410 resultados para temperatura e umidade relativa do ar
Resumo:
Este estudo foi desenvolvido na Reserva Florestal Adolpho Ducke, ao norte de Manaus. Analisaram-se dados de observações fenológicas sobre cinco espécies da família Chrysobalanaceae, Licania heteromorpha L. longistyla L octandra Couepia longipendula, C. robusta e dados meteorológicos obtidos no período de 1970 a 1994. Determinaram-se as percentagens médias mensais de ocorrência, frequência, regularidade, data e duração média anual das fenofases, e o índice de sincronia entre indivíduos e na população para a plena floração (F2), frutos maduros (F5) e folhas novas (F8) de cada espécie. L. heteromorpha apresentou pico máximo de plena floração na transição para a estação chuvosa (Nov.-Jan.); L. longistyla (Jun.) e L. octandra (Jul.) na transição para a estação seca; C. longipendula e C. robusta na estação seca (Out.). As espécies apresentaram frequência anual a supra-anual na floração, com padrão irregular, com exceção de L. octandra supra-anual e padrão muito irregular. A duração média da floração foi de 4,8 meses e de 5,5 meses para a frutificação para as cinco espécies. O índice de sincronia da plena floração foi alta para L. octandra (0,79), média para C. longipendula (0,56) e baixa para L. heteromorpha, L. longistyla e C. robusta (< 0,32) espécies mostraram ser perenifólias. Uma análise multivariada mostrou que a plena floração teve correlação linear negativa com a precipitação e umidade relativa (r = -0,34) e correlação positiva com a insolação (r = 0,29), temperatura máxima (r = 0,26) e evaporação (r = 0,31); a fase de frutos maduros apresentou correlação positiva com a precipitação (r = 0,27) e negativa com a temperatura mínima (r = -0,35) e insolação (r = -0,27); a fase de folhas novas apresentou correlação semelhante à da plena floração.
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O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento de sementes de Copaifera multijuga Hayne, sob diferentes condições de armazenamento visando estabelecer critérios para a conservação desse material por um maior período de tempo. Sementes frescas foram acondicionadas em saco de papel (embalagem permeável) e vidro (embalagem impermeável), e armazenadas em ambiente de laboratório (temperatura média 27ºC e umidade relativa 85%) e câmara fria (temperatura de 8ºC e umidade relativa 55%) durante seis meses. O delineamento adotado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2x3 (embalagem, ambiente, período), com quatro repetições de 25 sementes. A qualidade das sementes foi avaliada bimestralmente, por meio dos parâmetros: teor de água, germinação, índice de velocidade de emergência e comprimento de plântula. A percentagem de germinação inicial das sementes foi 94% e a umidade 34%. Sementes de Copaifera multijuga tiveram sua viabilidade reduzida para 75% e 45%, em embalagem permeável e impermeável, respectivamente, após dois meses de armazenamento em ambiente de laboratório. A embalagem permeável mostrou-se eficiente na conservação de sementes desta espécie quando mantidas em câmara fria, com percentagem de germinação de 85%, por um período de quatro meses.
Resumo:
Estudou-se a fenologia da palmeira patauá (Oenocarpus bataua Martius) na Reserva Florestal Adolpho Ducke em ecossistema de terra-firme ao longo de 16 anos, e calculou-se a ocorrência média mensal de dez fenofases. Usou-se a análise dos componentes principais entre dez variáveis fenológicas e seis meteorológicas. As porcentagens de ocorrência média mensal apresentaram valores baixos (<14 %) e ocorreram todo o ano. Pela análise dos componentes principais a precipitação e a insolação foram as variáveis abióticas que apresentaram alto poder discriminatório na formação da variação dos primeiros componentes, que juntos explicaram 89,6 % da variação. As correlações entre a fenofase "cacho com frutos caindo" e as variáveis meteorológicas foram positivas com a insolação (r=0,34), temperatura máxima (r=0,31) e temperatura média (r=0,20), e negativa com a umidade relativa (r=0,-26) e precipitação (r=-0,26).
