842 resultados para Chagas diasease
Resumo:
INTRODUCTION: Publications are often used as a measure of success in research work. Chagas disease occurs in Central and Southern America. However, during the past years, the disease has been occurring outside Latin America due to migration from endemic zones. This article describes a bibliometric review of the literature on Chagas disease research indexed in PubMed during a 70-year period. METHODS: Medline was used via the PubMed online service of the U.S. National Library of Medicine from 1940 to 2009. The search strategy was: Chagas disease [MeSH] OR Trypanosoma cruzi [MeSH]. RESULTS: A total of 13,989 references were retrieved. The number of publications increased steadily over time from 1,361 (1940-1969) to 5,430 (2000-2009) (coefficient of determination for linear fit, R²=0.910). Eight journals contained 25% of the Chagas disease literature. Of the publications, 64.2% came from endemic countries. Brazil was the predominant country (37%), followed by the United States (17.6%) and Argentina (14%). The ranking in production changed when the number of publications was normalized by estimated cases of Chagas disease (Panama and Uruguay), population (Argentina and Uruguay), and gross domestic product (Bolivia and Brazil). CONCLUSIONS: Several Latin American countries, where the prevalence of T. cruzi infection was not very high, were the main producers of the Chagas disease literature, after adjusting for economic and population indexes. The countries with more estimated cases of Chagas disease produced less research on Chagas disease than some developed countries.
Resumo:
Carlos Chagas se apercebe precocemente da necessidade do controle da doença, frente ao seu impacto social e grande dispersão. O vetor é o elo mais vulnerável e a melhoria da habitação a estratégia mais exeqüível. Em paralelo, há que dar-se visibilidade à doença, para justificar o controle. Como primeiras tentativas concretas, Souza Araújo pleiteará reformas de vivendas, no Paraná (1918), e Ezequiel Dias e cols ensaiarão inúmeros compostos químicos contra os triatomíneos (1921). A luta anti triatomínica será retomada por Emmanuel Dias a partir de 1944, em Bambuí, re testando compostos antigos, lança chamas e gás cianídrico. Em 1946 decepciona-se com o DDT, mas, em 1947, com Pellegrino ensaia com êxito o gammexane (BHC PM). Aliando-se a Pinotti, logo partem para ensaios de campo no Triângulo Mineiro, justificando expansão para outras áreas. A estratégia básica é a luta química continuada, em áreas endêmicas contínuas. Em 1959, Pedreira de Freitas descreve o expurgo seletivo, formatando a etapa de avaliação, da SUCEN e da futura SUCAM. Em 1975, o programa nacional é normatizado e armam-se inquéritos nacionais (triatomíneos e sorológico). Em 1979 ensaiam-se novos piretróides e em1983 o programa nacional é expandido. Estudada desde 1950 pelo grupo de Nussenzweig, em São Paulo, a transmissão transfusional mostra-se vulnerável ao controle por quimioprofilaxia e seleção sorológica de doadores, mas só se implementa, em definitivo, nos anos 1980, com a emergência da pandemia de HIV/AIDS. Praticamente desde os trabalhos pioneiros, o controle da tripanossomíase evidenciou-se eficiente, desde que continuado e sustentado por ações educativas e por decisão política.
