359 resultados para Estudantes - Atividades
Resumo:
A simulação proporciona um ambiente de aprendizado seguro e controlado para o treinamento e o desenvolvimento de habilidades médicas essenciais, compatíveis com o que se espera na formação dos profissionais necessários para atender as demandas modernas da saúde. Este artigo relata uma experiência de desenvolvimento, por estudantes de Medicina, de vídeos educacionais para o ensino de habilidades relacionadas à semiologia e a procedimentos médicos, visando aprimorar o aprendizado e fortalecer o embasamento teórico e prático destas habilidades.
Resumo:
A integralidade, que representa um princípio orientador do Sistema Único de Saúde (SUS), pressupõe abertura para múltiplas possibilidades do cuidado, da gestão e da organização do trabalho, o que requer a ampla compreensão desse sistema. O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar as sugestões de professores e estudantes para o avanço da integralidade. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Participaram quatro professores e 58 estudantes de Medicina e Enfermagem. Os dados foram obtidos por Grupo Focal, com base na questão: o que vocês acham que deveria ser realizado para o desenvolvimento da integralidade do cuidado no atual cenário de aprendizagem? Os resultados foram tratados pela técnica de análise de conteúdo, modalidade temática, e apontaram três categorias analíticas: formação em saúde, compreensão do SUS e valorização profissional. Estas representam algumas das estratégias necessárias ao desenvolvimento efetivo da integralidade, na visão dos participantes, que demonstram a importância da compreensão do sistema de saúde vigente desde a formação, assim como a valorização dos profissionais em busca da integralidade.
Resumo:
INTRODUÇÃO: As competências necessárias à formação do estudante de Medicina correspondem à aquisição de conhecimentos, habilidade clínica e atitudes que devem ser adquiridas durante o curso e avaliadas pela instituição formadora. Este trabalho objetiva identificar as competências essenciais ao médico para atender crianças e adolescentes e avaliar se os estudantes ao final do curso conseguem executá-las com autonomia e segurança. MÉTODO: As respostas aos quesitos do Questionário de Competências Específicas em Medicina, de 64 professores de Pediatria, 30 médicos e 428 internos, foram comparadas pelo teste t-student. Os internos foram avaliados pelo Osce, e suas notas comparadas com suas respostas ao questionário. A prova escrita e a avaliação em serviço, também utilizadas, foram correlacionadas com o Osce pelo coeficiente de correlação de Pearson. RESULTADOS: O questionário demonstrou boa consistência interna. A comparação das respostas dos três grupos revelou diferenças estatisticamente significativas apenas nos itens relacionados aos procedimentos (p = 0,003). A comparação das respostas dos estudantes com suas notas no Osce mostrou diferenças significativas nos itens sobre aquisição de habilidade clínica. Os estudantes foram bem avaliados na prova escrita e na avaliação em serviço, havendo boa correlação entre elas e o Osce. CONCLUSÕES: Estudantes, professores e médicos apresentam expectativas semelhantes frente às competências essenciais à prática pediátrica. Resultados divergentes nas avaliações demonstram a necessidade de sua utilização conjunta na certificação do estudante.
Resumo:
O internato médico pode gerar estresse ocupacional, afetando a saúde física e mental, o que pode influenciar a qualidade de vida destes estudantes. Este estudo transversal objetivou analisar a qualidade de vida e o estresse ocupacional em estudantes de Medicina matriculados no último ano de internato médico. A amostra foi composta por 302 estudantes com média de idade de 25,3 ± 2,4 anos de universidades públicas e privadas de Santa Catarina, os quais responderam a um questionário autoaplicável. Por meio da estatística descritiva e inferencial, constatou-se que a pontuação média atribuída à qualidade de vida nos internos foi maior que a pontuação média do estresse ocupacional, e 80% das mulheres apresentaram escores altos (80,7%) no domínio social da qualidade de vida. Na análise do estresse ocupacional, o nível de estresse foi maior em homens (43,7%) na demanda de controle (autoridade sobre decisões), com 6,1%, não havendo diferença significativa nos escores de qualidade de vida e estresse ocupacional entre os sexos. Os estudantes apresentam qualidade de vida positiva, embora estejam submetidos a níveis elevados de estresse.
