233 resultados para Serviços de saúde
Resumo:
So apresentados os resultados da avaliao de processo das atividades de vigilncia epidemiolgica, realizada em 1985, em 948 unidades de saúde situadas em 98 dos mais populosos municpios de cada Estado brasileiro. Foram analisados os seguintes aspectos: fluxo de informaes, anlise de dados e realizao de investigao epidemiolgica. Foram considerados potencialmente determinantes do desempenho: insero institucional, atividades de vacinao, aspectos gerenciais e capacitao em servio. A anlise estatstica baseou-se na anlise de correspondncia mltipla e na classificao hierrquica ascendente, disponveis no programa "Systeme Portable Pur L' Analise De Donnes -SPAD". As unidades avaliadas no apresentaram padro uniforme de desempenho, sendo classificadas em seis grupos segundo a atuao na vigilncia epidemiolgica. Em 53,7% das unidades foi observado desrespeito s normas mais elementares das atividades de vigilncia epidemiolgica. A presena de atividades de vacinao nas unidades estava relacionada com um melhor desempenho em vigilncia epidemiolgica. Foi apontada a necessidade de rever o modelo de vigilncia epidemiolgica ainda em uso no pas, pois no mais concebvel a reduo da epidemiologia dos serviços de saúde s doenas transmissveis ou o gerenciamento dos serviços e programas sem a informao epidemiolgica.
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OBJETIVO: Verificar as mudanas ocorridas em um servio de emergncias psiquitricas de um hospital universitrio de Ribeiro Preto-SP (EP-RP), em funo de mudanas nas polticas de saúde mental da regio. MTODOS: Os dados sobre os atendimentos foram colhidos em arquivos do EP-RP, perodo de 1988 a 1997. Foram estudadas as variveis sexo, faixa etria, procedncia e diagnstico principal. Os dados sobre as mudanas nas polticas de saúde mental, na regio, foram obtidos de documentos das secretarias de saúde do estado e do municpio. RESULTADOS: O aumento a cada ano do nmero de atendimentos realizados acompanhou o progressivo envolvimento do EP-RP na rede de serviços de saúde mental. Em 1995 a procura pelo servio foi 2,3 vezes maior do que em 1988. Nesse perodo o atendimento no EP-RP deu apoio s mudanas nas polticas de saúde mental na regio, que resultaram na reduo de 654 leitos psiquitricos. Em 1996 e 1997 houve uma diminuio do total de atendimentos em cerca de 20% com relao a 1995, acompanhando o aumento do nmero e da capacidade de atendimento dos serviços extra-hospitalares. A partir de 1990 o servio passou a atender uma maior proporo de pacientes mais velhos, do sexo masculino, com diagnstico de dependncia de substncias e transtornos psicticos e uma proporo menor de quadros no psicticos. CONCLUSES: As mudanas observadas no EP-RP correlacionam-se com as das polticas de saúde mental na regio de Ribeiro Preto, como a instalao da Central de Vagas Psiquitricas, em 1990, a reduo de leitos psiquitricos a partir de 1993 e a criao e/ou ampliao de serviços extra-hospitalares a partir de 1995.