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O bicho do cesto, Oiketicus kirbyi (Lands.-Guilding, 1827), inseto extremamente polífago, é praga de várias culturas de importância econômica, principalmente na região sul do Brasil. Sua ocorrência em áreas reflorestadas com eucalipto é freqüente, embora não tenha causado, ainda, danos econômicos de monta. Este trabalho trata da biologia deste inseto em folhas de Eucalyptus spp., com a finalidade de trazer subsídios para o caso de eventuais surtos de O. kirbyi em florestas implantadas. O bicho do cesto foi criado em laboratório em temperatura de 25±3°C, umidade relativa de 70± 10% e fotofase de 13 h. Os seguintes valores médios foram obtidos: período embrionário de 43,1 dias, período larval de 140 dias (machos) e 151 dias (fêmeas), período pupal de 38,2 dias (machos), longevidade dos adultos de 3,0 dias (machos) e 3,9 dias (fêmeas) e período de oviposição 2,1 dias. Foram determinadas, também, as dimensões de ovos, pupas, adultos e das cápsulas cefálicas, o número de ínstares larvais, período de cópula, além da estimativa do dano foliar.
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O presente trabalho teve como objetivo comparar os ciclos de vida entre amostras de populações de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) coletadas em dez municípios localizados no semiárido paraibano. Os ciclos de vida foram estudados a uma temperatura de 26 ± 2ºC, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas. Diariamente foram avaliados os períodos de desenvolvimentos e as viabilidades das fases de ovo, larva e pupa, bem como a razão sexual, longevidade, tamanho e fecundidade dos adultos. Foi realizada uma análise de agrupamento, utilizando-se uma matriz de distância euclidiana através do método da média não-ponderada. As durações e viabilidades para as fases de ovo, larva e pupa apresentaram respectivamente, uma variação média de 3,7 a 4,7 dias e 82,8% a 97,7%, 9,1 a 10,8 dias e 91,2% a 99,2% e de 2,1 a 2,5 dias e 93,5% a 98,4%. O comprimento alar foi de 5,13 a 5,34 mm para as fêmeas e de 4,18 a 4,25 mm para os machos. A menor fecundidade (153,6 ovos/fêmea) ocorreu na população de A. aegypti oriunda de Pedra Lavrada, enquanto que a maior fecundidade (310,6 ovos/fêmea) foi constatada para A. aegypti de Campina Grande. A análise de agrupamento com base na similaridade dos dados biológicos revelou a formação de dois grandes grupos distintos, onde as populações de A. aegypti de Serra Branca e Cuité apresentam maior similaridade entre si. As diferenças de ciclos biológicos verificadas entre as populações de A. aegypti demonstra a capacidade dessa espécie de sofrer variações na sua biologia e se adaptar às diferentes condições ambientais, favorecendo a permanência deste inseto nessas áreas com aumento do risco de transmissão do vírus da dengue.
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O conhecimento dos aspectos biológicos e morfológicos dos moluscos terrestres é importante para o desenvolvimento de medidas de controle de pragas e de estratégias de conservação de espécies. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar os padrões de biologia e conquiliomorfometria de Dysopeas muibum Marcus & Marcus, 1968 e verificar o efeito do isolamento sobre seu ciclo de vida e a morfometria da concha, em condições de laboratório. Foi realizado o acompanhamento do crescimento da concha, da liberação de filhotes e da mortalidade de 80 moluscos, dos quais 40 foram mantidos isolados e 40 agrupados (10 moluscos por grupo) em condições naturais de temperatura, umidade relativa e fotoperíodo, desde o nascimento até 180 dias de vida, quando então foram aferidas as medidas da concha. Os moluscos foram criados em terrários plásticos vedados com tecido de algodão e elástico, tendo como substrato terra vegetal esterilizada e alimentados com ração para frangos enriquecida com carbonato de cálcio. Foi verificado que os indivíduos possuem a concha pequena, alongada e são capazes de se reproduzir por autofecundação. Possuem crescimento indeterminado, iteroparidade, baixa mortalidade antes e após a maturidade sexual e a fecundidade aumenta de acordo com o tamanho corporal. O isolamento atuou na fecundidade, embora não tenha influenciado o crescimento, o alcance da maturidade sexual, a relação crescimento-reprodução, a mortalidade e a conquiliomorfometria.
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Os autores descrevem a evolução esporogônica do Hepatozoon caimani (Carini, 1909), no Culex dolosus (L. Arribálzaga). Após descreverem as formas eritrocíticas e pequenos cistos esquizogônicos com dois merozoítas, mostraram que a evolução do parasita no mosquito é muito lenta, pois leva cerca de 24 dias para a formação de esporozoítas, à temperatura de 26 a 28ºC e umidade relativa de 80 a 85%. Em geral, há formação nos oocistos de dois esporoblastos, sendo que um degenera e o outro evolui e forma cerca de 100 a 120 esporocistos, cada um contendo de 15 a 20 esporozoítas. Não conseguiram obter a evolução esporogônica dos parasitas em sanguessugas (Haementeria lutzi) e nem em "barbeiros" (Triatoma infestans).