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Este estudo analisa a produção e a recepção do vídeo educativo Lição de Anatomia, a fim de compreender que sentidos são produzidos por alunos da disciplina de Psicologia Médica. Analisou-se o vídeo, entrevistaram-se seus produtores e foi feita uma exibição experimental, seguida de um grupo de discussão com estudantes de Medicina. O estudo da produção mostrou que o vídeo foi endereçado principalmente a estudantes de Medicina. Esperava-se provocar uma discussão e chamar a atenção para a formação médica como produtora de traumas e angústias. O estudo da recepção do vídeo mostrou que os espectadores estiveram, todo o tempo, conscientes da manipulação dos recursos estéticos do vídeo, não consideraram a narrativa crível e adotaram um posicionamento ideológico negociado, embora tenham compreendido e discutido alguns temas propostos pelo vídeo.
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INTRODUÇÃO: Beber pesado episódico (BPE) é importante problema de saúde pública, pelas conseqüências negativas para o indivíduo e a sociedade. O objetivo desse estudo foi investigar a prevalência de BPE entre estudantes de medicina e os fatores associados ao problema. MÉTODOS: Foram entrevistados todos os estudantes de medicina do 1º ao 8º períodos da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora. Aplicou-se o questionário AUDIT, de forma auto-preenchida e anônima. RESULTADOS: A prevalência de uso de álcool foi de 91%. BPE teve prevalência de 25%, maior para os homens (p < 0,001). Houve associação positiva de BPE com ter iniciado o uso de álcool antes da faculdade e tabagismo em ambos os sexos, e associação negativa com ser praticante de religião para os homens e ter relacionamento fixo para as mulheres. CONCLUSÕES: Encontrou-se alta prevalência de BPE entre os estudantes de medicina. As faculdades deveriam ter papel mais ativo na orientação de seus estudantes quanto ao consumo de álcool, pois estes serão futuros promotores de saúde.
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Este estudo objetivou investigar a associação entre a Síndrome de Burnout e o desempenho acadêmico de estudantes da primeira à quarta série de um curso de graduação em Medicina. O comprometimento emocional dos alunos variou conforme a série, com diferenças significativas para os componentes da síndrome entre alunos com notas acima e abaixo da média, sendo o primeiro ano o mais afetado. Isto indica que, no curso estudado, a implantação da reforma curricular não foi um fator de proteção para a Síndrome de Burnout. Constatou-se também associação entre a síndrome e o rendimento acadêmico dos estudantes em disciplinas da primeira e da segunda série. São necessários estudos longitudinais sobre o assunto para confirmar as tendências encontradas e esclarecer a interferência de fatores que não puderam ser abordados neste estudo, considerado preliminar.
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Os autores realizaram estudo de corte transversal para avaliar a competência de juízo moral, com a aplicação do Moral Judgment Test (MJT) proposto por Lind, entre estudantes do primeiro e do oitavo semestre de uma escola médica na Região Nordeste do Brasil. Compararam-se as turmas do primeiro e do oitavo semestre com relação ao escore C e avaliou-se a influência de fatores como idade e sexo sobre a competência moral. Uma diferença igual ou superior a 5,0 pontos (absolute effect-size) entre os valores do escore C foi considerada significante. Observou-se regressão da competência de juízo moral entre os alunos do oitavo semestre com relação aos do primeiro semestre (escore C 20,5 x 26,2 pontos, respectivamente). Na análise do desempenho dos alunos por dilemas do MJT, observou-se o fenômeno da "segmentação moral" em ambas as turmas, com melhor desempenho dos alunos no dilema do operário com relação ao dilema do médico. Entre alunos do mesmo semestre, aqueles com idade mais avançada apresentaram níveis mais baixos de escore C quando comparados aos alunos mais jovens. Não houve diferença significante entre homens e mulheres com relação à competência de juízo moral. A constatação de que ocorre estagnação ou regressão da competência de juízo moral no transcurso da graduação médica deve ser motivo de preocupação para os professores e para os responsáveis pelo planejamento curricular, no sentido de buscar estratégias para reverter o quadro.
