72 resultados para Formação e profissionalização docente


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A formação em pesquisa é um elemento importante para o preparo de médicos com perfil crítico-reflexivo. Tendo o docente como pesquisador-orientador, o aluno une teoria e prática, ensino e pesquisa, adquirindo preparação adequada para sua futura ação profissional. Foi realizado um estudo de caso, descritivo, de abordagem quantitativa, onde buscamos identificar, no curso de graduação em Medicina da Universidade Estadual do Ceará, o perfil dos docentes que desenvolvem atividades de pesquisa integradas às didáticas. Para caracterizar esses profissionais foram utilizadas as variáveis: formação na graduação, ciclo em que lecionam as disciplinas e regimes de contratação. Concluímos que a participação em pesquisa é maior entre os docentes não médicos, que lecionam no ciclo básico e que possuem dedicação exclusiva. Acreditamos que a menor participação em pesquisa entre docentes médicos e que atuam no ciclo profissional decorra principalmente da alta proporção desses docentes com vinculação de apenas 20 horas à universidade. A contratação de professores com maiores vínculos e a inserção da pesquisa no currículo principal podem contribuir na formação em pesquisa e, portanto, aprimorar a formação de médicos críticos e reflexivos.

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Este estudo descreve as experiências das equipes de trabalho do PET-Saúde após sua implantação na universidade entre 2009 e 2010. Trata-se de relato de experiência retrospectivo, descritivo e inovador, por possibilitar aos estudantes e profissionais a aprendizagem significativa vivenciada no mundo do trabalho na perspectiva da interdisciplinaridade e da Educação Permanente. A prática foi desenvolvida com acompanhamento tutorial na Atenção Primária no lócus da Estratégia Saúde da Família, com vistas a contribuir com a formação dos estudantes de forma multidisciplinar. A partir dos problemas de saúde da população, sob supervisão dos preceptores, os estudantes atuaram junto às famílias, desenvolvendo a integralidade do cuidado, além da elaboração de projetos de iniciação científica com a realização de pesquisas de campo em interface com a comunidade. Analisam-se as principais potencialidades e desafios enfrentados, sinalizando a necessidade de integração entre os cursos de modo a permitir compatibilidade e flexibilidade curricular, com maior integração teórico-prática. Conclui-se que o programa, embora ainda enfrente inúmeras dificuldades na construção do SUS e da governança nas universidades públicas, tem enorme potencial transformador da realidade ensino-serviço-comunidade.

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O objetivo deste trabalho foi compreender a concepção dos docentes da área de Saúde Coletiva do curso de Odontologia da UFPB no uso do portfólio reflexivo. A adoção de novas abordagens metodológicas e consequente avaliação desses processos foram disparadas pelo Programa de Reorientação da Formação dos Profissionais em Saúde (Pró-Saúde). A abordagem qualitativa foi a opção metodológica, e os dados foram coletados por meio de entrevistas com os docentes. A análise dos dados foi realizada a partir da técnica de análise do conteúdo. Constataram-se duas dimensões do uso do portfólio. A primeira diz respeito ao seu uso como ferramenta de reflexão e acompanhamento das vivências dos estudantes. A segunda trata do fato de que essa experiência nesses dois anos reflete a necessidade de continuação dos registros, pois é uma forma de ampliar o processo de ensino-aprendizagem, além do diálogo entre professores e estudantes, oferecendo a criação de vínculo. Por fim, os docentes compreendem que é preciso o aprimoramento da aplicação do portfólio, o que tem acontecido de maneira gradual a cada semestre, contribuindo ativamente para a construção de profissionais mais reflexivos, críticos, norteando a autoavaliação e trabalhando a autonomia do estudante.