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A rea de avaliao de programas, serviços e tecnologias em geral e na saúde, em particular, passa por um processo de expanso e diversificao conceitual e metodolgica, bem como por uma crescente demanda para se constituir em instrumento de apoio s decises necessrias dinmica dos sistemas e serviços de saúde, na implementao das polticas de saúde. Apoiando-se em uma reviso da literatura internacional especializada, e tomando por referncia a dcada de 90, foram identificados os critrios nucleares que organizam os processos de avaliao, articulando-os com os recortes adotados pelas principais tipologias de avaliao, atualmente institucionalizadas nos pases desenvolvidos, avaliao de programas, avaliao e garantia de qualidade em serviços e avaliao de tecnologias. A participao brasileira no desenvolvimento metodolgico da rea tambm analisada.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de violncia contra mulheres (fsica, psicolgica e sexual), por parceiro ntimo ou outro agressor, entre usurias de serviços pblicos de saúde e contrast-la com a percepo de ter sofrido violncia e com o registro das ocorrncias nos serviços estudados. MTODOS: Estudo realizado em 19 serviços de saúde, selecionados por convenincia e agrupados em nove stios de pesquisa na Grande So Paulo, entre 2001-2002. Questionrios sobre violncia sofrida alguma vez na vida, no ltimo ano e agressor foram aplicados amostra de 3.193 usurias de 15 a 49 anos. Foram examinados 3.051 pronturios dessas mulheres para verificao do registro dos casos de violncia. Realizaram-se anlises comparativas pelos testes Anova, com comparaes mltiplas e qui-quadrado, seguido de sua partio. RESULTADOS: As prevalncias observadas foram: qualquer violncia 76% (IC 95%: 74,2;77,8); psicolgica 68,9% (IC 95%: 66,4;71,4); fsica 49,6% (IC 95%: 47,7;51,4); fsica e/ou sexual 54,8% (IC 95%: 53,1;56,6) e sexual 26% (IC 95%: 24,4;28,0). A violncia fsica e/ou sexual por parceiro ntimo na vida foi de 45,3% (IC 95%: 43,5;47,1) e por outros que no o parceiro foi de 25,7% (IC 95%: 25,0;26,5). Apenas 39,1% das que relataram qualquer episdio consideraram ter vivido violncia na vida, observando-se registro em 3,8% dos pronturios. As prevalncias diferiram entre os stios de pesquisa, bem como a percepo e registro das violncias. CONCLUSES: A esperada alta magnitude do evento e sua invisibilidade foram confirmadas pelas baixas taxas de registro em pronturio. Constatou-se ser baixa a percepo das situaes vividas como violncia. Sugerem-se estudos ulteriores que avaliem a heterogeneidade das usurias dos serviços.
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OBJETIVO: Analisar os sentidos do cuidado para com o usurio atendido no mbito da assistncia em saúde mental, a partir de percepes de psiclogos atuando no cotidiano de serviços pblicos de saúde. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Estudo exploratrio qualitativo realizado na cidade de Fortaleza, CE, no ano de 2006. A amostra foi composta por oito informantes do sexo feminino, psiclogas, pertencentes ao quadro funcional da rede estadual de saúde. Para apreenso e construo das informaes, foram realizadas entrevistas no-diretivas, gravadas e transcritas. A categorizao dos discursos a partir de enfoque hermenutico possibilitou a construo de rede interpretativa. ANLISE DOS RESULTADOS: A rede interpretativa evidenciou que o psiclogo reconhece sua insero no campo da saúde pblica como um desafio, distinto do campo de sua formao. As concepes de cuidado predominantes foram circunscritas dimenso tcnica, embora tambm tenham sido identificadas outras mais prximas abertura tica e de respeito alteridade. CONCLUSES: No cotidiano da assistncia na rede pblica, percebe-se uma atitude de cuidado como tcnica, controle e anulao da diferena mais comprometida com os modelos tradicionais da biomedicina e da psicologia clnica. Foram observadas prticas que ultrapassam essa atitude e assumem uma configurao direcionada ao encontro intersubjetivo, ao dilogo, afetao, escuta tica, ao compartilhamento de responsabilidades e ao compromisso tico em sua perspectiva sociocultural e poltica.
