535 resultados para Ontologia da propagação
Resumo:
Espécies de Rhizoctonia causam queima foliar em brotações de jardim clonal e podridão de estacas durante o enraizamento, que podem limitar a clonagem do eucalipto, por estaquia. Diante da importância do patógeno para a cultura e da falta de estudos sobre a diversidade de isolados, esse trabalho objetivou caracterizar isolados e relatar novos grupos de anastomose de Rhizoctonia spp. em jardim clonal de eucalipto. Os isolados obtidos nas diferentes fases de propagação por estaquia foram caracterizados quanto ao número de núcleos nas células vegetativas, agrupados segundo as características morfológicas das colônias e identificados quanto aos grupos de anastomose, incluindo auxotrofia por tiamina. Avaliou-se, também, a virulência ao eucalipto e o efeito da temperatura no crescimento micelial dos isolados. Não se detectou correlação entre os agrupamentos morfológicos e reações de anastomose. Constatou-se, também, que a população de Rhizoctonia spp., nos solos de jardins clonais, é constituída por ampla gama de isolados, predominantemente binucleados, com diferentes graus de virulência a eucalipto. Os isolados binucleados e os multinucleados, tiveram a mesma tendência de crescimento em relação à temperatura, com ótimo para a taxa de crescimento entre 25-30 ºC. Observou-se, pela primeira vez, isolados de R. solani AG2-2 IIIB e os binucleados de Rhizoctonia spp., AG-P e AG-O, como agentes etiológicos da podridão de estacas em casa de vegetação, e os isolados binucleados AG-A e AG-L em solo de jardim clonal de eucalipto.
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O artigo oferece um novo enfoque do conceito de categoria ontológica. O ponto de partida é a afirmação de que as "ontologias da substância" baseiam-se na aceitação do Princípio da Composicionalidade Semântica, o qual se mostra ter implicações ontológicas inaceitáveis. Este artigo delineia uma nova semântica baseada no Princípio de Contextualidade Sentencial (ou Princípio do Contexto) e, em concordância com ele, uma nova ontologia. A partir desse princípio uma nova categoria semântica denominada "estado de coisas primário" ("primestado", de forma abreviada) é derivada, e é mostrado que sobre essa base é possível desenvolver a categoria ontológica fundamental e, em um sentido, única chamada "fato primário" ("primofato", de forma abreviada).
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Neste artigo examinamos a noção de impessoalidade (das Man), apresentada em Ser e Tempo, de Martin Heidegger. Tomando como via interpretativa a análise de uma comparação estabelecida por Heidegger entre o das Man e o conceito de ens realissimum, sustenta-se que a impessoalidade possui uma função ontológica central no programa da ontologia fundamental. O modo de ser impessoal representa a fonte elementar de toda inteligibilidade, de modo análogo ao modo como o conceito de ens realissimum, na tradição ontoteológica, significou o fundamento de determinação de coisas em geral. Assim, o paralelo entre as noções de impessoalidade e ens realissimum permite captar a natureza social da projeção de ser pela compreensão de ser que caracteriza o ser humano.
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In this paper I discuss the intuition behind Frege's and Russell's definitions of numbers as sets, as well as Benacerraf's criticism of it. I argue that Benacerraf's argument is not as strong as some philosophers tend to think. Moreover, I examine an alternative to the Fregean-Russellian definition of numbers proposed by Maddy, and point out some problems faced by it.
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Este artigo trata de duas questões suscitadas em "Tentativa de uma autocrítica": como conceber um pessimista sorridente e alegre que esquece com uma risada todo "conforto metafísico" e como reconciliar sua posição ontológica - não há ser, mas devir - com sua concepção da tarefa da arte. O autor aborda a concepção nietzscheana da aparência (Schein) como uma estrutura epistemológica que coloca a ontologia e a filosofia da arte de Nietzsche no contexto de uma concepção de linguagem, levando-o a requerer dos filósofos que eles criem novos valores
Resumo:
O objetivo deste artigo é analisar, a partir dos textos de Platão e de comentadores, a apresentação de argumentos a favor da utilização da matemática e da geometria como propedêutica à aprendizagem da filosofia, bem como investigar as reverberações da ontologia e da epistemologia platônicas nesse programa pedagógico. Pretende-se, ainda, apontar comparativamente similaridades entre crises nos fundamentos da matemática e seu impacto na concepção de racionalidade, tanto no universo grego antigo como na contemporaneidade.
