439 resultados para taxa inicial
Resumo:
A braquiterapia por alta taxa de dose está recebendo atenção considerável na maioria dos países. Por isso, nos serviços que utilizam este equipamento exige-se que o desenvolvimento de um programa de controle de qualidade seja cada vez mais rigoroso, para garantir não apenas a segurança aos pacientes, mas também aos operadores e demais envolvidos. Este trabalho tem por objetivos fazer um levantamento dos tipos de testes para um equipamento de braquiterapia por alta taxa de dose, propostos pelos protocolos oficiais publicados (TG40, TG56 e ARCAL XXX) e avaliar os tipos de testes que atualmente são realizados por alguns serviços de radioterapia, comparando-os com aqueles apresentados nos protocolos citados. Das análises feitas, observou-se que: a) quanto aos protocolos oficiais, o TG56 é mais completo que o TG40 e o ARCAL XXX; b) quanto às instituições analisadas, estas em geral se basearam no TG56 para elaborar seus próprios protocolos, os quais demonstraram ter também concordância com os outros já citados. Nestes protocolos, a inexistência dos testes anuais foi notada, o que pode ser explicado por sua aparição nas freqüências trimestral e semestral. Do produto deste estudo são apresentadas tabelas dos tipos de testes com suas respectivas freqüências de utilização, das quais um protocolo pode ser inferido para auxiliar na implementação, pelo menos, dos tipos de testes de controle de qualidade básicos e indispensáveis para o equipamento, garantindo, assim, um tratamento adequado aos pacientes e uma melhor segurança ao pessoal envolvido e, conseqüentemente, assegurando a garantia de qualidade na braquiterapia por alta taxa de dose.
Resumo:
Os autores apresentam um caso de extenso angiossarcoma do couro cabeludo submetido a radioterapia exclusiva, pela associação de roentgenterapia de ortovoltagem e braquiterapia de alta taxa de dose utilizando um molde. Descrevem os aspectos clínicos, técnicos e a evolução terapêutica. Destacam as particularidades e a utilidade da braquiterapia de alta taxa de dose, nesta situação em particular, e fazem uma análise comparativa das dificuldades e limitações caso a braquiterapia de baixa taxa de dose fosse empregada. Concluem ser a braquiterapia de alta taxa de dose uma opção útil, prática e segura para as lesões neoplásicas superficiais do escalpe, podendo ser considerada uma alternativa ao tratamento com elétrons.
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OBJETIVO: Avaliar a influência no controle local de pacientes adultos e portadores de sarcoma de partes moles em extremidades e submetidos a cirurgia conservadora do membro, com braquiterapia de alta taxa de dose (BATD) como reforço para a radioterapia externa (RT). MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 16 pacientes tratados, de 1993 até 1999. A RT foi utilizada com finalidade pré ou pós-operatória (30--55 Gy) e BATD com dose de 18--36 Gy (fx 3--6 Gy BID). Com base no modelo linear quadrático calculou-se a dose efetiva biológica ("biological effective dose" - BED) para o tumor e comparou-se seu valor a dados da literatura internacional, que utiliza tratamentos com RT e braquiterapia de baixa taxa de dose (BBTD). RESULTADOS: Os valores médios e medianos da BED para os sarcomas de partes moles foram de 78,5 Gy7 e 80 Gy7. A análise univariada mostrou que a BED para o tumor, quando utilizada BATD, era semelhante ao valor de 83 Gy7 quando utilizada BBTD (p = 0,008). As taxas de controle local, sobrevida livre de doença e sobrevida global atuarial em cinco anos foram de 83,2%, 75% e 93,7%, respectivamente. CONCLUSÕES: A BATD, quando utilizada como método complementar no reforço de dose da RT no tratamento conservador dos sarcomas de partes moles, apresenta taxas de controle local equiparáveis às da literatura internacional; no entanto, estudos com número maior de pacientes e período maior de seguimento são ainda necessários para determinar o verdadeiro potencial da BATD em substituir a BBTD.
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OBJETIVO: Apresentar os resultados da experiência clínica inicial de 100 casos de mulheres portadoras de miomatose sintomática que foram submetidas a embolização das artérias uterinas como forma de tratamento principal. Apresenta-se, também, extensa revisão bibliográfica sobre o tema, para determinar as indicações e contra-indicações, bem como as eventuais complicações do método. MATERIAL E MÉTODO: Cem pacientes com miomatose sintomática foram submetidas a embolização das artérias uterinas como única forma de tratamento. O principal sintoma que indicou a intervenção foi o aumento do fluxo menstrual em 79 pacientes e dor associada à miomatose em 21. O diagnóstico de miomatose foi realizado por meio de ultra-sonografia em 75 pacientes, e pela associação de ultra-sonografia e ressonância magnética em 25 pacientes. O volume uterino médio avaliado por esses métodos de imagem resultou em 487 cm³. Os procedimentos foram realizados em duas instituições hospitalares: uma pública, onde foram atendidas 56 pacientes dependentes do Sistema Único da Saúde (SUS), e outra particular, onde foram atendidas 46 pacientes com plano de assistência médica. Setenta e seis pacientes foram avaliadas clinicamente após 12 semanas da realização da embolização uterina. RESULTADOS: O procedimento foi completado com sucesso em 97% dos casos, utilizando-se técnica convencional. O acompanhamento e a avaliação clínica após 12 semanas evidenciou que houve melhora dos sintomas em mais de 90% das pacientes. Verificou-se, ainda, redução de volume uterino de 52%. Não foram observadas complicações técnicas ou clínicas relevantes. CONCLUSÃO: A técnica de embolização uterina para tratamento da miomatose sintomática é um método simples, eficiente e seguro.
