381 resultados para Insuficiência renal Teses
Resumo:
INTRODUO: A peritonite continua sendo a maior complicao para os pacientes em dilise peritoneal (DP). OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo determinar as taxas de peritonite por episdio/ano (ep./ ano), ep./ano por microrganismo causador e pela mediana do nmero de peritonites nos pacientes em dilise peritoneal do Servio de Nefrologia do Hospital So Lucas da PUCRS. MTODOS: Estudo retrospectivo e descritivo, no qual a amostra foi composta de pacientes que fizeram dilise peritoneal no Servio de Nefrologia do HSL no perodo de 1984 a agosto de 2012; foram considerados somente os que possuam dados completos. RESULTADOS: Dos 427 pacientes analisados, 53,2% eram do sexo feminino, com idade mdia de 48,0 19,9 anos, 13% (56) de diabticos e 71,5% (303) dos pacientes realizavam seu prprio tratamento. Ocorreram 503 episdios de peritonite e 255 pacientes tiveram pelo menos uma peritonite. Staphylococcus coagulase negativo foi o microrganismo mais prevalente. As causas de sada de tratamento foram bito, transplante renal e peritonite, com 34,4, 25,8 e 19,2%, respectivamente. A taxa de peritonite foi de 0,63 ep./ano e ep./ ano por microrganismo foi de 0,18 ep./ ano para Staphylococcus coagulase negativo, e de 0,12 ep./ano para Staphilococcus aureus e Gram negativos. A mediana da unidade foi de 0,41. CONCLUSO: A taxa de peritonite ep./ano, e a mediana dos pacientes estudados encontram-se dentro do mnimo preconizado, mas abaixo das metas sugeridas, assim como a caracterizao de ep./ano por microrganismo.
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Sndrome Hemoltico Urmica atpica (SHUa), isto , no associada Escherichia coli, produtora de Shiga toxina, vista em 5% a 10% dos casos de Sndrome Hemoltico Urmica (SHU), podendo ocorrer em qualquer idade e ser espordica ou familiar. O prognstico nestes casos reservado, com alta mortalidade e morbidade na fase aguda da doena, e cerca de 50% dos casos podem evoluir para doena renal crnica terminal. O aumento do conhecimento da patgenese da SHUa (hiperativao da via alternativa do complemento) foi acompanhado pelo surgimento de uma droga, eculizumab, a qual age como inibidor da via final do complemento. Nosso objetivo relatar um caso de lactente com SHUa que apresentou excelente resposta clnica e laboratorial com o uso de eculizumab. Lactente, 14 meses de idade, sexo masculino, previamente hgido, apresentou quadro de anemia e plaquetopenia aos 12 meses de idade. Foi tratado com corticoterapia e encaminhado ao nosso servio por hipertenso arterial. Entretanto, os exames demonstraram acometimento renal com proteinria nefrtica e hipoalbuminemia, com Coombs direto negativo. Evoluiu com anemia, plaquetopenia, piora de funo renal e hipertenso. Realizada bipsia renal que mostrou microangiopatia trombtica (MAT). Diante do quadro de anemia no hemoltica, plaquetopenia e insuficiência renal aguda com substrato histolgico de MAT, foi feito diagnstico de SHUa. O paciente recebeu eculizumab, com excelente resposta clnico-laboratorial. Este caso denota a importncia de diagnstico e tratamento precoces nesta entidade grave que a SHUa. Eculizumab eficaz e mantm remisso a longo prazo, evitando medidas invasivas como a plasmaferese, a qual resolve apenas parcialmente o quadro.
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INTRODUO: A Insuficiência Renal Crnica (IRC) tem incidncia alarmante neste sculo. A dilise peritoneal, uma das modalidades de terapia renal pode ter complicaes, e entre estas a fibrose peritoneal, que ocorre com o decorrer dos anos nestes pacientes. Sua forma mais grave a chamada peritonite esclerosante encapsulante, levando mudana de terapia dialtica. OBJETIVO: Estudar a influncia do uso do captopril na fibrose peritoneal induzida em ratos pelo uso de soluo de glicose a 4,25 %. MTODOS: Estudo prospectivo controlado, em ratos Wistar no urmicos. Foram estudados 20 animais. Os animais foram submetidos diariamente puno abdominal, sendo infundida soluo de dilise peritoneal com glicose a 4,25% na dose de 10 ml/100 g de peso. Os animais foram divididos em 2 grupos: experimental e controle. O grupo experimental recebeu captopril na dose de 30 mg/kg/dia por gavagem. O grupo controle no recebeu nenhuma droga. Foram acompanhados por 21 e 49 dias. Ao final do perodo foram submetidos procedimento cirrgico para retirada de peritnio parietal e visceral. As amostras obtidas foram analisadas histologicamente, usando-se colorao Hematoxilina - Eosina e Sirius Red, para avaliao do grau de fibrose. RESULTADOS: A anlise mostrou que a intensidade da fibrose, a espessura do peritnio e o nmero de clulas no atingiram diferena estatisticamente significante entre os grupos experimental e controle. CONCLUSO: O estudo mostrou que o uso do captopril no foi capaz de alterar a intensidade da fibrose peritoneal induzida pelo uso de soluo de dilise em ratos.
