121 resultados para Certificado energético
Resumo:
OBJETIVO: Face expanso do Programa de Alimentao do Trabalhador no Pas e sua atualizao na normatizao dos aspectos nutricionais, foi avaliado o consumo alimentar de trabalhadores participantes do programa, por meio da anlise nutricional do almoo servido e do estado nutricional da populao atendida. MTODOS: Realizou-se estudo transversal com amostra representativa dos trabalhadores participantes do Programa de Alimentao do Trabalhador no Distrito Federal (n=1.044) que almoam em 52 Unidades de Alimentao e Nutrio. Foram avaliadas variveis socioeconmicas e sociodemogrficas, medidas antropomtricas para o clculo do ndice de Massa Corporal e o consumo alimentar obtido pelo mtodo da pesagem e pela observao direta da montagem dos pratos. RESULTADOS: Observou-se que 43% da populao estudada apresentam excesso de peso, sendo 33,7% com sobrepeso e 9,3% com obesidade, com maiores percentuais no sexo masculino. A mediana do valor energético do almoo foi de 515 Kcal para as mulheres e de 736 Kcal para os homens. O consumo mediano de fibras foi de 6,0 g para o sexo feminino e de 8,3 g para o sexo masculino, e o consumo mediano de colesterol foi acima de 90 mg nos indivduos com excesso de peso. CONCLUSES: Os resultados indicam risco nutricional nessa populao, tradicionalmente considerada sadia, devendo a mesma ser alvo de estratgias com foco na promoo da sade, salientado-se, assim, a atribuio de educador do nutricionista.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar os determinantes da desnutrio energético-protica que ocasionam dficits ponderal e de crescimento linear em crianas. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 1.041 crianas (menores de dois anos de idade) de 10 municpios do Estado da Bahia, de 1999 a 2000. Utilizou-se a tcnica de regresso logstica e estratgia da abordagem hierrquica para identificar os fatores associados ao estado antropomtrico. RESULTADOS: O modelo final para dficit no crescimento linear revelou como determinante bsico: a posse de dois ou menos equipamentos domsticos (OR=2,9; IC 95%: 1,74-4,90) e no nvel subjacente, a ausncia de consulta pr-natal (OR=2,7; IC 95%: 1,47-4,97); entre os determinantes imediatos o baixo peso ao nascer (<2.500 g) (OR=3,6; IC 95%: 1,72-7,70) e relato de hospitalizao nos 12 meses anteriores entrevista (OR=2,4; IC 95%: 1,42-4,10). Fatores determinantes no dficit ponderal nos nveis bsico, subjacente e imediato foram, respectivamente: a renda mensal per capita inferior a do salrio-mnimo (OR=3,4; IC 95%: 1,41-8,16), a ausncia de pr-natal (OR=2,1; IC 95%: 1,03-4,35), e o baixo peso ao nascer (OR=4,8; IC 95%: 2,00-11,48). CONCLUSES: Os dficits ponderal e linear das crianas foram explicados pela intermediao entre as precrias condies materiais de vida e o restrito acesso ao cuidado com a sade e a carga de morbidade. Intervenes que melhorem as condies de vida e ampliem o acesso s aes do servio de sade so estratgias que caminham na busca da eqidade em sade e nutrio na infncia.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar durante a gestao e ps-parto, segundo cor da pele. MTODOS: Estudo longitudinal prospectivo que incluiu 467 mulheres entre 15 e 45 anos no perodo ps-parto, no municpio do Rio de Janeiro, entre 1999 e 2001. Foi aplicado um questionrio de freqncia de consumo de alimentos aos 15 dias ps-parto (consumo referente ao perodo da gestao) e aos seis meses (consumo referente ao perodo ps-parto). Foi utilizada anlise de covarincia para analisar diferenas no consumo alimentar, segundo cor da pele, controlada pela escolaridade. RESULTADOS: Durante a gestao, pretas e pardas apresentaram consumo de energia 13,4% e 9,1% (p=0,009 e p=0,028) e consumo de carboidrato 15,1% e 10,5% maior que brancas (p=0,005 e p=0,014), respectivamente. Mulheres pretas e brancas apresentaram consumo energético 34% e 20% acima das recomendaes nutricionais, respectivamente (p=0,035). Durante o perodo ps-parto, as pretas apresentaram consumo de energia 7,7% maior e consumo de lipdios 14,8% maior que as brancas; consumo de cidos graxos saturados 23,8% maior que brancas (p=0,003) e 13% maior que pardas (p=0,046). A adequao de consumo de lipdios e cidos graxos saturados foi maior em pretas que em brancas (p=0,024 e p=0,011, respectivamente). CONCLUSES: Os resultados mostram ser necessrio revisar estratgias de interveno nutricional no pr-natal e implementar assistncia nutricional no ps-parto, para ajustar o consumo alimentar a nveis adequados, considerando as diferenas por cor/raa identificadas.