Uso do eculizumab na síndrome hemolítica urêmica atípica: relato de caso e revisão da literatura


Autoria(s): Vaisbich,Maria Helena; Henriques,Luciana dos Santos; Watanabe,Andréia; Pereira,Lilian Monteiro; Metran,Camila Cardoso; Malheiros,Denise Avancini; Modanez,Flávia; Silva,João Domingos Montoni da; Vieira,Simone; Macedo,Ana Catarina Lunz; Massarope,Bianca; Furusawa,Érika Arai; Schvartsman,Benita Galassi Soares
Data(s)

01/09/2013

Resumo

Síndrome Hemolítico Urêmica atípica (SHUa), isto é, não associada à Escherichia coli, produtora de Shiga toxina, é vista em 5% a 10% dos casos de Síndrome Hemolítico Urêmica (SHU), podendo ocorrer em qualquer idade e ser esporádica ou familiar. O prognóstico nestes casos é reservado, com alta mortalidade e morbidade na fase aguda da doença, e cerca de 50% dos casos podem evoluir para doença renal crônica terminal. O aumento do conhecimento da patôgenese da SHUa (hiperativação da via alternativa do complemento) foi acompanhado pelo surgimento de uma droga, eculizumab, a qual age como inibidor da via final do complemento. Nosso objetivo é relatar um caso de lactente com SHUa que apresentou excelente resposta clínica e laboratorial com o uso de eculizumab. Lactente, 14 meses de idade, sexo masculino, previamente hígido, apresentou quadro de anemia e plaquetopenia aos 12 meses de idade. Foi tratado com corticoterapia e encaminhado ao nosso serviço por hipertensão arterial. Entretanto, os exames demonstraram acometimento renal com proteinúria nefrótica e hipoalbuminemia, com Coombs direto negativo. Evoluiu com anemia, plaquetopenia, piora de função renal e hipertensão. Realizada biópsia renal que mostrou microangiopatia trombótica (MAT). Diante do quadro de anemia não hemolítica, plaquetopenia e insuficiência renal aguda com substrato histológico de MAT, foi feito diagnóstico de SHUa. O paciente recebeu eculizumab, com excelente resposta clínico-laboratorial. Este caso denota a importância de diagnóstico e tratamento precoces nesta entidade grave que é a SHUa. Eculizumab é eficaz e mantém remissão a longo prazo, evitando medidas invasivas como a plasmaferese, a qual resolve apenas parcialmente o quadro.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002013000300011

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade Brasileira de Nefrologia

Fonte

Jornal Brasileiro de Nefrologia v.35 n.3 2013

Palavras-Chave #anemia hemolítica #crianças #insuficiência renal aguda #microangiopatia trombótica
Tipo

journal article