354 resultados para Consequência da HAS Crônica
Resumo:
FUNDAMENTO: A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é uma das mais importantes causas de insuficiência cardíaca na América Latina. A terapia celular vem sendo investigada como uma possível opção terapêutica para pacientes com doenças cardiovasculares. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da terapia com células-tronco mesenquimais em um modelo experimental de cardiomiopatia chagásica crônica. MÉTODOS: Camundongos C57BL/6 foram infectados com 1000 tripomastigotas da cepa Colombiana de T. cruzi e, após seis meses de infecção, foram tratados com células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo humano (CTTAs) ou com meio DMEM (controle). O grupo tratado recebeu duas injeções intraperitoneais de CTTAs (1x106 células / dose), com um mês de intervalo entre as duas doses. Antes e após 1 e 2 meses de tratamento, os animais chagásicos e controles normais foram submetidos à eletrocardiograma e teste ergoespirométrico. Todos os animais foram sacrificados sob anestesia após 2 meses de tratamento, para análise histopatológica do coração. RESULTADOS: Não foi observada melhora de arritmias e da função cardiovascular no grupo tratado com CTTAs, porém secções de corações de camundongos deste grupo apresentaram uma redução significativa do número de células inflamatórias (p < 0,0001) e da área de fibrose (p < 0,01) em comparação com animais chagásicos tratados com DMEM. CONCLUSÃO: Deste modo, conclui-se que a administração de CTTAs por via intraperitoneal é capaz de reduzir inflamação e fibrose no coração de camundongos cronicamente infectados por T. cruzi, porém não teve efeitos na função cardíaca dois meses após o transplante.
O carvedilol potencializa o efeito antioxidante das vitaminas E e C na cardiopatia chagásica crônica
Resumo:
FUNDAMENTO: A doença de Chagas continua a ser uma importante doença endêmica no país, sendo o acometimento cardíaco a sua manifestação mais grave. OBJETIVO: Verificar se o uso concomitante de carvedilol potencializará o efeito antioxidante das vitaminas E e C na atenuação do estresse oxidativo sistêmico na cardiopatia chagásica crônica. MÉTODOS: Foram estudados 42 pacientes com cardiopatia chagásica, agrupados de acordo com a classificação modificada de Los Andes, em quatro grupos: 10 pacientes no grupo IA (eletrocardiograma e ecocardiograma normais: sem envolvimento do coração), 20 pacientes do grupo IB (eletrocardiograma normal e ecocardiograma anormal: ligeiro envolvimento cardíaco), oito pacientes no grupo II (eletrocardiograma e ecocardiograma anormais, sem insuficiência cardíaca: moderado envolvimento cardíaco) e quatro pacientes no grupo III (eletrocardiograma e ecocardiograma anormais com insuficiência cardíaca: grave envolvimento cardíaco). Os marcadores de estresse oxidativo foram medidos no sangue, antes e após um período de seis meses de tratamento com carvedilol e após seis meses de terapia combinada com vitaminas E e C. Os marcadores foram: atividades da superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase, glutationa S-transferase e redutase, mieloperoxidase e adenosina deaminase, e os níveis de glutationa reduzida, de espécies reativas do ácido tiobarbitúrico, proteína carbonilada, vitamina E e óxido nítrico. RESULTADOS: Após o tratamento com carvedilol, todos os grupos apresentaram diminuições significativas dos níveis de proteína carbonilada e glutationa reduzida, enquanto os níveis de óxido nítrico e atividade da adenosina aumentaram significativamente apenas no grupo menos acometido (IA). Além disso, a maioria das enzimas antioxidantes mostrou atividades diminuídas nos grupos menos acometidos (IA e IB). Com a adição das vitaminas ao carvedilol houve diminuição dos danos em proteínas, nos níveis de glutationa e na maior parte da atividade das enzimas antioxidantes. CONCLUSÕES: A queda dos níveis de estresse oxidativo, verificada pelos marcadores testados, foi mais acentuada quando da associação do fármaco carvedilol com as vitaminas antioxidantes. Os dados sugerem que tanto o carvedilol isoladamente como sua associação com as vitaminas foram eficazes em atenuar o dano oxidativo sistêmico em pacientes com CC, especialmente aqueles menos acometidos, sugerindo a possibilidade de sinergismo entre esses compostos.