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Defendo neste artigo, contra a interpretação de Robert Adams, a tese de que, na discussão com Fardella (1690), Leibniz adota uma ontologia realista, segundo a qual seres vivos, e não almas, são substâncias.
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O presente artigo pretende demonstrar como a Física foi imprescindível para o sistema filosófico estoico, o que permitiu a sua utilização na Antiguidade como fundamento de todo o pensamento do Pórtico. Objetiva-se inferir tal papel preponderante reservado à Física estoica mediante a análise de alguns dos seus principais temas, tais como a Ontologia corporalista que a informa e as noções de lógos, deus e mistura total, concluindo-se o texto com uma breve exposição da teoria das conflagrações.
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Pretendo neste artigo discutir a definição de natureza que Aristóteles oferece em Física 192b 20-23, tentando mostrar que tal definição deve ser entendida como uma conjunção de três (não apenas duas) condições: a primeira condição estabelece que a natureza é um tipo de causa; a segunda condição diz respeito à relação entre a natureza e a coisa natural que a tem como princípio e causa; a terceira condição diz respeito à relação entre a natureza e as propriedades que, enquanto causa, ela instila na coisa natural.
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Este artigo examina e compara Kant e Nietzsche enquanto pensadores do conflito. Argumenta-se no § 1 que, para ambos os filósofos, o conflito desempenha um papel essencial e construtivo em vários domínios de seu pensamento, e que ambos nos oferecem um rico conjunto de insights sobre as qualidades produtivas do conflito. Contudo, Kant não é capaz de formular um conceito genuinamente afirmativo do conflito que faça jus aos prodigiosos poderes produtivos por ele descritos. Em vez disso, ele promove uma guerra de extermínio (Vernichtungskrieg) filosófica contra toda guerra, destinada a negá-la em favor de uma reivindicação absoluta pela paz ('paz perpétua'). Como nos mostra a análise de "Zum ewigen Frieden" no § 2, a possibilidade de ação construtiva requer a eliminação da guerra em favor da paz perpétua por meio do Estado de Direito, e o conflito é, na melhor das hipóteses, produtor de sua própria negação. A parte final do artigo se volta para Nietzsche em busca de um modelo conceitual que permita uma compreensão genuinamente afirmativa do conflito e seus potenciais produtivos. A filosofia da vida de Nietzsche é uma ontologia do conflito que culmina em um ideal de maximização da tensão baseado em um equilíbrio de poderes mais ou menos equânimes. Argumenta-se que a noção nietzschiana de afirmação da vida nos compromete com uma posição que se situa entre a guerra kantiana e o direito cosmopolita, focando a nossa atenção nas relações antagônicas que se estabelecem tanto no interior quanto entre uma pluralidade de ordenamentos jurídicos.
Resumo:
Lasiodiplodia theobromae, agente causal da resinose e da podridão-preta-da-haste é o principal patógeno do cajueiro no semi-árido nordestino. Esse patógeno é reconhecido em outros hospedeiros pela capacidade de colonizar tecidos vegetais sem aparente sintoma. Essa característica é de grande importância epidemiológica, prognosticando medidas de exclusão no manejo da doença. A ocorrência epidêmica da resinose em áreas isoladas reforça a hipótese dos propágulos assintomáticos do hospedeiro servirem como fonte de inoculo primário. Os objetivos deste estudo foram determinar a capacidade de L. theobromae de sobreviver em tecidos de cajueiro sem apresentar sintomas e estimar a transmissão deste patógeno via propágulos. A presença do fungo a diferentes distâncias do cancro e nas duas direções em relação ao mesmo (descendente e ascendente) foi determinada pelo plaqueamento de tecidos de troncos infectados. Na outra parte do trabalho, foram coletados em pomares comerciais sementes de plantas sem sintomas e com sintomas severos de resinose. Estas foram semeadas separadamente e as plântulas obtidas foram enxertadas com garfos provenientes de ramos de plantas sadias e ramos de plantas severamente infectadas, perfazendo-se todas as combinações de origem da semente e garfos. As mudas produzidas conforme os quatro tratamentos foram plantadas sob condições favoráveis à doença. L. theobromae foi isolado até 80 cm, tanto na direção ascendente como na descendente em relação do cancro. A interação garfo de planta doente e semente de planta doente apresentou maior incidência da resinose do que a interação garfo de planta sadia e semente de planta doente, mostrando que o garfo também contribui no aumento da incidência.. A interpretação desses resultados evidencia o caráter endofítico de L. theobromae e o propágulo infectado como veículo de introdução da doença no pomar.