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OBJETIVO: Avaliar a utilizao de serviços de saúde entre idosos portadores de doenas crnicas. MTODOS:Estudo transversal realizado com 2.889 indivduos com idade a partir de 65 anos, portadores de condies crnicas - hipertenso arterial, diabetes mellitus e doena mental -, residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde em 41 municpios das regies Sul e Nordeste do Brasil em 2005. Os dados analisados foram obtidos do estudo de linha de base do Programa de Expanso e Consolidao da Saúde da Famlia. As variveis estudadas foram sexo, idade, cor da pele, situao conjugal, escolaridade, renda familiar, tabagismo, incapacidade funcional e modelo de ateno da unidade bsica de saúde. A anlise ajustada dos desfechos foi realizada com regresso de Poisson. RESULTADOS: A prevalncia de consulta mdica nos ltimos seis meses foi de 45% no Sul e de 46% no Nordeste. A prevalncia de participao em grupos de atividades educativas no ltimo ano foi de 16% na regio Sul e de 22% na regio Nordeste. Nas duas regies, o uso dos serviços foi maior por idosos com idade inferior a 80 anos, baixa escolaridade e residentes em reas de abrangncia de unidades bsicas de saúde com Programa Saúde da Famlia. Apenas na regio Sul os idosos com incapacidade funcional apresentaram maior prevalncia de consultas mdicas. CONCLUSES: As prevalncias de consulta mdica e de participao em grupos de atividades educativas foram baixas, quando comparadas com estudos anteriores realizados com idosos no Brasil. Os resultados indicam que, apesar de o Programa Saúde da Famlia promover maior uso de serviços das unidades bsicas de saúde pelos idosos portadores de condies crnicas, h necessidade de ampliar o acesso daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia e analisar fatores associados utilizao de serviços mdicos no sistema pblico de saúde. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, com 2.706 indivduos de 20 a 69 anos, de Pelotas, RS, em 2008. Foi adotada amostragem sistemtica com probabilidade proporcional ao nmero de domiclios por setor. O desfecho foi definido pela combinao das perguntas relacionadas consulta mdica nos ltimos trs meses e local. As variveis de exposio foram: sexo, idade, estado civil, escolaridade, renda familiar, internao hospitalar auto-referida no ltimo ano, existncia de mdico definido para consultar, autopercepo de saúde e o principal motivo da ltima consulta. A anlise descritiva foi estratificada por sexo e a estatstica analtica incluiu o uso do teste de Wald para tendncia e heterogeneidade na anlise bruta e regresso de Poisson com varincia robusta na anlise ajustada, levando-se em considerao a amostragem por conglomerados. RESULTADOS: A prevalncia de utilizao de serviços mdicos nos ltimos trs meses foi de 60,6%, quase a metade (42,0%, IC95% 36,3;47,5) em serviços pblicos. Os serviços pblicos mais utilizados foram os postos de saúde (49,5%). Na anlise ajustada e estratificada por sexo, homens com idade avanada e mulheres mais jovens tiveram maior probabilidade de utilizarem os serviços mdicos no sistema pblico. Em ambos os sexos, baixa escolaridade, renda familiar per capita, inexistncia de mdico definido para consultar e internao hospitalar no ltimo ano estiveram associados ao desfecho. CONCLUSES: Apesar de expressiva reduo na utilizao de serviços mdicos de saúde no sistema pblico nos ltimos 15 anos, os serviços pblicos tm atingido uma parcela anteriormente desassistida (indivduos com baixa renda e escolaridade).
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Este estudo tem como objetivo discutir as tecnologias em uso na gesto dos serviços pblicos de saúde. Os dados empricos sobre os quais essa anlise se esboa partem da vivncia profissional de um dos autores como assessor tcnico junto Secretaria Estadual de Saúde de So Paulo. A prtica de gerncia vivenciada confrontada com as propostas de tecnologia gerencial trazidas por MERHY; ONOCKO (1997) e articulada s estratgias de construo de sujeitos plenos a partir do trabalho. As concluses indicam a necessidade de se repensar as tecnologias gerenciais em uso e apontam novos instrumentos gerenciais.
Resumo:
Atualmente, observa-se que os enfermeiros ainda no consolidaram uma nova identidade profissional na maioria das instituies de saúde mental, comprometidas com a implementao da Reforma Psiquitrica. Por isso, o presente artigo tem por objetivo caracterizar o trabalho de enfermagem realizado em dois serviços-dia do municpio de Campinas-SP, por meio de um estudo exploratrio e descritivo de natureza qualitativa. Depreende-se da anlise dos dados que as atividades de enfermagem visam principalmente as necessidades de cuidado dos clientes relacionadas ao campo da Reabilitao Psicossocial, embora sua implementao apresente certas contradies que evocam a presena de traos compatveis com o modelo assistencial anterior.
Resumo:
As mudanas na ateno saúde mental exigem novas formas de estruturar e transitar nas redes de saúde. Objetiva-se entender de que forma os trabalhadores avaliam a estrutura da rede na qual esto inseridos e como se utilizam dela como instrumento para a reabilitao psicossocial. Trata-se de um recorte qualitativo da pesquisa Redes que reabilitam – avaliando experincias inovadoras de composio de redes de ateno psicossocial . Foram analisadas entrevistas dos seis trabalhadores do Servio Residencial Teraputico de Alegrete e quatro dirios de campo. Os resultados apontam para a transversalidade da rede, as relaes entre seus diferentes dispositivos, as alianas para efetivao do cuidado em liberdade, a responsabilizao para com os usurios e as relaes entre os moradores e os trabalhadores no espao servio/casa. Conclui-se que na rede de Alegrete existem espaos que favorecem os fluxos entre os sujeitos envolvidos, tornando o trabalho objeto de pensamento e transformao.
