120 resultados para Girometti, Giuseppe.
Resumo:
Schistosoma mansoni infection or associated products are able to down-modulate the type 1 CD4+ T cell inflammatory response characteristic of autoimmune diseases. In this study, we evaluated how S. mansoni antigens altered the immune response that was induced by the soluble Leishmania antigen (SLA) from cutaneous leishmaniasis (CL) patients. Cytokines were measured from the supernatants of peripheral blood mononuclear cell cultures stimulated with SLA. This was performed using the sandwich enzyme linked immunosorbent assay technique in the presence or absence of S. mansoni recombinant antigens Sm29, SmTSP-2 and PIII. The addition of S. mansoni antigens to the cultures resulted in the reduction of interferon gamma (IFN-γ) levels in 37-50% of patients. Although to a lesser extent, the antigens were also able to decrease the production of tumour necrosis factor-alpha (TNF-α). We compared patients that either had or did not have reduction in IFN-γ and TNF-α production in cultures stimulated with SLA in the presence of S. mansoni antigens. We found that there was no significant difference in the levels of interleukin (IL)-10 and IL-5 in response to S. mansoni antigens between the groups. The antigens used in this study down-modulated the in vitro proinflammatory response induced by SLA in a group of CL patients through a currently undefined mechanism.
Resumo:
Técnicas adaptadas da etnociência clássica foram utilizadas para descrever e avaliar os conhecimentos de um grupo de artesãos camponeses do Agreste Paraibano sobre alguns solos que eles usam como recurso cerâmico. Cinco perfis de solo foram descritos por agrônomos-pesquisadores (abordagem eticista) e por camponeses (abordagem emicista), em locais onde a população local extrai material para cerâmica. Amostras coletadas em ambas as abordagens foram usadas para caracterização morfológica e analítica desses solos. Os camponeses pesquisados foram capazes de distinguir, identificar e nomear diversos materiais de solo, arranjados em estratos ao longo dos perfis de solo, de modo comparável ao arranjo dos horizontes pedogenéticos. A visão, o tato e o paladar foram empregados pelos artesãos na avaliação da qualidade do solo para cerâmica. Quatro perfis descritos junto às fontes de material cerâmico foram classificados como Planossolo Nátrico e um como Planossolo Háplico. A realização de pesquisas etnopedológicas em diferentes contextos sociais e pedológicos pode contribuir para o avanço da ciência do solo, sendo também uma oportunidade para melhor compreender as formas camponesas de conhecimento e manejo de solos.
Resumo:
Ethnopedological studies have mainly focused on agricultural land uses and associated practices. Nevertheless, peasant and indigenous populations use soil and land resources for a number of additional purposes, including pottery. In the present study, we describe and analyze folk knowledge related to the use of soils in non-industrial pottery making by peasant potters, in the municipality of Altinho, Pernambuco State, semiarid region at Brazil. Ethnoscientific techniques were used to record local knowledge, with an emphasis on describing the soil materials recognized by the potters, the properties they used to identify those soil materials, and the criteria employed by them to differentiate and relate such materials. The potters recognized three categories of soil materials: “terra” (earth), “barro” (clay) and, “piçarro” (soft rock). The multi-layered arrangement of these materials within the soil profiles was similar to the arrangement of the soil horizon described by formal pedologists. “Barro vermelho” (red clay) was considered by potters as the principal ceramic resource. The potters followed morphological and utilitarian criteria in distinguishing the different soil materials. Soils from all of these sites were sodium-affected Alfisols and correspond to Typic Albaqualf and Typic Natraqualf in the Soil Taxonomy (Soil Survey Staff, 2010).
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi ajustar os protocolos de cultivo in vitro de embriões zigóticos e de aclimatação de plântulas de coqueiro-anão-verde do Brasil de Jiqui (Cocos nucifera L.). Os embriões zigóticos maduros, colocados assepticamente em meio de cultura líquido Y3 suplementado com 27,8 mg L-1 de Fe2SO4.7H2O e 60 g L-1 de sacarose, apresentaram maior germinação e formação de plântulas normais. As plântulas transferidas para meio indutor de enraizamento Y3, gelificado e suplementado com 1 mg L-1 de ANA, 0,5 mg L-1 de BAP e 2,5 g L-1 de carvão ativado, apresentaram incremento do desenvolvimento radicular e da parte aérea. Na fase de aclimatação, o substrato composto por areia lavada e pó de casca de coco seco, na proporção de 1:1, proporcionou maior sobrevivência das plântulas (58,33%), maior crescimento da parte aérea (39,08 cm) e maior número de folhas (6,33). Os protocolos estabelecidos para o cultivo in vitro de embriões zigóticos e a aclimatação de coqueiro-anão-verde de Jiqui podem ser utilizados no intercâmbio e conservação de germoplasma.
