95 resultados para Modulação vetorial


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A análise do controle de doenças transmitidas por vetores no Brasil necessita considerar três aspectos: a urbanização da população, a transformação do caráter eminentemente rural dessas doenças em concomitante transmissão urbana ou peri-urbana e a descentralização do controle para municípios. A imensa maioria da população está vivendo nas cidades. Algumas doenças passaram a ser transmitidas em áreas peri-urbanas ou urbanas, graças à emergência ou re-emergência de seus vetores nessas áreas, como dengue, leishmaniose visceral e malária. Há dificuldades para o controle: as atividades em áreas rurais são operacionalmente mais efetivas, pois atingem coberturas mais elevadas; são mais bem aceitas pela população do que as exercidas em áreas urbanas. A descentralização do controle para os estados e municípios está em implementação e há também dificuldades, pois o controle vetorial não fazia parte da prática desses entes federativos. Para um controle mais efetivo, há necessidade de determinação política, ações multi-setoriais e uso racional de inseticida.

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O objetivo deste estudo foi analisar a vigilância da doença de Chagas no Estado de São Paulo, através da notificação, na década de 1990. As informações foram originadas quando da notificação de triatomíneos pelos moradores e seguiram o normatizado pelo Programa de Controle. Foram recebidas 20.563 notificações de triatomíneos com queda ao longo dos anos, sendo esta mais acentuada na região que compreende a área de maior freqüência de encontro de Panstrongylus megistus. Cada notificação correspondeu em média a 1,3 exemplares de triatomíneos capturados (mediana=1), predominantemente no intradomicílio, enquanto nos atendimentos a média de insetos coletados foi de 3,6 (mediana=2), presentes na maioria no peridomicílio. A distribuição das notificações permitiu demarcar três áreas distintas do Estado: área 1- compreendida pelas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e parte de Presidente Prudente; área 2- São Vicente e Sorocaba; área 3- municípios situados a nordeste da região de Campinas. A análise mostrou que a vigilância entomológica através da notificação de triatomíneos, a despeito da queda das mesmas, não tem detectado colônias intradomiciliares associadas a infecção por Trypanosoma cruzi que possam dar origem à transmissão vetorial da doença de Chagas humana.

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Com o objetivo de avaliar a situação epidemiológica da infecção chagásica no Estado do Piauí e sua relação com idade, gênero, transfusão de sangue e aborto espontâneo, foi realizado, de agosto a dezembro de 2002, um inquérito sorológico com o exame de uma amostra aleatória simples de 36.399 moradores da área rural. A infecção chagásica foi definida pelo teste de imunofluorescência indireta para anticorpos antiTrypanosoma cruzi em amostra de sangue coletada em papel de filtro. A soroprevalência total foi de 1,9%, variando de 0,1% em menores de 5 anos a 6,6% em maiores de 79 anos; foi significativamente maior nas mulheres (2,1%), analfabetos (4,1%), receptores de sangue (3,3%) e nas mulheres com abortamento espontâneo (5,4%). Esses dados ao serem comparados com os obtidos durante o inquérito sorológico nacional (1975-1980) mostraram significativa queda da soroprevalência da infecção chagásica no Estado do Piauí (4% para 1,9%), indicando a eficácia das medidas de controle vetorial implementadas no período 1975-2002.

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Apresenta-se a distribuição geográfica de triatomíneos em Goiás e indicadores entomológicos no ambiente domiciliar: infestação domiciliar, densidade triatomínica domiciliar e infecção vetorial pelo Trypanosoma cruzi. Os indicadores estudados foram de triatomíneos capturados no intra e peridomicílio, em 201 municípios, no Estado de Goiás, Brasil, no período entre 2000 e 2003. Foram investigadas 249.868 unidades domiciliares e capturados 51.570 triatomíneos, com 335 espécimes infectados com Trypanosoma cruzi. A infestação peridomiciliar foi significativamente maior do que a intradomiciliar na espécie Triatoma sordida, seguida de Panstrongylus megistus. O inverso ocorreu nas espécies Rhodnius neglectus, Panstrongylus geniculatus e Triatoma pseudomaculata (p<0,018). Não houve diferença significativa entre as infestações intra e peridomiciliar nas espécies Panstrongylus diasi, Triatoma costalimai e Triatoma williami. Apenas um exemplar da espécie Triatoma infestans foi capturado no ano 2000.

