164 resultados para vetor
Resumo:
Candidatos a emprego em construção civil na região de Bambuí, MG, submeteram-se a sorologia para doença de Chagas, eletrocardiograma e Rx de tórax e esôfago. De 301 candidatos recentes uma prevalência de 11,6% de infecção chagásica foi detectada, sendo 5,0% no grupo etário de 18-29 anos, 13,8% no de 30-39 e 39,4% no de 40 anos e acima. A ocorrência de ECGs alterados foi de 31,3% no grupo soropositivo contra 7,1% nos soronegativos (p < 0,05) enquanto o aumento de área cardíaca foi de 8,6% e de 1,5% (p < 0,05) e alteração no trânsito esofágico de 8,6% e 0,8% (p < 0,05) respectivamente. Chagásicos e não-chagásicos provinham das mesmas regiões, sendo os grupos comparáveis quanto a origem rural, morte súbita na família, doação e recepção de sangue. O grupo chagásico apresentou significativamente maior proporção de indivíduos com antecedentes de trabalho na lavoura (48,6% contra 19,5%) e de indivíduos analfabetos ou com primário incompleto (43,8% contra 19,5%), frente aos não-chagásicos. Os detalhamentos da pesquisa indicam que o contínuo controle do vetor na região tem sido extremamente eficaz, com impacto sobre a prevalência e a morbidade da esquizotripanose. Por outro lado, indicam que os mecanismos transfusional e congênito de transmissão do Trypanosoma cruzi ao homem continuam a apresentar importância mínima na área pesquisada.
Resumo:
Foi feita uma revisão dos levantamentos malacológicos realizados pela Fundação Nacional de Saúde em 52 municípios de 8 microrregiões do estado de Santa Catarina, Brasil, de 1981 a 1994. Cinqüenta deles foram positivos para Biomphalaria tenagophila, o único vetor do Schistosoma mansoni identificado nos 94.535 exemplares examinados. Das 1.358 localidades trabalhadas, 617 (45,4%) foram positivas, variando de 4,3% a 89,4%, por município. Os caramujos foram coletados em 0,2% a 26,3% das coleções hídricas pesquisadas, por município, sendo que 7,1% (2.013/28.120) serviam de criadourospara oplanorbídeo. Nos municípios de Araquari, Massaranduba, Joinville, Jaraguã do Sul e São Francisco do Sul, na microrregião de Joinville, foram encontrados caramujos infectados com S. mansoni. Os dois últimos são os focos de esquistossomose mansoni mais meridionais do Brasil. Outras pesquisas identificaram a B. peregrina, B. oligoza, B. schrammi, B. straminea e B. occidentalis.
Resumo:
Neste trabalho, é proposta uma modificação do tubo de Borel, habitualmente utilizado no laboratório para a criação individual de fêmeas de mosquitos. Os primeiros estudos foram realizados com o principal vetor da febre amarela no Brasil, Haemagogus janthinomys. Os resultados, comparados aos da literatura, mostraram um aumento do período de vida das fêmeas, que chegou a 72 dias, uma elevação do número de ovos, até 80, e um ciclo trofogônico mais curto, 7-8 dias. Estes resultados mostram boas perspectivas para estudos posteriores em laborattório sobre a transmissão vertical do vírus da febre amarela por este vetor.
Resumo:
Neste trabalho, estudou-se as espécies do gênero Anopheles que se atraem por iscas humanas na Região de Buriticupu, Santa Luzia, Estado do Maranhão. Foram encontradas 7 espécies do subgênero Nyssorhyncus A. (N) darlingi, o principal vetor da malária humana na região, foi a espécie mais freqüente (53,1% da amostra total). Seguem na ordem de importância, A. (N) evansae (21.0%), A. (N) triannulatus (17.4%) e A. (N) nuñeztovari (4,8%). As demais espécies, A. (N) argyritarsis, A. (N) oswaldoi e A. (N) rangeli representaram juntas 3,7% da amostra total. As visitas foram mais frequentes no extra (51,7% da amostra total) do que no peridomicílio (45,7%). A. (N) darlingi e A. (N) evansae foram as únicas espécies encontradas no intradomicílio, numa proporção de aproximadamente 2,6% da amostra total. Os anofelinos ocorreram nas estações seca e chuvosa, com maior frequência na última, coincidindo com os elevados índices de caso de malária naquela região.
Resumo:
O objetivo do trabalho é descrever a colonização da região pelo Aedes aegypti. Levantamento entomológico realizado em 1985 detectou a espécie em São José do Rio Preto. A dispersão do mosquito atingiu, até 1988, os 30 municípios da região. Nos distritos e aglomerados rurais, o primeiro foco do vetor foi encontrado em 1987 em um dos 29 existentes, dispersando-se para os demais até 1991. Os focos foram identificados, principalmente, através de pesquisas larvárias em locais com grande concentração de recipientes, e a maior freqüência de encontro de larvas de Ae. aegypti ocorreu em pneus, principais responsáveis por sua dispersão. Os focos foram identificados, basicamente, entre novembro e abril, períodos de maior incidência de chuvas. As delimitações dos focos mostraram que os principais recipientes infestados pelo mosquito nos domicílios foram os pneus e vasos de plantas. A conseqüência mais importante da presença do Ae. aegypti tem sido as ocorrências de epidemias de dengue.