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Para formar recursos humanos adequadamente preparados para trabalhar no SUS, é importante uma mudança qualitativa no ensino de graduação. Identificada com esses pressupostos, a FOP vem-se empenhado em construir um novo modelo de ensino voltado a atender às demandas de formação. Este artigo tem por objetivo apresentar a experiência da FOP na integração docente-assistencial. No primeiro ano da graduação, os alunos têm contato com a Atenção Básica e Secundária por meio de visitas guiadas. No segundo ano, prioriza-se as formas de promoção e prevenção das principais doenças em Odontologia e, no terceiro ano, são abordados temas de saúde coletiva. No último ano do curso, os alunos fazem seu estágio supervisionado em uma das seis USFs. Essa experiência é realizada em 64 horas divididas nos dois semestres. O programa é desenvolvido de forma integral (8 horas/dia) em quatro dias consecutivos em uma mesma semana. Pode-se concluir que essa atividade possibilita a experiência de praticar os conhecimentos auxiliando significativamente na formação profissional, na dinâmica do trabalho, na interação com a pós-graduação, além da quebra de preconceitos relativos ao serviço.

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Trata-se de um relato de experiência relativo às estratégias e ações adotadas para a integração ensino-serviço, com a finalidade de contribuir no processo de formação profissional na área da saúde, em consonância com as diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho aborda as descobertas, os avanços, as potencialidades, as dificuldades e os pontos críticos encontrados, assim como as experiências bem-sucedidas e a sustentabilidade vivenciada no contexto da Atenção Primária à Saúde com os programas Pró-Saúde e PET-Saúde.

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Foi feita uma revisão sistemática da literatura (1997-2007), no âmbito da formação docente, em currículos médicos orientados pela aprendizagem baseada em problemas, por meio de busca, identificação, seleção e análise de estudos nas bases Scielo, Lilacs, Cochrane, Medline, Ibesc, Pubmed e Eric com os descritores faculty OR faculty medical or staff development and education, medical or education, medical undergraduate or medical, schools and pbl. Os estudos analisados se agruparam em três eixos norteadores, que delinearam aplicações práticas para um programa de desenvolvimento docente eficiente: gestão participativa, maior investimento nos docentes, elaboração e aplicação de programas de educação continuada, permanente, com foco na construção dos conhecimentos, habilidades e atitudes.

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Pesquisa qualitativa com o objetivo de identificar as contribuições, limites e sugestões indicados para o aperfeiçoamento da integração ensino-serviço entre a Faculdade de Medicina de Marília e a Secretaria Municipal de Saúde de Marília, para a formação de enfermeiros e médicos. Realizada com base nas narrativas de docentes, estudantes e profissionais dos serviços, a análise pautou-se no método hermenêutico-dialético. Verificou-se que a integração ensino-serviço possibilita a inserção precoce do estudante no mundo do trabalho, a construção do conhecimento pautado na prática, a troca de informação com os profissionais dos serviços e a ampliação das ações junto à coletividade. Como limite, foi identificada a falta de reconhecimento do papel do estudante, falta de suporte da gestão e indefinição de papéis da academia e do serviço. Sugerem-se ampliação da inserção do professor colaborador nas atividades acadêmicas, melhorias na gestão da Atenção Básica e revisão do contrato de parceria, como parte da necessidade de corresponsabilização nos processos de ensino-serviço.

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OBJETIVO: O artigo propõe uma matriz de competências essenciais para valorização e intencionalidade dos percursos acadêmicos e como referência de processos avaliativos dos estudantes. METODOLOGIA: O estudo apresenta delineamento quanti-qualitativo. Após revisão integrativa da literatura e pesquisa documental, foi elaborada e consolidada a versão inicial. O teste piloto com 12 professores, membros do Colegiado de Graduação do curso médico da UFMG, contribuiu para ajustes do documento. A validação da matriz foi orientada pela metodologia Delphi, com avaliação docente individual, por via eletrônica e utilização da ferramenta Googledocs. RESULTADOS: Houve consenso entre os 112 professores avaliadores para aprovação da matriz, composta por seis grandes domínios - profissionalismo; relacionamentos interpessoais e comunicação; atenção integral à saúde da pessoa; organização de sistemas de saúde e atenção em saúde pública; gestão do conhecimento; conhecimento médico -, 28 subdomínios e 204 descritores dos conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais na formação do médico, durante sua graduação. CONCLUSÕES: Considera-se que a matriz contribuirá na qualificação da formação médica e na certificação das competências para o atendimento adequado às demandas de saúde, dentro de padrões de excelência técnica e responsabilidade social.