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O objetivo deste trabalho foi avaliar a efetividade do controle vetorial e da eliminação de cães infectados na incidência de infecção por Leishmania chagasi. Um estudo de intervenção comunitário foi realizado em Teresina entre 1995 e 1996. A área foi dividida em 34 lotes alocados aleatoriamente a 4 tipos de intervenção: 1) borrifação intradomiciliar e de anexos residenciais; 2) borrifação intradomiciliar e eliminação de cães infectados; 3) combinação de borrifação intradomiciliar e de anexos e eliminação canina; 4) apenas borrifação intradomiciliar. Em comparação com lotes que receberam apenas borrifação intradomiciliar, a eliminação canina diminui em 80% a incidência de infecção. A borrifação de anexos, associada ou não à eliminação canina, não apresentou efeito significativo. A proteção oferecida pela remoção de cães infectados sugere que esta estratégia pode reduzir o pool de fontes de infecção para flebotomíneos.

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O objetivo deste estudo foi o de procurar evidências da transmissão vetorial da doença de Chagas, nos domicílios e peridomicílios de indivíduos residentes em municípios da região de Botucatu, que tiveram xenodiagnóstico positivos. Foram estudados 58 indivíduos e foi coletada amostra do sangue para a realização de exames laboratoriais. Os resultados deste estudo mostraram que os indivíduos, de ambos os grupos, tinham baixa escolaridade e exerciam profissões que não exigiam qualificações técnicas. Houve discreto predomínio de indivíduos do sexo feminino. Quando comparadas às condições anteriores, verificou-se que houve discreta melhora nas condições de habitação, por outro lado, houve aumento de moradores em zona rural. Os indivíduos nascidos antes de 1983, apresentaram conhecimento e contato com triatomídeo estaticamente mais elevado quando comparado com os nascidos a partir 1983. A análise e comparação dos resultados das sorologias, referentes aos hemaglutinação passiva indireta, imunofluorescência indireta e ensaio imunoenzimático, mostrou que o ELISA apresentou maior sensibilidade. Os resultados deste estudo mostram que a população nascida a partir de 1983 não conhecia o vetor transmissor da doença de Chagas.

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A leishmaniose tegumentar americana tem sido notificada em todos os estados do Brasil e no Paraná essa doença é endêmica. O objetivo deste trabalho foi detectar a infecção natural de flebotomíneos para verificar a competência vetorial destes insetos e a identificação da espécie parasitária. Os flebotomíneos foram coletados com armadilhas de Falcão e Shannon, nos municípios de Doutor Camargo, Fênix e Mandaguari, de novembro de 2005 a agosto de 2006. Coletaram-se 12.930 flebotomíneos, dos quais 2.487 fêmeas foram dissecadas e destes 1.230 fêmeas foram submetidas à reação em cadeia da polimerase. Pelo método da dissecação, foi detectada uma fêmea de Nyssomyia whitmani com infecção natural por flagelados e pela reação em cadeia da polimerase não se detectou a presença de DNA de Leishmania em nenhuma das fêmeas. Apesar de não ter sido detectada a infecção natural de Nyssomyia neivai nas localidades em apreço e ainda que os requisitos de incriminação vetorial não tenham sido atendidos, não se deve negligenciar o potencial vetorial desta espécie.

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Entre 2000 a 2004, foi realizado levantamento da fauna de Triatominae (Hemiptera: Reduviidae) e exame de infecção natural por Trypanosomatidae, no Estado de Mato Grosso do Sul. Um total de 13.671 espécimes foram capturados. Na análise faunística das espécies capturadas, Triatoma sordida foi caracterizada como muito abundante, muito freqüente, constante e dominante. Os índices de infecção natural para Trypanosoma cruzi apresentaram os valores de 3,2% para Panstrongylus geniculatus, 0,6% para Rhodnius neglectus e 0,1% para Triatoma sordida, apesar do Estado de Mato Grosso do Sul apresentar-se livre da transmissão vetorial endêmica.