Resumo:
OBJETIVO: Verificar e comparar a eficácia da punção aspirativa e da drenagem percutânea, orientadas por métodos de imagem, no tratamento das coleções hepáticas. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram encaminhados, ao nosso setor, 52 pacientes para tratamento percutâneo de coleções abdominais. Destes, 17 apresentavam coleções hepáticas, sendo 13/17 não-complexas e 4/17, complexas (multiloculadas, múltiplas ou associadas a fístulas). Foram submetidas a punção aspirativa 7/17 coleções (41,2%) e a drenagem percutânea, 10/17 (58,8%). Considerou-se como sucesso do método a resolução completa da coleção, com melhora clínica e laboratorial do paciente. RESULTADOS: O sucesso do procedimento ocorreu em 82,4% dos casos. Nas coleções submetidas exclusivamente a punção aspirativa, obteve-se sucesso em 57,1%, enquanto nas submetidas a drenagem percutânea o sucesso foi de 100%. O índice de sucesso no grupo submetido a punção aspirativa foi de 75% nas coleções menores que 100 ml, e de 33,3% naquelas entre 100 e 250 ml. Houve sucesso com a punção aspirativa em 75% das coleções não-complexas e em 25% das complexas. CONCLUSÃO: A drenagem percutânea é mais eficaz que a punção aspirativa no tratamento das coleções hepáticas. A punção aspirativa talvez possa ser empregada como alternativa válida nas coleções de menor volume e não-complexas.
Resumo:
Os nossos objetivos foram estabelecer a eficácia da tomografia computadorizada sem contraste em diagnosticar a ureterolitíase, calcular a freqüência dos principais sinais tomográficos e medir a concordância interobservador, comparando-a com os resultados obtidos na urografia excretora, realizando estudo prospectivo duplo-cego em 25 pacientes com cólica nefrética. Em ambos os procedimentos avaliamos a existência de aumento renal, hidronefrose e cálculo ureteral. Deste último, descrevemos a sua localização e dimensão. Nos exames de tomografia computadorizada sem contraste procuramos também por estrias perirrenais, edema periureteral e o sinal do halo. Em 23 dos 25 exames de tomografia computadorizada sem contraste (92%) e em 17 das 25 urografias excretoras (68%) houve concordância dos resultados entre os dois observadores. Em 21 dos 25 pacientes os resultados dos dois métodos foram concordantes. Concluímos que a tomografia computadorizada sem contraste apresenta eficácia superponível à urografia excretora na avaliação de pacientes com cólica nefrética, sendo um método reprodutível e sem promover o desconforto do uso do contraste endovenoso.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as artérias cervicais (carótidas e vertebrais) por meio da angio-RM, utilizando-se diferentes dosagens e diluições de contraste paramagnético. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo em 15 pacientes, com análise de 30 artérias carótidas comuns, 30 artérias carótidas internas, 30 artérias carótidas externas e 30 artérias vertebrais, utilizando-se diferentes volumes e dosagens de contraste paramagnético: grupo I - dose única (14 ml de Gd-DTPA); grupo II -dose dupla (28 ml de Gd-DTPA); grupo III - dose única e diluída a 50%. A injeção de contraste foi realizada com a utilização de bomba injetora e com velocidades de injeção de 2 ml/s (grupo I) e 3 ml/s (grupos II e III). Os segmentos arteriais foram analisados por três examinadores em consenso de forma subjetiva, avaliando-se o grau de visibilidade, intensidade de contrastação e definição de seus contornos. RESULTADOS: Em todos os itens analisados os pacientes do grupo II apresentaram melhor resultado (visibilização total, boa contrastação dos vasos e