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A braquiterapia de alta taxa de dose foi introduzida em nosso meio em janeiro de 1991. Desde então, houve uma mudança significativa na abordagem das neoplasias malignas em relação às vantagens do novo método, e também resolução da demanda reprimida de braquiterapia para as neoplasias ginecológicas. Nos primeiros dez anos de atividade, o Brasil tratou, em 31 serviços, 26.436 pacientes com braquiterapia, sendo mais de 50% das pacientes portadoras de neoplasias do colo uterino. Este estudo mostra o número e o perfil de pacientes tratados com esse método e a sua distribuição no território nacional, deixando explícito o benefício da braquiterapia de alta taxa de dose para o Brasil.
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OBJETIVO: Analisar, retrospectivamente, os resultados da radioterapia externa (RT) combinada a braquiterapia de alta taxa de dose (BATD), adjuvantes à cirurgia para o carcinoma de endométrio. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliamos 141 pacientes tratados com RT e BATD adjuvantes à cirurgia, no período de janeiro de 1993 a janeiro de 2001. RT pélvica foi realizada com dose mediana de 45 Gy, e BATD realizada na dose mediana de 24 Gy, em quatro inserções semanais de 6 Gy. A idade mediana das pacientes foi de 63 anos e a distribuição por estádio clínico (EC) foi: EC I (FIGO), 52,4%; EC II, 13,5%; EC III, 29,8%; EC IV, 4,3%. RESULTADOS: Com seguimento mediano de 53,7 meses, a sobrevida livre de doença (SLD) em cinco anos foi: EC I, 88,0%; EC II, 70,8%; EC III, 55,1%; EC IV, 50,0% (p = 0,0003). A sobrevida global em cinco anos foi: EC I, 79,6%; EC II, 74,0%; EC III, 53,6%; EC IV, 100,0% (p = 0,0062). Fatores que influíram na SLD foram grau histológico e histologia seropapilífera. Dos 33 casos que apresentaram recidiva da doença, em 13 (9,2%) esta ocorreu na pelve, vagina ou cúpula vaginal. RT + BATD do fundo vaginal permitiram o controle da doença em 90,8% dos casos. CONCLUSÃO: A RT exerce papel fundamental no controle loco-regional do câncer de endométrio e permite excelentes taxas de cura nos estádios iniciais. Para os estádios mais avançados, a falha terapêutica tende a ser a distância, sugerindo a necessidade de complementação terapêutica sistêmica, com introdução de novas modalidades de tratamento, em particular a quimioterapia.
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OBJETIVO: Analisar a resposta bioquímica nas variáveis volume prostático, valor do antígeno prostático específico (PSA), escores de Gleason, estádio, risco da doença e hormonioterapia. MATERIAIS E MÉTODOS: No período de fevereiro de 1998 a julho de 2001, 46 pacientes com câncer de próstata foram tratados com radioterapia, numa combinação de teleterapia e braquiterapia de alta taxa de dose (BATD). A idade variou de 51 a 79 anos (média de 66,4 anos). O estádio T1c foi o mais freqüente: 30 (65%). O escore de Gleason era abaixo de 7 em 78% dos pacientes. O PSA variou de 3,4 a 33,3, estando abaixo de 10 em 39% das vezes. O volume prostático médio foi de 32,3 cc. Um total de 28% dos pacientes recebeu hormonioterapia. A dose de teleterapia variou de 45 a 50,4 Gy, associada a quatro frações de BATD de 4 Gy. RESULTADOS: O seguimento variou de 6 a 43 meses. Quatro pacientes perderam seguimento e quatro morreram (um por doença). Dos 39 pacientes analisados, 76% apresentaram PSA menor que 1,5. Nenhuma das variáveis analisadas foi estatisticamente significante (p > 0,05) com relação ao controle bioquímico. CONCLUSÃO: A utilização de BATD foi eficiente no tratamento do câncer de próstata e, neste estudo, as variáveis consideradas como fatores prognósticos não interferiram no controle bioquímico.