Resumo:
FUNDAMENTO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome que cursa com má evolução nas formas avançadas. O bloqueio neuro-hormonal modifica essa história natural; no entanto, ele com frequência é subotimizado. OBJETIVO: Neste estudo procuramos verificar em qual percentual médicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo dos medicamentos de comprovada eficácia. MÉTODOS: Foram selecionados consecutivamente 104 pacientes ambulatoriais com disfunção sistólica, todos sob tratamento estabilizado. Avaliaram-se dados demográficos e o tratamento verificando-se as doses atingidas. Os achados são apresentados em percentual e fizeram-se correlações entre as diferentes variáveis. RESULTADOS: A idade média dos pac. foi de 64,1 ± 14,2 anos, com PAS 115,4 ± 15,3 mmHg, FC de 67,8 ± 9,4 bpm, peso 76,0 ± 17,0 kg e em ritmo sinusal (90,4%). Quanto ao tratamento, 93,3% estavam recebendo um bloqueador do SRA (52,9% IECA), todos recebiam betabloqueador (BB), sendo o carvedilol o mais prescrito (92,3%). Quanto às doses: 97,1% dos que recebiam um BRA estavam com dose abaixo da ideal; os que recebiam IECA 52,7% receberam dose otimizada. Quanto ao BB, em 76,0% foi possível prescrever as doses alvos. Nesse grupo de pac. a maioria com dose alvo do BB, pode-se observar que 36,5% apresentavam frequência cardíaca igual ou maior que 70 bpm em ritmo sinusal. CONCLUSÕES: Médicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo de inibidores da ECA e BB para a maioria dos pac. Mesmo recebendo as doses preconizadas, cerca de um terço dos pac. persiste com FC acima de 70 bpm e deveria ter seu tratamento otimizado.
Resumo:
O Autor estudou o eletrocardiograma de 6 cães adultos antes e após a inoculação, nestes animais, de uma amostra de Schizotrypanum cruzi obtida de um caso humano de miocardite chagásica com bloqueio aurículo-ventricular total. A fase aguda da moléstia nos cães foi seguida por frequentes exames de sangue a fresco, entre lãmina e lamínula, para a pesquisa do flagelado. Os traçados eletrocardiográficos foram obtidos antes da inoculação e até 320 dias após a mesma. Além das derivações periféricas, em alguns cães, registrou também as derivações precordiais. A interpretação dos eletrocardiogramas seriados foi feita levando-se em conta a variabilidade dos traçados em série observada em cães normais. Em todos os 6 cães estudados houve uma diminuição muito acentuada da voltagem dos complexos ventriculares, denotando lesão miocárdica. A diminuição da voltagem de QRs já se evidencia na fase aguda e de transição da moléstia, tornando-se máxima logo no inicio da fase crônica. Em dois cães, paralelamente com a diminuição da voltagem, houve uma rotação do eixo elétrico para a esquerda. Em um cão foram observadas extrasístoles ventriculares e, em dois, extrasístoles auriculares. Somente em um cão observou alterações significativas da onda P. constituidas por alargamento e entalhe da mesma. O Autor salienta e discute o fato de não ter encontrado alterações na condução (não houve aumento de Pr e somente em um caso houve alargamento significativo de QRS). As pesquizas ainda continuam sendo apenas parciais os resultados apresentados. Agradecemos ao Prof. AMERICANO FREIRE pelas sugestões e ao Sr. KURT BENSEMANN pela constante assistencia técnica.
