325 resultados para Higiene pública-Guadalupe
Resumo:
Mediante visitas pessoais aos hospitais e clínicas de 24 municípios do Rio Grande do Sul considerados endêmicos para o Echinococcus granulosus buscou-se chegar a uma estimativa da incidência e da prevalência da hidatidose humana no estado. (Até prova em contrário, esta cifra deve valer para o país como um todo). A incidência hospitalar para 1990 foi de 5,5 por 100.000 habitantes, cifra bastante inferior àquela dos países vizinhos. Quanto à prevalência, dada a falta de inquéritos mais amplos na população em geral, os autores tiveram que lançar mão dos dados disponíveis nos serviços de radiologia e ultrasonografia da região. Os índices provisóriamente adotados são de 0,8 por mil exames para o cisto de pulmão e de 5,5 por mil para o cisto intra-abdominal. Segundo pesquisa realizada junto aos cirurgiões mais tradicionais, a hidatidose humana parece estar em declínio no Brasil, conclusão que parece reforçada pela distribuição etária em nossa casuística, e é igualmente subsidiada por recentes estudos realizados por uma equipe de veterinários.
Resumo:
O presente trabalho integra um amplo programa de pesquisa acerca da realidade educacional das escolas públicas de 1º grau, visando desenvolver e avaliar alternativas criativas que estimulem a inclusão da educação em saúde sob enfoque transdisciplinar, utilizando recursos lúdicos como arte, literatura, jogos, teatro, etc. Este estudo foi realizado em 4 escolas municipais da periferia de Belo Horizonte com o objetivo de avaliar o impacto de um programa educativo em relação ao conhecimento e prevalência da esquistossomose. Os resultados demonstraram que, após um ano de implantação dos novos materiais e metodologias, o conhecimento sobre a doença aumentou significativamente nas escolas experimentais, não se verificando o mesmo nas de controle. Em relação à prevalência, observou-se uma queda geral de 12,9% para 9,0%, considerando as 4 escolas. Quando analisadas separadamente, a escola experimental de alta prevalência foi a que apresentou melhor resultado, registrando-se um decréscimo significativo de 19,5% para 10,2%.
Resumo:
O presente trabalho integra um amplo projeto de educação em saúde, que visa desenvolver e avaliar estratégias e materiais para escolas de 1º grau. Nesta parte do estudo, complementar ao artigo anterior (SCHALL et al.), através de entrevistas e exames parasitológicos de fezes realizados em quatro escolas municipais da periferia de Belo Horizonte, buscou-se investigar a prática pedagógica e a prevalência de helmintíases entre os escolares. Os resultados demonstraram que: a) tanto professores quanto alunos apresentaram escassas informações a respeito das helmintoses, assim como noções incorretas e desconhecimento de mecanismos de transmissão; b) altas prevalências nas escolas sendo de 68,0% e 76,0% (Bairro Gorduras) e 46,0% e 24,0% (Vale do Jatobá e Barreiro de Cima) no 1º ano de estudo (1988). Comparando-se as quatro escolas, encontrou-se uma associação das condições habitacionais dos alunos e os índices de prevalência. Considerando o fato de tais helmintíases serem sabidamente prevalentes a longo prazo nessas regiões, percebe-se quão alheia está a escola em relação aos problemas da realidade de seus escolares.
Resumo:
Com a finalidade de verificar se a ocorrência de Salmonelas isoladas de animais, com resistência múltipla infecciosa a drogas, influencia a situação epidemiológica no homem, testaram-se 136 amostras de Salmonella isoladas de suínos normas. Das culturas testadas, 18,3% foram portadoras desse tipo de resistência, em evidente oposição aos dados encontrados entre as amostras de origem humana, em que num total de 70 amostras (67,1%) apresentaram resistência a uma e a várias drogas.
