210 resultados para Psicologia História
Resumo:
O artigo apresenta um esboo das produes historiogrficas referentes ao tema da administrao, direito e justia na Amrica portuguesa. Busca definir as potencialidades e os domnios de uma história da justia, considerando suas relaes com reas j consagradas da historiografia.
Resumo:
Este artigo objetiva levantar questes acerca de alguns dos debates travados pela historiografia colonial brasileira nas ltimas duas dcadas, relacionando-as, em linhas gerais, com mudanas polticas e sociais ocorridas no Brasil. Sugere-se que, no cerne de tais debates, encontra-se um mal-estar atinente s formas pelas quais os historiadores lidam com o problema da responsabilidade diante de uma sociedade marcadamente desigual.
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O objetivo deste artigo analisar os espaos e os agentes africanos descritos na obra Expedio portuguesa ao Muatinvua, de Henrique de Carvalho. Considerando o discurso civilizacional de fim de sculo oitocentista presente na obra, pretendemos argumentar que tais descries dos trajetos da expedio, por coincidirem com as rotas do comrcio regional e por serem espaos de atuao de diferentes carregadores africanos, podem ser utilizadas como fonte da história social do comrcio de longa distncia da frica centro-ocidental.
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O artigo analisa a construo da memria da primeira-dama argentina Eva Pern (1919-1952). Destacamos que, na Argentina contempornea, sua memria tem sido reivindicada positivamente por diferentes grupos poltico-sociais e no apenas pelos peronistas. Contudo, ressaltamos a necessidade de se diferenciar a memria da história de Eva Pern, marcada por tenses inclusive com a base social do peronismo.
Resumo:
Este artigo discute a relao discursiva constituda entre duas obras historiogrficas: a História geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen e a História da colonizao portuguesa no Brasil, empreendimento coletivo com vistas a difundir boa imagem do processo colonizador da Amrica portuguesa. A hiptese que encontramos registrado em tais obras um substrato discursivo comum referente ao passado colonial luso-brasileiro com implicaes tericas e epistemolgicas desse fenmeno ocorrido ao longo de suas notas de rodap.
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Resumo O presente artigo visa demonstrar que a viso historiogrfica tradicional a respeito da solido medieval tributria da revalorizao de alguns lugares comuns da retrica clssica e bblica empregados pela documentao do perodo. Constatao no sem importncia, uma vez que ela nos abre um novo horizonte analtico ainda no explorado pelos estudos monsticos: a funo social da solido medieval. Metodologicamente, o texto prope o exame de relaes lexicais dinmicas presentes no campo semntico da solido medieval. Ao final de nosso percurso teremos demonstrado que o deserto latino deve ser compreendido em funo do processo de transferncia da noo oriental para o ocidente. Uma transferncia que coloca a solido sob o controle de especialistas do isolamento cristo, tais como eremitas e monges. Esses reivindicam para si o monoplio da ocupao de um espao de solido: o eremus. Defende-se, assim, que a noo latinizada de solido, bem como a polissemia do desertum bblico, implica uma concepo "territorializada" do espao na medida em que os agentes sociais em questo pretendem exercer sua influncia de forma exclusiva sobre este espao.
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Resumo O objetivo deste artigo apresentar algumas inquietaes tericas e metodolgicas sobre a forma como os historiadores representam o conhecimento histrico, dando especial ateno ao uso de grficos interativos, mapas dinmicos e animaes. Se o objeto do conhecimento histrico tem diferentes movimentos, distintas intensidades, por que seria o papel impresso o principal (seno nico) veculo de divulgao deste conhecimento? Diante de objeto to escorregadio e de difcil apreenso, os historiadores optaram, desde o sculo XIX at o presente, por narrar (atravs da escrita) as dinmicas sociais, sem preocupao com formas alternativas de representao. Muito recentemente, o fenmeno das mdias digitais e da internet trouxe inspirao para os profissionais do tempo social, permitindo algumas experincias inovadoras. sobre algumas destas experincias que o texto tratar.
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Estuda-se a história, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistncia mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistncia Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.
