193 resultados para BCG Vaccine
Resumo:
Em populações muito afetadas por reações tuberculínicas inespecíficas, o teste tuberculínico padronizado, via de regra, superestima a infecção tuberculosa. A bem sucedida aplicação do método de Bhattacharya (método gráfico para a decomposição de uma distribuição de freqüências em componentes normais) na análise de resultados do teste em população contaminada por infecçõcs atípicas sugeriu seu uso nos resultados obtidos cm populações vacinadas com BCG. Assim, na análise dos resultados de dois inquéritos tuberculínicos realizados na cidade de São Paulo, SP (Brasil), em 1982 (escolares vacinados entre o segundo e o sexto ano de vida), e em 1988 (escolares vacinados no primeiro ano de vida), foi possível a caracterização e quantificação da componente normal devida à infecção natural em cada uma das misturas. Na população de 1982 o diâmetro médio das reações foi de 17,40 mm com desvio padrão 3,72 mm, e a proporção de infectados foi de 7,71% contra 4,85% nos não vacinados; na população de 1988, o diâmetro médio foi 17,00 mm com desvio padrão 4,67 mm, e a proporção de infectados foi de 4,14% contra 4,48% nos não vacinados. Concluiu-se que o método permite estimar a prevalência da infecção tuberculosa em populações com alta cobertura vacinal, desde que a vacina tenha sido aplicada no primeiro ano de vida.
Resumo:
A revacinação de escolares com BCG, capaz de restaurar a alergia remanescente de vacinação realizada nos primeiros meses de vida, porém incapaz de modificar a alergia devida à infecção pelo M. tuberculosis, possibilitaria a quantificação da parcela dessa população infectada pelo bacilo de Koch. Foi desenvolvida pesquisa com o objetivo de avaliar a aplicabilidade desses pressupostos na estimativa do risco de infecção tuberculosa em áreas sob elevada cobertura com BCG. A população de estudo foi constituída por escolares com 6 a 9 anos de idade freqüentando escolas municipais da zona leste da cidade de São Paulo, durante o primeiro semestre letivo de 1988. De 11.455 vacinados, apenas 7.470 foram submetidos ao teste tuberculínico, revacinados em seguida e retestados dez semanas depois. Destes, 3.314 tinham sido vacinados no primeiro trimestre de vida com meia dose e os demais 4.156 receberam dose plena acima dessa idade (75% no primeiro ano de vida, 20% no segundo e 5% no terceiro). A contagem dos infectados, pelo confronto dos resultados pré e pós vacinais em tabelas de correlação, foi realizada segundo os critérios do método original e modificação introduzida pelos autores, separadamente para os vacinados no primeiro trimestre de vida e após essa idade. O risco de infecção foi, respectivamente, 0,35% e 0,37% com o critério original e 0,45% e 0,49% com o modificado. O referencial médio disponível para a área estudada, estimado por outros métodos, foi 0,55%. As diferenças entre critérios e idades e destes com o referencial não foram significantes (P > 0,05). Os resultados sugerem que o método é aplicável para a estimativa do risco de infecção tuberculosa na idade escolar, em vacinados com BCG no primeiro ano de vida, com dose plena de vacina.
Resumo:
A aplicabilidade do teste tuberculínico em crianças menores de 5 anos vacinadas com BCG é assunto controvertido. Visando contribuir para esclarecê-lo foi analisado o valor preditivo positivo do teste tuberculínico padronizado em população sob elevada cobertura vacinal e baixa prevalência de infecção tuberculosa. A partir da proporção de reatores fortes em lactentes e escolares vacinados e não vacinados, foram calculadas a razão de declínio da alergia tuberculínica nos vacinados e a razão de crescimento nos não vacinados, o que possibilitou a estimativa dos respectivos valores nas idades intermediárias. A expectativa de falsos-positivos (FP) foi então calculada por diferença. Conhecidas a sensibilidade e a especificidade do teste (E=1-FP), a cobertura BCG e a prevalência de infecção, os valores preditivos (para a infecção tuberculosa) foram: 1,52%, 4,22%, 8,26%, 14,86% e 23,00%, do primeiro ao quinto ano de vida. Nessas condições, a probabilidade de uma reação forte ser devida ao BCG é grande, especialmente nos dois primeiros anos, o que reduz a aplicabilidade clínica e epidemiológica do teste.
