120 resultados para Música popular - Brasil História
Resumo:
Foi feita reviso e anlise, sob um ponto de vista antropolgico, da literatura mais representativa sobre sade e doena e prticas de cura no Brasil. Nessa literatura, em primeiro lugar, houve a preocupao de coletar documentos sobre as tradies regionais do mundo rural, expressando uma ampla variedade de pontos de vista. Em geral, "medicina popular" era vista como um conjunto de prticas e idias rudes e imitativas, provenientes tanto da medicina erudita do passado como das tradies tnicas brasileiras. Em segundo lugar, as cincias sociais exerceram uma grande influncia neste tipo de estudo. Depois dos anos 30 e, principalmente, dos anos 40 aos 70, um nmero importante de trabalhos tiveram lugar nesse campo de estudo, influenciados pelas posturas acadmicas como, por exemplo, o funcionalismo, a teoria da aculturao, e as teorias do desenvolvimento. Durante os anos 70 o campo atingiu a sua maturidade com um grande nmero de pesquisas sob vrias influncias tericas. As teorias estruturalistas e funcional-estruturalistas (que variam entre o formalismo abstrato e o substantivismo) tiveram um peso mais consistente nessa dcada. Trs importantes estudos recentes foram tambm analisados, e as principais tendncias abertas nesse campo foram tambm discutidas, particularmente as tentativas marxistas de anlise.
Resumo:
Atravs da anlise das relaes existentes entre as medidas de risco e as medidas de eficincia de testes de diagnstico ou triagem, so discutidos os problemas e limitaes concernentes ao uso de fatores de risco na predio da distribuio de efeitos (infeco, doena, cura) em uma populao. Para ilustrar o tema, foi utilizada a associao, em crianas, entre a questo "voc j tomou banhos em rios?", muito utilizada em anamneses clnicas ensinadas em diversas escolas mdicas do Brasil, e a infeco pelo Schistosoma mansoni. A história de banhos em rios, enquanto um importante fator de risco, mostrou-se mau preditor da ocorrncia da infeco esquistossomtica. A anlise demonstrou que este achado , em grande parte, devido a baixa freqncia de história negativa de banhos em rios. Porm, a possibilidade da utilizao de fatores de risco isoladamente ou agrupados, com o objetivo de predio de efeitos, possvel e desejvel. Apesar de pouco explorado nos seus aspectos prticos ou conceituais, esta rea de conhecimento representa um importante ponto de convergncia entre a epidemiologia das causas e a epidemiologia das intervenes.
Resumo:
Os ttulos de anticorpos no soro pela reao de inibio da hemaglutinao para rubola, empregando o caulim para adsoro de beta-lipoprotenas bloqueadores inespecficos, foram determinados em funcionrias do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo (Brasil), no perodo de 1982-1983 e confrontados com idade, cor, unidade hospitalar, local, cargo, tempo de emprego, antecedentes de rubola ou comunicante na vigncia ou no de gravidez. Participaram do estudo 1.886 funcionrias (88,9% de 2.121) tendo ttulos com a distribuio: 9,6% <10,1,3% -10,3,5% -20, 5,8% -40,10,6% -80, 20,7% -160, 27,8% -320,12,6% -640, 7,3% -1.280 e 0,8% -2.560. Houve fraca associao entre ttulos e quaisquer das variveis de confrontao (P <FONT FACE=Symbol>@</font> 0); 87,1% das funcionrias negaram antecedentes de rubola e destas 73,9% tiveram ttulos > 20; 57,6% negaram ser comunicantes e apresentaram ttulos <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 20; em 1,1% que referiram história de rubola, os ttulos foram <FONT FACE=Symbol>£</FONT>20; 97% negaram contacto com rubola durante a gravidez. Houve somente um caso de malformao congnita aps rubola no primeiro trimestre da gravidez. Das 351 funcionrias ss, e com ttulos <FONT FACE=Symbol>³</FONT> 640, em 9,4% demonstrou-se IgM especfica. No foi notada flutuao significativa dos ttulos em diferentes amostras em perodo de observao de at um ano. Conclui-se que a maioria das funcionrias imune rubola (ttulo > 20) independente de quaisquer parmetros analisados; a presena de IgM especfica em algumas funcionrias pode ser compatvel com doena subclnica. Este inqurito foi considerado til na orientao de funcionrias grvidas comunicantes de caso suspeito ou confirmado de rubola, e para as no-grvidas e no-imunes a indicao da profilaxia pela vacina.
