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Resumo:
Criado pela Portaria 154/GM de 24 de janeiro de 2008, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) visa aumentar a capacidade das equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF), de forma a responder às necessidades da população abrangida pelo território delimitado para cada equipe. Baseado nos princípios da integralidade e da interdisciplinaridade, o que o diferencia dos outros programas já implantados é a proposta de clínica ampliada. O Nasf é composto por profissionais de diversas áreas - fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos e psicólogos -, admitidos conforme a necessidade de cada região abrangida pelas equipes de ESF. Esse novo campo abre as portas para esses profissionais atuarem numa lógica de matriciamento, exercendo um trabalho diferenciado que deve ser explorado desde a graduação. Considerando tal proposta, este artigo relata as observações de uma estudante de Fonoaudiologia acerca de sua experiência de atuação em um projeto piloto no Núcleo de Apoio à Saúde da Família da Universidade do Vale do Itajaí (SC) no ano de 2008.
Resumo:
O conhecimento dos médicos no Brasil vem, de um lado, se tornando progressivamente mais fragmentado, produto da especialização crescente da Medicina. Por outro lado, o progresso tecnológico dá aos médicos a sensação de poder crescente sobre a doença e a morte. O currículo das Escolas de Medicina reflete essa tendência, e o futuro médico se torna, ao fim da formação, excelente na ciência da cura, mas, quando a doença não cede à terapêutica indicada e o doente caminha para a morte, encontra o seu médico menos preparado para o seu acompanhamento e cuidado. A Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) é uma das poucas no Brasil a ter no seu currículo a Disciplina de Tanatologia e Cuidados Paliativos, oferecida a alunos de primeiro, segundo e quarto anos, cujo aprendizado complementa o saber tradicional do médico moderno. O presente artigo pretende mostrar uma experiência bem-sucedida ao longo do processo de didatização da disciplina em uma turma de segundo ano, no primeiro semestre de 2012, por meio da descrição de uma aula de Cuidados Paliativos, que contou com a participação intensamente criativa de um grupo de 6 alunos.
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A partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da implantação do Programa Saúde da Família (PSF), exige-se que os novos profissionais da saúde pública desenvolvam, desde os cursos de graduação, visão integral do paciente e olhar crítico para a realidade da comunidade e para sua própria atuação no PSF. Com esse objetivo, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-Ufal), em 2005, introduziu modificações curriculares que permitem aos estudantes uma vivência mais ampla no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Este relato discorre, por meio da análise qualitativa de diários de campo, sobre as experiências de 22 acadêmicos de Medicina do segundo período durante as aulas práticas em uma comunidade coberta pelo PSF. Oitenta e seis por cento dos alunos observaram algum tipo de dificuldade enfrentada pela Unidade de Saúde; 95% destacaram a correspondência entre aulas práticas e o processo de aprendizagem; e 59% apontaram a importância da relação médico-paciente. Desta forma, o contato inicial do estudante de Medicina com os serviços de APS deve ser vivenciado de forma ativa e crítica, com estímulos para que investigue aspectos desconhecidos para ele até então.
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As transformações nas condições sociais de trabalho surgidas nas últimas décadas restringiram a disponibilidade do contato profissional-paciente, levando a uma fragmentação e desumanização do cuidado à saúde. Dessa necessidade surgiu o programa Recrutas da Alegria (RA), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), com a ideia de "formar um profissional diferente", com o intuito de horizontalizar as relações com a equipe hospitalar e a abordagem dos pacientes. O RA é promovido pelos cursos da área de saúde da Furg e é uma ação de extensão. As atividades são desenvolvidas na Ala Pediátrica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior (HU). Esta experiência demonstrou que a humanização não é um fato isolado, não acontece em apenas um ambiente, mas constitui comportamentos e atitudes que se refletem na atuação dos acadêmicos. O programa permite aos acadêmicos questionar o papel do médico e do estudante do curso de Medicina, bem como valorizar as histórias que vão além da história clínica, compreendendo o paciente como um todo.
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O Jardim Campo Belo, localizado no município de Campinas (SP), é um bairro de alta vulnerabilidade social e grande demanda por serviços de saúde, sendo a única oferta em saúde mental o matriciamento com outra unidade de saúde. Neste contexto, durante as disciplinas do segundo ano de Medicina, foi realizado um projeto de intervenção no Centro de Saúde, mediante acompanhamento em domicilio de pacientes usuários de psicotrópicos. Realizaram-se visitas quinzenais às casas de dez pacientes. Nestas visitas, trabalhou-se um roteiro semidirigido, em que se buscou conhecer as demandas de cada paciente. Alguns destes aumentaram os cuidados com a própria saúde, e num caso houve até suspensão do uso dos medicamentos psicotrópicos, em parceria com a equipe; em outros casos, as visitas serviram como válvula de escape social, tornando-se um espaço onde se ofertava atenção aos que estavam acostumados ao abandono social. Os alunos envolvidos relatam grande aprendizado graças às vivências e ao envolvimento com o tema, que se tornou um grande suplemento pedagógico.