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OBJETIVO: Demonstrar a experiência na implantação de um protocolo de espectroscopia por ressonância magnética do 1H tridimensional (3D 1H MRSI), disponível comercialmente, aplicando-o em pacientes com suspeita de neoplasia prostática e com diagnóstico estabelecido de tumor prostático. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo realizado de forma prospectiva, em 41 pacientes com idades entre 51 e 80 anos (média de 67 anos). Dois grupos foram formados: pacientes com uma ou mais biópsias negativas para câncer e antígeno prostático específico elevado (grupo A) e pacientes com câncer confirmado por biópsia (grupo B). Procurou-se, a partir dos resultados da ressonância magnética e espectroscopia por ressonância magnética, determinar a área-alvo (grupo A) ou a extensão do câncer conhecido (grupo B). RESULTADOS: No diagnóstico de câncer de próstata a espectroscopia por ressonância magnética apresentou especificidade abaixo da descrita pela literatura, cerca de 47%. Já para o estadiamento do tumor diagnosticado, houve correspondência com a literatura. CONCLUSÃO: A implantação e padronização da espectroscopia por ressonância magnética permitiram a obtenção de informações importantes para o diagnóstico presuntivo da existência de câncer de próstata, combinando as imagens por ressonância magnética com os dados metabólicos da espectroscopia por ressonância magnética.
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OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema dosimétrico termoluminescente capaz de avaliar as doses administradas ao reto de pacientes submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose para o tratamento do câncer do colo uterino. MATERIAIS E MÉTODOS: O material termoluminescente utilizado para a avaliação da dose no reto foi o LiF:Mg,Ti,Na na forma de pó. O pó foi separado em pequenas porções de 34 mg, que foram acomodadas em um tubo capilar. Este tubo foi colocado em uma sonda retal, que era introduzida no reto da paciente. RESULTADOS: As doses administradas ao reto de seis pacientes submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose para o tratamento do câncer do colo uterino foram avaliadas com dosímetros termoluminescentes e apresentaram boa concordância com os valores planejados, com base em duas radiografias ortogonais da paciente, imagens ântero-posterior e lateral. CONCLUSÃO: O sistema de dosimetria termoluminescente utilizado no presente trabalho é simples e de fácil utilização quando comparado a outros métodos de dosimetria do reto. Ele mostrou-se eficiente na avaliação da dose no reto de pacientes submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose para o tratamento do câncer do colo uterino.
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OBJETIVO: Avaliar a distribuição de dose em diferentes situações de braquiterapia endobrônquica de alta taxa de dose, com foco principalmente nos volumes de altas doses, e tentar definir situações de melhor ou pior distribuição de dose que possam servir de guia na prática clínica. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo teórico, simulando braquiterapia endobrônquica de alta taxa de dose utilizando dois cateteres, com variação da extensão de carregamento, angulação entre os cateteres, profundidade de cálculo e o intervalo entre as paradas da fonte. Com prescrição de 7,5 Gy, foram calculados os volumes englobados pelas isodoses correspondentes a 100%, 150% e 200% da dose prescrita (V100, V150 e V200, respectivamente) e as razões V150/V100 e V200/V100. RESULTADOS: Os volumes aumentaram com o aumento da extensão de carregamento dos cateteres, profundidade de cálculo e angulação, com tendência a um aumento proporcionalmente menor para angulações maiores. As relações V150/V100 e V200/V100 foram, em geral, homogêneas, ao redor de 0,50 e 0,30, respectivamente. CONCLUSÃO: A distribuição de dose na situação considerada padrão é em geral adequada. Nenhum parâmetro específico que pudesse ser relacionado à maior toxicidade foi identificado. Recomendamos uma avaliação rápida da qualidade do implante por meio da análise das relações V150/V100 e V200/V100.
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OBJETIVO: O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da enterografia por tomografia computadorizada (entero-TC) e como este exame pode contribuir na elucidação diagnóstica e avaliação clínica de pacientes com doenças do intestino delgado. MATERIAIS E MÉTODOS: Análise retrospectiva de 35 pacientes submetidos a entero-TC realizadas em aparelho multidetector de 16 canais, entre maio de 2008 e março de 2009. Utilizou-se meio de contraste iodado venoso e oral neutro (polietilenoglicol). As principais indicações foram avaliação de doença de Crohn, diarreia de origem indeterminada e suspeita de neoplasias. RESULTADOS: Houve boa correlação dos achados à entero-TC relacionados à atividade da doença em pacientes com doença de Crohn, quando comparados com dados clínicos, laboratoriais e endoscópicos. Em 15 casos identificaram-se alterações compatíveis com doença de Crohn, 9 deles sugerindo atividade. Dos pacientes com diarreia, o exame elucidou a maioria dos casos. Identificaram-se dois casos de tumor carcinoide. CONCLUSÃO: A entero-TC é método simples e eficaz para estudo das doenças inflamatórias/neoplásicas do intestino delgado, sobretudo na avaliação da doença de Crohn, indicando atividade da doença. Uma de suas principais vantagens é a possibilidade de avaliação de alterações mesentéricas e extraintestinais associadas.