Resumo:
A atual proposta de unificao e descentralizao dos serviços de saúde no Brasil resultado de um longo processo de evoluo do Sistema Nacional de Saúde que se iniciou por volta do fim da dcada de 70. Percebe-se, na sucesso de planos e programas, como o PREV-SAUDE, o CONASP e as AIS, um caminhar no sentido da integrao dos serviços oferecidos nas trs instncias de poder, bem como sua extenso a toda a populao, o que veio preparar a emergncia do SUDS em nvel nacional. So Paulo, que j havia iniciado o processo de descentralizao administrativa, teve mais condies para efetivao da reforma na rea de saúde. Esta, no entanto, conforme dados de pesquisa desenvolvida pelas autoras, viu seus objetivos desviados da proposta original devido a mudanas no governo estadual e ao de grupos de presso.
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Administrao da Qualidade comea a ser discutida na rea de saúde, no Brasil. Por isto, a discusso a respeito da aplicabilidade dos conceitos ao setor, bem como de suas limitaes, parece oportuna. Qualidade enquanto conceito indissocivel de alteraes na cultura organizacional e de desenvolvimento de recursos humanos, alm de precisar considerar aspectos tcnicos e parmetros especficos da gesto setorial. O pequeno nmero de experincias existentes em serviços de saúde no Brasil e seu curto tempo de desenvolvimento permitem trabalhar mais com dvidas que com certezas a respeito das perspectivas futuras para este campo de conhecimento.
Resumo:
Dada a relevncia das operadoras de planos de saúde na prestao de serviços de saúde e sua grande importncia para clientes individuais e empresariais, assim como para profissionais e empresas prestadoras de serviços de saúde, importante antecipar a capacidade financeira das operadoras que efetivamente cumprir suas obrigaes contratuais (prover serviços a clientes, pagar prestadores). Para isso, desenvolvemos um modelo de previso de insolvncia especfico para operadoras de planos de saúde. Por meio de uma regresso logstica sobre 17 indicadores financeiros de cerca de 600 operadoras brasileiras de planos de saúde, desenvolvemos um modelo capaz de prever a insolvncia de uma operadora aps um ano, e analisamos a preciso desse modelo especfico em comparao com a de um modelo geral bastante popular, o escore Z" de Altman.
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Qualidade um tema muito discutido, tendo em conta a grande concorrncia, a necessidade de conter custos e a maior exigncia dos clientes. Exigncia esta que se estende a todos os tipos de serviços, inclusive os serviços de saúde. No entanto, no basta apenas dizer que se presta um atendimento de qualidade; preciso avali-la e esta avaliao pode ser realizada pelo uso dos Indicadores da Qualidade, que em saúde so categorizados em trs grupos: Estrutura, Processo e Resultado. Desta forma, este trabalho se props avaliar um servio pblico de odontologia com a utilizao de um Indicador da Qualidade de cada categoria. Sendo "horas de treinamento ou cursos fornecidos pela instituio/cirurgio-dentista/ano" o Indicador de Estrutura selecionado, "cuidados com biossegurana" o de Processo e "satisfao do prestador" o de Resultado. Conclui-se que os indicadores aplicados so excelentes instrumentos de avaliao e fonte de dados para planejamento de um servio de odontologia.
Resumo:
O artigo objetiva discutir a relao pblico-privada na assistncia ambulatorial de mdia e alta complexidade no SUS, na regio da Baixada Cuiabana (MT). No Brasil, as imbricaes entre os setores pblico e privado na saúde e suas consequncias so complexas e ainda pouco estudadas. Este um estudo quantitativo e descritivo, com base em dados secundrios de Sistemas de Informao do SUS, referentes estrutura, produo e aos gastos desse tipo de assistncia. Os resultados apontam que o nmero de estabelecimentos, a produo e o volume de recursos se concentram em Cuiab, tendo o setor privado/filantrpico como principal provedor. Conclui-se que tal fato possa sugerir que esse setor detenha poder poltico e de presso sobre o SUS, tanto na negociao de seus contratos quanto na prestao de serviços ambulatoriais mais bem remunerados.