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Este trabalho avalia o uso de álcool entre estudantes de Medicina da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), São Luís, em 2010. Os estudantes responderam dois questionários autoaplicáveis: o primeiro continha informações gerais, e o segundo, o teste Audit, que rastreia consumo de risco. A pesquisa envolveu 337 estudantes, 54,8% do sexo masculino e 45,2% do sexo feminino. Duzentos e dezessete (64,2%) usavam bebidas alcoólicas. A situação considerada mais propícia para beber foram as festas de faculdade. A maioria dos etilistas (55,8%) encontrou-se na Zona I pelo escore do Audit (baixo risco para consumo de álcool); 38,2% na Zona II (médio risco); 4,6% na Zona III (alto risco); e 1,4% na Zona IV (altíssimo risco). Houve maior consumo de álcool entre os estudantes de períodos mais adiantados e entre aqueles que não residiam com os pais, com valores de p estatisticamente significantes. É necessário, portanto, orientar o estudante de Medicina sobre os riscos do consumo de álcool de forma nociva e as consequências que este hábito pode trazer para sua profissão.
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A prática médica depende de um repertório de competências sociais que permitem ao médico desenvolver empatia, habilidades de comunicação, pensamento crítico, capacidade de liderança e tomada de decisões. Nosso objetivo foi analisar as habilidades sociais e a presença de sonolência diurna entre estudantes de Medicina nos quatro primeiros anos do curso. Os estudantes (n = 180) responderam ao Inventário de Habilidades Sociais de Del Prette & Del Prette e à Escala de Sonolência Diurna. Observou-se que não houve diferença dos escores de habilidades sociais nos diferentes anos do curso e que 47,3% dos estudantes apresentaram escores baixos, necessitando de aprimoramento. Estudantes do sexo feminino apresentaram maior autocontrole da agressividade. Entre os estudantes, 50% apresentaram sonolência diurna, cuja presença se associou a menores escores de habilidades sociais, principalmente do fator relativo à autoexposição a desconhecidos ou a situações novas.
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As tecnologias da informação e da comunicação (TICs) têm sido amplamente utilizadas no ensino da saúde. As plataformas usadas para o desenvolvimento do ambiente virtual de ensino (AVE) geralmente apresentam uma linguagem de informática complexa. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um AVE em Histologia voltado para estudantes da área da saúde, disponibilizado na internet com o uso de uma plataforma de uso gratuito e livre. O material elaborado utilizou diferentes TICs, como: animações, vídeos, atlas virtual, aulas virtuais, simulados online e chat. Foi desenvolvido um AVE com uso da plataforma online wordpress.org, que apresentou as seguintes vantagens: fácil manipulação, gerenciamento e atualização do site; interface simples; ampla quantidade de plugins disponíveis, que supriram as necessidades primárias do AVE; e utilização gratuita e livre. Embora esse recurso possa facilitar o aprendizado em Histologia, é preciso avaliar sua efetividade.