Resumo:
Como parte de um estudo epidemiolgico sobre a sade de crianas abaixo de cinco anos realizado na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, RJ (Brasil), avaliou-se o perfil nutricional de uma amostra representativa de 591 crianas. De acordo com o indicador peso-para-idade, 23,9% encontravam-se com desnutrio leve (grau I pela classificao de Gomez), e apenas 22,0% evidenciaram desnutrio moderada (grau II). Esse achado mostrou-se compatvel com aqueles onde se utilizaram os indicadores peso-para-altura e altura-para-idade: (a) ausncia de desnutrio aguda, com um perfil de peso-para-altura superposto ao de uma populao padro normal, e (b) deficincia de crescimento, com 7% e 15% de crianas excedendo os valores abaixo de, respectivamente, -2 e -1 desvios-padro esperados numa populao normal. Quanto deficincia estatural, as seguintes variveis mostraram-se associadas mesmo aps controle pelo "status" econmico (indicado pelas condies ambientais do domiclio): baixo peso-ao-nascer, nmero de irmos igual ou acima de trs, sexo masculino, história de nunca ter amamentado ao seio materno, e história de morte infantil prvia na famlia. Cada varivel discutida separadamente, bem como o perfil nutricional geral e a marcada estratificao social intracomunitria da deficincia estatural.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar o estado nutricional de crianas de uma populao urbana perifrica de Porto Alegre, RS (Brasil) que apresentaram quadro de desnutrio moderada ou grave antes dos 5 anos de idade, 61 famlias foram procuradas aps 2 a 4 anos de uma avaliao inicial. Das 39 crianas localizadas, 4 (10,3%) foram a bito e 22 (56,4%) apresentaram um incremento na relao peso/idade maior que 10%. Entre as 35 crianas sobreviventes, 29 (82,3%) apresentavam algum grau de desnutrio (peso/idade < 90% do padro), 25 (71,4%) tinham baixa estatura (altura/idade < 95% do padro) e 5 (14,3%) possuam pouco peso para a altura < 90% do padro). Os irmos menores de 5 anos de idade apresentaram estado nutricional semelhante ao das crianas reavaliadas. Os fatores que mostraram alguma associao com um melhor estado nutricional (incremento maior que 10% na relao peso/idade no perodo do seguimento e/ou altura/idade ou peso/altura adequados na segunda avaliao) foram: história de pelo menos uma hospitalizao entre a primeira e a segunda avaliao, deteco da desnutrio at os 6 meses de idade e me alfabetizada. Os programas de suplementao alimentar e/ou reabilitao nutricional disponveis na comunidade no influram na melhoria do estado nutricional, tanto das crianas-alvo como de seus irmos. Concluiu-se pela necessidade de uma abordagem mais eficaz das famlias que apresentam um alto risco para desnutrio e morbimortalidade infantil.
Resumo:
Atravs de um estudo tipo caso-controle, foi comparada uma amostra de bitos ps-neonatais por pneumonia ocorridos na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil (1986-1987) e controles sadios, moradores na vizinhana. Os fatores de risco investigados foram variveis relacionadas história gestacional da me e ao nascimento da criana, s condies sociais da famlia e utilizao de servios de sade. Na primeira etapa de anlise, atravs de um modelo de regresso logstica univariada, foram estimados os coeficientes de cada varivel independente, o risco relativo e seus limites de confiana. O peso ao nascer e a idade do desmame mostraram-se das mais fortemente associadas com a varivel dependente. Na segunda etapa, foi feito o ajuste pelo modelo de regresso logstica mltipla e somente 4 variveis permaneceram estatisticamente associadas com a mortalidade: idade do desmame, peso ao nascer, nmero de moradores da casa e aplicao da vacina BCG. Conclui-se que a mortalidade por pneumonia em menores de um ano est fortemente associada s condies sociais da famlia, em particular da me.