Resumo:
Em 1943, a partir da criação do "Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas" da Fundação Oswaldo Cruz de Bambuí em Minas Gerais, são concebidas as bases tecnológicas e metodológicas para o controle extensivo da enfermidade. Para isso foi decisivo o advento de um novo inseticida (o gammexane, P 530) e a demonstração de sua eficácia no controle dos vetores da doença de Chagas. Como resultado prático desses acontecimentos em "maio de 1950 foi oficialmente inaugurada, em Uberaba, a primeira campanha de profilaxia da doença de Chagas, no Brasil". Mesmo que se dispusesse desde então de meios para fazer o controle da transmissão vetorial da endemia chagásica, não se dispunha dos recursos financeiros exigidos para fazê-lo de forma abrangente e regular. O baixo nível de prioridade conferida a essa atividade se expressava em sua inserção institucional. Em 1941, foram criados os Serviços Nacionais, de malária, peste, varíola, entre outros, enquanto a doença de Chagas fazia parte da Divisão de Organização Sanitária (DOS), que reunia enfermidades consideradas de menor importância. Em 1956 o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) incorporou todas as chamadas grandes endemias em uma única instituição, mas na prática isso não significou a implementação das ações de controle da doença de Chagas. Com a reestruturação do Ministério da Saúde em 1970, a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) abarcou todas as endemias rurais, e a doença de Chagas passou a ter o status de Divisão Nacional, na mesma posição hierárquica daquelas outras doenças transmitidas por vetores antes consideradas prioritárias. Essa condição determinou a possibilidade de uma repartição de recursos mais equilibrada, o que efetivamente ocorreu, com a realocação de pessoal e insumos do programa de malária para o controle vetorial da doença de Chagas. Em 1991, a Fundação Nacional de Saúde sucedeu a SUCAM no controle das doenças endêmicas, congregando ademais todas as unidades e serviços do Ministério da Saúde relacionados à epidemiologia e ao controle de doenças. Já então a tendência era a descentralização operativa destes programas, o que no caso das doenças transmitidas por vetores representava uma drástica mudança no modelo campanhista até então vigente. À época, coincidentemente, foi formada a Iniciativa dos Países do Cone Sul para o controle da doença de Chagas, com o trabalho tecnicamente compartido entre os países da região, com metas e objetivos comuns, o que de algum modo contribuiu para que fosse preservada a doença de Chagas como prioridade entre os problemas de saúde. Desde 2003 as atividades de controle da doença no nível central nacional estão sob responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Resumo:
Discute-se o controle dos transmissores da doença de Chagas, no Estado de São Paulo, e as atividades que levaram à eliminação do Triatoma infestans. São destacados os fatores coadjuvantes as ações de controle, particularmente o êxodo rural. A partir de 1965, o combate tomou a forma de uma verdadeira campanha, com fases distintas em função das alterações epidemiológicas, experiência adquirida e pressão dos custos. Após 25 anos de trabalho a campanha foi considerada encerrada, com a eliminação dos focos da espécie do planalto paulista. Porém, em função da possibilidade da reintrodução de Triatoma iinfestans(transporte passivo) e da presença, em diversas localidades, de exemplares de espécies vetoras semidomiciliares (Triatoma sordida e Panstrogylus megistus) as atividades de controle não foram interrompidas. Em consequência, continuam em andamento as ações de vigilância entomológica.
Resumo:
A infecção chagásica foi averiguada entre moradores de duas microrregiões geográficas homogêneas do Estado de São Paulo, entre os anos de 1976 a 1980. Campos de Itapetininga, na região de Sorocaba e Encosta Ocidental da Mantiqueira Paulista, na região de Campinas, foram áreas de colonização de Triatoma infestans, no passado, tendo permanecido, na primeira, até o início da década de 70, como reduto da espécie no estado. Atualmente as duas áreas são colonizadas por triatomíneos da espécie Panstrongylus megistus. Perfis de títulos sorológicos caracterizaram ambas as microrregiões como áreas de baixa endemicidade; a interrupção da transmissão foi mais precoce na Encosta, com diferença de 17 anos, em média. Em Campos de Itapetininga, a intensa exposição ao vetor é traduzida pela sororreatividade observada nas idades superiores a 20 anos, correspondentes aos nascidos antes de 1956. Dentre os nascidos entre 1972 e 1977, nessa área, permanece uma baixa positividade, podendo, também, associar-se à transmissão congênita. Na Encosta, a média de idade dos sororreagentes corresponde a nascimentos na década de 1930; os níveis de positividade variaram nos municípios que a compõe segundo o desenvolvimento de capital. Após 1984, com a adoção de novos critérios para o uso da sorologia no Programa de Controle, o encontro de sororreagente não tem sido associado estatisticamente a moradores notificantes de domicílios com presença de triatomíneos.
Resumo:
Como parte de avaliação de medidas de controle de vetores, levadas a efeito no Estado de São Paulo, na década de 60, inquéritos sorológicos entre crianças escolares nascidas após sua aplicação foram realizados nos períodos abrangidos entre os anos 1968 e 1970, em todos os municípios do estado, à exceção dos da Grande São Paulo e, anualmente, de 1973 a 1983, em amostra selecionada a partir daqueles com as maiores soroprevalências para a infecção chagásica. No primeiro caso, a metodologia sorológica previu os exames à base da reação de fixação de complemento, em soros e, no segundo, a reação de imunofluorescência indireta, em eluatos de sangue total absorvido em papel-filtro. Presença de triatomíneos e sua condição de infecção por Trypanosoma cruzi, coligidas nos diversos municípios de acordo com o ano dos nascimentos dos escolares e da realização dos inquéritos, permitiram vislumbrar o quadro da infecção chagásica no Estado de São Paulo, naquelas épocas. A região de Sorocaba destacou-se das demais em termos sorológicos, sustentada pela presença do Triatoma infestans até o início da década de 70. Similarmente, a autoctonia dos casos foi aí observada de maneira preponderante, enquanto que em outras regiões do estado manteve-se um equilíbrio entre casos autóctones e importados. A análise dos dados revela que, ainda em 1974, a transmissão vetorial poderia registrar-se no estado. É importante destacar que, mesmo com falhas de cobertura, até o ano de 1997, não se observou mais sororreatividade para infecção chagásica nas idades inferiores a 15 anos, no Programa de Controle do Estado de São Paulo.