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Atravs da anlise das relaes existentes entre as medidas de risco e as medidas de eficincia de testes de diagnstico ou triagem, so discutidos os problemas e limitaes concernentes ao uso de fatores de risco na predio da distribuio de efeitos (infeco, doena, cura) em uma populao. Para ilustrar o tema, foi utilizada a associao, em crianas, entre a questo "voc j tomou banhos em rios?", muito utilizada em anamneses clnicas ensinadas em diversas escolas mdicas do Brasil, e a infeco pelo Schistosoma mansoni. A história de banhos em rios, enquanto um importante fator de risco, mostrou-se mau preditor da ocorrncia da infeco esquistossomtica. A anlise demonstrou que este achado , em grande parte, devido a baixa freqncia de história negativa de banhos em rios. Porm, a possibilidade da utilizao de fatores de risco isoladamente ou agrupados, com o objetivo de predio de efeitos, possvel e desejvel. Apesar de pouco explorado nos seus aspectos prticos ou conceituais, esta rea de conhecimento representa um importante ponto de convergncia entre a epidemiologia das causas e a epidemiologia das intervenes.
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Com o objetivo de analisar a associao de algumas caractersticas sociodemogrficas atuais com o fato de ter realizado ou no um aborto, foram estudadas 138 alunas de uma universidade brasileira, que haviam tido pelo menos uma gravidez. Essas alunas foram identificadas dentre as 937 que devolveram, pelo correio, questionrio auto-respondido, anonimamente, distribudo a todas as alunas da graduao. As alunas foram divididas em dois grupos, segundo tenham feito pelo menos um aborto ou no. Constatou-se que a maior proporo de mulheres que havia abortado esteve entre aquelas com at 24 anos de idade, sem companheiro, sem religio e sem nenhum filho vivo por ocasio do estudo. A anlise por regresso logstica apontou no ter filhos vivos como caracterstica atual associada realizao de um aborto.
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OBJETIVOS: Estudar a sobrevivncia de populaes de Aedes albopictus de ambientes rural e urbano, em diferentes condies de alimentao, e analisar sua idade fisiolgica e a história reprodutiva. MTODOS: Foram coletadas larvas de Ae. albopictus no Vale do Paraba (localidade urbana), e no Vale do Ribeira (localidade rural), Estado de So Paulo. As fmeas que emergiram foram alimentadas com acar ou com sangue e observadas diariamente anotando a data da morte de cada uma e outras variveis relacionadas com a reproduo. Os ovrios foram dissecados seguindo a tcnica de Polovodova, e a avaliao do desenvolvimento folicular segundo Christophers e Mer. Foram construdas tbuas de vida e analisadas estatsticamente as taxas de sobrevida. Para anlise dos dados foi utilizado o Stata 7.0. RESULTADOS: Foi observada discordncia gonotrfica nas duas populaes de Ae. albopictus. As fmeas onparas desenvolveram sacos terminais. As nulparas apresentaram ovrios normais e em alguns casos foram observadas dilataes. As fmeas alimentadas com acar apresentaram maiores taxas de sobrevida. No foi detectada diferena estatstica na taxa de sobrevida entre as duas populaes avaliadas. CONCLUSES: A idade fisiolgica e o estado de paridade de Ae. albopictus no foram definidas pela anlise dos ovarolos porque estes apresentaram sacos terminais em vez de dilataes. O tipo de alimento ingerido influenciou na sobrevivncia das fmeas de Ae. albopictus.