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar a magnitude e a distribuio regional e socioeconmica do consumo de sdio no Brasil e identificar as fontes alimentares que mais contribuem para esse consumo. MTODOS: As estimativas foram baseadas nos dados da Pesquisa de Oramentos Familiares, realizada no Brasil entre julho de 2002 e junho de 2003. Foram analisados 969.989 registros de aquisio de alimentos efetuados por uma amostra probabilstica de 48.470 domiclios localizados em 3.984 setores censitrios do Pas. Realizou-se converso dos registros das aquisies de alimentos em nutrientes por meio de tabelas de composio de alimentos. Foram calculadas a disponibilidade mdia de sdio por pessoa e por dia e a disponibilidade mdia ajustada para um consumo energético equivalente a 2.000 kcal. Calculou-se a contribuio de grupos de alimentos selecionados para o total de sdio disponvel para consumo no domiclio. As estimativas so apresentadas segundo regies, situao urbana ou rural do domiclio, e estratos de renda. RESULTADOS: A quantidade diria de sdio disponvel para consumo nos domiclios brasileiros foi de 4,5 g por pessoa (ou 4,7 g para uma ingesto diria de 2.000 Kcal), excedendo, assim, em mais de duas vezes o limite recomendado de ingesto desse nutriente. Embora a maior parte do sdio disponvel para consumo em todas classes de renda provenha do sal de cozinha e de condimentos base desse sal (76,2%), a frao proveniente de alimentos processados com adio de sal aumenta linear e intensamente com o poder aquisitivo domiciliar, representando 9,7% do total de sdio no quinto inferior da distribuio da renda per capita e 25,0% no quinto superior. CONCLUSES: Os resultados indicam que o consumo de sdio no Brasil excede largamente a recomendao mxima para esse nutriente em todas as macrorregies brasileiras e em todas as classes de renda.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar o consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) de adolescentes e identificar fatores associados. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra representativa de 812 adolescentes de ambos os sexos de So Paulo, SP, em 2003. O consumo alimentar foi medido pelo recordatrio alimentar de 24 horas. O consumo de FLV foi descrito em percentis e para investigar a associao entre a ingesto de FLV e variveis explanatrias; foram utilizados modelos de regresso quantlica. RESULTADOS: Dos adolescentes entrevistados, 6,4% consumiram a recomendao mnima de 400 g/dia de FLV e 22% no consumiram nenhum tipo de FLV. Nos modelos de regresso quantlica, ajustados pelo consumo energético, faixa etria e sexo, a renda domiciliar per capita e a escolaridade do chefe de famlia associaram-se positivamente ao consumo de FLV, enquanto o hbito de fumar associou-se negativamente. Renda associou-se significativamente aos menores percentis de ingesto (p20 ao p55); tabagismo aos percentis intermedirios (p45 ao p75) e escolaridade do chefe de famlia aos percentis finais de consumo de FLV (p70 ao p95). CONCLUSES: O consumo de FLV por adolescentes paulistanos mostrou-se abaixo das recomendaes do Ministrio da Sade e influenciado pela renda domiciliar per capita, pela escolaridade do chefe de famlia e pelo hbito de fumar.
Resumo:
OBJETIVO: Atualizar estimativas sobre consumo de sdio no Brasil.MTODOS: Foram utilizados dados da Pesquisa de Oramentos Familiares 2008-2009. Realizou-se a converso em nutrientes dos registros de aquisio de alimentos dos domiclios brasileiros por meio de tabelas de composio de alimentos. Foram calculadas a disponibilidade mdia de sdio/pessoa/dia e a disponibilidade mdia ajustada para um consumo energético dirio de 2.000 kcal. Calculou-se a contribuio de grupos de alimentos selecionados para o total de sdio disponvel para consumo no domiclio e comparou-se com aqueles da Pesquisa de Oramentos Familiares 2002-2003.RESULTADOS: A quantidade diria de sdio disponvel para consumo nos domiclios brasileiros foi de 4,7 g para ingesto diria de 2.000 kcal, mantendo-se mais de duas vezes superior ao limite recomendado de ingesto desse nutriente. A maior parte do sdio disponvel para consumo provm do sal de cozinha e de condimentos base de sal (74,4%), mas a frao proveniente de alimentos processados com adio de sal aumentou linear e intensamente com o poder aquisitivo domiciliar (12,3% do total de sdio no quinto inferior da distribuio da renda por pessoa e 27,0% no quinto superior). Observou-se reduo na contribuio de sal e condimentos base de sal (76,2% para 74,4%) e dos alimentos in natura ou processados sem adio de sal (6,6% para 4,8%) e aumento dos alimentos processados com adio de sal (15,8% para 18,9%) e dos pratos prontos (1,4% para 1,6%) na comparao com a Pesquisa de Oramentos Familiares 2002-2003.CONCLUSES: O consumo de sdio no Brasil mantm-se em nveis acima da recomendao mxima para esse nutriente em todas as macrorregies e classes de renda brasileiras. Observou-se estabilidade na disponibilidade domiciliar total de sdio e aumento na frao proveniente dos alimentos processados com adio de sal e dos pratos prontos, na comparao de 2008-2009 com 2002-2003.