contornos bem definidos). No grupo I houve boa visibilização das artérias carótidas e vertebrais, porém a intensidade de contraste e a definição dos contornos apresentaram variabilidade qualitativa. O grupo III apresentou os piores resultados, com dificuldade de visibilização, intensidade de contrastação baixa e contornos mal definidos. CONCLUSÃO: Entre os grupos analisados, a técnica utilizando dose dupla de gadolínio é a que permite melhor avaliação das artérias cervicais. A utilização de contraste diluído prejudica a avaliação dos vasos do pescoço.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a freqüência de identificação das estruturas músculo-ligamentares do assoalho pélvico por meio de exames de ressonância magnética e avaliar o índice de concordância entre os observadores. MÉTODO: Estudo prospectivo em 20 voluntárias assintomáticas, idade de 20 a 80 anos (média de 50 anos). Realizados exames de ressonância magnética pélvica (1,5 T) nas seqüências turbo spin-eco ponderadas em T1 e T2 nos planos axial e sagital. Os exames foram avaliados por dois observadores independentes, que procuraram identificar os músculos levantador do ânus (músculos coccígeo, pubococcígeo, iliococcígeo e puborretal), obturador interno e compressor da uretra e os ligamentos pubovesical e pubouretral. Os resultados foram comparados com base na freqüência de identificação das estruturas anatômicas e na concordância entre os observadores (índice kappa -- kapa). RESULTADOS: A freqüência de identificação das estruturas variou de 50% a 100%, sendo pouco inferior para os ligamentos. A concordância interobservador na identificação das estruturas foi a seguinte: músculos levantador do ânus e obturador interno (kapa=1), pubococcígeo (kapa=0,62), iliococcígeo (kapa=0,86), puborretal (kapa=0,27), coccígeo (kapa=0) e compressor da uretra (kapa=1), e ligamentos pubovesical (kapa=0,50) e pubouretral (kapa=0,58). CONCLUSÃO: A ressonância magnética de pelve permite identificar as principais estruturas músculo-ligamentares do assoalho pélvico na grande maioria dos indivíduos, com boa concordância interobservador.
Resumo:
OBJETIVO: Realizamos estudo prospectivo das vias biliares e pancreáticas através de colangiografia por ressonância magnética, com a utilização de meio de contraste oral negativo. Os nossos objetivos foram verificar se este novo meio de contraste melhora a visualização das vias biliar e pancreática, além de identificar a freqüência de efeitos colaterais ao contraste e sua aceitação pelo paciente. MATERIAL E MÉTODO: Quinze voluntários (oito homens e sete mulheres) com idades variando entre 18 e 54 anos (média de 29 anos), sem queixas ou cirurgias abdominais, foram submetidos a colangiografia por ressonância magnética. Foram realizadas duas seqüências colangiográficas em apnéia, antes e cinco minutos após a ingestão de 300 ml de contraste oral negativo. Os exames foram realizados em equipamento operando a 1,0 T. RESULTADOS: Setenta e três por cento dos voluntários consideraram o gosto ruim ou muito ruim, sugerindo uma aceitação discutível; 27% dos voluntários apresentaram náuseas; 20%, cólicas; 14%, azia ou parestesia labial; e 7%, diarréia. A visualização da via biliar extra-hepática foi considerada melhor após o contraste oral negativo em 9/15 voluntários (60%) e do ducto pancreático principal em todos os cinco em que havia interposição de alças. CONCLUSÃO: O contraste oral negativo melhora a visualização dos ductos hepatocolédoco e pancreático principal em exames de colangiografia por ressonância magnética, apesar da baixa aceitação e dos seus efeitos colaterais.