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OBJETIVO: (Re)conhecer o significado da perda fetal para mulheres que vivenciaram a experincia, a partir da compreenso do processo de gravidez, com base em seus relatos. MTODOS: Pesquisa de anlise qualitativa com base nas histórias de sete mulheres que vivenciaram a experincia de perda fetal, no municpio de Aruj, SP, no perodo de julho de 1998 a junho de 1999. As mulheres foram identificadas a partir de atestados de bito de nascidos mortos no perodo de estudo, obtidos no Cartrio de Registro Civil de Aruj. Como procedimentos metodolgicos, foram utilizadas a tcnica de história oral para a coleta de dados e a tcnica de anlise de contedo do material coletado. As entrevistas realizadas foram gravadas e transcritas integralmente, e posteriormente recortadas para anlise. RESULTADOS: Os achados foram analisados, contemplando dois momentos: o contexto circunstancial da gravidez e o impacto aps a perda, adotando-se categorias temticas especficas. A primeira parte aborda a percepo da gravidez, a notcia da vinda do beb, os problemas de sade at a perda e o atendimento do servio de sade. O significado da perda do beb para as mulheres desse estudo foi evidenciado por trs eixos centrais: perda de parte dela, fatalidade atribuda ao divino e mudanas de atitude perante a vida. A rede social de apoio a essas mulheres foi constituda sobre dois pilares: a famlia e a igreja, sendo praticamente inexistente o apoio de servios de sade. Ao final, todas elas expressaram a vontade de viver, a necessidade de trabalhar, de estudar e, at mesmo, de ter nova gravidez. CONCLUSES: Faz-se necessria uma mudana de paradigma nessa misso de atender pessoas; preciso humanizar o atendimento nos servios de sade. Ficou muito evidente a necessidade do acompanhamento de usurias de servios de sade que tiveram uma perda fetal, por uma equipe multiprofissional. Foi evidenciada, tambm, a importncia de uma rede de apoio para mulheres que vivenciam esse problema.
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OBJETIVO: Conhecer a história de vida da mulher usuria de lcool, inserida em tratamento especializado para dependncia qumica, auto-referida. MTODOS: Pesquisa qualitativa, utilizando como estratgia metodolgica a "história de vida", realizada no perodo de maio a agosto de 2000. Participaram do estudo 13 mulheres em tratamento em ambulatrio especializado de tratamento e pesquisa em lcool e drogas devido ao consumo alcolico. Optou-se por uma abordagem focalizada/ temtica do momento vivenciado pelas mulheres estudadas. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e gravadas para a Anlise de Contedo. RESULTADOS: As leituras das entrevistas transcritas permitiram identificar as seguintes categorias: 1) Trabalho e lazer antes do uso nocivo e a dependncia ao lcool; 2) Perda do controle sobre a bebida e o surgimento de comprometimentos clnicos, sociais e familiares; 3) Percepo dos prejuzos e a busca de tratamento especializado; 4) Necessidade de voltar a acreditar em si mesma; 5) Acolhimento e respeito ao tratamento especializado e; 6) (Re)aprendendo a viver: lidando com a dependncia. CONCLUSES: A mulher usuria de lcool necessita de ateno especial por parte dos profissionais de sade e familiares, sobretudo no que se refere aos aspectos emocionais, aos comprometimentos clnicos e a promoo da auto-estima. Esse conjunto de atenes possibilitam o resgate da cidadania, objetivando melhor continuidade do processo de recuperao.
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Estuda-se a história, atravs da evoluo dos servios estaduais de sade pblica em So Paulo, desde 1891 at o presente. Dois vultos se destacam: Emlio Ribas e Geraldo de Paula Souza. Emlio Ribas conseguiu debelar no fim do sculo passado surtos epidmicos de febre amarela, febre tifide, varola e clera e, na Capital, malria. Prova, em um grupo de voluntrios, no qual foi o primeiro, a transmisso, por vector, de febre amarela, repetindo, um ano depois, a experincia norte-americana em Cuba. Funda o Instituto Butant, entregando-o a outro cientista, Vital Brasil. Paula Souza reorganiza, em 1925, o Servio Sanitrio do Estado, introduzindo o centro de sade, a educao sanitria, a visitao domiciliaria. Lidera, posteriormente, no SESI, a assistncia mdica, odontolgica, alimentar e social do operrio. Em junho de 1947 foi criada a Secretaria da Sade Pblica e da Assistncia Social cujo primeiro titular foi o Dr. Jos Q. Guimares. Deu-se nfase implantao de campanhas de erradicao ou controle de doenas transmissveis (malria, chagas, poliomielite, variola, etc.) e reforma total da Secretaria da Sade iniciada em 1970.