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INTRODUO: A Doena Renal Crnica (DRC) e a hemodilise (HD) provocam limitaes na vida dos pacientes, interferindo na qualidade de vida e o cuidado nutricional fundamental para no tratamento da doena. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa analisar a associao entre qualidade de vida com o uso do instrumento SF-36 com consumo alimentar, estado nutricional em pacientes com DRC em HD por meio de pesquisa quantitativa e transversal. MTODOS: Realizou-se avaliao antropomtrica, coleta dos resultados de exames bioqumicos, aplicao do questionrio SF-36 e anamnese alimentar (recordatrio alimentar de 24h). RESULTADOS: A amostra foi composta por 30 pacientes adultos com idade entre 28 a 76 anos. A doena relacionada com DRC mais encontrada foi hipertenso arterial sistmica (53,3%), a mdia do ndice de Massa Corporal foi 25,04 4,50 kg/m. Pela dobra cutnea do brao, 73,3% estavam em desnutrio. O diagnstico nutricional final foi 80% de desnutrio entre os pacientes estudados. O tempo de diagnstico de doena renal teve mdia de 4,84 3,51 anos. Pela mdia dos exames bioqumicos, somente fsforo 5,51 1,61 mg/dl e creatinina 10,84 3,33 mg/dl estavam adequados. Nas mdias das pontuaes do SF-36, o menor valor encontrado foi para limitao por aspectos fsicos (16,67 29,60) e o maior para aspectos sociais (68,17 33,67). CONCLUSO: O consumo energtico e proteico mdio esteve abaixo do recomendado. Obteve-se correlao positiva do consumo calrico, proteico, fibra, clcio e carboidrato com qualidade de vida. Conclui-se, ento, que a alimentao est associada qualidade de vida do paciente renal hemodialtico.
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Introdução: A disfunção endotelial é importante na patogênese da doença cardiovascular (DCV) relacionada à doença renal crônica (DRC). Stromal cell-derived factor-1 (SDF-1) é uma quimiocina que mobiliza células endoteliais progenitoras (EPC) e em conjunto com a interleucina-8 (IL-8) podem ser usadas como marcadores de reparo e lesão tecidual. Objetivo: Neste trabalho, foi investigado o efeito do meio urêmico na expressão de SDF-1 e IL-8 in vivo e in vitro. Métodos: A inflamação sistêmica foi avaliada por meio da proteína C-reativa (PCR) e interleucina-6 (IL-6). IL-8 e SDF-1 foram avaliados por ELISA como marcadores de disfunção endotelial e reparo tecidual, respectivamente. Os estudos in vitro foram realizados em células endoteliais umbilicais humanas (HUVEC) expostas ao meio urêmico ou saudável. Resultados: Foram incluídos nesse estudo 26 pacientes em hemodiálise (HD) (17 ± 3 meses em diálise, 52 ± 2 anos, 38% homens e 11% diabéticos). As concentrações séricas de PCR, IL-6, SDF-1 e IL-8 foram 4,9 ± 4,8 mg/ml, 6,7 ± 8,1 pg/ml, 2625,9 ± 1288,6 pg/ml e 128,2 ± 206,2 pg/ml, respectivamente. Houve correlação positiva entre PCR e IL-6 (ρ = 0,57; p < 0,005) e entre SDF-1 e IL-8 (ρ = 0,45; p < 0,05). Os resultados in vitro demonstraram que a expressão de SDF-1 pelas HUVEC após 6 horas de tratamento com meio urêmico é menor comparada ao tratamento com meio saudável (p < 0,05). Após 12 horas de tratamento, ocorreu aumento de IL-8 quando as HUVECs foram expostas ao meio urêmico (p < 0,005). Conclusão: Sugerimos que SDF-1 e IL-8 nos pacientes em HD podem ser usados para mensurar a extensão do dano e consequente ativação vascular na uremia.
