275 resultados para método de pesquisa qualitativa


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As equipes multiprofissionais foram adotadas na Estratégia de Saúde da Família (ESF), justamente para que este modelo de atenção permita a articulação entre saberes na prática da assistência à saúde. OBJETIVO: Investigar a percepção dos médicos, enfermeiras e odontólogos sobre o funcionamento de equipes multiprofissionais na Saúde da Família do município de Coari (AM). MÉTODOS: Pesquisa qualitativa, com roteiro semiestruturado, aplicado em entrevistas individuais a todos os profissionais da atenção primária do município, comparadas a entrevistas com fisioterapeutas e psicólogos de serviço secundário, analisadas à luz da hermenêutica dialética. RESULTADOS: Com exceção do discurso dos psicólogos, a percepção dos médicos e demais profissionais de Saúde da Família demonstra a fragilidade na construção do projeto de intervenção conjunta, necessário principalmente à ESF, apresentando a perspectiva de que o trabalho multiprofissional se dá apenas em teoria e não na lógica que rege o processo de trabalho.

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Este estudo tem como objetivo compreender como a formação médica lida com o processo de morte de um paciente, e o que os estudantes desejam e sugerem em relação ao tema. Trata-se de estudo qualitativo, baseado na narrativa de estudantes e residentes de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A Fenomenologia Existencial, a Hermenêutica Gadameriana e a Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas, constituem a base filosófica do trabalho de produção e interpretação das narrativas. Foram combinadas duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas em profundidade e oficinas com utilização de "cenas" projetivas. Os estudantes e residentes transitam entre escassos modelos e poucas experiências pessoais no lidar com a morte de pacientes. O mito de Quíron traduz a procura dos entrevistados por modelos conceituais capazes de ajudá-los a manejar suas vulnerabilidades e desenvolver seus potenciais

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A degradação ambiental vem modificando nosso cenário de forma acelerada, interferindo negativamente no processo saúde-doença. É essencial discutir a temática saúde ambiental com profissionais de saúde, sendo o Programa PET-Saúde um facilitador, e as unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) um excelente cenário. Propõe-se analisar a percepção de profissionais de saúde e usuários sobre a temática em duas unidades de ESF (Botucatu/SP) e sensibilizá-los por meio de discussões teóricas e vivências. Foram entrevistados 45 profissionais e 36 usuários, sendo 21 indicados pelos agentes comunitários de saúde como tendo boa relação com o meio ambiente e 15 indicados por não apresentarem boa relação com o mesmo. Aplicou-se o referencial da metodologia qualitativa, utilizando-se o Discurso do Sujeito Coletivo. Todos demonstraram ter consciência dos problemas ambientais e de saúde e o que poderia ser feito para melhorar a situação, mas são raras as ações realizadas nas unidades. Reforça-se a necessidade de capacitar equipes em Saúde Ambiental, estimulando a adoção de práticas transdisciplinares que superem as práticas assistencialistas e caminhem no sentido da promoção, além de empoderar a população para lutar e ser responsável por um meio ambiente mais equilibrado, melhorando a qualidade de vida.

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Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa. O objetivo do estudo é identificar o cuidado com o paciente cirúrgico dispensado pelo residente de anestesiologia e o compartilhamento deste cuidado com a equipe cirúrgica, bem como as percepções desse residente sobre o autocuidado. A análise dos discursos dos nove residentes entrevistados resultou na construção de seis categorias: (a) escolha da especialidade: proximidade com o intensivista, imediatismo das ações e analgesia; (b) cuidados com o paciente cirúrgico: apresentação de ações de rotina e da técnica anestésica empregada; (c) compartilhamento do cuidado com os outros profissionais: o residente compreende sua importância, mas compartilha pouco; (d) preceptoria médica: existe uma ambivalência de sentimentos − satisfação pela proximidade com o docente, pela orientação e resolução de problemas, e insatisfação pelo pouco tempo dedicado às atividades acadêmicas e despreparo docente; (e) autocuidado: os residentes negligenciam o autocuidado, devido principalmente à extensa carga horária. As repercussões desta postura são relatadas como nervosismo, impaciência, diminuição da criatividade e do humor, e propensão a erros.