Resumo:
Desde o início da década de 80 a ressonância magnética vem sendo utilizada para o estudo do abdome e principalmente na detecção de nódulos hepáticos. As imagens ponderadas em T2 são as que trouxeram maior benefício quando comparadas à tomografia computadorizada com contraste. Inúmeras técnicas e seqüências de ressonância magnética ponderadas em T2 surgiram desde então, na tentativa de aumentar a eficácia diagnóstica, com menores tempos de exame. Neste sentido, foram publicados inúmeros trabalhos demonstrando a utilidade de seqüências rápidas e ultra-rápidas, com e sem supressão de gordura, em apnéia, com sincronizador respiratório e com bobinas de sinergia, entre outros avanços tecnológicos. No entanto, não há um consenso sobre qual a técnica mais apropriada e sensível para a detecção de lesões hepáticas focais. Neste artigo fazemos uma revisão bibliográfica e análise crítica das diversas técnicas de imagens ponderadas em T2, no que diz respeito às suas sensibilidades na detecção de nódulos hepáticos.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar as características morfológicas e quantitativas dos hemangiomas hepáticos na ressonância magnética. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados, prospectivamente, 57 hemangiomas hepáticos presentes em 27 pacientes, com ressonância magnética de alto campo (1,5 T) utilizando seqüência spin-eco, imagens ponderadas em T1 e T2, com tempos de eco de até 160 ms. Foram avaliadas as características morfológicas dos hemangiomas, classificando-os em típicos ou atípicos. Também foram avaliadas características quantitativas das lesões (relação intensidade de sinal lesão/fígado, valores de tempo de relaxação T2 e índice simplificado T2) e feitas comparações entre tais características nos hemangiomas morfologicamente típicos e atípicos, e naqueles com dimensões £ 2,0 cm e > 2,0 cm. RESULTADOS: Do total de hemangiomas estudados, 78,9% apresentaram características morfológicas típicas. Não houve diferença significante entre as características quantitativas de hemangiomas morfologicamente típicos e atípicos. Hemangiomas com dimensões £ 2,0 cm e > 2,0 cm apresentaram comportamento semelhante em relação ao tempo de relaxação T2 e ao índice simplificado T2. Valores da relação intensidade de sinal lesão/fígado apresentaram diferenças significantes entre esses dois grupos. Os valores do tempo de relaxação T2, do índice simplificado T2 e da relação intensidade de sinal lesão/fígado caracterizaram corretamente 96,5%, 93% e 89,5% de todos os hemangiomas, respectivamente. CONCLUSÃO: A avaliação quantitativa dos hemangiomas hepáticos nas imagens por ressonância magnética é um método simples e, conjuntamente com a análise morfológica, propicia maior confiança para o diagnóstico.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a freqüência e a origem de calcificações hepáticas identificadas na tomografia computadorizada (TC). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 1.362 exames consecutivos de TC do abdome, para determinar a freqüência de calcificações hepáticas. Foram revistos os prontuários clínicos, no sentido de estabelecer a origem das calcificações. RESULTADOS: Observaram-se calcificações intra-hepáticas em 3,6% (49/1.362) dos exames. Houve predominância no sexo feminino (57,2%) sobre o masculino (42,8%), e a idade dos pacientes variou de 18 a 92 anos (média: 59,4; mediana: 63,5). A maioria das calcificações (39/49; 79,5%) foi de origem residual e sem repercussão clínica, 14,4% (7/49) estavam associadas a metástases hepáticas e 6,1% (3/49) estavam associadas a lesões císticas. Foram observadas sete lesões metastáticas calcificadas, sendo cinco por neoplasia de cólon, uma por sarcoma e uma por teratoma maligno de ovário. Dessas metástases, duas apresentaram calcificações após tratamento quimioterápico. CONCLUSÃO: As calcificações hepáticas são de baixa prevalência em exames tomográficos (< 5%) e são mais freqüentemente de origem residual por processos infecciosos e inflamatórios pregressos.
Resumo:
OBJETIVO: Fizemos um protocolo para compararmos as medidas dos ângulos ano-retais em três situações diferentes, em voluntárias assintomáticas nulíparas e multíparas. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram realizados defecogramas em 30 mulheres (15 nulíparas e 15 multíparas), de maio de 1997 a dezembro de 1998, e obtidas incidências radiográficas em perfil do reto após introdução de contraste baritado texturizado: em repouso, durante contração do músculo puborretal e durante a evacuação. Na análise estatística foi utilizada a análise de medidas repetidas. RESULTADOS: A média do ângulo não apresentou diferença significante entre as voluntárias nulíparas e multíparas. O ângulo mediu, nas nulíparas, 92,9° em repouso, 78,8° durante a contração do músculo puborretal e 117,9° durante a evacuação, e nas multíparas mediu 94,3° em repouso, 79,7° durante a contração do músculo puborretal e 121,4° durante a evacuação. Foi observada diferença significante entre os ângulos em repouso, durante a contração do músculo puborretal e durante a evacuação. CONCLUSÃO: Não houve diferença significante entre os dois grupos examinados.