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O grupo de doenças que podem manifestar-se com MAT podem apresentar superposição clínica, dificultando o diagnóstico diferencial. Entre estas ressaltamos a PTT e SHU, sendo que esta última pode ocorrer pela ação de toxinas, doenças sistêmicas, hiperativação da via alterantiva descontrolada por alterações nas proteínas reguladoras desta via (SHUa) e por fim, idiopática. Deve-se proceder a uma série de exames para diferenciá-las. Ressaltando que SHUa é um diagnóstico de exclusão de outras causas de MAT. O tratamento da SHUa com infusão de plasma ou plasmaferese, resulta na maior parte dos casos com boa resposta, especialmente hematológica a curto-prazo, porém é uma doença grave e devastadora e, pode levar a óbito e doença renal crônica terminal. Tratamento com plasma apresenta grande recorrência da doença a longo-prazo e evolução renal desfavorável. Eculizumab, um anticorpo monoclonal anti-C5, tem surgido como uma esperança no prognóstico a curto e a longo-prazo nestes pacientes.
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Introdução: A doença renal crônica é uma doença cuja prevalência tem aumentado no Brasil. A hemodiálise é sua principal modalidade terapêutica e tem, como via de acesso preferencial, a confecção de fístula arteriovenosa. Apesar disso, muitos pacientes necessitam do uso de cateteres duplo-lúmen, seja como acesso temporário ou permanente. Complicações vasculares relacionadas a este procedimento podem ocorrer, sendo o melhor método de avaliação não invasiva a análise ecográfica. Objetivo: Analisar as complicações pelo uso do cateter duplo-lúmen em pacientes com doença renal crônica, em hemodiálise, no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa, PR, por meio do eco-Doppler. Métodos: Estudo observacional, analítico, tipo caso-controle, com obtenção dos dados por TASY®, questionário, exame físico direcionado e exame de imagem (eco-Doppler). Resultados: Nenhuma das variáveis analisadas se mostrou significativa isoladamente como preditora de repercussão vascular no eco-Doppler, que detectou alterações em 31,25% dos casos. O exame físico se mostrou de péssima acurácia em relação ao eco-Doppler na detecção das complicações (K = -0,123). Conclusão: Concluímos que as repercussões vasculares do uso de CDL são frequentes (31,25%), manifestando-se na forma de oclusões com/sem recanalização e estenoses. Sendo assim, é necessária uma análise prévia do sítio de inserção com o eco-Doppler, a fim de se evitar procedimentos desnecessários e com possíveis complicações.
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Introdução: Os distúrbios mineral e ósseo (DMO) são encontrados com frequência em pacientes com doença renal crônica (DRC) e são causa importante de morbidade e mortalidade nessa população. São escassos na literatura estudos que avaliam a prevalência dos tipos de alterações histológicas no tecido ósseo e suas associações com desfechos clínicos, como fraturas, hospitalização, doença cardiovascular e mortalidade. Os estudos epidemiológicos dos DMO-DRC podem ser facilitados pela criação de registros. O Registro Brasileiro de Biópsias Ósseas (REBRABO) será uma base de dados coordenada pelo Comitê DMO-DRC da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Objetivo: Descrever o desenho, banco de dados e metodologia do REBRABO. Métodos: Será uma base de dados eletrônica online, envolvendo informações nacionais, observacionais, multicêntricas retrospectivas (1ª fase), e prospectivas (2ª fase), contendo dados demográficos, clínicos, laboratoriais e de histologia óssea, obtidos por meio da técnica de histomorfometria em pacientes com DMO-DRC; serão empregadas análises estatísticas de relação e comparação para identificar possíveis associações entre os DMODRC e desfechos clínicos, incluindo fraturas, hospitalizações e mortalidade. Resultados: A primeira fase do REBRABO revelará análise de informações demográficas, clínicas, laboratoriais e de histologia do tecido ósseo de janeiro/1986 até dezembro/2013, cujos Resultados são esperados no primeiro semestre de 2015. Conclusão: Existe a necessidade de estudos que avaliem a prevalência, associações entre variáveis sociodemográficas, clínicas, laboratoriais e de histologia do tecido ósseo, e relações com desfechos clínicos na área dos DMO-DRC. O REBRABO servirá como plataforma única de pesquisa retrospectiva e prospectiva envolvendo dados de biópsia óssea de pacientes com DMO-DRC.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC), considerada por alguns autores como uma epidemia deste século, relaciona-se diretamente com as doenças crônicas como diabetes (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) e ao aumento global da expectativa de vida da população. Objetivo: O objetivo deste estudo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes em programa de hemodiálise (HD) em uma capital brasileira. Métodos: Foi realizado um estudo transversal de amostra aleatória de conveniência, utilizando um questionário aplicado em 245 pacientes entre agosto de 2011 e março de 2012. Todos pacientes entrevistados estavam em programa de HD nos três serviços de Nefrologia credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em João Pessoa - PB. Resultados: Dos entrevistados, 61% eram do sexo masculino, 66% apresentavam união estável e 44,5% eram brancos. Aproximadamente 50% eram da faixa etária de 40 a 59 anos e 51% não moravam no município de João Pessoa. As etiologias mais prevalentes foram HAS (38%) e DM (13%). As comorbidades mais prevalentes foram retinopatia diabética (15,5%) e neuropatia periférica (13,5%). Noventa e dois por cento referiram algum episódio de internação hospitalar. O acesso vascular temporário foi usado em 100% dos pacientes na primeira diálise. Conclusão: Os resultados deste estudo sinalizam a importância do melhor acompanhamento pré-dialítico desses pacientes, o que poderia reduzir a morbimortalidade.
