordagens metodológicas - quantitativa e qualitativa, de forma complementar. Foi avaliada a qualidade de vida de 213 mulheres (abordagem quantitativa) por meio do SF-36, sendo 109 com SOP (Grupo Caso: 26,8±5,4 anos) e 104 mulheres saudáveis (Grupo Controle: 23,9±6,7 anos). A análise estatística compreendeu a utilização dos testes t de Student e qui-quadrado, além dos testes de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Das mulheres do Grupo SOP, 15 participaram do estudo qualitativo, tendo sido entrevistadas mediante uso de roteiro semiestruturado. Os dados qualitativos foram analisados por meio da técnica análise de conteúdo temática categorial. RESULTADOS: Mulheres com SOP apresentaram comprometimento na qualidade de vida quando comparadas ao Grupo Controle (capacidade funcional: 76,5±20,5 e 84,6±15,9, respectivamente; aspectos físicos: 56,4±43,3 e 72,6±33,3; estado geral de saúde: 55,2±21,0 e 62,5±17,2; vitalidade: 49,6±21,3 e 55,3±21,3; aspectos sociais: 55,3±32,4 e 66,2±26,7; aspectos emocionais: 34,2±39,7 e 52,9±38,2; saúde mental: 50,6±22,8 e 59,2±20,2). Em relação aos dados qualitativos, a análise temática categorial aponta que sentimentos de "anormalidade", tristeza, medo e ansiedade estiveram associados aos principais sintomas da SOP: hirsutismo, irregularidade menstrual, infertilidade e obesidade. Esses sintomas repercutiram na vida social, na esfera profissional e no relacionamento conjugal dessas mulheres. CONCLUSÃO: A SOP compromete a qualidade de vida das mulheres, levando-as a se sentirem diferentes das outras mulheres. Por causa disso, a mulher com SOP não necessita apenas de tratamento médico para as repercussões reprodutivas, estéticas e metabólicas, mas de atendimento multiprofissional.