76 resultados para Reagrupamento familiar
Resumo:
A mortalidade materna é um dos indicadores do desenvolvimento de saúde e social de um país. É uma tragédia para a família, pois a morte da mãe priva a criança da amamentação e do contato materno, e pelo fato de caber à mulher manter a unidade da família. Este estudo teve como objetivo compreender o significado da morte atribuído por familiares das mulheres falecidas por causas maternas. A população foi constituída por dez familiares de sete mulheres que morreram durante o ciclo grávido-puerperal no município de Ribeirão Preto. Realizamos visitas domiciliares e a coleta de dados foi realizada por meio de entrevista dada pelo familiar da mulher. Para a análise dos dados, utilizamos a análise temática, em que depreendemos três categorias temáticas: significado da morte materna, vivenciando a mortalidade materna na família e vivenciando a mortalidade materna na instituição de saúde. As visitas domiciliares confirmaram que existem fatores coadjuvantes que influenciaram na ocorrência das mortes maternas.
Resumo:
O trabalho descreve o contexto da hospitalização vivenciado pelo acidentado no trânsito e por seu familiar-acompanhante. Com abordagem qualitativa e norteada pela pesquisa convergente assistencial, a investigação realizou-se em um hospital de emergência em Fortaleza, Ceará, em 2004, com 14 pessoas - sete pacientes com trauma musculoesquelético e sete familiares acompanhantes. Na visão dos participantes, o momento da hospitalização é permeado pela depressão, ansiedade, tristeza, medo, preocupação, desinformação, destrato da equipe de saúde ao paciente e família, sendo exacerbado pelo trauma físico, dificuldades econômicas, sociais e implicações legais. De acordo com o princípio da integralidade, o cuidado ao vitimado no trânsito deve ser ampliado aos familiares, pois esses também sofrem danos quando deparam com morte súbita, traumas graves e seqüelas em pessoas significativas.
Resumo:
Este estudo emergiu da reflexão acerca de vivências, como profissional de enfermagem. Teve como objetivos compreender o sentido de vida do familiar do paciente crítico, diante da Tríade Trágica: culpa, sofrimento e morte; e identificar os conteúdos de sentido de vida destes, fundamentada na Analise Existencial. Na trajetória metodológica, a abordagem foi qualitativa, e a análise de conteúdo. A compreensão dos significados foi guiada pela Configuração Triádica, de onde surgiram as categorias: Vazio existencial, Sofrimento, Culpa, Morte, Sentido de vida e Assistência na UTI. Para o familiar do paciente crítico, encontrar o sentido de vida frente à Tríade Trágica é perceber o otimismo trágico, como possibilidade de responder às questões da vida de modo positivo e responsável, através de forças espirituais, como do seu Deus interior, do objetivo de criar ou realizar algo ou do amor dedicado ao seu enfermo.
Resumo:
Objetivou-se identificar a problemática da família de pessoas acometidas de acidente vascular cerebral hospitalizadas e discutir as dificuldades do cuidador familiar para o cuidado no âmbito domiciliar. A amostra constou de 154 famílias de pacientes internados em um hospital da rede pública de saúde, Fortaleza-CE. Conforme os resultados denotam, a maioria dos cuidadores são mulheres, 104 (67,5%); 122 casos (79,2%) apresentam comprometimento familiar e alterações na vida diária em 115 dos acompanhantes (74,7%); 150 (97,4%) não receberam orientações acerca dos cuidados, mas 143 (92,9%) sentem-se seguros para acompanhá-los. O sentimento predominante foi a tristeza, 125 (81,2%), e as dúvidas principais foram: alimentação, 64 (41,6%), administração de medicamentos, 49 (29,9%), e possíveis complicações clínicas após a alta, 49 (29,9%). Estes resultados alertam para o papel do enfermeiro como educador, não somente na prevenção das doenças crônico-degenerativas, mas, também, na orientação aos cuidadores familiares sobre os cuidados dispensados após a alta hospitalar.
Resumo:
O estudo, de caráter qualitativo, foi desenvolvido no período de março a julho de 2007, em Maringá - PR, com o objetivo de compreender a experiência da família com a hipertensão arterial (HA), utilizando a Teoria Fundamentada nos Dados como referencial metodológico. Os informantes foram 14 famílias que convivem com diferentes estágios da HA. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas abertas. Os resultados revelaram que a participação da família é um importante fator para o tratamento e controle da doença, e que esta atuação é diferenciada quando o indivíduo apresenta alguma dependência. Se ocorre dependência, há sobrecarga do cuidador; quando esta não existe, a participação da família é esporádica, resumindo-se em auxiliá-lo no tratamento medicamentoso e acompanhá-lo em visitas ao médico. Em alguns casos, outros membros familiares apresentam mudanças de hábitos relacionadas à alimentação e à prática de atividades físicas. Os resultados reforçam a necessidade de uma assistência ao hipertenso centrada na família.