Resumo:
OBJETIVO : Analisar a associação entre grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e prevalência de aleitamento materno exclusivo. MÉTODOS : Estudo transversal, com amostra representativa de 916 crianças < 6 meses em Ribeirão Preto, SP, em 2011. Foram coletados dados sobre aleitamento materno, local de acompanhamento ambulatorial e demais características, durante a Campanha Nacional de Vacinação. O fator de estudo correspondeu ao local de acompanhamento ambulatorial: Privado; Público não Rede; Público com Oficina da Rede; e Público certificado na Rede. O efeito individualizado do fator de estudo sobre o desfecho foi avaliado mediante análise de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS : A comparação entre os locais privados (categoria de referência) e os demais mostrou relação dose-resposta significativa com elevação progressiva da prevalência de aleitamento materno exclusivo em locais públicos não Rede, em locais públicos com Oficina da Rede e em locais públicos certificados na Rede (p = 0,047). A Razão de Prevalência para amamentação exclusiva foi igual a 1,47 (IC95% 1,00;2,17) para o estrato das Unidades Básicas de Saúde certificadas na Rede, após ajuste pelas variáveis de confusão. CONCLUSÕES : A prevalência de aleitamento materno exclusivo em < 6 meses foi maior nos locais certificados na Rede, evidenciando a relevância de investir na certificação de Unidades Básicas de Saúde nessa ação.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e nutrientes e a prevalncia de ingesto inadequada de micronutrientes entre adultos brasileiros. MTODOS: Foram analisados dados do Inqurito Nacional de Alimentao da Pesquisa de Oramento Familiar 2008-2009. O consumo alimentar foi avaliado por dois dias de registro alimentar no consecutivos. Um total de 21.003 indivduos (52,5% mulheres) entre 20 e 59 anos de idade participou do estudo. A ingesto usual de nutrientes foi estimada pelo mtodo proposto pelo National Cancer Institute. As prevalncias de ingesto inadequada de micronutrientes foram obtidas pelo mtodo da necessidade mdia estimada (EAR) como ponto de corte. Para mangans e potssio, a Ingesto Adequada (AI) foi usada como ponto de corte. A ingesto de sdio foi comparada com o nvel de ingesto mximo tolervel (UL). A prevalncia de inadequao da ingesto de ferro foi determinada por abordagem probabilstica. Os dados foram analisados de acordo com a localizao do domiclio (rea urbana ou rural) e as macrorregies do pas. RESULTADOS: A mdia do consumo energético foi de 2.083 kcal entre os homens e 1.698 kcal entre as mulheres. Prevalncias de inadequao maiores ou iguais a 70% foram observadas para clcio entre os homens e magnsio, vitamina A, sdio em ambos os sexos. Prevalncias maiores ou iguais a 90% foram encontradas para clcio entre as mulheres e vitaminas D e E em ambos os sexos. Prevalncias menores que 5% foram encontradas para ferro entre os homens e niacina para homens e mulheres. No geral, a prevalncia de ingesto inadequada foi mais acentuada na rea rural e na regio Nordeste. CONCLUSES: O consumo de energia maior entre indivduos residentes em reas urbanas e da regio Norte. Os grupos com maior risco de ingesto inadequada de micronutrientes so as mulheres e os que residem na rea rural e na regio Nordeste.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar caractersticas do consumo de alimentos fora do domiclio no Brasil. MTODOS: Foram analisados dados do Inqurito Nacional de Alimentao, conduzido com 34.003 indivduos acima de dez anos de idade em 24% dos domiclios participantes da Pesquisa de Oramentos Familiares em 2008-2009. O consumo de alimentos e bebidas foi coletado por meio de registros dos alimentos consumidos, tipo de preparao, quantidade, horrio e fonte do alimento (dentro ou fora de casa). A frequncia de indivduos que consumiu alimentos fora do domiclio foi calculada segundo faixas de idade, sexo, faixas de renda, rea de localizao do domiclio, tamanho da famlia, presena de criana no domiclio e idade do chefe do domiclio no Brasil e em cada regio brasileira. Para as anlises, considerou-se o peso amostral especfico