Resumo:
OBJETIVO: Validar a utilização da cicatriz vacinal de BCG como um indicador de vacinação. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal em 52.348 escolares, entre 6 e 14 anos de idade, que possuíam exame de cicatriz vacinal do BCG e que participaram de um ensaio clínico randomizado e controlado na cidade de Manaus, Brasil. Os dados da leitura da cicatriz vacinal foram comparados com a informação sobre a vacinação passada fornecida pelos cartões vacinais ou informação dos responsáveis. Em uma subamostra foi realizada leitura dupla com cálculo do coeficiente Kappa. Para análise dos dados utilizou-se o Stata 7. RESULTADOS: Do total de 52.348 escolares estudados, 29.254 possuíam informação sobre cicatriz vacinal coletada por meio de carta aos pais, e 4.947 possuíam história de vacinação coletada pelo cartão de vacinas. Observou-se elevada concordância entre a dupla leitura de cicatriz vacinal (Kappa =0,81). A sensibilidade da leitura de cicatriz vacinal foi 96,6% (95% IC 96,0-97,1) e a especificidade foi 71,1% (95% IC 55,7-83,7) quando o padrão ouro utilizado foi a concordância entre a carta aos pais e a informação do cartão de vacinas. A sensibilidade foi de 96,1%, 97,3% e 95,3% para crianças vacinadas até um mês de idade, até 4 meses e até um ano de idade, respectivamente. CONCLUSÕES: Os valores encontrados para sensibilidade e especificidade foram independentes da idade da realização da leitura de cicatriz vacinal. O exame da cicatriz vacinal mostrou ser um bom indicador para avaliar a situação vacinal referente ao BCG.
Resumo:
A revacinação com BCG foi introduzida no Brasil em meados dos anos 90 e desde então não foram conduzidos estudos que avaliassem a cobertura vacinal alcançada por meio de investigação da cicatriz do BCG. Nesse sentido, foram estudados 2.785 adolescentes de 13-14 anos matriculados em escolas públicas da cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, entre setembro de 2001 e maio de 2002. A prevalência da revacinação foi de 64,3% (IC 95%: 62,5-66,0). Os esforços empreendidos para obter tais níveis de cobertura conflitam com a falta de evidências sobre sua efetividade e recomendam a reavaliação da continuidade da revacinação nos serviços de saúde brasileiros.
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OBJECTIVE: To develop a model to assess different strategies of pertussis booster vaccination in the city of São Paulo. METHODS: A dynamic stationary age-dependent compartmental model with waning immunity was developed. The "Who Acquires Infection from Whom" matrix was used to modeling age-dependent transmission rates. There were tested different strategies including vaccine boosters to the current vaccination schedule and three of them were reported: (i) 35% coverage at age 12, or (ii) 70% coverage at age 12, and (iii) 35% coverage at age 12 and 70% coverage at age 20 at the same time. RESULTS: The strategy (i) achieved a 59% reduction of pertussis occurrence and a 53% reduction in infants while strategy (ii) produced 76% and 63% reduction and strategy (iii) 62% and 54%, respectively. CONCLUSION: Pertussis booster vaccination at age 12 proved to be the best strategy among those tested in this study as it achieves the highest overall reduction and the greatest impact among infants who are more susceptible to pertussis complications.
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OBJECTIVE To analyze the costs of vaccination regimens for introducing inactivated polio vaccine in routine immunization in Brazil.METHODS A cost analysis was conducted for vaccines in five vaccination regimens, including inactivated polio vaccine, compared with the oral polio vaccine-only regimen. The costs of the vaccines were estimated for routine use and for the “National Immunization Days”, during when the oral polio vaccine is administered to children aged less than five years, independent of their vaccine status, and the strategic stock of inactivated polio vaccine. The presented estimated costs are of 2011.RESULTS The annual costs of the oral vaccine-only program (routine and two National Immunization Days) were estimated at US$19,873,170. The incremental costs of inclusion of the inactivated vaccine depended on the number of vaccine doses, presentation of the vaccine (bottles with single dose or ten doses), and number of “National Immunization Days” carried out. The cost of the regimen adopted with two doses of inactivated vaccine followed by three doses of oral vaccine and one “National Immunization Day” was estimated at US$29,653,539. The concomitant replacement of the DTPw/Hib and HepB vaccines with the pentavalent vaccine enabled the introduction of the inactivated polio without increasing the number of injections or number of visits needed to complete the vaccination.CONCLUSIONS The introduction of the inactivated vaccine increased the annual costs of the polio vaccines by 49.2% compared with the oral vaccine-only regimen. This increase represented 1.13% of the expenditure of the National Immunization Program on the purchase of vaccines in 2011.
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Mycobacterium bovis (BCG) aumenta significantemente o desenvolvimento da imunidade nos camundongos CFW, C57BL/6, C57BL/l0ScN e BALB/c (Nu/+) para os estágios eritrocitos do Plasmodium berghei. Camundongos tratados com BCG requerem menos ciclos de infecção com P. berghei e cura pelo Fansidar (pirimetamina + sulfadoxina) para desenvolverem imunidade sólida a este parasita do que os controles. Contudo, os animais que receberam BCG 30 dias antes do início da imunização evidenciaram uma perda precoce da imunidade adquirida para o P. berghei, quando comparado com os animais que receberam BCG 14 dias antes ou que não receberam BCG. Assim, sendo, o BCG aumentada a indução na resposta imune do hospedeiro ao P. berghei no curso de infecções subseqüentes. O tratamento de camundongos CFW, BALB/c e C57BL/6 com lipopolissacarídeo bacteriano ou hidrocortisona faz com que os animais requeiram um número maior de ciclos de infecção e cura para tornarem-se imunes ao P. berghei que os controles. O tratamento dos camundongos C57BL/10ScN com hidrocortisona aboliu completamente a sua habilidade de sobrevida subseqüentes a ciclos de infecção com P. berghei e cura pelo Fansidar.