Resumo:
Um inquérito de soroprevalência de doença de Chagas foi realizado em amostra representativa da população com idade até cinco anos de toda a área rural brasileira, exceto o Estado do Rio de Janeiro. Foram estudadas 104.954 crianças, que tiveram amostras de sangue coletadas em papel de filtro e submetidas a testes de screening pelas técnicas de imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA em um único laboratório. Todas as amostras com resultados positivos ou indeterminados, juntamente com 10% daquelas com resultados negativos, foram enviadas para um laboratório de referência e aí submetidas a novos testes por IFI e ELISA, além de western blot TESA (Trypomastigote Excreted Secreted Antigen). Para as crianças com resultado final positivo foi agendada uma re-visita para coleta de sangue venoso do próprio participante e das suas mães e familiares. Da avaliação do conjunto de testes resultaram 104 (0,1%) resultados positivos, dos quais apenas 32 (0,03%) foram confirmadas como infectadas. Destas, 20 (0,02%) com positividade materna concomitante (sugerindo transmissão congênita), 11 (0,01%) com positividade apenas na criança (indicativo de provável transmissão vetorial), e uma criança positiva cuja mãe havia falecido. Em 41 situações ocorreu confirmação apenas nas mães, sugerindo transferência passiva de anticorpos maternos; em 18 a positividade não se confirmou nem nas crianças nem nas suas mães; e em 13 não foi possível a localização de ambas. As 11 crianças que adquiriram a infecção por provável via vetorial distribuíram-se predominantemente na região nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas), acrescidas de um caso no Amazonas e um no Paraná. Dos 20 casos com provável transmissão congênita sobressaiu-se o Rio Grande do Sul, com 60% deles, representando este o primeiro relato de diferenças regionais na transmissão congênita da doença de Chagas no Brasil, possivelmente relacionada à existência de Trypanosoma cruzi grupo IId e IIe, atualmente classificados como TcV e TcVI. Os resultados deste inquérito apontam para a virtual inexistência de transmissão de doença de Chagas por via vetorial no Brasil em anos recentes, resultante da combinação dos programas regulares e sistemáticos de combate á moléstia e de mudanças de natureza socioeconômica observadas no país ao longo das últimas décadas. Por outro lado, reforçam a necessidade de manutenção de um programa de controle que garanta a consolidação deste grande avanço.
Resumo:
INTRODUCTION: The goal was to develop an in-house serological method with high specificity and sensitivity for diagnosis and monitoring of Chagas disease morbidity. METHODS: With this purpose, the reactivities of anti-T. cruzi IgG and subclasses were tested in successive serum dilutions of patients from Berilo municipality, Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, Brazil. The performance of the in-house ELISA was also evaluated in samples from other relevant infectious diseases, including HIV, hepatitis C (HCV), syphilis (SYP), visceral leishmaniasis (VL), and American tegumentary leishmaniasis (ATL), and noninfected controls (NI). Further analysis was performed to evaluate the applicability of this in-house methodology for monitoring Chagas disease morbidity into three groups of patients: indeterminate (IND), cardiac (CARD), and digestive/mixed (DIG/Mix), based on their clinical status. RESULTS: The analysis of total IgG reactivity at serum dilution 1:40 was an excellent approach to Chagas disease diagnosis (100% sensitivity and specificity). The analysis of IgG subclasses showed cross-reactivity, mainly with NI, VL, and ATL, at all selected serum dilutions. Based on the data analysis, the IND group displayed higher IgG3 levels and the DIG/Mix group presented higher levels of total IgG as compared with the IND and CARD groups. CONCLUSIONS: These findings demonstrated that methodology presents promising applicability in the analysis of anti-T. cruzi IgG reactivity for the differential diagnosis and evaluation of Chagas disease morbidity.