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Realizou-se estudo descritivo e transversal com 242 alunos matriculados no internato em medicina de duas universidades públicas e duas faculdades privadas em Teresina, Piauí. Foi aplicado questionário semiestruturado para conhecer como a sexualidade humana foi ensinada nos cursos médicos. A taxa de resposta ao questionário foi de 86,3%. O ensino da sexualidade foi identificado por 95,2% dos alunos em algum momento do curso. As disciplinas que mais falaram sobre o assunto foram: ginecologia (91,9%), psiquiatria (55,3%), psicologia médica (30,6%) e urologia (24,1%). A sexualidade foi tema de aula em apenas 8,4% dos relatos, mas foi comentada em outras aulas, como: câncer (70,9%), aborto (67,5%), DST e HIV/Aids (67%). Quando o docente falou sobre sexualidade, enfatizou as disfunções sexuais (84,1%), com menor evidência para homossexualidade (50%) e direitos sexuais e reprodutivos (40,6%). Os alunos apontaram influências positivas do ensino da sexualidade na graduação (96,1%). Esses dados indicam que a sexualidade foi ofertada com destaque para a discussão de aspectos biológicos e de doenças associadas à sexualidade, com menor ênfase na construção social do tema e orientação sexual.
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OBJETIVO: O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de Transtornos Mentais Menores (TMM) entre os estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e avaliar possíveis correlações entre TMM e fatores de risco. MÉTODOS: Estudo transversal realizado de abril a agosto de 2012 com 384 alunos do curso de Medicina. O questionário utilizado foi autoaplicável e anônimo. Foram coletados dados sociodemográficos e a rede de apoio social. Para o rastreamento de TMM, utilizou-se o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). RESULTADOS: A prevalência total de TMM encontrada foi de 33,6%, que esteve independentemente associada ao período do curso (p < 0,001; 9,7% a 63,3%), à idade (p < 0,05; 25% a 42,6%), a não seguir uma religião (p < 0,05; 44,8%). CONCLUSÃO: Os dados demonstram elevada prevalência de TMM nessa população e a importância de subsidiar ações para prevenção e cuidado com a saúde mental dos estudantes de Medicina, melhorando sua qualidade de vida.
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OBJETIVOS: Verificar o nível de conhecimento basal de alunos do quinto ano de Medicina sobre saúde bucal e mensurar os ganhos em conhecimento e a habilidade de aconselhamento após treinamento. MÉTODOS: Cento e quarenta e oito alunos, divididos em quatro turmas - 2007-A (grupo controle), 2007-B, 2008-A e 2008-B - receberam intervenções progressivas de ensino, presenciais (em 2007) e a distância (em 2008). A turma 2008-B recebeu também contatos ativos com especialista em saúde bucal. O ganho em conhecimento foi medido por provas escritas aplicadas antes e depois da respectiva intervenção, e a habilidade em aconselhar foi avaliada por meio do exame clínico objetivo estruturado por estações (Osce). RESULTADOS: Noventa e um por cento dos alunos acharam inadequado o seu nível basal de conhecimento em promoção da saúde bucal. O ganho de conhecimento das turmas 2008-A e 2008-B foi progressivo e estatisticamente superior ao do grupo controle, assim como ocorreu com a habilidade de aconselhamento da turma 2008-B. CONCLUSÃO: As informações obtidas no presente estudo podem ser úteis para o desenvolvimento de estratégias de ensino interdisciplinar em áreas complementares da formação médica.
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A Faculdade de Medicina de Marília (Famema) é reconhecida por favorecer o ensino baseado na prática e centrado no estudante. Os estudantes são inseridos em Unidades de Saúde da Família (USF), onde interagem com a comunidade no desenvolvimento de ações - reflexões - ações, por meio da realização de visitas domiciliárias durante os dois primeiros anos dos cursos de Enfermagem e Medicina. Tais visitas são consideradas ferramentas para a compreensão e o cuidado em necessidades de saúde da família. Dessa maneira, elas têm por objetivo englobar os aspectos sociais, psicológicos e econômicos do indivíduo. Objetivo: Esta pesquisa avalia comparativamente a opinião dos estudantes e das famílias que realizaram e receberam visitas domiciliárias. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo que informa a opinião das famílias e dos estudantes a respeito das visitas domiciliárias. Conclusões: As famílias e os estudantes consideram importante a valorização e o aprimoramento da prática, visando à construção humanizada do processo saúde-doença, incentivando, desde o princípio, a formação acadêmica e o vínculo integral entre profissional da saúde e paciente.