Resumo:
Realizou-se um estudo para a determinação do índice de transmissão da esquistossomose mansônica na cidade de Riachuelo, no estado de Sergipe, cuja prevalência determinada previamente pelo exame de fezes foi de 50,54%. Considerou-se como índice de transmissão, a percentagem de crianças de 0 a 10 anos com exames negativos (fezes ou reação intradérmica) que após 1 ano de exposição aos focos, tornam positivos os mesmos. Dividiu-se a cidade em duas áreas distintas do ponto de vista econômico e sanitário (área I e área II) e calcularam-se os índices de transmissão através de exames de fezes e de reação intradérmica. Observou-se que a área I, de melhor condições econômicas e sanitárias apresentou índices de transmissão discretamente menores, tanto por exames de fezes (11,62%) quanto por reação intradérmica (13,46%), quando comparadas com a área II (12,39% e 17,59%, respectivamente). Os autores concluem, que os índices de transmissão decorrem da intensidade de contato entre as crianças e os focos de infecção e que os mesmos refletem o nível de higiene e de educação sanitária da comunidade. Julgam também que ações de saúde pública visando o combate à esquistossomose, podem ser avaliados em função da determinação da oscilação destes índices.
Resumo:
As bases para se instituir o tratamento da filariose linfática são: prevenir, reverter ou diminuir a progressão da doença e interromper a transmissão do parasita. A escolha das medidas mais adequadas para o tratamento dos pacientes portadores de filariose linfática requer o conhecimento das diversas manifestações clínicas, assim como os seus diferentes mecanismos patogênicos. No passado, o tratamento da filariose era baseado somente na prescrição da droga antifilarial, porém, para os pacientes apresentando as manifestações agudas ou crônicas da doença, é imperativo que outras medidas sejam indicadas, incluindo higiene e dieta. Assim, essa nova visão multidisciplinar terapêutica é tão ou mais importante do que o início imediato da terapia antifilarial. Independentemente da manifestação clínica do paciente, três componentes estão agora indicados: 1) os cuidados clínicos e higiênico-dietéticos específicos para as diversas manifestações clínicas, 2) a educação e o suporte psicológico e finalmente 3) o tratamento quimioterápico com a dietilcarbamazina (DEC) ou a combinação de DEC e ivermectina. Os autores descrevem também as eficácias relativas macro e microfilaricidas da dietilcarbamazina e da ivermectina sozinhas ou em combinação usadas em programas de tratamento em massa para interrupção da transmissão e comentam sobre a introdução do uso da higiene em programas de saúde pública para a prevenção do linfedema.
Resumo:
A hepatite viral A representa importante problema de saúde pública em todo o mundo, estando relacionada às condições sócioeconômicas e de higiene da população. Na Amazônia brasileira, estudos soroepidemiológicos em populações indígenas tem demonstrado alta endemicidade relacionada à infecção. Objetivando avaliar a prevalência da infecção pelo vírus da hepatite A em aldeia xicrin, no município de Altamira-Pará-Brasil, cuja investigação foi desencadeada por óbito de criança indígena, que evoluiu clinicamente em nove dias, com quadro ictero-hemorrágico, sem realização de exame sorológico, foram analisadas 352 amostras de sangue através de testes sorológicos dos marcadores virais das hepatites A, B, C e D, por técnica imunoenzimática, que indicaram uma prevalência de 98% de anticorpos contra a hepatite A e destes, 30,5% com infecção recente, caracterizando em base laboratorial, o surto de infecção pelo vírus da hepatite A e levantando a possibilidade de estar associado com o óbito ocorrido na aldeia.
Resumo:
Avaliaram-se 40 amostras de ostras (Crassostrea rhizophorae) servidas in natura em 15 restaurantes da Cidade do Rio de Janeiro, a fim de investigar a presença de Vibrio spp. As amostras de ostras foram analisadas e submetidas a enriquecimento em água peptonada alcalina adicionada de 1 e 3% de NaCl, incubadas a 37°C por 24 horas. Em seguida, os cultivos foram semeados em agar tiossulfato citrato bile sacarose e as colônias suspeitas foram submetidas à caracterização bioquímica. Vibrio parahaemolyticus, Vibrio carchariae, Vibrio alginolyticus e Vibrio vulnificus representaram as principais espécies (> 60%) isoladas a partir das ostras in natura.
