669 resultados para Retalho cirúrgico
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar três casos de linfangioma cervical por ressonância magnética e correlacionar com os achados da ultrassonografia. MATERIAIS E MÉTODOS: Três pacientes com idade gestacional entre 24 e 35 semanas, com suspeita de higromas císticos cervicais fetais na ultrassonografia obstétrica de rotina, foram submetidas a ressonância magnética e, posteriormente, a nova ultrassonografia para correlação dos achados. Em ambos os métodos de imagem foram avaliadas as dimensões, a localização, o conteúdo e a extensão das lesões. RESULTADOS: Tanto a ultrassonografia quanto a ressonância magnética avaliaram de modo semelhante a localização, o tamanho e o conteúdo dos tumores. As três lesões localizavam-se na região cervical posterior e lateral. Quanto ao conteúdo, duas eram predominantemente císticas com finos septos em seu interior e uma era heterogênea. A extensão e invasão das estruturas adjacentes foram mais bem caracterizadas na ressonância magnética do que na ultrassonografia, demonstrando de forma adequada o acometimento do pavilhão auditivo do feto em um caso e do mediastino superior em outro. CONCLUSÃO: A ressonância magnética fetal pode ser um complemento útil da ultrassonografia em fetos portadores de linfangiomas, avaliando de forma mais precisa a extensão e invasão de estruturas vizinhas, permitindo melhor planejamento cirúrgico pós-natal.
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OBJETIVO: Avaliar as terapias utilizadas em nossa instituição no tratamento dos sarcomas de extremidades de alto grau, mediante análise da sobrevida global do tratamento multidisciplinar. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo com 36 pacientes, no período de 1993 a 2007, em estádios IIb/III, submetidos a radioterapia externa após cirurgia com ou sem reforço de dose com braquiterapia. RESULTADOS: Trinta e seis pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico seguido de radioterapia externa, sendo que quatro pacientes (11%) receberam reforço de dose com braquiterapia e sete pacientes (19%) receberam quimioterapia. A dose mediana de radioterapia foi de 50 Gy (IC95%: 47-53 Gy), sendo realizado reforço de dose em quatro pacientes com braquiterapia, com dose variando de 16,2-35 Gy. A quimioterapia foi indicada em sete pacientes (19%) com margens positivas. Quinze pacientes apresentaram recidiva local e/ou a distância (42%) e todos faleceram. Vinte e um pacientes (58%) encontram-se sem evidência clínica e radiológica de recidiva local e/ou a distância. O seguimento mediano é de 88 meses (IC95%: 74-102). A taxa de sobrevida global para sete anos foi de 80%. CONCLUSÃO: Concluímos que a associação cirurgia + radioterapia apresenta-se como tratamento eficaz e com ótimas respostas e melhora da sobrevida global na possibilidade de associação da braquiterapia.
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A fístula perianal é uma condição incomum com tendência a recorrência, que usualmente é decorrente de infecção prévia não observada à cirurgia. A ressonância magnética mostra com acurácia a anatomia da região e a relação da fístula com o diafragma pélvico e a fossa isquiorretal, classificando-a em cinco tipos. A ressonância magnética é superior a qualquer outra modalidade para a detecção de focos infecciosos na região perianal, incluindo a exploração cirúrgica. Tem a capacidade de guiar o procedimento cirúrgico, reduzindo a taxa de recorrência em 75% em pacientes com doença complexa.
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OBJETIVO: Avaliar e discutir as indicações de ressonância magnética das mamas em um centro de referência oncológico. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição, conduzido através da revisão de prontuários e laudos médicos. Foram incluídos todos os exames de ressonância magnética das mamas realizados no período de julho de 2008 a julho de 2009 (n = 529). RESULTADOS: A idade média das pacientes foi de 49 anos, variando de 17 a 86 anos. História familiar de câncer de mama e/ou ovário esteve presente em 162 pacientes (30,6%). As indicações mais comuns de ressonância magnética das mamas foram esclarecimento de achados inconclusivos na mamografia e/ou ultrassom (48,8%), avaliação de recorrência tumoral/cicatriz cirúrgica (15,1%), estadiamento/planejamento cirúrgico (11,7%) e rastreamento de pacientes de alto risco (8,5%). CONCLUSÃO: Apesar de achados inconclusivos nos exames convencionais serem a indicação mais comum de ressonância magnética das mamas, não há evidências que justifiquem esta conduta na literatura. Em razão da sua alta sensibilidade e percentual de falso-positivos, este exame deve ser adequadamente indicado, para evitar a realização de procedimentos desnecessários. Se bem indicada, a ressonância magnética pode contribuir para o processo de tomada de decisão e constitui uma ferramenta fundamental na avaliação de lesões mamárias.