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As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina de 2001 têm como eixo norteador 28 competências, sem uma definição do conceito de competência utilizado. Na literatura há uma série de definições, sendo esse tema vasto e polêmico. Desse modo, a forma como a competência é compreendida pelo docente terá um impacto direto na formação do aluno. Com a finalidade de clarificar o conceito de competência médica adotado por docentes do curso de Medicina de uma universidade, foi realizada uma pesquisa qualitativa a partir da apresentação e questionamentos frente a um caso clínico comum. Para a síntese, organização e análise desses discursos foi utilizado o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Entre os conceitos de competência pode-se notar a aplicabilidade prática dos conhecimentos, das habilidades e atitudes, aliada a uma prática reflexiva e ética. Esta última tem destaque e é um pilar das competências. Atitudes como comprometimento e respeito foram apontadas como essenciais para apresentar competência. As atitudes e a ética têm um papel central na competência do egresso, e estratégias para estimular seu desenvolvimento devem ser um dos focos da formação médica.

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OBJETIVO: Investigar a formação de novos docentes de Nutrição por meio do aprendizado com antigos mestres e traçar um panorama desses conhecimentos, despertando para a importância de uma formação específica em docência. MÉTODOS: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado com 11 docentes de Nutrição de uma instituição federal de ensino superior de Goiânia. O questionário e a entrevista semiestruturada foram utilizados como instrumentos de coleta de dados. Os dados obtidos no questionário foram analisados pela estatística descritiva simples, e os das entrevistas, pela análise de conteúdo. RESULTADOS: As características apontadas como importantes para a formação dos docentes foram dedicação e compromisso com a docência, atualização profissional aliada ao ensino e à pesquisa, organização e disciplina, gosto pela docência, ética, bom relacionamento com os alunos, associação entre teoria e prática docente, rigor científico e interdisciplinaridade no momento do ensino. CONCLUSÃO: O estudo constata a importância da aprendizagem com os antigos mestres, sem descartar a necessidade de uma formação específica em docência.

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A mudança do conceito de saúde e a introdução de outro modelo de Atenção produziram transformações na formação em saúde e exigiram que os alunos participassem dos serviços de saúde com a presença de profissionais sob a forma de preceptoria. Objetivo Analisar quais conceitos e atividades da preceptoria são apresentados pelas publicações brasileiras em saúde, entre os anos de 2002 e 2012, que tratam da preceptoria médica e multiprofissional. Metodologia Revisão de literatura das experiências brasileiras publicadas nas bases bibliográficas Lilacs, Medline, SciELO, Wholis e Portal Capes, utilizando como descritores “formação” e “preceptoria”. Para a análise, selecionaram-se os temas: conceito de preceptor/preceptoria; atividades, características e formação do preceptor; relação preceptor-aluno-serviço; condições de trabalho. Resultados Os termos preceptoria e preceptor são frequentemente utilizados no âmbito da formação em saúde, porém ainda carecem de definição consistente. As atividades e características do preceptor são heterogêneas. A preceptoria traz uma dimensão docente/pedagógica, poucas vezes presente nos processos formativos dos profissionais. Conclusão O perfil e as atividades do preceptor devem ser pactuados previamente nos programas dos cursos. Pensar a formação do preceptor é fundamental para garantir a transformação da Educação em Saúde.

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O estudo tem como objetivo a compreensão do trabalho docente como um aprofundamento teórico-metodológico orientador da atividade de formação acadêmica e continuada de professores. Discute-se a natureza do trabalho docente, sustentando a sua particularidade, caracterizada por uma certa autonomia e denotando a importância da formação do professor para o exercício da prática pedagógica. A interpretação do trabalho docente foi empreendida através das categorias significado - finalidade dessa atividade fixada socialmente - e sentido do trabalho realizado pelo professor. A ruptura entre significado e sentido torna seu trabalho alienado, comprometendo ou descaracterizando a atividade docente.