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Sintomas neuropsiquiátricos se associam com frequência à disfunção renal, e podem comprometer negativamente tanto a evolução clínica quanto qualidade de vida e capacidade funcional dos pacientes. Os transtornos neuropsiquiátricos associados à doença renal podem tomar formas diversas, de acordo com a história natural da doença, e persistem subdiagnosticados e subtratados. Há ainda poucos dados na literatura quanto à abordagem terapêutica desses pacientes. O objetivo deste artigo é descrever os transtornos neuropsiquiátricos mais frequentemente encontrados nos pacientes com doenças renais.
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Introdução: A necessidade de hemodiálise exerce um profundo impacto nas vidas das crianças e adolescentes com insuficiência renal crônica em estágio final e de suas mães, uma vez que, predominantemente, assumem o cuidado concernente ao tratamento. O tratamento hemodialítico exige que a mãe acompanhe o filho durante as sessões pelo menos três vezes por semana e, por não ser uma prática curativa, vivencia a espera de um transplante renal com diferentes significados atribuídos. Objetivo: Compreender como as mães significam a experiência de acompanhar o filho em uma Unidade de Hemodiálise Infantil e construir um modelo teórico representativo dessa experiência. Métodos: O Interacionismo Simbólico foi adotado como referencial teórico e a Teoria Fundamentada nos Dados como referencial metodológico. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com 11 mães. Resultados: A análise comparativa dos dados possibilitou identificar dois fenômenos que compõem a experiência: “Vendo a vida do filho sugada pela máquina”, que expressa as experiências vivenciadas pela mãe que são geradoras de demandas para compreender a nova condição da criança e do adolescente, e “Dando um novo significado à máquina de hemodiálise”, que representa as estratégias empreendidas para suportar a experiência. A articulação desses fenômenos permitiu identificar a categoria central: “Tendo a vida aprisionada por uma máquina”, a partir do qual se propõe um novo modelo teórico. Conclusão: Os resultados do estudo fornecem subsídios teóricos para um planejamento de assistência que atenda às reais necessidades das mães, identificando aspectos que requeiram intervenção.
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Introdução: Dados nacionais sobre diálise crônica têm tido impacto no planejamento do tratamento. Objetivo: Apresentar dados do inquérito da Sociedade Brasileira de Nefrologia sobre os pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico em julho de 2013 e comparar com dados de 2011- 12. Métodos: Levantamento de dados de unidades de diálise do país. A coleta de dados foi feita utilizando questionário preenchido on-line pelas unidades de diálise. Resultados: Trezentos e trinta e quatro (51%) unidades responderam ao inquérito. Em julho de 2013, o número total estimado de pacientes em diálise foi de 100.397. As estimativas nacionais das taxas de prevalência e de incidência de tratamento dialítico foram de 499 (variação: 284 na região Norte e 622 na Sul) e 170 pacientes por milhão da população, respectivamente. O número estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2013 foi 34.161. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,9%. Dos pacientes prevalentes, 31,4% tinham idade ≥ 65 anos, 90,8% estavam em hemodiálise e 9,2% em diálise peritoneal, 31.351 (31,2%) estavam em fila de espera para transplante, 30% tinham diabetes, 17% tinham PTH > 600 pg/ml e 23% hemoglobina < 10 g/dl. Cateter venoso era usado como acesso em 15,4% dos pacientes em hemodiálise. Conclusão: O número absoluto de pacientes em diálise tem aumentado 3% ao ano nos últimos 3 anos. As taxas de prevalência e incidência de pacientes em diálise ficaram estáveis, e a taxa de mortalidade tendeu a diminuir em relação a 2012. Houve tendência a melhor controle da anemia e dos níveis de PTH.