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A doença de Madelung é caracterizada por massas simétricas de tecido adiposo no pescoço, ombros, braços e parte superior do tronco. A tomografia computadorizada demonstra achados de imagem característicos e é considerada o método de escolha para diagnóstico, estadiamento pré-operatório e acompanhamento pós-cirúrgico. Relatamos o caso de um homem com aspectos tomográficos típicos da doença de Madelung.
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OBJETIVO: Comparar os perímetros ultrassonográfico e cirúrgico do nervo mediano, avaliar o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo pela área seccional do nervo mediano, verificar associação entre área seccional do nervo mediano e gravidade da síndrome do túnel do carpo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de 30 pacientes com síndrome do túnel do carpo. Mediram-se a área seccional e o perímetro ultrassonográfico do nervo mediano. Avaliaram-se correlação clínica-ultrassonográfica e associação com a gravidade da doença. Compararam-se os perímetros ultrassonográfico e cirúrgico. Compararam-se classificação clínica com perímetro cirúrgico, área seccional e perímetro ultrassonográfico. RESULTADOS: Cinco perdas, 25 pacientes estudados; 60% dos pacientes com doença moderada, 60% de casos graves ultrassonográficos (área seccional > 0,15 cm²). Distribuição não normal de perímetro cirúrgico (p = 0,5), distribuição normal de perímetro ultrassonográfico (p = 0). Diferença significativa entre perímetros (teste-t de amostras pareadas; p < 0,0001; intervalo de confiança = 95%). Pearson 0,3913. Pelo diagrama de Bland-Altman, observaram-se maiores perímetros cirúrgicos. Encontrou-se área seccional do nervo mediano > 0,09 cm² em todos os pacientes. CONCLUSÃO: Não houve associação entre perímetro ultrassonográfico e perímetro cirúrgico do nervo mediano. Área seccional do nervo mediano > 0,09 cm² foi válida para o diagnóstico. Não houve associação entre área seccional e gravidade da doença.
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O estadiamento axilar nas pacientes portadoras de câncer de mama inicial é fator essencial no planejamento terapêutico. Atualmente este é realizado durante o tratamento cirúrgico, mas há uma tendência em buscar técnicas pré-operatórias e de menor morbidade para avaliação dos linfonodos axilares. A ultrassonografia é um exame amplamente usado para esta finalidade e muitas vezes associado a punção aspirativa por agulha fina ou por agulha grossa. Entretanto, os critérios ultrassonográficos de suspeição para linfonodos axilares não apresentam valores preditivos significativos, gerando resultados discrepantes em estudos sobre sensibilidade e especificidade do método. O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão na literatura médica sobre a ultrassonografia no estadiamento axilar e as principais alterações morfológicas do linfonodo metastático.
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Relata-se a experiência da realização de prova prática no concurso para seleção de médicos residentes no Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis (RJ). Houve uma primeira fase com prova teórica (PT) de múltipla escolha e uma segunda fase com prova prática presencial (PP), ambas eliminatórias e classificatórias. As cinco áreas básicas do ensino médico foram avaliadas por meio do exame clínico de dois pacientes - um clínico ou cirúrgico e outro da área materno-infantil, conforme sorteio. A PP objetivou avaliar atitudes, habilidades e conhecimentos. Houve capacitação de dois tipos de bancas: a primeira com docentes das áreas clínica e cirúrgica, dita clínico-cirúrgica (CC), e a segunda com docentes das áreas de pediatria, tocoginecologia e saúde coletiva, chamada materno-infantil e preventiva (MIP). Não houve correlação significativa entre as notas da PT e as da PP. A PP foi determinante para a classificação final em cinco dos seis programas oferecidos. Houve correlação entre as notas das bancas CC e MIP (r = 0,483, p < 0,001). Houve uniformidade das notas intrabanca e interbanca. A PP é exeqüível, segura e importante instrumento para a adequação do ensino de graduação em Medicina às diretrizes curriculares.