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Durante dois anos completos - outubro de 1980 a setembro de 1982 - capturamos flebótomos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As coletas em isca humana foram realizadas semanalmente com duração de duas horas e em três diferentes horários.Em todas, anotavamos as fases da lua e, a cada hora, a temperatura, umidade relativa ventos e chuvas. Foram gastas 586 horas e capturados 4.824 flebotomos de dez espécies, todas pertencentes ao genero Lutzomyia França, 1924. Dessas espécies, L. ayrozai e L. hirsuta representaram 92% do total. As duas, no entanto, dominam a fauna em épocas diferentes: a primeira e mais frequente nos meses quentes e umidos, declinando consideravelmente nos meses frios e secos, ocasião em que a segunda comeca a predominar. As espécies L. fischeri e L. shannoni foram as mais resistentes as condições climáticas desfavoráveis. Na ocorrência de chuvas e ventos, geralmente eram as únicas a serem coletadas. Com relação as fases lunares, observamos que a lua nova foi a mais favorável a coleta de flebotomíneos e a lua cheia a de menor rendimento, excetuando-se L. shannoni que ocorreu com maior densidade nesse período.
Resumo:
Capturas sistemáticas foram realizadas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, durante dois anos consecutivos - setembro de 1980 a agosto de 1982 - visando estabelecer a distribuição estacional, em isca humana,das espécies de culicídeos que ali ocorrem. Esta distribuição esteve influenciada, diretamente e nesta ordem, por três importantes variáveis climatológicas: precipitação pluviométrica, umidade relativa e temperatura. A estação hibernal atuou como fator limitante para a maioria das espécies. Os sabetinos foram os mais resistentes a este período e, por conseguinte, os mais constantes e abundantes dentre os mosquitos encontrados. Os sabetinos Ph. pilicauda e Li, durhami foram os mosquitos mais frequentes, ficando com Cx. nigripalpus e Ae. scapularis esta supremacia dentre os culicinos. Quanto aos anofelinos, deparamos quase que exclusivamente com representantes de An. cruzii. Encontramos espécies vetoras de doenças ao homem como: Ha. capricornii, Ha. leucocelaenus, An. cruzii e Ae. scapularis em outras áreas.
Resumo:
Partindo de adultos oriundos da colônia de Stomoxys calcitrans estabelecida na Estação para Pesquisas Parasitológicas W. O. Neitz, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a temperatura constante de 27-C e 70-80% de umidade relativa, uma fêmea e dois machos foram isolados em gaiolas individuais para observações de alguns parâmetros biológicos, previamente determinados, tais como: número de fêmeas que chegam a efetuar postura, número real de ovos por fêmea, periodicidade de postura e lingevidade das fêmeas. Depois de quatro ensaios com seis fêmeas no primeiro e no segundo, sete e oito fêmeas no terceiro e quarto ensaios, respectivametne, num total de 27 fêmeas isoladas, apenas dez fizeram posturas (37,0%); o número total de ovos foi 2.254, tendo a média de ovos por fêmea sido 83,4; as fêmeas tiveram um período e postura que variou de 3 a 17 dias, com uma média de 10,2 dias; o ritmo de postura variou de uma até sete posturas com intervalos, mas também, variando entre menos de 24 horas até seis dias.
Resumo:
A atividade esterilizante das pastilhas de paraformaldeído reutilizadas foi avaliada por meio do monitoramento microbiológico, segundo a técnica da Association of Official Analytical Chemists (AOAC), exigida no Brasil para o registro desta categoria de saneastes junto à Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Preliminarmente aos testes ulometria iodométrica segundo a Society of Japanese Pharmacopeia que permitiram a construção de uma curva de concentração de formaldeído gasoso liberado por ciclo de esterilização, em relação ao número de reutilizações, subsidiando, desta forma, a escolha do momento da realização das análises microbiológicas. As pastilhas de paraformaldeído mantiveram atividade esterilizante na concentração de 3% (3g/100 cm³) num período de exposição de 4 h à temperatura de 50ºC sob umidade relativa máxima, após 12 ciclos de reutilizações de um mesmo grupo de pastilhas.