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Este artigo objetivou compreender a percepção dos profissionais de Equipes de Saúde da Família (ESF) sobre a inserção do estudante de Medicina neste cenário. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (24/10/08, nº 1.240/08). Participaram profissionais da ESF de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Na coleta dos dados foram realizados três grupos focais. O instrumental metodológico utilizado foi a análise do discurso. Foram construídas três categorias: integração ensino-serviço-comunidade, funcionamento do serviço e formação médica. Os profissionais percebem a necessidade do trabalho interdisciplinar e orientado na comunidade, mas com a visão de serviço de saúde centrado no médico. Verificou-se que, por meio de maior integração dos estudantes com a equipe e com a comunidade, pode-se obter um serviço mais efetivo e de qualidade, aumento da satisfação dos profissionais e diferencial positivo na formação dos estudantes. Para que esta integração ocorra, é importante construir a imagem do médico/estudante de Medicina como integrante da equipe de saúde. A inserção dos estudantes no serviço pode facilitar este processo.

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A humanização vem-se destacando na assistência ao trabalho de parto e nascimento com ênfase na legitimidade científica e defesa dos direitos das mulheres. Entretanto, o processo de humanização da assistência à saúde deve ser amplamente inserido na formação dos profissionais de saúde, sob pena de não se concretizar caso não ocorram adesão e participação efetiva dos novos profissionais. Foi realizado um estudo de abordagem qualitativa, exploratório-descritivo, com o objetivo de verificar a concepção de parto humanizado na perspectiva de estudantes de Medicina. Os dados, obtidos em entrevistas individuais, foram submetidos à análise de conteúdo e agrupados por categorias temáticas, sendo identificadas 18 unidades de contexto que geraram 41 unidades de registros, das quais emergiram duas categorias e cinco subcategorias: (1) humanização associada à inclusão da parturiente (acolhimento e acompanhante) e (2) humanização relacionada à assistência adequada (tecnologia do cuidado, parto como evento fisiológico, equipe multiprofissional). Este estudo mostrou a associação, pelos estudantes de Medicina, de aspectos humanísticos aos aspectos biomédicos da assistência ao parto, confirmando o processo de mudança que vivenciamos na educação médica.

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Diante das atuais demandas sociais, tornou-se imprescindível para a educação médica a transição do modelo tradicional de formação reducionista e hospitalocêntrica para uma vertente de educação mais ampla e integralizada. A construção de novas práticas de formação em saúde - com a utilização de cenários externos -, em coparticipação com o SUS, tem assumido um papel fundamental na formação médica. Em 2005, o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) incorporou em seu currículo a Aprendizagem Baseada em Problemas e a inserção dos graduandos de Medicina em Unidades Básicas de Saúde da Família. Este artigo apresenta a percepção dos discentes de Medicina neste cenário. Para isto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, utilizando-se entrevistas e análise temática das respostas, com a criação de categorias. Os resultados demonstram a combinação de impressões positivas - integração entre teoria e prática - e negativas - problemas na organização das atividades e necessidade de identificação de um preceptor local. Propõe-se um planejamento orientado pelas novas diretrizes para o ensino na Atenção Primária à Saúde, contextualizada à condição da integralidade.

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A prática pedagógica é considerada o domínio específico da profissão docente, sendo elemento definidor da identidade profissional do professor. Este trabalho investigou as concepções de professores de Medicina de uma instituição federal de ensino superior sobre as características de um bom professor. Foi utilizada a abordagem qualitativa de pesquisa, e os dados foram coletados por meio de questionário e de entrevista semiestruturada com professores do ciclo profissional de um curso de Medicina. Como características do bom professor destacaram-se as competências científica, pedagógica e relacional/afetiva, notando-se que os docentes de Medicina já incorporaram a noção de que para ser um bom professor não basta apenas conhecer o conteúdo da disciplina sob sua responsabilidade. Assim, torna-se importante o investimento institucional em cursos de formação didático-pedagógica em uma perspectiva de reflexão sobre a prática docente executada.