Resumo:
INTRODUCTION: Despite significant left ventricular (LV) systolic dysfunction and cardiomegaly, pulmonary congestion does not seem to be a major finding in Chagas' cardiomyopathy (CC). This study sought to identify echocardiographic parameters associated with pulmonary congestion in CC and in dilated cardiomyopathy of other etiologies, such as non-CC (NCC), and to compare pulmonary venous hypertension between the two entities. METHODS: A total of 130 consecutive patients with CC and NCC, with similar echocardiographic characteristics, were assessed using Doppler echocardiography and chest radiography. Pulmonary venous vessel abnormalities were graded using a previously described pulmonary congestion score, and this score was compared with Doppler echocardiographic parameters. RESULTS: NCC patients were older than CC patients (62.4 ± 13.5 × 47.8 ± 11.2, p = 0.00), and there were more male subjects in the CC group (66.2% × 58.5%, p = 0.4). Pulmonary venous hypertension was present in 41 patients in the CC group (63.1%) and in 63 (96.9%) in the NCC group (p = 0.0), the mean lung congestion score being 3.2 ± 2.3 and 5.9 ± 2.6 (p = 0.0), respectively. On linear regression multivariate analysis, the E/e' ratio (β = 0.13; p = 0.0), LV diastolic diameter (β = 0.06; p = 0.06), left atrial diameter (β = 0.51; p = 0.08), and right ventricular (RV) end-diastolic diameter (β = 0.02; p = 0.48) were the variables that correlated with pulmonary congestion in both groups. CONCLUSIONS: Pulmonary congestion was less significant in patients with CC. The degree of LV of systolic and diastolic dysfunction and the RV diameter correlated with pulmonary congestion in both groups. The E/e' ratio was the hallmark of pulmonary congestion in both groups.
Resumo:
INTRODUCTION: Despite all efforts to restrict its transmission, Chagas' disease remains a severe public health problem in Latin America, affecting 8-12 million individuals. Chronic Chagas' heart disease, the chief factor in the high mortality rate associated with the illness, affects more than half a million Brazilians. Its evolution may result in severe heart failure associated with loss of functional capacity and quality of life, with important social and medical/labor consequences. Many studies have shown the beneficial effect of regular exercise on cardiac patients, but few of them have focused on chronic Chagas' heart disease. METHODS: This study evaluated the effects of an exercise program on the functional capacity of patients with chronic Chagas' disease who were treated in outpatient clinics at the Evandro Chagas Institute of Clinical Research and the National Institute of Cardiology, Rio de Janeiro, Brazil. The exercises were performed 3 times a week for 1 h (30 min of aerobic activity and 30 min of resistance exercises and extension) over 6 months in 2010. Functional capacity was evaluated by comparing the direct measurement of the O2 uptake volume (VO2) obtained by a cardiopulmonary exercise test before and after the program (p < 0.05). RESULTS: Eighteen patients (13 females) were followed, with minimum and maximum ages of 30 and 72 years, respectively. We observed an average increase of VO2peak > 10% (p = 0.01949). CONCLUSIONS: The results suggest a statistically significant improvement in functional capacity with regular exercise of the right intensity.
Resumo:
INTRODUCTION: Exclusive or associated lesions in various structures of the autonomic nervous system occur in the chronic forms of Chagas disease. In the indeterminate form, the lesions are absent or mild, whereas in the exclusive or combined heart and digestive disease forms, they are often more pronounced. Depending on their severity these lesions can result mainly in cardiac parasympathetic dysfunction but also in sympathetic dysfunction of variable degrees. Despite the key autonomic effect on cardiovascular functioning, the pathophysiological and clinical significance of the cardiac autonomic dysfunction in Chagas disease remains unknown. METHODS: Review of data on the cardiac autonomic dysfunction in Chagas disease and their potential consequences, and considerations supporting the possible relationship between this disturbance and general or cardiovascular clinical and functional adverse outcomes. RESULTS: We hypothesise that possible consequences that cardiac dysautonomia might variably occasion or predispose in Chagas disease include: transient or sustained arrhythmias, sudden cardiac death, adverse overall and cardiovascular prognosis with enhanced morbidity and mortality, an inability of the cardiovascular system to adjust to functional demands and/or respond to internal or external stimuli by adjusting heart rate and other hemodynamic variables, and immunomodulatory and cognitive disturbances. CONCLUSIONS: Impaired cardiac autonomic modulation in Chagas disease might not be a mere epiphenomenon without significance. Indirect evidences point for a likely important role of this alteration as a primary predisposing or triggering cause or mediator favouring the development of subtle or evident secondary cardiovascular functional disturbances and clinical consequences, and influencing adverse outcomes.