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Relato da experiência de atuação precoce dos alunos do primeiro ao terceiro período do curso de Medicina na comunidade em bairro periférico do município de Vassouras (RJ) . Visitam-se famílias, momento em que o acadêmico desempenha uma função de acordo com o período em que está matriculado e seu grau de conhecimento. Ao término das atividades, nas quais é priorizado o uso de tecnologia leve, alunos e docentes discutem a situação de saúde dos moradores e planejam ações. Esta experiência representa a incorporação de novas práticas educativas, centradas no aluno, que tem estimulada a autonomia e uma postura proativa em busca de soluções para problemas. Colabora para a compreensão pelo aluno do seu papel de transformador social por meio de ações de promoção de saúde e incentivo ao empoderamento da comunidade, e contribui para melhorar os indicadores de saúde e, consequentemente, a qualidade de vida das pessoas. Esta inserção contribui para a formação de médicos valorizadores da Atenção Primária à Saúde, imprescindível para a resolução dos agravos mais prevalentes na população.
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Partindo de uma discussão do conceito de saúde-doença, percebe-se que um dos enfoques atuais inclui a percepção do sujeito quanto à sua condição. Porém, a hegemonia de um método clínico que, muitas vezes, não considera esta individualidade levou alguns profissionais a discutir as necessidades de mudanças na abordagem médica. Por meio da discussão do caso relatado, percebemos que a relação médico-paciente influencia direta ou indiretamente a satisfação, o estado de saúde do paciente e a qualidade dos serviços de saúde. O cuidado efetivo requer um olhar atento às reais necessidades do paciente e respeito às suas opiniões sobre o adoecimento, suas percepções e sua cultura. A Medicina Centrada na Pessoa é um método clínico que propõe uma abordagem médica que possibilita o atendimento integral e humanístico e respeita a autonomia das pessoas.
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Os novos desafios na área da educação surgem com o próprio desenvolvimento do conhecimento. Novas técnicas de pesquisa possibilitaram grandes descobertas na ciência e, com isso, uma crescente complexificação dos temas estudados. Os alunos, inseridos no universo dinâmico da internet, também evoluíram e não se encaixam mais nas prescrições da pedagogia tradicional. Para essas novas realidades, a forma de educar no século XXI exige dos educadores um esforço de criatividade para transmitir um conhecimento cada vez mais complexo. Para ilustrar essa nova situação, relatamos uma experiência pedagógica que buscou, com a criatividade de uma intervenção fictícia, favorecer o ensino dos ensaios clínicos de não inferioridade. A experiência demonstra a utilidade de tais ensaios clínicos quando se necessita testar a eficácia de tratamentos. A utilização dos docinhos e a participação dos alunos como sujeitos do ensaio configuraram-se como uma metodologia ativa, de aproximação entre os educandos e seu objeto de estudo. O exercício realizado está de acordo com os modelos pedagógicos sugeridos pela teoria da aprendizagem significativa e pode servir de referência para iniciativas semelhantes.
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Trata-se de um relato e reflexão a respeito do Projeto MediArte com Amor e Humor, com base nas vivências e percepções das autoras/estudantes integrantes do projeto. O Projeto é uma atividade de extensão da UFRN envolvendo estudantes de medicina. Neste objetiva-se trabalhar a humanização por meio das virtudes humor e amor através de atividades lúdico-recreativas, nas dependências do Hospital de Pediatria da UFRN, envolvendo pacientes, acompanhantes e profissionais semelhantes às intervenções de palhaçoterapia. Busca-se, dentre outros aspectos, resgatar o sorriso e alegria das crianças doentes e promover o cuidado humanizado. Observa-se que a presente iniciativa conforma-se como uma estratégia de educar em saúde, onde teoria e práticas potencialmente interdisciplinares, humanizadoras e éticas são desenvolvidas, contribuindo para uma formação mais integral dos alunos de graduação, bem como uma iniciativa de humanização do cuidado no SUS.
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RESUMO A comunicação clínica e o profissionalismo estão entre as principais competências médicas e, portanto, devem ter sua avaliação garantida. Nesse contexto, o exame clínico objetivo estruturado (OSCE) tem papel fundamental. Objetivos Descrever as etapas de elaboração de um OSCE, bem como a avaliação da qualidade das estações e a percepção do estudante de Medicina sobre a sua realização. Método O estudo é composto pela realização de um OSCE com quatro estações por 16 estudantes de Medicina e pela análise da qualidade psicométrica e aplicação de um questionário de satisfação. Resultados Para os estudantes, o OSCE é o método que melhor avalia e ensina essas competências, ao passo que os testes de múltipla escolha estão no polo oposto quanto à avaliação. Em relação à qualidade múltipla das estações: duas se apresentaram com boa confiabilidade, uma se tornou satisfatória após adequação e uma se revelou inconsistente. Conclusão Mesmo bem avaliadas pelos estudantes, algumas estações apresentaram falhas. A análise do OSCE é fundamental para sua validade e mensurabilidade, em especial para o OSCE de alta aposta.