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Introdução: A doença renal crônica (DRC) caracteriza-se pela perda progressiva da função renal. Intervenções em estágios iniciais melhoram significativamente o prognóstico dos pacientes com DRC e vários estudos mostram que o encaminhamento precoce (EP) ao nefrologista reduz a taxa de mortalidade. Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes em diálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo com dois eixos de análise: perfil socioepidemiológico e clínico dos pacientes em hemodiálise e o tempo transcorrido entre a primeira consulta na unidade de diálise e o início do programa dialítico. Utilizaram-se métodos analíticos para comparar estes dados com o EP e com a mortalidade em 12 meses após o início da diálise. Resultados: Foram analisados 111 pacientes. A taxa de mortalidade dos pacientes encaminhados tardiamente e precocemente foi, respectivamente, de 47,8% e 20,5% (razão de risco [HR] = 2,38; intervalo de confiança [IC] = 1,06-5,36; p = 0,035). Os pacientes que iniciaram a diálise por cateter e fístula arteriovenosa (FAV) tiveram mortalidade, respectivamente, de 51,4% e 10,3% (HR = 4,61; IC = 1,54-13,75; p = 0,006). Conclusão: O tempo de encaminhamento foi predominantemente tardio. Foi demonstrado que o encaminhamento tardio (ET) esteve relacionado a maior mortalidade. Outros fatores associados a maior mortalidade foram a idade maior ou igual a 70 anos, presença de DM e uso de cateter ao início da diálise.
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ResumoObjetivo:Avaliar a confiabilidade da traduo e adaptao cultural do questionrio Pediatric Quality of Life Inventory (Peds- QLTM) - Doena Renal em Estgio Avanado (DREA) - verso 3.0 - relato das crianas/adolescentes e relato dos pais para avaliao da Qualidade de Vida Relacionada Sade (QRVS) de crianas brasileiras portadoras de DREA.Mtodo:Utilizou-se a metodologia proposta pelos autores da verso original dos questionrios, por meio da administrao dos mesmos a um grupo de 24 crianas e adolescentes portadores de DREA em acompanhamento na Unidade de Nefrologia Peditrica do Instituto da Criana - HCFMUSP e 32 cuidadores primrios (CP).Resultados:A anlise estatstica inicial dos sete domnios do questionrio resultou em alfa de Cronbach entre 0,39 e 0,89. Os domnios que apresentaram valores inferiores a 0,5 foram recalculados separando-os por faixas etrias, o que resultou em elevao do alfa de Cronbach, demonstrando a influncia da faixa etria na percepo da qualidade de vida, no paciente portador de DREA. A avaliao geral do alfa de Cronbach, todavia, apontou 0,81 e 0,71 para os questionrios destinados aos relatos dos pacientes e dos CP, respectivamente, demonstrando uma boa consistncia interna.Concluso:A verso brasileira do questionrio vlida, confivel e til na mensurao da QVRS das crianas e dos adolescentes com DREA, segundo os relatos dos pacientes e dos CP.
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ResumoIntroduo:O sub-relato da ingesto energtica pouco estudado na populao em hemodilise.Objetivo:Avaliar o sub-relato da ingesto energtica e os fatores associados em pacientes em hemodilise.Mtodos:Estudo transversal, com 344 pacientes adultos estveis, de dez centros de hemodilise de Goinia-GO. A ingesto energtica foi avaliada por seis recordatrios de 24 horas e a taxa de metabolismo basal (TMB) foi calculada pela equao de Harris Benedict. Foi considerado como sub-relato quando a razo entre a ingesto energtica mdia e a TMB foi menor que 1,27. Para anlise dos fatores associados ao sub-relato, foi utilizada a regresso de Poisson com estimativa robusta da varincia.Resultados:A prevalncia de sub-relato foi de 65,7%, sendo mais expressiva em indivduos com excesso de peso e nos dias sem dilise. O resultado final da anlise multivariada identificou quatro fatores independentemente associados ao sub-relato: sexo feminino (RP = 1,27; IC = 1,10-1,46), ndice de massa corporal ≥ 25 kg/m2 (RP = 1,29; IC = 1,12-1,48), trs ou menos refeies/dia (RP = 1,31; IC = 1,14-1,51) e tempo de hemodilise inferior a cinco anos (RP = 1,19; IC = 1,01-1,40).Concluso:A populao avaliada demonstrou elevada prevalncia de sub-relato da ingesto energtica. Pertencer ao sexo feminino, apresentar excesso de peso, fazer um menor nmero de refeies dirias e ter menos tempo de hemodilise foram fatores associados ao sub-relato.