237 resultados para Auto-immune
Resumo:
OBJETIVO: Analisar se o modelo explicativo para a avaliação da saúde do idoso com base no auto-relato é comparável com o modelo de relato do informante secundário e se a auto-avaliação de saúde do informante secundário influencia a avaliação da saúde do idoso. MÉTODOS: Estudo transversal com 230 pares idoso-informante secundário realizado em Belo Horizonte, MG, em 2007. Foram investigadas variáveis sociodemográficas e de saúde dos idosos por meio de entrevista estruturada. Utilizou-se regressão logística múltipla para analisar associação com auto-avaliação da saúde do idoso como ruim e com as informações prestadas pelo informante secundário. RESULTADOS: No modelo com base no auto-relato, a variável mais fortemente associada à avaliação da saúde do idoso como ruim foi a presença de restrições ou incapacidade para realizar atividades relacionadas à vida diária e/ou à mobilidade. No modelo baseado no informante secundário, a variável explicativa mais relevante foi o número de doenças crônicas apresentadas pelo idoso. Além disso, a chance de o informante secundário avaliar a saúde do idoso como ruim foi três vezes maior quando ele auto-avaliou sua saúde da mesma forma. CONCLUSÕES: Os resultados mostram diferenças importantes entre o modelo da avaliação da saúde do idoso com base nas respostas do próprio indivíduo e nas do informante secundário. O idoso tende a valorizar suas restrições ou incapacidade de realizar atividades da vida diária/mobilidade, enquanto o informante secundário tende a valorizar o diagnóstico de doenças crônicas. O informante secundário com pior auto-avaliação da saúde apresenta chance quase três vezes maior de relatar a saúde do idoso da mesma forma. Assim, informações auto-relatadas refletem melhor a condição de saúde do indivíduo do que se relatadas por informantes secundários.
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OBJETIVO: Identificar combinações de dois modelos do estresse psicossocial do trabalho em equipes de enfermagem e sua associação com a saúde auto-referida. MÉTODOS: Estudo transversal com trabalhadoras de três hospitais públicos do Município do Rio de Janeiro, RJ (N=1307). Foi aplicado questionário multidimensional que incluiu duas escalas de estresse no trabalho (modelo demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa) em 2006. Foram considerados o modelo demanda e controle parcial e completo (inclui apoio social no trabalho), assim como o esforço e recompensa parcial e completo (inclui excesso de comprometimento com o trabalho). Modelos de regressão múltipla foram utilizados para estimar razões de chances ajustadas e seus respectivos intervalos com 95% de confiança. RESULTADOS: As dimensões de ambos os modelos estiveram independentemente associadas à situação de saúde, com odds ratios entre 1,70 e 3,37. O modelo parcial demanda-controle mostrou-se menos associado à saúde (OR = 1,79; IC95% 1,26;2,53) quando comparado ao de desequilíbrio esforço-recompensa (OR=2,27; IC95% 1,57;3,30). A incorporação do apoio social e do excesso de comprometimento com o trabalho aumentou a força de associação dos modelos demanda-controle e desequilíbrio esforço-recompensa, respectivamente. Foi observado aumento na força de associação quando os dois modelos parciais foram combinados. CONCLUSÕES: Os resultados indicam melhor desempenho do modelo desequilíbrio esforço-recompensa para este grupo específico e para o desfecho avaliado e vantagem do uso de modelos completos ou do uso combinado em modelos parciais.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de alteração vocal auto-referida em professores e identificar fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 393 professores do ensino fundamental de Florianópolis, SC, por meio de questionário autoaplicado em 2009. Foi realizada análise multivariável de regressão de Poisson estimando-se as razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS: A prevalência de alteração vocal foi de 47,6% (IC95% 42,6;52,5). Após o ajuste, permaneceram associados à maior prevalência de alteração vocal ser do sexo feminino e a presença de rinite/sinusite e faringite. CONCLUSÕES: Foi observada elevada prevalência de alteração vocal auto-referida entre os professores estudados.