Resumo:
O alho (Allium sativum L.) pode estar naturalmente infectado por um complexo de vírus filamentosos pertencentes aos gêneros Potyvirus, Carlavirus e Allexivirus. O acúmulo destes vírus se dá, principalmente, pela sua propagação vegetativa através dos bulbilhos. Como a planta de alho cultivada não produz semente verdadeira em todo o mundo, a única forma de se obter plantas livres de vírus se dá pela cultura de tecidos dos ápices caulinares e termoterapia. Utilizando estas técnicas, alhos sementes foram produzidos na FCA- UNESP de Botucatu e avaliados via RT-PCR para a presença de potyvirus, carlavirus e allexivirus. Na segunda geração dos microbulbilhos propagados em casa de vegetação, 6,6% de infecção foi verificada por allexivirus. Já na quarta geração foi observada incidência de 60% com allexivirus, 35% com potyvirus e todas foram negativas para carlavirus. A alta taxa de infecção por allexivirus pode estar relacionada à maior dificuldade de remoção de espécies de vírus pertencentes a este gênero, como também já observado por outros autores, pela infecção e transmissão de vírus pelo ácaro, Aceriatulipae, durante o armazenamento dos bulbos de um ano a outro. O alho na quarta geração corresponde a bulbilhos com peso inferior a 1 grama e que não haviam sido selecionados para multiplicação comercial. A seleção para tamanho do bulbilho tem efeito positivo na escolha de bulbilhos com menores taxas de infecção por vírus, já que a técnica de termoterapia e cultura de tecidos não elimina totalmente os vírus. Os resultados também enfatizam a necessidade de se realizar fumigação no alho semente armazenado de um ano a outro a fim de evitar a transmissão de allexivirus durante o armazenamento.
Resumo:
Em campos de produção comercial de alho é comum observar plantas naturalmente infectadas por vírus dos gêneros Allexivirus, Carlavirus e Potyvirus. Os bulbilhos aéreos podem ser uma alternativa para a propagação de plantas de alho livres de vírus. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a taxa de perpetuação dos vírus de plantas infectadas para os bulbilhos aéreos. Os bulbilhos aéreos obtidos de plantas infectadas foram analisados por RT-PCR utilizando oligonucleotídeos universais para os gêneros Allexivirus, Carlavirus e Potyvirus. A taxa de perpetuação foi de 65% para allexivírus, 20% para carlavírus e 82,22% para potyvírus. Os resultados demonstraram que a perpetuação dos diferentes vírus do bulbo para os bulbilhos aéreos é elevada, inviabilizando a utilização direta dos bulbilhos aéreos provenientes de plantas matrizes infectadas por vírus. Esta metodologia deve ser utilizada somente a partir de plantas isentas de vírus.
Resumo:
Os objetivos deste artigo são: (1) apresentar quatro teorias com relação à natureza das leis naturais, (2) mostrar que apenas uma delas é capaz de responder satisfatoriamente aos Casos de Tooley e (3) indicar por que tais casos são relevantes para a nossa ontologia. Estes objetivos são importantes, pois o conceito de "lei natural" é utilizado em muitos, se não todos, os domínios das ciências e em muitos domínios da filosofia; e, se tais casos forem possíveis, eles serão situações que precisariam ser adequadamente descritas. Se uma e apenas uma teoria puder descrever tais casos adequadamente, haverá fortes razões para preferir tal teoria frente às outras.
Resumo:
Resumo: Pretendemos aqui analisar o texto de República V, 478e-480a, em que Platão argumenta contra um adversário que rejeita a teoria das Formas e restringe o domínio do conhecimento a itens sensíveis. O argumento de Platão conclui que seu adversário não pode ter conhecimento, mas somente opinião. O raciocínio baseia-se em uma premissa que afirma que os objetos sensíveis, ao contrário das Formas, estariam submetidos a uma certa copresença de atributos opostos. Apresentamos uma versão do argumento visando dois propósitos centrais: por um lado, buscamos resolver certas dificuldades textuais e teóricas que o leitor da passagem tem de enfrentar; por outro, evitamos comprometer Platão com a tese de que os itens sensíveis estão excluídos do domínio do conhecimento. Nossa estratégia envolve argumentar que a passagem assume um esquema conceitual que não é o de Platão, mas o de seu adversário.