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A vigilância entomológica da doença de Chagas em Mambaí e Buritinópolis, no Estado de Goiás, Brasil, tem sido mantida com participação da população, notificando a presença de vetores nas habitações. Passado longo tempo após instituídas as ações de controle e tendo-se já certificado a interrupção da transmissão vetorial, buscou-se avaliar o conhecimento e as práticas da população nessa situação. Os resultados apontam progressivo desinteresse pelo tema doença de Chagas, atribuível à redução da magnitude do problema representado pela enfermidade, a pouca participação das escolas na vigilância, à pequena importância dos vetores secundários e nativos e, em conseqüência, às limitadas intervenções dos serviços de controle em resposta às notificações. Propõe-se, que atividades de busca direta por amostragem sejam periodicamente realizadas e maior envolvimento das instituições de ensino.

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Objetivando-se avaliar a eficiência de armadilhas no monitoramento de vetores de dengue e febre amarela no Rio de Janeiro, foram utilizadas simultaneamente, 12 larvitrampas e 12 ovitrampas ao longo de 13 semanas. Resultados mostraram que as larvitrampas apresentam maior capacidade de positivar, destacando-se como importante ferramenta no monitoramento de vigilância vetorial.

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INTRODUÇÃO: A pesquisa da fonte alimentar dos triatomíneos auxilia no conhecimento sobre a biologia destes insetos, inclusive para inferir-se a importância dos mesmos como transmissores do Trypanosoma cruzi ao homem. MÉTODOS: O presente estudo objetivou registrar, através da reação de precipitina, a fonte alimentar de triatomíneos provenientes de 54 municípios da região centro-oeste de Minas Gerais, assim como a infecção natural destes para flagelados semelhantes ao Trypanosoma cruzi. RESULTADOS: De julho de 2003 até março de 2007, foram avaliados 416 insetos, todos da espécie Panstrongylus megistus. Somando-se as ocorrências, as aves (70%) e os humanos (22,5%) constituíram as principais fontes sanguíneas. Encontrou-se 16 (3,8%) insetos positivos para flagelados semelhantes ao Trypanosoma cruzi sendo que oito realizaram hematofagia no homem. CONCLUSÕES: Os resultados demonstram necessidade de acentuar a vigilância entomológica na região, visto que foi detectada a possibilidade de ocorrência de novos casos da doença de Chagas através da transmissão vetorial.

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INTRODUÇÃO: A força da reemergência do vírus do dengue e a gravidade destas infecções colocaram esta doença na agenda de prioridades das instituições responsáveis pela proteção à saúde das populações. Aspecto importante para a compreensão da epidemiologia do dengue nos dias atuais refere-se ao conhecimento dos padrões da difusão espaço-temporal, entretanto são escassas as investigações que abordam esta questão. Este estudo descreve o processo de difusão do dengue no estado da Bahia, de 1994 a 2000. MÉTODOS: Trata-se de estudo ecológico espaço-temporal, tendo como unidades de análise município, semana epidemiológica, mês, trimestre e ano. Procedeu-se construção da curva de tendência e realizou-se mapeamento seqüencial da ocorrência de dengue por município para o período. RESULTADOS: Foram notificados 164.050 casos de dengue e a introdução desse vírus na Bahia, diferentemente de outros estados, se deu por um município de pequeno porte, constatando-se intermitência temporal e espacial nos registros de casos no início desta epidemia. Contudo, a partir de 1995 o processo de difusão da doença se deu de forma rápida e intensa. O vírus circulou em todas as zonas climáticas do estado o que revela o seu elevado poder de transmissão. A maior intensidade de detecção de casos e expansão territorial foi nas regiões úmidas e semi-úmidas do litoral, ideais para a sobrevivência e proliferação do vetor, e também, por serem mais densamente povoadas. CONCLUSÕES: Hipoteticamente, o padrão espaço-temporal intermitente de detecção de casos observado inicialmente, poderia permitir o controle da progressão da epidemia, caso houvesse ações de combate vetorial estruturadas.