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de acidentes de trânsito auto-referidos e identificar fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado de setembro de 2007 a agosto de 2008, nas zonas urbana e rural de Rio Branco, AC. Foram analisados dados referentes aos adultos (18 a 96 anos, n = 1.516) do inquérito Saúde e Nutrição de Adultos e Crianças de Rio Branco, obtidos em entrevistas domiciliares. As relações entre acidente de trânsito auto-referido e variáveis socioeconômicas e comportamentais foram analisadas por meio de razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança; foi efetuada análise de regressão múltipla de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de acidente de trânsito auto-referido foi de 36%. Na análise de Poisson, os indivíduos do sexo masculino (RP=1,45 e IC95%: 1,12;1,87), que relatavam consumo de bebida alcoólica (RP=1,25 e IC95%: 0,97;1,62), com renda acima de cinco salários mínimos (RP=1,88 e IC95%: 1,25;2,83), idade entre 18 e 25 anos (RP=1,45 e IC95%: 1,02;2,05) apresentaram maior probabilidade de referir envolvimento em acidente de trânsito. As variáveis idade e escolaridade mostraram associação inversa com o desfecho, enquanto renda apresentou associação positiva, todas elas com tendência significativa. CONCLUSÕES: A prevalência dos acidentes de trânsito auto-referidos aponta risco mais elevado para homens, com renda mais elevada, menor escolaridade e que ingerem bebida alcoólica, os quais devem ser alvo das campanhas preventivas.
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O objetivo do estudo foi estimar como a população adulta (20 a 59 anos) de Joaçaba, SC, avalia sua condição de saúde. Realizou-se um estudo transversal em 2006 envolvendo amostra representativa (n = 707). O questionário levantou condições sociodemográficas, restrição das atividades diárias, realização de consulta médica, internação hospitalar e auto-percepção de saúde. Procedeu-se a análise de regressão logística múltipla hierarquizada. Constatou-se que 74,7% dos indivíduos percebia sua saúde como boa e 3,9% a percebia como ruim/muito ruim. Não estar trabalhando no momento da entrevista e deixar de realizar atividades habituais por problemas de saúde aumentaram significativamente a chance de uma auto-avaliação da condição de saúde como ruim/muito ruim.
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OBJETIVO Comparar dois métodos de avaliação de atividade física entre mulheres na pré, transição e pós-menopausa. MÉTODOS Estudo transversal aninhado à coorte de mulheres na pré, peri e pós-menopausa em uma cidade do sul do Brasil. As participantes responderam a um questionário com dados sociodemográficos e clínicos. A atividade física foi avaliada utilizando-se o Questionário Internacional de Atividade Física – versão curta e a contagem do número de passos com o uso de pedômetro. As participantes foram classificadas em estratos de atividade física de acordo com o instrumento utilizado. Para análise estatística foram realizados os testes de correlação de Spearman, índice de Kappa, coeficiente de concordância e análise das medidas contínuas de Bland-Altman. RESULTADOS A concordância (k = 0,110; p = 0,007) e a correlação (rho = 0,136; p = 0,02) entre o Questionário Internacional de Atividade Física – versão curta e o pedômetro foram fracas. No gráfico de Bland-Altman, observou-se que as diferenças se afastam do valor zero tanto quanto a atividade física é mínima ou mais intensa. Comparando-se os dois métodos, a frequência de mulheres inativas é maior quando avaliadas pelo pedômetro do que pelo Questionário Internacional de Atividade Física. O oposto ocorre entre as ativas. CONCLUSÕES A concordância entre os métodos foi fraca. Embora de fácil aplicação, o Questionário Internacional de Atividade Física superestima a atividade física em relação à avaliação por pedômetro.
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In August 1983 the Authors studied 36 patients with Plasmodium falciparum malaria and 14 normal individuals born in Humaita region who had never had malaria, had no spleen enlargement and had negative parasitemia as well as passive hemagglutination. Medical histories were obtained and complete physical examination were performed in all of them just as blood tests, parasite density and lymphocyte typing. The lymphocytes were separated and then frozen in liquid nitrogen for later typing by rosette formation. The patients were divided in two groups according to the presence (13 patients) or abscence (23 patients) of gametocytes before treatment. Severe malaria was predominant in the group without gametocytes. The results showed a decrease in the T-cell numbers in Plasmodium falciparum acute malaria patients both with or without gametocytes before the treatment, while B-cell numbers were normal only in the patients with gametocytes. These observations as like as those previously reported by the Authors, permit to associate the presence of gametocytes in peripheral blood and normal number of B-cells in patients with mild Plasmodium falciparum malaria.