Resumo:
No combate à doença de Chagas no Brasil, foi utilizado como primeira medida o controle químico, erradicando o Triatoma infestans, o mais importante vetor, tal combate vem favorecendo o aparecimento de vetores secundários, como Triatoma sordida and Panstrongylus megistus, espécies que podem eventualmente ser encontradas no domicílio, como os triatomíneos provenientes de Bernardino de Campos e Sete Barras por nós examinados que foram encontrados no domicílio e positivos para o T. cruzi, sugerindo que, apesar da doença de Chagas estar controlada no Estado de São Paulo, existe a necessidade de aprimorar os conhecimentos sobre o comportamento destes vetores para que mudanças nas medidas de controle sejam introduzidas.
Resumo:
Integrando os objetivos principais da iniciativa dos 6 Países do Cone Sul para a eliminação da doença de Chagas, a partir de 1991, foram intensificadas as ações de controle das atividades hemoterápicas, em paralelo com o combate intensivo ao Triatoma infestans, principal vetor da doença da Região. Através das atividades específicas e também como produto direto do controle vetorial, nota-se importante diminuição dos riscos da transmissão transfusional do Trypanosoma cruzi nas áreas trabalhadas. Além de legislação específica sobre a qualidade da hemoterapia, implementaram-se laboratórios nacionais e regionais de referência, com a assistência da OPS, objetivando-se uma boa sorologia pré-transfusional dos doadores, cuja cobertura tem aumentado. Observa-se ainda uma progressiva diminuição na prevalência da infeção chagásica entre doadores e também um progressivo deslocamento dos doadores infetados para grupos etários mais elevados, como fruto do controle vetorial e do próprio descarte de doadores soro-positivos em doações anteriores. São analisados dados e tendências do problema pelos Países, sendo mais preocupante a situação da Bolívia, com maiores taxas de prevalência e menores de cobertura do programa, ali sendo indicadas ações de quimioprofilaxia, conforme os critérios da OMS. Antevê-se a médio prazo o controle da transmissão da doença de Chagas humana na maior parte da Região, desde que cumpridas corretamente as etapas do programa em andamento, devidamente consolidadas através de efetiva vigilância epidemiológica.
Resumo:
Aedes aegypti é o vetor urbano da dengue, doença que pode resultar em epidemias. Estudos ecológicos tornam-se importantes uma vez que populações do vetor de diferentes áreas podem diferir quanto a características bio-ecológicas, relevantes para orientar ações de controle. Este trabalho objetiva identificar e analisar fatores associados à ocorrência de formas imaturas de A. aegypti na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, a partir dos dados da Fundação Nacional de Saúde (FNS). Os resultados mostram que 58,04% do total de criadouros inspecionados foram constituídos por suportes para vasos com plantas, vasilhames de plástico ou vidro abandonados no peridomicílio. Maiores percentuais de criadouros positivos foram observados para pneus (1,41%), tanques, poços e cisternas (0,93%), e barris, tonéis e tinas (0,64%). Maiores proporções de criadouros positivos durante o verão foram as dos grandes reservatórios de água e a dos criadouros provenientes do lixo doméstico. No inverno, verificamos maior valor para os pequenos reservatórios de água para uso doméstico. As maiores proporções de criadouros positivos foram observadas após três meses sem atividades da FNS. A análise fatorial mostrou que o principal fator determinante da ocorrência de fases imaturas de A. aegypti é aquele que leva em consideração os fatores meteorológicos. A eliminação e tratamento de criadouros pelos agentes da FNS apresentaram-se como menos importantes. Tais fatos apontam a necessidade de controle contínuo, indicando menor atenção da FNS, durante o inverno, em relação aos pequenos reservatórios, que podem manter formas imaturas de A. aegypti.
Resumo:
Em 1993, um surto leishmaniose tegumentar americana (LTA) foi detectado no povoado rural de Canoa, município de Santo Amaro, Bahia. Um estudo observacional prospectivo delineou-se, com objetivo de determinar as taxas de freqüência e caracterizar clinicamente a doença. Foram acompanhados 555 indivíduos, registrando-se 29 casos de LTA, 11 casos sugestivos de LTA pregressa e 529 sadios. Desses 529 sadios, 65 apresentaram reação de Montenegro positiva sem qualquer evidência presente ou passada de doença. A prevalência de LTA no período de estudo foi de 5,2% (29/555). A leishmania envolvida foi caracterizada como Leishmania braziliensis e o vetor, Lutzomyia intermedia. Foram detectados cães e equídeos infectados por leishmania O acometimento de crianças menores de 10 anos, o acometimento igual entre os sexos e um componente de agregação familiar sugerem um padrão de transmissão peri ou intradomiciliar.