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Immune response against hepatitis B vaccine (CLB 3mg) was evaluated in 59 hemodialysis patients and 20 occupational risk personnel. Seroconversion was induced in 52.5% and 70.0% respectively. Twelve months after the first dose, 37.5% of patients and 60.0% of occupational risk personnel had detectable anti-HBs level. Antibody level was expressed in sample ratio units (SRU). Considering only the responders, in the patients group 38.7% had a low anti-HBs response (2.1-9.9 SRU) 32.3% a medium response (10-99.9 SRU) and 29.0% a high response (>100 SRU) while in occupational risk personnel these values were 14.3%, 64.3% and 21.4% respectively. The authors suggest the use of HBV vaccines with more elevated HBsAg concentration or a reinforced immunization schedule to improve the anti-HBs response not only for patients but also for healthy persons.
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The present study evaluates the humoral and cellular immune responses in 35 volunteers submited to short antirabies vaccination schedules with the Fuenzalida & Palacios vaccine based on the administration of doses on non consecutive days. The volunteers were divided into two groups. The first group received a total number of five doses given on days 0, 4, 7, 20 and 35. The other group received four doses, the first one being a double dose given on day 0 and than three other single doses on days 7, 20 and 35. The evaluation of humoral immune response was carried out by serum neutralization (SN) and indirect immunofluorescense (IIF) tests, while the cellular immune response was evaluated by lymphoblastic transformation assay (LTA) and skin test (ST). According to our results these reduced schedules elicited early and effective humoral and cellulafimmune responses to rabies antigen suggesting that new reduced schedules should be extensively studied in order to give the proper bases to the proposition of changes in the current long-term schedule.
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Schedule for vaccination against HBV infection has usually been based on three separate injections of 20 meg of the vaccine by intramuscular route. One of the main shortcomings to its use in large scale programs has been its high cost. Ninety out of 300 health workers were submitted to three injections of 2 meg of plasma-derived vaccine (PDV) by intradermal (ID) route on days 0, 30, and 180. Anti-HBs was detected in 74 (82.2%) after the second dose and in 80 (88.9%) after the third dose, a non-significant difference. However, levels above 10 times the cut-off were observed in 29 (32.2%) and 77 (85.5%), respectively (p < 0.001). The results showed that a low-dose schedule is effective when used in health workers and should be tried with other risk groups.
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The authors developed a comparative study of the various methods of assessment of immune response to Hepatitis B vaccine. Eighty-six health care professionals underwent a vaccination programme with three doses of plasma-derived vaccine against Hepatitis B (H-B-Vax, Merck, Sharp & Dohme) given intra-muscularly. Assessment of immune response was carried out three months after the end of the programme, by radioimmunoassay (RIA) and enzymeimmunoassay (EIA). The results showed that the semi-quantitative assessment of Anti-HBs antibodies by RIA or EIA was perfectly comparable to the reference method (quantitative determination of antibodies by RIA). In view of these findings, the authors suggest a standardization of assessment of immune response to the vaccine, thus permitting correct planning of booster doses and easier comparison between different studies
Resumo:
A previous seroepidemiological study in the rural zone of Vargem Alta (ES) SouthEast of Brazil, showed a prevalence of up to 9% of hepatitis B surface antigen (HBsAg) in some areas. One hundred susceptible children aging 1 to 5 years old were selected and immunized with a recombinant DNA hepatitis B vaccine (Smith-Kline 20 mcg) using the 0-1-6 months vaccination schedule. Blood samples were collected at the time of the first vaccine dose (month 0) in order to confirm susceptible individuals and 1,3,6 and 8 months after the first dose , to evaluate the antibody response. Our results showed that two and five months after the second dose, 79% and 88% of children seroconverted respectively, reaching 97% after the third dose. The levels of anti-HBs were calculated in milli International Units/ml (mIU/ml) and demonstrated the markedly increase of protective levels of antibodies after the third dose. These data showed a good immunogenicity of the DNA recombinant hepatitis B vaccine when administered in children of endemic areas.
Resumo:
It was reevaluated a reduced schedule for anti-rabies post-exposure immunization with newborn mice nervous tissue vaccine (Fuenzalida 8c Palacios) in a group of 30 non exposed volunteers. The vaccine was administered by intramuscular injections on days zero, 2, 4, 16 and 27, in the deltoid area. Antibody levels were determinated by a simplified serum neutralization microtest on days zero, 16 and 37. On days 16 and 37 the antibody levels of the whole group was >0.5 IU/ml and >1.0 IU/ml, respectively. The cell mediated immunity was precociously detected (on day 4) by the delayed type hipersensitivity skin test. Our results show that this reduced schedule elicited an early and effective humoral and cellular immune response. However it is necessary other studies with larger groups of vaccinees in order to obtain definitive conclusion.