Resumo:
Foi realizado estudo epidemiolgico sobre os seguintes fatores de risco de doenas cardiovasculares aterosclerticas: dislipidemias, obesidade, hipertenso, diabetes melito e alguns elementos definidores do estilo de vida (sedentarismo, etilismo, tabagismo e hbitos alimentares) em populao pertencente rea Metropolitana de So Paulo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: a) desenvolver uma linha de base epidemiolgica para o estudo das doenas cardiovasculares aterosclerticas e os fatores de risco representados pelas dislipidemias, obesidades, hipertenso e diabetes melito e de suas relaes com caractersticas pessoais, familiares e sociais; b) encaminhar para tratamento clnico-educativo os indivduos doentes ou portadores de risco. A metodologia empregada a primeira parte de uma srie destinada divulgao dos resultados da pesquisa. Tendo em vista os objetivos, optou-se por se trabalhar integradamente com os centros de sade e associaes comunitrias locais na fase de coleta de dados em campo. Por isso, a metodologia empregada foi a de trabalhar em pequenas reas geogrficas, homogneas do ponto de vista socioeconmico, denominadas "reas de estudo". A caracterizao de grupos sociais foi feita atravs do conceito de classes sociais, operacionalizado por meio de indicadores como renda, escolaridade, ocupao, posio na ocupao, posse de propriedade e respectiva dimenso e emprego de mo-de-obra. Foram estabelecidas as seguintes classes sociais: burguesia, pequena burguesia tradicinal, proletariado e sub-proletariado. Foram realizados inquritos clnicos, bioqumico, alimentar e entrevistas para se obter informaes de carter demogrfico, socioeconmico e de estilo de vida. O inqurito clnico constou de tomada de medidas antropomtricas, presso arterial, eletrocardiograma e informaes sobre antecedentes pessoais e familiares de hipertenso, obesidade, cardiopatias e outras morbidades. O inqurito bioqumico constou da medida dos seguintes constituintes sangneos: colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicrides, magnsio, glicose, sdio, potssio, clcio e fsforo. O inqurito alimentar envolveu informaes sobre a história alimentar do indivduo. A interveno clnico -educativa foi feita com a participao de associaes comunitrias e centros de sade, que criaram programas locais de atendimento aos doentes e portadores de risco.
Resumo:
O conhecimento da prevalncia de hipertenso arterial sistmica (HAS) e de seus fatores de risco pode ser de grande valor para orientar o planejamento das polticas de sade. Para identificar a prevalncia de HAS, e sua associao com fatores de risco, foi realizado estudo transversal de base populacional na cidade de Pelotas, no sul do Brasil, onde foram examinadas 1.657 pessoas. A prevalncia de HAS foi de 19,8%. Os fatores de risco significativamente associados, aps controle para fatores de confuso, foram: cor preta, idade avanada, baixa escolaridade, história paterna e materna de HAS, uso de sal adicional mesa e obesidade. A classe social, que mostrou forte associao com HAS na anlise bivariada, teve seu efeito reduzido na anlise multivariada, quando houve ajuste por sexo, cor e idade.
Resumo:
Em amostra representativa da populao de duas reas de estudo (568 indivduos), Municpio de Cotia, SP, Brasil, foi realizado inqurito alimentar, baseado na história alimentar do indivduo. Os objetivos foram: identificar o potencial aterognico de dietas de diferentes agrupamentos humanos, estratificados em classes sociais e analisar diferenciais de consumo de alguns nutrientes, que conferem aterogenicidade dieta entre esses agrupamentos. Foram analisados diferenciais de consumo, entre homens e mulheres, segundo classes sociais e tomando-se como referncia o percentil 50 (P50) da amostra, dos seguintes constituintes da dieta: energia, protenas totais, protenas de origem animal, percentagem de calorias proticas (P%), cidos graxos, gorduras, carboidratos. Seguindo esse critrio, foram analisados perfis de dieta em relao s recomendaes do National Cholesterol Education Program (NEP) no que diz respeito s calorias fornecidas pelas gorduras (G >30%), ac. graxos saturados (AGS> 10%), carboidratos (HC>60%) e colesterol (>300mg/dia). Os resultados mostraram que os diferenciais de consumo foram mais pronunciados entre os homens do que entre as mulheres. As classes sociais, entre os homens, que apresentaram maiores percentuais acima do P50 da amostra, no que diz respeito energia , protenas totais, gorduras e carboidratos, foram as representadas pelos trabalhadores no qualificados, que se dedicam a trabalhos braais com alto consumo energtico e a dos pequenos proprietrios e comerciantes. A classe de maior poder aquisitivo e nvel educacional apresentou consumo moderado desses constituintes. O consumo de protenas de origem animal, acima do P50, entre homens e mulheres, guardou relao direta com o nvel socioeconmico da classe . A participao calrica das gorduras (G%) e protenas (P%) foi diretamente proporcional ao poder aquisitivo da classe, ao passo que a dos carboidratos (HC%) guardou relao inversa. Por outro lado, o consumo de colesterol acima de 300mg/dia situou-se nas faixas de 37 a 50% e de 20 a 32% para os homens e mulheres, respectivamente. A percentagem de dietas com calorias provenientes das gorduras (G%) acima de 30% variou de 25 a 40%, para os homens e de 45 a 50% para as mulheres. A participao dos cidos graxos saturados (AGS%) em propores maiores ou iguais a 10 foi relativamente baixa para ambos os sexos: de 5 a 17% para os homens e menos de 10% para as mulheres. Os percentuais de casos em que a relao cidos graxos saturados e insaturados (AGS/AGI) guardou valores menores ou iguais a 1, tambm foi baixa para a populao em geral; situou-se entre 7 e 22% para os homens e em propores abaixo de 10%, para as mulheres. Concluiu-se que a dieta se apresenta como provvel fator de risco de doenas cardiovasculares, dislipidemias, obesidade e hipertenso, para grande parte da populao.