Resumo:
O objetivo do presente estudo foi analisar a freqüência de oocistos de Cryptosporidium spp em amostras fecais de crianças, de 1 a 14 anos, de uma creche pública localizada em uma comunidade carente da cidade do Recife, Pernambuco. A pesquisa foi realizada no período de 28 de junho de 2006 a 3 de abril de 2007, e envolveu 182 crianças. Das amostras analisadas 59 (32,4%) foram positivas quanto à presença de oocistos de Cryptosporidium spp, e a faixa etária mais acometida foi a de 3 a 5 anos de idade (54,2%). A alta freqüência de amostras positivas para Cryptosporidium spp obtidas neste estudo comprovam que creches são ambientes propícios a essa ocorrência devido ao contato direto entre criança-criança, crianças e funcionários. A maior via de infecção por Cryptosporidium spp é a transmissão interpessoal, que é bem ilustrada em creches. A imaturidade, deficiências do sistema imune e hábitos higiênicos inadequados são fatores que também contribuem para esse tipo de infecção.
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os rotavírus são considerados, importantes agentes etiológicos de gastroenterite aguda e ainda causa comum de hospitalização de crianças na faixa etária de zero a quatro anos de idade. No Brasil, a incidência de rotavírus nas crianças com gastrenterite é de 12 a 42%, e a distribuição da infecção esta relacionada à sazonalidade que aparentemente ocorre em diferentes períodos e intensidade de acordo com a região de ocorrência. O estudo pesquisou rotavírus do grupo A em amostras fecais de crianças com caso suspeito atendidas na rede pública de saúde do Estado de Pernambuco. MÉTODOS: O diagnóstico foi realizado através de ensaios imunoenzimático ELISA e teste imunoquímico de aglutinação em látex. RESULTADOS: Foram estudadas 171 amostras. Destas, 33 (19,3%) apresentaram positividade. Das amostras positivas 24 (72,7%) eram do sexo masculino e 09 (27,3%) do sexo feminino. Dentro da amostragem positiva 15,2% eram vacinadas. Quando comparamos os resultados obtidos entre o teste Elisa e aglutinação pelo Látex, houve 100% de concordância entre a positividade pelo Látex e o ELISA. CONCLUSÕES: A alta incidência desta infecção reforça necessidade de monitoramento desse vírus, definindo políticas de saúde relacionadas ao diagnóstico, profilaxia, melhores condições sócio-econômicas e aprimoramento da vacina.
Resumo:
INTRODUÇÃO: O presente estudo buscou identificar os efeitos adversos e o efeito protetor da vacina contra influenza, em idosos acima de 60 anos, aplicada pela rede pública no município de Tubarão, Santa Catarina. MÉTODOS: Foi realizada uma coorte prospectiva de pacientes durante o período de maio a setembro de 2008. Foram recrutados 341 idosos, sendo 289 vacinados na rede pública (VSUS) e 52 não vacinados (NV). A incidência do efeito protetor foi verificada através da comparação dos grupos VSUS com os NV. RESULTADOS: Um percentual de 22,5% de pacientes apresentou pelo menos um efeito adverso. Comparando o grupo VSUS e NV quanto à incidência de sintomas gripais durante o inverno, a presença de pelo menos um sintoma foi verificada em 47% e 28,8% (RR = 1,11; 1,02-1,22; p = 0,0156), respectivamente. CONCLUSÕES: Os resultados apontam uma baixa incidência de efeitos adversos. A maior incidência de sintomas gripais no grupo VSUS comparado ao NV pode estar relacionado às características da população que costuma fazer a vacina contra influenza.