do inqurito e incorporou-se o efeito do desenho amostral. RESULTADOS: O consumo de alimentos fora do domiclio no Brasil foi reportado por 40% dos entrevistados, variando de 13% entre os idosos da regio Sul a 51% entre os adolescentes da regio Sudeste. Esse percentual diminuiu com a idade e aumentou com a renda em todas as regies brasileiras; foi maior entre os homens e na rea urbana. Os grupos de alimentos com maior percentual de consumo fora de casa foram bebidas alcolicas, salgadinhos fritos e assados, pizza, refrigerantes e sanduches. CONCLUSES: A alimentao fora de casa apresenta predominncia de alimentos de alto contedo energético e pobre contedo nutricional, indicando que o consumo de alimentos fora do domiclio deve ser considerado nas aes de sade pblica voltadas para a melhoria da alimentao dos brasileiros.
Resumo:
OBJETIVO: Estimar o consumo de energia e nutrientes e a prevalncia de inadequao da ingesto de micronutrientes entre adolescentes brasileiros. MTODOS: Amostra probabilstica composta por 6.797 adolescentes (49,7% do sexo feminino) entre dez e 18 anos de idade foi avaliada no Inqurito Nacional de Alimentao, 2008-2009. Os fatores de expanso, a complexidade do desenho da amostra e a correo da variabilidade intrapessoal do consumo foram considerados. A prevalncia de inadequao de consumo de micronutrientes foi estimada pela proporo de adolescentes com ingesto abaixo da necessidade mdia estimada. Para o sdio, estimou-se a prevalncia de consumo acima do valor de ingesto mxima tolervel. RESULTADOS: A mdia de consumo de energia variou de 1.869 kcal, observada nas adolescentes de 10 a 13 anos, a 2.198 kcal, estimada para os adolescentes de 14 a 18 anos. Os carboidratos forneceram 57% da energia total, os lipdios, 27% e as protenas, 16%. As maiores prevalncias de inadequao foram observadas para clcio (> 95%), fsforo (entre 54% e 69%) e vitaminas A (entre 66% e 85%), E (100%) e C (entre 27% e 49%). Mais de 70% dos adolescentes apresentaram consumo de sdio superior ingesto mxima tolervel. CONCLUSES: As mdias de consumo energético e a distribuio de macronutrientes eram adequadas, mas foram observadas elevadas prevalncias de inadequao no consumo de vitaminas e minerais, destacando-se consumo de sdio muito acima do recomendado, consumo de clcio reduzido e nas adolescentes de 14 a 18 anos foi observada importante inadequao na ingesto de ferro.
Resumo:
O consumo de verduras cruas desempenha importante papel na transmisso de vrias doenas infecciosas pela freqente prtica de irrigao de hortas com gua contaminada. O objetivo deste estudo a avaliao das condies higinico-sanitrias de todas as hortas produtoras de verduras de Ribeiro Preto, SP com implantao de um sistema de fiscalizao. A anlise laboratorial de 129 hortas revelou irregularidades em 20,1% delas, destacando-se elevada concentrao de coliformes fecais em 17%, presena de Salmonella em 3,1% e de vrios enteroparasitas (Ascaris sp, Ancylostomidae, Strongyloides sp, Hymenolepis nana e Giardia sp ) em 13,1%. A repetio da anlise das hortas irregulares determinou a interdio definitiva de uma delas; todas as demais foram aprovadas, comprovando a eficcia do sistema de fiscalizao, particularmente com a implantao, indita no pas, do certificado de vistoria sanitria.
Resumo:
A vigilncia entomolgica da doena de Chagas em Mamba e Buritinpolis, no Estado de Gois, Brasil, tem sido mantida com participao da populao, notificando a presena de vetores nas habitaes. Passado longo tempo aps institudas as aes de controle e tendo-se j certificado a interrupo da transmisso vetorial, buscou-se avaliar o conhecimento e as prticas da populao nessa situao. Os resultados apontam progressivo desinteresse pelo tema doena de Chagas, atribuvel reduo da magnitude do problema representado pela enfermidade, a pouca participao das escolas na vigilncia, pequena importncia dos vetores secundrios e nativos e, em conseqncia, s limitadas intervenes dos servios de controle em resposta s notificaes. Prope-se, que atividades de busca direta por amostragem sejam periodicamente realizadas e maior envolvimento das instituies de ensino.