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Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa. O objetivo do estudo é identificar o cuidado com o paciente cirúrgico dispensado pelo residente de anestesiologia e o compartilhamento deste cuidado com a equipe cirúrgica, bem como as percepções desse residente sobre o autocuidado. A análise dos discursos dos nove residentes entrevistados resultou na construção de seis categorias: (a) escolha da especialidade: proximidade com o intensivista, imediatismo das ações e analgesia; (b) cuidados com o paciente cirúrgico: apresentação de ações de rotina e da técnica anestésica empregada; (c) compartilhamento do cuidado com os outros profissionais: o residente compreende sua importância, mas compartilha pouco; (d) preceptoria médica: existe uma ambivalência de sentimentos − satisfação pela proximidade com o docente, pela orientação e resolução de problemas, e insatisfação pelo pouco tempo dedicado às atividades acadêmicas e despreparo docente; (e) autocuidado: os residentes negligenciam o autocuidado, devido principalmente à extensa carga horária. As repercussões desta postura são relatadas como nervosismo, impaciência, diminuição da criatividade e do humor, e propensão a erros.
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Com o objetivo de compreender a percepção do residente de Clínica Cirúrgica sobre a suspensão do procedimento cirúrgico, as repercussões e os desdobramentos desse evento em seu trabalho, fez-se uma pesquisa descritiva qualitativa com usodo método de análise proposto por Martins e Bicudo. Realizada num hospital universitário do Norte do Paraná, contou com a participação de dez residentes de clínicas cirúrgicas que cursam o último ano do programa de residência. A análise resultou na construção de cinco categorias: repercussões para o residente (perda de aprendizado) ; sentimentos relacionados à suspensão (frustração, impotência, perda de credibilidade e resolutividade) ; comunicação da suspensão (principal dificuldade) , repercussões para o paciente (insatisfação, frustração, abandono) e estratégias para evitar a suspensão (planejamento, cuidados pré-operatórios, ampliação dos recursos materiais/humanos) . Constatou-se que o residente reconhece as repercussões da suspensão cirúrgica em seu aprendizado, identifica o sofrimento do paciente em relação à suspensão e lança mão de estratégias para evitá-la.
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Durante o período de janeiro de 1994 a janeiro de 1997 foram submetidos ao método 120 pacientes, sendo 42 do sexo masculino (35%) e 78 do sexo feminino (65%). A idade variou de 16 a 60 anos, com média de 38. Todos apresentavam diagnóstico de colecistite calculosa crônica, sendo selecionados em consultório pelos seguintes critérios: inexistência de quadro inflamatório agudo da vesícula biliar, idade máxima de 60 anos, ausência de suspeita de coledocolitíase e classificação anestésica ASA I e II. A cirurgia era realizada em posição semiginecológica com utilização de três trocartes, sendo a colangiografia realizada de rotina. O tempo cirúrgico variou de 20 a 80 minutos com média de 50 minutos. A colangiografia intra-operatória foi realizada em 105 pacientes (87,5%), demonstrando coledocolitíase em dois (1,9%). Não ocorreram conversões. As complicações pós-operatórias imediatas mais freqüentes foram náuseas em oito casos (6,6%), seguidas de vômitos em dois pacientes (1,6%). A dor foi de pequena intensidade e facilmente controlável com dipirona e antiintlamatórios não-hormonais. Não ocorreram casos de infecção de ferida cirúrgica, mas três pacientes (2,5%) apresentaram hiperemia da incisão umbilical. Todos tiveram condições de alta no mesmo dia da cirurgia. O período de permanência hospitalar foi em média de 10 horas. Não houve necessidade de reinternação em nenhum caso.
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O diagnóstico de apendicite aguda na mulher em idade fértil é um desafio para o cirurgião devido ao alto índice de explorações cirúrgicas negativas. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um índice de probabilidade diagnóstica e o valor da videolaparoscopia nestes casos. Foram analisadas, prospectivamente, 34 mulheres em idade fértil referendadas para o serviço com diagnóstico de apendicite aguda. As pacientes foram submetidas à videolaparoscopia de urgência, e o tratamento cirúrgico, quando indicado, foi realizado por videolaparoscopia sempre que possível. Entre as 34 pacientes, 17 apresentaram apendicite aguda à videolaparoscopia, sendo que 15 delas foram operadas por esta via. As 17 pacientes que apresentaram outro diagnóstico à videolaparoscopia não necessitaram de qualquer tratamento cirúrgico em 13 casos, sendo que quatro pacientes foram submetidas a operação por via aberta. O quadro clínico foi medido por um índice de probabilidade para apendicite aguda, e os resultados videolaparoscópicos foram relacionados a este índice. A conclusão é que a videolaparoscopia é um instrumento importante na abordagem propedêutica e terapêutica do abdome agudo da mulher em idade fértil, possibilitando uma maior precisão diagnóstica nestes casos e evitando laparotomias não terapêuticas.