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The presence of circulating immune complexes formed by IgM and IgG (CIC-IgM and CIC-IgG) was investigated, using antigen-specific enzyme-immunoassays (ELISA), in 30 patients with acute Chagas' disease who showed parasitemia and inoculation chagoma. Control population consisted of patients with chronic T. cruzi infection (30), acute toxoplasmosis 10), leishmaniasis (8), rheumatoid arthritis (3) and healthy individuals with negative serology for Chagas* disease (30). Acute chagasic patients were 100% CIC-IgG and 96.66% CIC-IgM positive whereas immunofluorescence tests yielded 90% and 86.66% of positivity for specific IgG and IgM antibodies, respectively. Chronic patients were 68% CIC-IgG and 0% CIC-IgM positive. The 30 negative and the 21 cross-reaction controls proved negative for ELISA (CIC-IgM and CIC-IgG). The high sensitivity of ELISA assays would allow early immunologic diagnosis, as well as prompt treatment, of acute T. cruzi infection, thus eliminating the problem of the false-positive and false-negative results which affects traditional methods for detection of circulating antibodies.
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The occurrence of secondary cell mediated immune response (CMI) in human antirabies immunization was studied. The Puenzalida & Palácios vaccine was used because it is routinely used in Brazil. CMI was evaluated by lymphoblastic transformation indices obtained in whole blood culture in the presence of rabies and control (nervous tissue) antigens. Eleven volunteers submitted to revaccination constituted the group under study, while three other volunteers submitted primo vaccination were utilized as control group. A clear secondary CMI to rabies antigen was detected in all the revaccinated volunteers who showed earlier and more intense response than the control group. Response to the control antigen, however, present in all the components of the first group was not detectable in two out of the three primovaccinated and very low in the third one.
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In the present work the immune adherence hemagglutination test (IAHA) was standardized in a simplified procedure. This test showed good reproducibility, better than the classical mice serum neutralization test (SN). The tests showed high correlation degree: high titers in one test corresponded to high titers in the other one, and the same occured with low titers. The IAHA test is extremely simple, fast to perform, and of low cost when compared to tests such as SN or indirect immunofluorescense (IIF). It also proved to be useful in less sophisticated laboratories or even as a screening test for the titration of rabies antibodies.
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The authors developed a comparative study of the various methods of assessment of immune response to Hepatitis B vaccine. Eighty-six health care professionals underwent a vaccination programme with three doses of plasma-derived vaccine against Hepatitis B (H-B-Vax, Merck, Sharp & Dohme) given intra-muscularly. Assessment of immune response was carried out three months after the end of the programme, by radioimmunoassay (RIA) and enzymeimmunoassay (EIA). The results showed that the semi-quantitative assessment of Anti-HBs antibodies by RIA or EIA was perfectly comparable to the reference method (quantitative determination of antibodies by RIA). In view of these findings, the authors suggest a standardization of assessment of immune response to the vaccine, thus permitting correct planning of booster doses and easier comparison between different studies
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The humoral and cellular immune responses as well as the resistance to infection with bloodstream forms of T. cruzi were studied in mice immunized with acidic antigenic fractions from parasite cytosol, F III and F IV, plus Bordetella pertussis as adjuvant. The immunization with F III induced positive ITH and DTH responses to homologous antigens. In mice immunized with F IV, the ITH was negative and four out of six animals presented positive DTH reactions. In both groups of mice the analysis of IgG aginst T. cruzi showed that the major isotype elicited was IgG1. Specific IgE was also detected in sera from F III immunized mice, thus confirming the presence of homocytothropic antibodies. The parasitemias reached by F III and F IV immunized mice after challenge were lower than those of the controls showing in this way a partial protection against the acute infection. The histological studies of heart and skeletal muscle performed two months after the infection revealed variable mononuclear infiltration in all infected mice despite immunization.