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Este estudo analisou a contribuição da Psicanálise para educação médica na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas, onde a psicologia médica objetiva atender na formação, desenvolvimento da capacidade de escuta e compreensão integral do ser humano. Alunos monitores participantes do Projeto de Extensão em Relação Médico-Paciente foram reunidos em grupos focais gravados e realizada análise de enunciação psicanalítica para estudo de caso, em pesquisa qualitativa. Os temas destacados foram: o saber e desdobramentos simbólicos; sofrimentos diante da morte; exigências do meio social; demandas superegoicas insaciáveis e cruéis. Alunos/monitores, na posição de suposto-saber no grupo, demonstram capacidades para sustentar relações transferenciais. Verificaram-se ainda alunos com a coragem de dirigir-se ao outro suportando seu não saber, o que pressupõe a verdade do inconsciente como fundamento. Os pequenos grupos criam e oportunizam a sustentação das diferenças, da estranheza e do vazio, com isso suportando melhor o corte na ilusão do saber absoluto e o surgimento de estilos próprios. Carregado de suas singularidades e responsabilidades, o sujeito é convocado a aprender diante dos desafios a serem enfrentados.

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As transformações nas condições sociais de trabalho surgidas nas últimas décadas restringiram a disponibilidade do contato profissional-paciente, levando a uma fragmentação e desumanização do cuidado à saúde. Dessa necessidade surgiu o programa Recrutas da Alegria (RA), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com a ideia de "formar um profissional diferente", com o intuito de horizontalizar as relações com a equipe hospitalar e a abordagem dos pacientes. O RA é promovido pelos cursos da área de saúde da Furg e é uma ação de extensão. As atividades são desenvolvidas na Ala Pediátrica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior (HU). Esta experiência demonstrou que a humanização não é um fato isolado, não acontece em apenas um ambiente, mas constitui comportamentos e atitudes que se refletem na atuação dos acadêmicos. O programa permite aos acadêmicos questionar o papel do médico e do estudante do curso de Medicina, bem como valorizar as histórias que vão além da história clínica, compreendendo o paciente como um todo.

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As atividades de educação em saúde no ambiente escolar são práticas de promoção da saúde indutoras de processos de transformação coletiva que incidem sobre as condições de vida da população. Este estudo objetiva analisar a percepção dos pais/responsáveis de escolas de ensino fundamental público quanto à participação dos acadêmicos universitários em ações de educação em saúde do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, realizada mediante aplicação de questionários a pais/responsáveis de escolares de seis a 14 anos em duas escolas de ensino fundamental públicas. Foram aplicados cem questionários que levantaram dados sobre a participação dos acadêmicos em atividades de educação em saúde e sua contribuição para a formação dos profissionais de saúde. A análise dos dados foi realizada seguindo-se o referencial da análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa permitem afirmar que os pais/responsáveis pelos escolares avaliam que as atividades de educação em saúde desenvolvidas por acadêmicos nas escolas contribuíram para a melhoria da qualidade de atenção à saúde na comunidade escolar e para a formação do futuro profissional de saúde.

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A formação do médico inclui, como etapa integrante da graduação, estágio curricular obrigatório de treinamento em serviço. O estágio em Estratégia Saúde da Família (ESF) foi implantado em 2007, no décimo período da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, no primeiro ano do internato. Este estudo tem como objetivo analisar o desenvolvimento discente na Atenção Básica durante o estágio em ESF na percepção dos estudantes, estruturado como pesquisa qualitativa, com delineamento de estudo de caso. Os dados foram coletados por meio da técnica de Grupo Focal e analisados com a ferramenta de análise de conteúdo segundo Bardin. Emergiram quatro categorias: autonomia como reconhecimento de valor; relacionamento com usuários e profissionais do serviço; sentimento de frustração do estudante diante da realidade dos serviços de saúde; aquisição de competências e habilidades. Muitos dos fatores analisados foram necessários à composição de um quadro compreensivo quanto ao desenvolvimento de competências e habilidades específicas, previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Ao final, entendemos que cabe às escolas médicas dar continuidade às reflexões sobre o processo de formação dos graduandos.