Resumo:
Trata-se de um inquérito amostral (502 entrevistas) realizado na região de Campinas SP, em Santa Bárbara D'Oeste (170.000 habitantes), por ser o primeiro município a registrar casos de dengue autóctone na região, desde 1995. Avaliou-se o conhecimento da população sobre o dengue, seu vetor e prevenção em 3 bairros da cidade. Estas informações foram comparadas com a presença de criadouros no ambiente domiciliar, em áreas com e sem transmissão. O bairro com melhores condições sociais e urbanas apresentaram conhecimento mais adequado sobre a doença, embora os bairros periféricos tenham sido priorizados em atividades educativas devido à ocorrência de casos. Observou-se criadouros em todas as áreas examinadas, em quantidades semelhantes. Constatou-se a distância entre conhecimento e mudanças de comportamento. Identificou-se as fontes de informações mais referidas e os criadouros predominantes nos domicílios. Os resultados deste inquérito podem servir como subsídios para (re)orientar ações educativas das equipes de controle de vetores, bem como avaliar um instrumento simplificado para acompanhamento do impacto do programa local de controle do dengue.
Resumo:
A partir de um caso de malária cerebral no Ceará observa-se a possibilidade dessa ocorrência em zona não endêmica, secundária a retardo diagnóstico. Além da gravidade da doença, incomum para a espécie determinada, Plasmodium vivax, verifica-se a possível existência de infecção mista e sua potencial disseminação na presença do vetor.
Resumo:
O Estado do Rio de Janeiro viveu uma grande epidemia de dengue com um número expressivo de casos de Febre de Dengue Hemorrágica durante o primeiro trimestre do ano de 2002. Na ocasião, o poder público conclamou a participação da população nas ações de combate aos focos domésticos do vetor, na tentativa de controlar a situação. Para essa mobilização, uma grande gama de informações sobre a doença foi veiculada com intuito de esclarecer e orientar a sociedade. Neste trabalho, buscou-se analisar os conteúdos informativos dos materiais produzidos pelas campanhas de esclarecimento, focando a atenção nos três folhetos maciçamente distribuídos à época no município do Rio de Janeiro, considerando que essas informações contribuem para a construção da representação social da doença e sua prevenção. Pôde-se concluir que mesmo já tão repetidamente divulgadas essas informações precisam ser repensadas.
Resumo:
A interação entre infecção clínica, vetor e imunidade sorotípica da população define o risco de epidemia por dengue. A situação epidemiológica endêmico-esporádica seria meta aceitável de controle em regiões metropolitanas ante deficiências de urbanização, saneamento, acesso às residências por agentes sanitários, baixo poder residual de inseticidas biológicos e mobilização social. A Vigilância, então, requererá continuidade das ações públicas e da sociedade em geral, estimuladas na medida inversa da redução de casos, e propostas adequadas. Visando constituir sistema de Vigilância sensível e específico, sobretudo em períodos endêmicos, propõe-se que o componente clínico sentinela deve integrar tanto a assistência emergencial aberta preconizada, detectando casos graves - ponta do iceberg, como serviços de referência para doenças febris agudas, definindo diferentes formas clínicas e propiciando confirmação diagnóstica. Em regiões estratégicas, paralelamente, inquéritos sorotipicos amostrais, embora complexos, devem ser buscados, avaliando imunidade e suscetibilidade de grupos etários aos sorotipos circulantes, estimativa de casos subclínicos e alcance do Sistema de Vigilância e Controle.
Resumo:
Ainda pouco se conhece sobre as condições socioambientais que favorecem a permanência do Aedes aegypti em áreas urbanas e sua capacidade de transmissão de dengue. A proposta desse trabalho é localizar os casos da doença e a presença do vetor, e identificar fatores sócio-ambientais que caracterizam esses locais, através de técnicas de geoprocessamento, procurando desenvolver um modelo de prevenção de dengue. O vetor foi encontrado principalmente nas zonas sul e leste da cidade, apresentando uma grande dispersão no município, enquanto a maior parte dos casos está localizada na parte central da cidade. Os setores que apresentaram casos possuem características de alta renda. Por outro lado, nos setores com a presença de vetor são verificadas a predominância de casas e boa infraestrutura de saneamento. A diferença dos padrões de distribuição de casos e vetor assegurou para o ano de 2002 a ausência detransmissão do vírus no município.
Resumo:
O estudo foi realizado na localidade de Residencial Paraíso, São Luis, Maranhão, de 1999 a 2001, com o objetivo de analisar os aspectos epidemiológicos da malária, tendo sido constatado que a localidade é receptiva e vulnerável. Houve 129 casos, com maior acometimento do sexo masculino e da faixa etária de 20 a 29 anos. O Plasmodium vivax foi o agente responsável pelas infecções, tendo como vetor o Anopheles aquasalis. Foram identificadas evidências de transmissão extradomiciliar.