Resumo:
Estudo descritivo com o objetivo de caracterizar o perfil do familiar cuidador, cujo método foi a aplicação dos instrumentos QPFC e WHOQOL-Bref da OMS a uma amostra de 120 familiares cuidadores de idosos dependentes, representantes da população referida de três Centros de Saúde da Região do Porto, Portugal. Os dados foram coletados durante o período de 01/2005 a 03/2005. Destacou-se, como cuidador principal, a mulher na idade em torno de 55 anos, que tem aos seus encargos, além do idoso, outros dependentes da família. As circunstâncias de cuidado, sejam pelas necessidades do idoso, ou requerimentos familiares, impunham conseqüências negativas à vida e à saúde. Contudo, ao mesmo tempo, esses cuidadores manifestavam suas percepções e sentimentos positivos da sensação confortadora, da dignificação de suas vidas, ao assumirem o papel de cuidador do idoso. Em conclusão, como enfermeiros, é essencial considerar o binômio cuidador e idoso dependente, pois exige atenção especial de cuidados da vida e saúde por parte dos serviços de saúde.
Resumo:
Este estudo objetivou averiguar teórica e empiricamente os atributos da tensão do cuidador familiar de idosos dependentes. Na fase teórica, analisamos 52 trabalhos que versavam sobre a temática. Essa análise demonstrou que o fenômeno é evidenciado pelo cuidador por meio de alterações físicas, alterações emocionais, desequilíbrio entre atividade e repouso, e enfrentamento individual comprometido. Na fase de campo, investigamos trinta mulheres que expressavam evidências de tensão proveniente do papel de cuidadora durante consultas de enfermagem. A coleta de dados ocorreu no domicílio mediante entrevista gravada, utilizando um roteiro estruturado fundamentado pelos achados teóricos. As informações objetivas foram analisadas quantitativamente. Sempre que adequado, acrescentamos trechos de discursos das cuidadoras para ampliar o entendimento das questões abordadas. Por fim, confirmamos empiricamente os atributos da tensão do cuidador apontados na análise teórica.
Resumo:
Pesquisa exploratória realizada de setembro a novembro de 2008, com seis famílias de portadores de transtorno mental em uma Associação de pacientes e familiares em Curitiba. Objetivos: conhecer o papel da família em relação ao portador de transtorno mental, e identificar a percepção da família com relação à saúde mental-transtorno mental, ao portador de transtorno mental e ao tratamento em saúde mental. Os dados foram obtidos mediante a técnica de Discussão de Grupo e organizados em categorias temáticas. Constatou-se que o papel da família é cuidar, incentivar, estar presente; a saúde mental é a capacidade de se relacionar, desempenhar atividades sem sofrimento; transtorno mental é o inverso, diante dele as famílias se percebem impotentes; o internamento é percebido como sofrimento, e destaca-se a importância do tratamento farmacológico. Há a necessidade de discutir essas questões com as famílias e instrumentalizar os profissionais de saúde para atender essas novas demandas de cuidados.
Resumo:
Estudo qualitativo, que teve como objetivo identificar as representações sociais de pessoas com diabetes acerca do apoio familiar percebido em relação ao tratamento. Como referencial teórico-metodológico utilizou-se a Teoria das Representações Sociais. Participaram 41 pessoas com diabetes atendidas em um centro universitário do interior paulista em 2007. O grupo focal foi utilizado como estratégia de coleta dos dados. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Os resultados possibilitaram identificar três categorias: o apoio da família está presente no cotidiano da pessoa com diabetes; a família nem sempre apóia a pessoa com diabetes em suas necessidades; a própria pessoa com diabetes toma para si a responsabilidade de despertar o apoio da família. Os participantes reconhecem o apoio familiar como um fator relevante para o tratamento, porém também apontam que o excesso de controle exercido pelos familiares restringe sua autonomia e desperta sentimentos ambíguos. A equipe multiprofissional precisa considerar que o conhecimento das representações socialmente construídas contribui para potencializar a atenção em saúde à pessoa com diabetes.