Resumo:
Estudou-se a composio florstica e a estrutura de sistemas agroflorestais (SAF) nas vrzeas do rio Juba, Municpio de Camet-PA. Utilizou-se sete parcelas de 0,25 ha (50 m x 50 m) em SAF tradicionais. Cada parcela foi dividida em 25 sub-parcelas de 10 m x 10 m. As espcies foram classificadas quanto aos tipos de usos e em trs nveis de comercializao. Nos sete SAF foram inventariados 21060 indivduos/ha com CAP e" 10 cm ou (mdia de 3009 indivduos/ha), pertencentes a 27 famlias, 53 gneros e 61 espcies. Cinco espcies (8 %) so comuns aos sete SAF. O uso energético (lenha e carvo) foi o mais freqente (63 %). Os SAF apresentaram maior percentual de espcies comerciais (46 %). Espcies comumente encontradas nas vrzeas da Amaznia brasileira foram importantes nesse estudo: Euterpe oleracea Mart., Theobroma cacao L., Virola surinamensis (Rol.) Warb., Hevea brasiliensis Muell. Arg. e Carapa guianensis Aubl. Euterpe oleracea e Theobroma cacao, juntas apresentaram Dr mdia de 80 % e IVImdio de 48 %. Os valores mdios de abundncia, rea basal e IVI, bem como os percentuais de espcies potenciais e comerciais indicam grandes possibilidades de sustentabilidade se adotado manejo adequado e racional nesses importantes ecossistemas antrpicos da Amaznia Oriental.
Resumo:
O pirarucu um peixe nativo da bacia Amaznica com respirao area obrigatria. Em condies de criao, atinge at 10 kg em um ano, sendo um dos peixes com maior potencial para criao na Amaznia. O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas de estresse em pirarucu quando submetido a prticas comuns em sistema de criao. Para isso, foram realizados trs diferentes experimentos: 1) transporte; 2) adensamento; e 3) exposio amnia. Foram analisados parmetros do metabolismo energético (glicose e lactato), hormonal (cortisol), e de hematologia (hematcrito). Em todos os protocolos testados foram observadas alteraes nos parmetros fisiolgicos do pirarucu. As respostas de estresse durante o transporte foram similares s do adensamento, porm, a magnitude das repostas ao adensamento foi maior. A exposio amnia no causou alterao imediata nos parmetros fisiolgicos, havendo latncia nas respostas de estresse. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que as alteraes nos parmetros metablicos ocorrem no momento de maior intensidade de manejo, e provavelmente podem ser reduzidas com adoo de boas prticas na criao.
Resumo:
Considerando a ampla variabilidade gentica de cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), quantificaram-se os macro e micro-nutrientes, objetivando a ampliao da tabela de composio qumica de alimentos tpicos da regio amaznica. Os frutos provenientes da Estao Experimental de Hortalias Alejo von der Pahlen (EEH) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia (INPA), localizados no km 14 da Rodovia AM 010 em Manaus, AM, foram processados no Laboratrio de Alimentos e Nutrio do INPA. Avaliaram-se oito etnovariedades de cubiu identificados como: 2 I, 3 I, 6, 7, 12, 14, 17, 29 I e III em estdio de maturao comercial. Os teores de elementos minerais foram quantificados pela tcnica de Ativao por Nutrons Instrumental e a fibra alimentar pelo mtodo enzmico-gravimtrico. Os resultados demonstram ser o cubiu um fruto com baixo contedo energético (mdia de 33 kcal), com contedo de fibra alimentar total na ordem de 1,6%. Em relao aos macros elementos minerais, a etnovariedade 6, apresentou a maior concentrao em potssio (513,5±3,1mg), clcio (18,9±0,6mg) e a etnovariedade 2 I em Fe (564,4±58,1µg) e Cr (99,3±8,3µg). A menor concentrao foi constatada na etnovariedade 12 para os elementos K (229,0±4,5mg), Na (53,7±5,5µg) e Zn (89,3±4,7µg). Apesar das variaes em relao as diferentes etno variedades e conseqentemente concentraes em elementos minerais, o cubiu, pode estar contribuindo para atingir as recomendaes desses nutrientes.