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RESUMO Objetivo Relatar a experiência da aplicação de material didático composto por catálogo com imagens macroscópicas e microscópicas, disponível em meio impresso e digital, acompanhado de coleções de lâminas, instrumento criado por alunos do mestrado e iniciação científica, focando a autonomia do aprendizado em Patologia Humana para os alunos da graduação. Métodos Foi elaborado um questionário para ser aplicado aos alunos, para avaliação de resultados alcançados pelo modelo criado, que será oferecido aos estudantes de diversos cursos que possuem a disciplina de Patologia Humana, oferecida na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). O catálogo relata a história e evolução da doença de uma paciente com tuberculose sistêmica, suas manifestações clínicas, exames físicos e laboratoriais, além de achados de necropsia, com diferentes aspectos da resposta inflamatória. Resultados Os alunos que viveram esta experiência se manifestaram a favor da implantação da nova ferramenta como material didático da disciplina e sua manutenção nos laboratórios. Conclusão A inovação nas aulas é necessária, e este modelo surge como um material complementar para a melhoria e motivação das aulas práticas no tema proposto.
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RESUMO Nos últimos anos, o olhar sobre a formação dos profissionais de saúde tem se intensificado, particularmente sobre aquela que possa impactar a resolução dos problemas de saúde da população. Um dos aspectos para o alcance desta demanda refere-se a uma formação que incorpore metodologias ativas no processo ensino-aprendizagem de estudantes da saúde. Neste entendimento, tomando como referência metodologias de aprendizagem baseada em problemas, as quais utilizam certos passos para a resolução de problemas, e diante dos desafios de trabalhar com grandes grupos, desenvolveu-se a estratégia educacional denominada Ciclo de Discussão de Problemas (CDP). Este artigo tem por objetivo descrever o CDP como uma estratégia educacional utilizada em grandes grupos no ensino da graduação em saúde. Esta estratégia ancora-se nos princípios de metodologia ativa, pois utiliza problemas com temáticas comuns aos cursos da área da saúde, para desenvolver nos alunos o aprendizado autodirigido, a habilidade de solucionar problemas, o pensamento crítico e o estudo colaborativo, além da visão integrada das ciências básicas. Esta estratégia envolve dois momentos em sala de aula para cada problema: análise e resolução, englobando 12 passos.
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RESUMO Considerando a fundamental importância do debate sobre a humanização na área da saúde, apresentamos resultados de uma experiência didática de formação humanística com base na experiência estética causada pela literatura do romance “Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister”, de Goethe, com base numa atividade acadêmica oferecida a estudantes e profissionais da área da saúde. Investigamos o potencial desta experiência como meio de fomentar a formação humanística e a humanização. Na coleta dos dados utilizamos metodologias qualitativas, partindo da observação participante e da história oral de vida. Os dados foram analisados com base na Fenomenologia Hermenêutica. Inspirados na filosofia estética de Friedrich Schiller e Immanuel Kant, verificamos que a leitura do romance, com apoio da metodologia utilizada na atividade, proporcionou o que entendemos ser uma educação humanizadora, por meio da “ampliação da experiência da arte” e do “despertar lúdico”.
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RESUMO Historicamente, a formação médica encontra-se voltada para o tradicional modelo biomédico. As Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Medicina, aprovadas em 2001, indicam a necessidade de ajustar a formação de recursos humanos ao serviço, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Em conformidade com tais Diretrizes, o governo federal elabora, em 2005, o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), com o objetivo de favorecer a formação de profissionais adequados às perspectivas da Atenção Básica. Em 2009, no contexto do Pró-Saúde e inspirados pelo Projeto Rondon, professores do curso de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) criam o Projeto Sérgio Arouca, uma iniciativa que visa à atuação na Atenção Básica de municípios carentes do Estado de Santa Catarina. O presente relato baseia-se em participações de acadêmicos de Medicina e objetiva demonstrar o quanto estas experiências foram enriquecedoras para a formação profissional e a construção de uma nova visão da prática médica, enfrentando situações e cenários distintos dos vivenciados no cotidiano na universidade.
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No presente trabalho, avaliou-se a experiência de Educação Ambiental do "Projeto de Conservação do Papagaio-da-Cara-Roxa (Amazona brasiliensis)", no ensinoformal, realizado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), no litoral norte do Estado do Paraná. A experiência teve o intuito de fomentar, tanto no corpo docente quando no corpo discente, a discussão sobre valores e princípios que norteiam as relações homem/natureza, desenvolvendo-se, assim, uma interação mais responsável com o meio ambiente. Foram desenvolvidos módulos-educativos sobre o papagaio-da-cara-roxa e seu ambiente, direcionados a 795 estudantes do ensino fundamental, nos Municípios de Paranaguá e Guaraqueçaba. Para analisar a eficácia das atividades, os estudantes responderam a testes antes e depois do processo educativo que mediram mudanças obtidas com relação ao incremento de conhecimento, postura e valorização do papagaio-da-cara-roxa e de seu ambiente. Os resultados indicaram que a utilização do exemplo de uma espécie, ameaçada de extinção e que ocorre próximo às comunidades envolvidas no processo de conservação, serviu de base para a associação do tema específico para com uma realidade ambiental mais ampla e contextualizada localmente.