Resumo:
A finalidade deste estudo é contribuir para a melhoria da assistência de enfermagem à pessoa dependente e sua família. O trabalho teve como objetivos: descrever o grau de dependência de idosos em contexto familiar; identificar características sociodemográficas dos idosos dependentes em contexto familiar; descrever a principal causa que originou a dependência nos idosos que se encontram no domicílio. A opção metodológica foi uma abordagem quantitativa de natureza exploratória descritiva. No período de outubro 2007 a junho de 2008 foram seleccionadas 108 famílias, de uma região norte de Portugal, com um idoso dependente. Foi uma amostra de conveniência. Para a colheita de informação recorremos a um inquérito onde incluímos o índice de Barthel. Os resultados mostraram que os idosos são predominantemente mulheres, viúvas, com média de idade de 81 anos, com nível grave de dependência, cuja principal causa foram as doenças do sistema circulatório.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida de cuidadores familiares de pessoas dependentes atendidas por equipes de Saúde da Família e a relação com o apoio social. Foram entrevistados 66 cuidadores, utilizando o WHOQOL-bref para avaliação da qualidade de vida, e Zarit Burden Interview para a sobrecarga. O domínio Relações Sociais do WHOQOL-bref obteve o segundo melhor escore. Na análise de regressão linear múltipla, cuidadores do sexo feminino com menores escores de sobrecarga e aqueles que recebiam ajuda de alguém para realizar o cuidado alcançaram os maiores escores. Da mesma forma, cuidadoras com companheiros apresentaram maior escore médio na avaliação global da qualidade de vida e saúde do que as sem companheiros. Os resultados fornecem indícios da influência da rede de apoio social na qualidade de vida e sobrecarga dos cuidadores familiares.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi verificar demandas de planejamento familiar que chegam ao Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) e investigar contribuições desse serviço para as mulheres portadoras de transtorno mental. Trata-se de estudo qualitativo, realizado com oito profissionais de um CAPS de Fortaleza-CE. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista, sendo utilizada para análise a técnica de conteúdo. As demandas detectadas foram: solicitação de informações pelos familiares para lidar com paciente sexualmente ativo; pacientes suscetíveis à violência sexual e gravidez; mulheres com depressão, em uso de carbonato de lítio. As contribuições: necessidade de rede integrada (atenção básica/CAPS), com profissionais conhecedores das particularidades do planejamento familiar dessas mulheres - parte defende atendimento na atenção básica, parte, atendimento no CAPS, destacando-se o matriciamento como estratégia a corresponsabilizar os dois polos, evitando encaminhamentos desnecessários aos CAPS, pelo fortalecimento da resolubilidade dos casos na atenção básica.
Resumo:
Este trabalho objetivou caracterizar os cuidadores de idosos com alterações cognitivas morando em diferentes contextos de vulnerabilidade social, e avaliar a funcionalidade familiar desses idosos segundo a percepção dos cuidadores. A funcionalidade familiar foi avaliada utilizando o instrumento APGAR de família, durante entrevistas domiciliares com 72 cuidadores de idosos. Todos os cuidados éticos foram observados. Foi utilizada a correlação de Spearman e o teste de Mann-Whitney, com nível de significância de 5% (p<0,05). Os resultados mostram que 82% dos cuidadores relatam boa funcionalidade familiar; 14%, moderada disfunção familiar; e 4%, elevada disfunção familiar. Houve correlação estatisticamente significante entre o APGAR de Família e o número de pessoas que residem na casa (p=0,048). Investigações futuras poderiam verificar a relação entre funcionalidade familiar e sobrecarga do cuidador no contexto de idosos com demência.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo descrever a percepção de causas e risco para neoplasias, bem como associar comportamentos adotados para prevenção de tumores e história familiar dessa patologia em indivíduos com suspeita de síndromes neoplásicas hereditárias. A amostra de conveniência foi constituída por 51 usuários atendidos em um ambulatório de aconselhamento oncogenético de um hospital-escola do interior paulista. Utilizou-se um instrumento previamente traduzido e adaptado para a cultura brasileira. Os respondentes consideraram seu risco de câncer como sendo igual ao da população em geral e a história familiar de malignidades não foi estatisticamente associada à realização de exames preventivos. Os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de intervenção dos profissionais de saúde, em especial do enfermeiro, o qual pode desenvolver atividades de educação em saúde junto a essa clientela, como um dos componentes essenciais para o cuidado de enfermagem em oncogenética.
Resumo:
O estudo apresenta os resultados de uma investigação etnográfica realizada entre os participantes do Programa Bolsa Família no município de Campinas, Estado de São Paulo. A análise parte de percepção, presente na fala dos entrevistados, de que o "Bolsa Família ajuda". O objetivo é compreender os sentidos do termo "ajuda" em dois momentos: como viver numa localidade como Campinas interfere na forma de as pessoas avaliarem o programa; e como o termo "ajuda" denota uma incorporação simbólica permeada pelas relações de gênero desse dinheiro pela família.