Resumo:
Estudo realizado na regio metropolitana de So Paulo, Brasil, entre maro e julho de 1992, entre 3.149 mulheres de baixa renda com idade entre 15 e 49 anos, mostrou que 21,8% estavam esterilizadas. Entre as mulheres unidas, 29,2% estavam esterilizadas e 34,4% usavam a plula. Quatrocentos e sete mulheres esterilizadas abaixo dos 40 anos, que haviam se submetido cirurgia h pelo menos um ano antes da data da entrevista, foram perguntadas sobre sua história reprodutiva, uso prvio de mtodos anticoncepcionais, o processo de deciso para esterilizar-se, o acesso esterilizao e adaptao aps o procedimento. Os resultados mostraram que mesmo para as mulheres de baixa renda o acesso esterilizao regulado pelo pagamento ao mdico. A baixa qualidade e cobertura das atividades de planejamento familiar do Programa de Assistncia Integral Sade da Mulher, assim como a ausncia de regulamentao, est provavelmente contribuindo para a escolha da esterilizao feminina por mulheres jovens. A forma que a esterilizao tem sido realizada fere preceitos ticos. O estudo mostra que a irreversibilidade do procedimento no foi adequadamente entendida por quase 40% das mulheres esterilizadas. Discute-se a aceitabilidade da esterilizao como resultado de uma estratgia social complexa com o envolvimento de vrios setores da sociedade brasileira aliada necessidade de regulao da fertilidade das mulheres. A necessidade de regular e controlar o procedimento tambm discutida. A regulamentao criaria condies mais justas de acesso esterilizao para as mulheres de baixa renda e poderia salvaguardar aspectos ticos na sua escolha.
Resumo:
Realizou-se inqurito sorolgico e epidemiolgico para cisticercose em indivduos de cinco municpios da regio Norte do Estado do Paran, Brasil. De 2.180 indivduos investigados atravs da reao de imunofluorescncia indireta, 69 (3,2%) apresentaram ttulos significativos de anticorpos anti-Cysticercus cellulosae. Os percentuais de indivduos com ttulos significativos encontrados em Sarandi (6,6%) e Marialva (4,7%) no diferem estatisticamente (Z=1.319, P=0,0936), mas diferem dos percentuais encontrados em Mandaguau, Paiandu e Maring (P<0,01). Destes indivduos, 47,9% estavam na faixa etria de 21 a 49 anos e 79,4% eram do sexo feminino. Foi comum o relato de queixas como "dores de cabea" (70,6%), "tonturas" (57,4%) e "convulses" (7,4%), alm de história de tenase (22,1%) e hbitos de ingesto de carne crua bovina (41,2%) ou suna (27,9%) e carne com "canjiquinha" (25,0%).
Resumo:
INTRODUO: O declnio da morbi-mortalidade pelas gastroenterites , em boa parte, responsvel pela queda da mortalidade infantil e da mortalidade por doenas infecciosas nos pases do terceiro mundo. Esse agravo ainda se destaca, nesses pases, como importante problema de sade pblica, especialmente, entre os menores de 5 anos. OBJETIVOS: Descrever aspectos do comportamento das gastroenterites entre crianas menores de 5 anos, residentes em 5 bairros do Municpio de So Paulo. MATERIAL E MTODO: Estudou-se uma amostra probabilstica (N = 468) de crianas menores de 5 anos, residentes em 5 reas do Municpio de So Paulo, SP (Brasil), acompanhada durante um ano, por meio de entrevistas mensais. RESULTADOS: Durante o acompanhamento foram identificados 139 episdios de diarria, com uma durao mdia de 5,5 dias, 10% dos casos prolongaram-se por 15 dias ou mais. Em 20% dos episdios havia ao menos outra pessoa na famlia com diarria. A incidncia foi de 2,78 casos por 100 crianas/ms, sendo mais elevada nos menores de 2 anos. Em 46,1% dos episdios de gastroenterite as crianas no demandaram assistncia mdica tendo sido tratadas pelas prprias mes, ou no receberam qualquer tratamento; em 51,8% dos episdios o atendimento foi feito em servios de assistncia primria sade e somente 2,1% dos casos necessitaram tratamento hospitalar. Nenhuma criana evoluiu para bito. Entre as medidas teraputicas mais utilizadas esto a reidratao oral (25,2%) e a antibioticoterapia associada reidratao oral (11,5%); em somente 2 casos foi feita reidratao endovenosa. Alguns fatores socioeconmicos e antecedentes pessoais mostraram-se associados ocorrncia de diarrias, entre eles, as condies da habitao, saneamento bsico e renda familiar "per capita" e história pregressa de diarrias freqentes. DISCUSSO: Os resultados obtidos parecem refletir a tendncia de diminuio da morbi-mortalidade por diarrias no Municpio de So Paulo, durante a dcada de 80, perodo em que houve acentuada queda nas internaes hospitalares por essa causa. Tal tendncia deve ser acompanhada atentamente, pois influenciar modificaes nas caractersticas da demanda de assistncia sade infantil.