Advanced megaesophagus (Group III) secondary to vector-borne Chagas disease in a 20-month-old infant
Resumo:
The authors report the case of a female infant with Group III (or Grade III) megaesophagus secondary to vector-borne Chagas disease, resulting in severe malnutrition that reversed after surgery (Heller technique). The infant was then treated with the antiparasitic drug benznidazole, and the infection was cured, as demonstrated serologically and parasitologically. After follow-up of several years without evidence of disease, with satisfactory weight and height development, the patient had her first child at age 23, in whom serological tests for Chagas disease yielded negative results. Thirty years after the initial examination, the patient's electrocardiogram, echocardiogram, and chest radiography remained normal.
Resumo:
This study consists of a broad review on what is known and what should be improved regarding knowledge of Chagas disease, not only through analysis on the main studies published on the topics discussed, but to a large extent based on experience of this subject, acquired over the past 50 years (1961-2011). Among the subjects covered, we highlight the pathogenesis and evolution of infection by Trypanosoma cruzi, drugs in use and new strategies for treating Chagas disease; the serological tests for the diagnosis and the controls of cure the infection; the regional variations in prevalence, morbidity and response to treatment of the disease; the importance of metacyclogenesis of T. cruzi in different species of triatomines and its capacity to transmit Chagas infection; the risks of adaptation of wild triatomines to human dwellings; the morbidity and need for a surveillance and control program for Chagas disease in the Amazon region and the need to prioritize initiatives for controlling Chagas disease in Latin America and Mexico and in non-endemic countries, which is today a major international dilemma. Finally, we raise the need for to create a new initiative for controlling Chagas disease in the Gran Chaco, which involves parts of Argentina, Bolivia and Paraguay.
Resumo:
INTRODUCTION: Since 1970, lengthening of the rectosigmoid has been suspected to be a solitary manifestation of Chagas colopathy. METHODS: To test this hypothesis, opaque enema was administered on 210 seropositive and 63 seronegative patients, and radiographs in the anteroposterior and posteroanterior positions were examined blind to the serological and clinical findings. The distal colon was measured using a flexible ruler along the central axis of the image from the anus to the iliac crest. RESULTS: Dolichocolon was diagnosed in 31 (14.8%) seropositive and 3 (4.8%) seronegative patients. The mean length was 57.2 (±12.2)cm in seropositive patients and 52.1 (±8.8)cm in the seronegative patients (p = 0.000), that is, the distal colon in Chagas patients was, on average, 5.1cm longer. Seropositive female patients presented a mean length of 58.8 (±12.3)cm, and seronegative female patients presented 53.2 (±9.1)cm (p = 0.002). Seropositive male patients had a mean length of 55 (±11.6)cm, and seronegative male patients had 49.9 (±7.8)cm (p = 0.02). Among 191 patients without megacolon and suspected megacolon, the mean length was 56.3 (±11.6)cm in seropositive individuals and 52 (±8.8)cm in seronegative patients (p = 0.003). Among individuals with distal colon >70cm, there were 31 Chagas patients with mean length of 77.9 (±7.1)cm and three seronegative with 71.3 (±1.1)cm (p = 0.000). Among 179 with distal colon <70cm, seropositive individuals had a mean length of 53.6 (±8.8)cm, and seronegative patients had 51.2 (±7.8)cm (p = 0.059). Serological positive women had longer distal colon than men (p = 0.02), whereas the mean length were the same among seronegative individuals (p = 0.16). CONCLUSIONS: In endemic areas of Brazil Central, solitary dolichocolon is a radiological Chagas disease signal.
Resumo:
INTRODUCTION: Chagas' disease is a major public health problem in Brazil and needs extensive and reliable information to support consistent prevention and control actions. This study describes the most common causes of death associated with deaths related to Chagas' disease (underlying or associated cause of death). METHODS: Mortality data were obtained from the Mortality Information System of the Ministry of Health (approximately 9 million deaths). We analyzed all deaths that occurred in Brazil between 1999 and 2007, where Chagas' disease was mentioned on the death certificate as underlying or associated cause (multiple causes of death). RESULTS: There was a total of 53,930 deaths related to Chagas' disease, 44,543 (82.6%) as underlying cause and 9,387 (17.4%) as associated cause. The main diseases and conditions associated with death by Chagas' disease as underlying cause included direct complications of cardiac involvement, such as conduction disorders/arrhythmias (41.4%) and heart failure (37.7%). Cerebrovascular disease (13.2%), ischemic heart disease (13.2%) and hypertensive diseases (9.3%) were the main underlying causes of deaths in which Chagas' disease was identified as an associated cause. CONCLUSIONS: Cardiovascular diseases were often associated with deaths related to Chagas' disease. Information from multiple causes of death recorded on death certificates allows reconstruction of the natural history of Chagas' disease and suggests preventive and therapeutic potential measures more adequate and specifics.