Resumo:
A parte Ido trabalho mostrou que as pastilhas de Paraformaldeído, em condições ambientais, são utilizadas de uma forma muitas vezes inadequada quanto à sua indicação, pela maioria das instituições pesquisadas. Este artigo traz detalhes das formas de utilização das pastilhas de paraformaldeído destacando-se, dentre os problemas, a falta de adesão a uma base teórica que fundamente o processo e a ausência da sua validação, o que compromete a segurança da esterilização. As condições de "esterilização" da maioria das Instituições não incluem temperatura, acréscimo da umidade relativa e não fazem a quantificação adequada das pastilhas, assim como não possuem parâmetros fundamentados que orientem a reutilização de um mesmo grupo de pastilhas de Paraformaldeído nos processos. O uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é bastante valorizado no manuseio deste agente químico.
Resumo:
Comunidade de abelhas (Hymenoptera, Apoidea) em ecossistema de dunas na Praia de Panaquatira, São José de Ribamar, Maranhão, Brasil. Foi analisada a estrutura da comunidade de Apoidea de uma área restrita de dunas primárias em São José de Ribamar, Maranhão, Brasil. Amostragens foram realizadas quinzenalmente durante um ano com metodologia padronizada totalizando 24 coletas. As coletas ocorreram no período das 12:00 às 18:00 h no primeiro dia e das 6:00 às 12:00 h no segundo, realizadas por dois coletores. Um total de 3305 indivíduos de 31 espécies pertencentes a quatro famílias (Apidae>Halictidae>Megachilidae>Andrenidae em número de indivíduos) foram coletadas nas flores. Centris com 14 espécies e 890 indivíduos foi o gênero mais rico e abundante. O padrão de abundância e riqueza foi bastante semelhante ao de outros habitats de dunas no nordeste brasileiro. Das espécies amostradas, 61% foram representadas por menos de 36 indivíduos e apenas 5 espécies foram muito abundantes com mais de 177 indivíduos: Apis mellifera Linnaeus, Centris (Centris) leprieuri Spinola, Eulaema (Apeulema) nigrita Lepeletier, Eufriesea surinamensis Linnaeus e Xylocopa (Neoxylocopa) cearensis Ducke. As abelhas estiveram presentes durante todo o ano, apresentando picos de abundância no período de maior precipitação. A atividade diária foi maior entre 06:00 e 11:00 h, quando a temperatura aumentava e a umidade relativa decrescia.
Resumo:
Foram identificados os pólens coletados por operárias de Scaptotrigona depilis (Moure, 1942), na Região de Dourados-Ms, durante o período de setembro de 2006 a agosto de 2007. Ao todo foram coletados 42 tipos polínicos, sendo mais representativa em número de espécies, as famílias Myrtaceae (Eucalyptus spp.) e Mimosaceae. Os picos de valores de amplitude de nicho trófico (H') em Setembro (2,32), Novembro (2,29) e Outubro (2,02) mostraram que essa abelha pode ser generalista, dependendo da disponibilidade e características das fontes florais. Os valores de equitatividade (J'), também indicam maior uniformidade de uso das fontes florais durante esses meses de máxima amplitude de nicho. Os fatores ambientais (temperatura, umidade relativa e pluviosidade) não mostraram relação direta com a equitatividade e amplitude do nicho trófico. Estas variáveis parecem estar mais relacionadas com os ciclos diários ou sazonais de produção de pólen e néctar.
Resumo:
Este trabalho, realizado em 1996 na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Eldorado do Sul, RS, e na Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado (CPACT), em Pelotas, RS, objetivou avaliar o efeito do ethephon aplicado em pré-colheita e da frigoconservação na maturação da pêra (Pyrus communis L.) cv. Packham's Triumph. O ethephon foi pulverizado nas concentrações de 0, 12,5, 25, 50 e 100 ppm, e as pêras frigorificadas a -1,0ºC e 92-96% de umidade relativa por 0, 10, 20, 40 e 80 dias. Após os períodos de armazenamento refrigerado, os frutos foram conservados em temperatura ambiente por dois ou oito dias. A firmeza da polpa apresentou uma tendência de diminuição com o aumento das concentrações de ethephon, do período de frigorificação e dos dias à temperatura ambiente. O comportamento da relação sólidos solúveis totais (SST)/acidez titulável (AT) variou mais em função da AT do que dos valores de SST. A relação SST/AT aumentou desde a aplicação dos tratamentos até a colheita. A produção de etileno aumentou com o aumento do período de frigorificação e do número de dias em temperatura ambiente; mas não foi influenciada pela concentração de ethephon.