Resumo:
So apresentados dados sobre a ocorrncia de vis nas estimativas de tendncia secular em estatura, baseadas em dados da Marinha do Brasil. Foram analisados trs bancos de dados; um para o perodo entre 1940 e 1965 e dois entre 1970 e 1977.
Resumo:
OBJETIVOS: Descrever o padro da mortalidade devida a Aids segundo causas bsica e associadas de morte no Estado de So Paulo, em 1998. MTODOS: Os dados sobre a mortalidade e a populao residente no Estado de So Paulo, SP, para 1998, foram obtidos na Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados (Seade). As causas de morte foram codificadas pelas disposies da Dcima Reviso da Classificao Estatstica Internacional de Doenas e Problemas Relacionados Sade. Os registros de Aids como causa bsica e associada de morte foram recuperados e revistos. RESULTADOS: A Aids foi a causa bsica em 4.619 mortes, correspondendo dcima causa (2,0%) e ao coeficiente de mortalidade de 13,1 por 100.000 habitantes. As razes das mortes e os respectivos coeficientes entre homens e mulheres foram de 2,4 e 2,5. A Aids foi a segunda causa entre os homens de 20 a 34 anos de idade e entre as mulheres de 25 a 34. A idade mdia ao morrer entre as mulheres (34,112,2 anos) foi estatisticamente menor que a dos homens (36,410,7 anos) -- p<0,001. As principais causas associadas em mortes por Aids foram a insuficincia respiratria (36,1%), pneumonias (27,0%), tuberculose (19,6%), septicemias (18,6%), toxoplasmose (12,2%), pneumonia por P. carinii (8,3%) e caquexia (7,9%). A Aids apresentou-se como causa associada em outras 84 mortes. As principais causas bsicas destas mortes foram neoplasias malignas (28/84), afeces devidas ao uso do lcool (23/84) e diabetes mellitus (7/84). A idade mdia ao morrer por Aids como causa bsica (35,711,2 anos) foi estatisticamente menor que a idade mdia nas mortes em que Aids foi mencionada como causa associada (39,911,8 anos) -- p<0,001. CONCLUSES: As causas mltiplas de morte resgatam parcialmente a história natural da Aids e oferecem subsdios para medidas preventivas adequadas e especficas.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar o perfil sociodemogrfico e as condies de sade das mulheres encarceradas em penitenciria feminina. MTODOS: Foi realizado estudo descritivo de maro a setembro de 1997, em penitenciria feminina do Estado do Esprito Santo. Todas as presidirias foram convidadas a participar da pesquisa. Participaram 121 mulheres com idade superior a 18 anos, avaliadas por meio de entrevista aplicada, explorando informaes sociodemogrficas, clnicas e criminais, registradas em questionrio estruturado, seguida de exame clnico-ginecolgico. RESULTADOS: Um total de 121 mulheres foram includas. A mdia de idade das participantes foi de 30,2 anos (DP 8,98) e de escolaridade, 4,8 anos (DP 3,50). Todas j haviam tido atividade sexual pregressa; a idade mdia do primeiro coito foi de 15,2 anos (DP 2,55), variando de nove a 27 anos; e 28% apresentavam história de doena sexualmente transmissvel (DST). Doze (9,9%) mulheres estavam grvidas no momento da entrevista. História de gravidez na adolescncia foi freqente. A maioria no adotava nenhum mtodo contraceptivo e nem fazia uso de preservativos. Laqueadura tubria foi observada em 19,8% e citologia cervical anormal em 26,9%. CONCLUSES: O conhecimento sobre problemas de sade existentes dentro do sistema carcerrio pode contribuir para fortalecer e ampliar o papel de reabilitao que lhe conferido. Entretanto, somente a cooperao entre os rgos de sade pblica e o sistema penitencirio pode produzir resultados eficientes.