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INTRODUÇÃO: No Estado do Maranhão, a doença de Chagas não apresenta o padrão clássico de transmissão endêmica. No entanto, inquérito entomológico prévio constata altos índices de infecção natural dos vetores e casos agudos têm sido registrados nas últimas décadas, o que motivou o presente estudo que tem por objetivo avaliar as condições sociodemográficas e ambientais envolvidas na transmissão. MÉTODOS: Foram estudados os casos agudos de doença de Chagas de 1994 a 2008. Os dados relacionados aos pacientes foram obtidos do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, dos livros de registros de endemias da Fundação Nacional de Saúde e de prontuários médicos. Investigação entomológica foi realizada a partir de 2002. RESULTADOS: Foram identificados 32 casos, procedentes de 17 municípios, sendo 84,4%, da zona rural. O sexo masculino foi acometido em 67% dos casos. A ocupação mais frequente foi a de estudante (38,9%), seguida pela de lavrador e de caçador (27,8%). CONCLUSÕES: Os dados analisados sugerem que a transmissão foi, predominantemente, vetorial nos ambientes silvestre e peridomiciliar.

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INTRODUÇÃO: Com o avanço no controle da transmissão vetorial e por transfusão sanguínea da doença de Chagas, as formas alternativas de transmissão ganharam relevância. Este artigo de opinião discute a importância de cada uma dessas modalidades e as medidas para sua prevenção. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os mecanismos de transmissão do Trypanosoma cruzi através de modalidades alternativas, vigentes no Brasil, e as possibilidades de sua prevenção. Foram consultadas as bases de dados PubMed e BVS. RESULTADOS: Foram identificadas 25 publicações que discutiam as modalidades alternativas de transmissão da doença de Chagas. CONCLUSÕES: A transmissão oral, pela ingestão de alimentos contaminados, tem sido o modo de transmissão predominante no Brasil nos últimos anos. Os demais modos alternativos de transmissão são de ocorrência menos frequente. É importante conhecer essas ocorrências, sobretudo agora que a veiculação vetorial do parasita está controlada. Conforme os conhecimentos atuais foram apresentadas medidas preventivas, de acordo com cada uma das situações consideradas.

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INTRODUÇÃO: A competência vetorial de triatomíneos é determinada a partir de estudos sobre biologia e comportamento alimentar em condições de campo e/ou laboratório. Fatores como número de picadas, quantidade de sangue ingerido e tempo de defecação têm implicações na transmissão de tripanosomatídeos. Parâmetros biológicos e comportamentais de Rhodnius neglectus e R. robustus foram comparados experimentalmente para estimar diferenças no potencial de transmissão de tripanosomatídeos. MÉTODOS: Os triatomíneos foram observados diariamente para determinar o período de desenvolvimento ninfal, mortalidade, detecção da fonte alimentar, número de picadas, tempo do repasto sanguíneo, quantidade de sangue ingerido, tempo entre o final do repasto e a primeira defecação e frequência de defecação. RESULTADOS: Apesar do período ninfal de R. neglectus (156,4 ± 25,05d) ter sido menor que o de R. robustus (204,7 ± 13,22d), a mortalidade foi similar entre as espécies (63,8 e 65%, respectivamente). R. robustus e R. neglectus detectaram rapidamente a fonte alimentar, especialmente no primeiro estádio (2,5 e 1,6min, respectivamente). Apesar do tempo de repasto sanguíneo ter sido similar entre as espécies, R. robustus ingeriu em média uma maior quantidade de sangue em todos os estádios, com maiores valores para as ninfas V. As ninfas de R. neglectus picaram mais vezes as fontes alimentares, defecaram mais rápido e mais frequentemente que as de R. robustus. CONCLUSÕES: Sob as condições de laboratório usadas, R. neglectus possui um maior potencial para transmissão de Trypanosoma cruzi e T. rangeli que R. robustus, atributo que deve ser avaliado em infecções experimentais.