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A reforma curricular implantada em 2005 no curso de graduação em Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) com a utilização das metodologias ativas de ensino-aprendizagem, no caso a aprendizagem baseada em problemas (ABP), e com a passagem pela Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) desde os primeiros períodos pode influenciar a trajetória de formação profissional de seu estudante? Para responder a esta questão - objetivo deste estudo -, procedeu-se a uma pesquisa qualitativa com os discentes matriculados no quinto período do curso, por meio de entrevistas, as quais foram categorizadas e analisadas. Os resultados evidenciaram significativa receptividade ao novo modelo curricular, pelo entendimento de que este é capaz de suscitar novas reflexões dirigidas à futura prática do estudante, e, igualmente, ao conceito de saúde e ao processo de adoecimento. Verificou-se, ainda, que a opção precoce por uma especialidade, expressa pela maior parte dos entrevistados, não foi alterada sob o novo currículo e que a formação do médico como generalista ou médico de família é ainda pouco valorizada.

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OBJETIVO: Investigou-se a adesão de médicos brasileiros em atuação no SUS a listas de medicamentos essenciais (LME), buscando conhecer o papel das LME na prática prescritiva e identificar a aceitação e barreiras para sua utilização no Brasil. MÉTODOS: O estudo, de âmbito nacional, entrevistou médicos da Atenção Primária e da hospitalar de 30 unidades públicas de saúde de municípios com e sem LME definida. Na análise dos dados foram utilizadas técnicas da pesquisa qualitativa em saúde. As categorias finais de análise foram: (i) contato com diferentes LME; (ii) utilização das LME na prática clínica; (iii) percepção do conceito de medicamentos essenciais. RESULTADOS: Foram ouvidos 58 médicos, sendo 11 do Nordeste e do Centro-Oeste e 12 do Sudeste, Norte e Sul. Apenas 17 dos 58 médicos entrevistados informaram contato anterior com uma LME, a maior parte referindo-se à lista municipal. Quando perguntados se utilizavam a Rename em sua prática clínica, todos os entrevistados responderam que não. Dentre os motivos citados, estão (i) a indisponibilidade dos medicamentos (da lista) no momento requerido; (ii) a falta de orientação necessária para o uso; (iii) a impressão de que a composição da lista é inadequada à demanda clínica. CONCLUSÕES: Os resultados das falas expõem desconhecimento e baixa adesão a LME. Ainda que tenham tido algum contato prévio com uma LME, esta não é valorizada como fonte de informações para a prescrição baseada em evidências.

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OBJETIVO: Investigar a formação de novos docentes de Nutrição por meio do aprendizado com antigos mestres e traçar um panorama desses conhecimentos, despertando para a importância de uma formação específica em docência. MÉTODOS: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado com 11 docentes de Nutrição de uma instituição federal de ensino superior de Goiânia. O questionário e a entrevista semiestruturada foram utilizados como instrumentos de coleta de dados. Os dados obtidos no questionário foram analisados pela estatística descritiva simples, e os das entrevistas, pela análise de conteúdo. RESULTADOS: As características apontadas como importantes para a formação dos docentes foram dedicação e compromisso com a docência, atualização profissional aliada ao ensino e à pesquisa, organização e disciplina, gosto pela docência, ética, bom relacionamento com os alunos, associação entre teoria e prática docente, rigor científico e interdisciplinaridade no momento do ensino. CONCLUSÃO: O estudo constata a importância da aprendizagem com os antigos mestres, sem descartar a necessidade de uma formação específica em docência.