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A mediastinoscopia cervical, desenvolvida por Carlens em 1959, é usada principalmente para avaliação dos linfonodos mediastinais nos pacientes portadores de câncer do pulmão candidatos a tratamento cirúrgico. No entanto, a exploração desta região pode também identificar outras doenças como sarcoidose, tuberculose, micoses e doenças neoplásicas que envolvem o mediastino ântero-superior. Neste estudo analisamos o prontuário de 125 pacientes submetidos à mediastinoscopia com finalidade de diagnosticar doenças intratorácicas. A técnica utilizada foi: cervical em 103, anterior em 7, e cervical e anterior combinadas em 15 pacientes. Oitenta pacientes eram do sexo masculino e 45 do sexo feminino. A idade variou de 13 a 75 anos. O exame foi realizado com anestesia geral e intubação orotraqueal em todos os pacientes exceto em dois nos quais foi utilizada anestesia local, sedação e suplementação de oxigênio por máscara. O diagnóstico mais freqüente foi o de carcinoma (36,8%), seguido de linfoma (16%) e sarcoidose (14,4%). Em nove pacientes, o exame foi inconclusivo, o que corresponde a um índice de falha do método de 7,2%. Onze pacientes portadores de síndrome de cava superior foram submetidos ao exame sem complicações adicionais, exceto um paciente que sofreu agravamento da síndrome. Conclui-se que a mediastinoscopia é um procedimento seguro e com baixo índice de complicações, e que pode ser utilizado com segurança nos pacientes portadores de massa mediastinal, ou linfonodomegalias, principalmente nas regiões paratraqueais.
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Realizamos um estudo retrospectivo do tratamento cirúrgico do adenocarcinoma gástrico por uma gastrectomia total radical, com reconstrução do trânsito esofagoduodenal pela interposição de uma alça jejunal pediculada. Revisão de trabalhos nacionais e estrangeiros relacionados ao tratamento do adenocarcinoma gástrico pela gastrectomia total radical. De acordo com a operabilidade relacionada ao paciente e à ressecabilidade, à lesão primária e sua evolução, 126 pacientes foram submetidos à interposição de um segmento de alça jejunal após gastrectomia total radical. Ressecção oncológica total do estômago e sistematizada reconstrução técnica do reservatório gástrico e do trânsito esofagoduodenal. Nossos casos evoluíram de maneira satisfatória, não fugindo daqueles estudados na literatura. Ênfase especial foi dada ao procedimento técnico, mais anatômico e muito mais funcional, restituindo ao operado um neoestômago e um trânsito esôfago-intestinal através do duodeno. A interposição de uma alça jejunal pediculada entre o esôfago terminal e a segunda porção do duodeno age como neo-reservatório gástrico. Evita o refluxo esofágico e direciona o bolo alimentar para o delgado através do duodeno, trânsito anatômico e funcional capaz de proporcionar melhor qualidade de vida ao gastrectomizado total.
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O objetivo principal deste estudo foi avaliar os resultados da cirurgia isolada ou associada a radioterapia pré-operatória em pacientes portadores de adenocarcinoma do reto. Foram analisados retrospectivamente 96 pacientes submetidos a cirurgias curativas entre 1972 e 1993. A análise visou, principalmente, comparar as taxas de sobrevida global em cinco anos e de recidiva local. Quarenta e seis pacientes tratados por cirurgias isoladas tiveram taxas de sobrevida em cinco anos e de recidiva local de 51,7% e 26,9%, respectivamente, nos estádios II e III. Cinqüenta pacientes submeteram-se a radioterapia pré-operatória na dosagem de 4.500 cGy, em 25 sessões de 180 cGy, com taxas de sobrevi da em cinco anos e de recidiva local de 60,8% e 18,2%, respectivamente, nos estádios II e III. As diferenças entre os dois grupos terapêuticos não foram estatisticamente significativas. A análise multivariada demonstrou que o estadiamento da neoplasia, principalmente com relação à presença ou não de linfonodos regionais metastáticos, foi o fator prognóstico mais importante, independentemente do grupo terapêutico analisado. Baseados nos resultados apresentados, discutimos que a indicação da radioterapia em câncer do reto deve ser mais seletiva, com realização de cirurgia imediata em pacientes portadores de tumores retais móveis, mesmo infiltrativos na parede, irradiando no pós-operatório apenas os casos com maior risco de recidiva, de acordo com o resultado do exame anatomopatológico da peça cirúrgica. Pacientes portadores de tumores com mobilidade reduzida em relação às paredes pélvicas devem ser irradiados no pré-operatório com a finalidade de facilitação do ato cirúrgico e diminuição do risco de disseminação de células tumorais no intra-operatório e conseqüente diminuição das taxas de recidiva local.