Resumo:
O Autor estudou eletrocardiogramas de quatro cães adultos com moléstia de Chagas na fase crônica, tirados antes e depois de injeções intravenosas, nos mesmos, de antígeno de Schizotrypanum cruzi preparado utilizando culturas dêste flagelado em meio de Bonacci. Levando-se em conta o pêso dos cães, a qualidade de flagelados injetada variou de 0,12 a 3,8 milhões por quilo de pêso. Os traçados eletrocardiográficos tirados após intervalos variáveis até 48 horas depois da injeção do antígeno não apresentaram nenhuma alteração significativa.
Resumo:
Se presenta el estudio clínico, y anatomopatológico parcial, de dos enfermos con encefalopatía crónica por Trypanosoma cruzi, cuyo síntoma inicial aislado fue la cefalea, a la cual se agregaron progresivamente otros síntomas de enfermedad del sistema nervioso central, llegando tras años a configurarse un cuadro de enfermedad cerebral definida, en el primer caso con sintomatologia cerebral difusa y compromiso de la actividad psíquica, en el segundo caso con síndrome seudotumoral. En ambos casos coexistían signos de cardiopatía, pero sin el conjunto de elementos semiológicos prevalentes en la cardiopatía chagásica. El estudio anatomopatológico del cerebro (el primer caso muere por accidente, el segundo en coma encefalopática, posiblemente agravado por hipermedicación) mostró en ambos casos una meningo-córtico encefalitis multimicrofocal, de predomínio superficial, con caracter nodular en torno a vasos sanguíneos alterados (vasculitis primária?). A la encefalitis inflamatoria se agregan en el 2º caso lesiones trombóticas arteriolares (microembolia de trombos murales provenientes de la cardiopatía?). Se hallaron igualmente, areas irregulares de desmielinización, neuronolisis y satelitosis. En el caso 2 se encontraron leishmanioides de T. cruzi en reducido número, en focos de lesión inflamatoria necrotizante típica. Como el síntoma inicial y aislado fuera la cefalea en ambos enfermos, se considera haber confirmado y ampliado las observaciones clínicas de uno de los autores, quien señala a la cefalea (en asociación a reacciones suerológicas positivas) como neurosíndrome mínimo en la tripanosomiasis cruzi crónica. Se analisan los posibles mecanismos patogénicos, se exponen los síntomas concomitantes y la evolución de la encefalopatía crónica por T. cruzi, considerando los casos estudiados a la luz de los conocimientos previos sobre las formas neurales de la tripanosomiasis cruzi.
Resumo:
De um grupo de 112 casos crônicos de Doença de Chagas recebidos, foi possível selecionar 32 casos dotados de dados clínicos e testes de diagnóstico completos que permitiram uma avaliação da resposta imunitária humoral em face de quadros clínicos e cardiológicos bem definidos. Observou-se um ligeiro aumento dos níveis de IgG, sem que houvesse significância destes resultados quando feita a comparação com um grupo de habitantes da região de Bambuí, cujos testes, empregados normalmente para diagnóstico da Doença de Chagas, foram negativos. Este grupo, que foi considerado como o "normal" da região, não apresentava nenhuma sintomatologia e, tanto quanto foi possível observar, gozava bom estado de saúde. Os níveis de IgM e IgA apresentavam-se dentro da faixa de normalidade, enquanto os títulos de anticorpos heterófilos, ficaram entre 1/56 e 1/112. Na Correlação que se tentou estabelecer entre anticorpos heterófilos e cardiopatias chagásicas constatou-se não existir, aparentemente, relação entre concentração e cardiopatia.
Resumo:
Xenodiagnósticos feitos com Triatoma infestans durante 24 horas consecutivas, a intervalos de duas horas, demonstraram o Trypanosoma cruzi em 9 de 10 pacientes suspeitos de infecção chagástica crônica.
Resumo:
Analisando a histopatologia hepática em 20 indivíduos que faleceram com miocardiopatia crônica chagásica descompesada, 10 com hiperbilirrubinemia e icterícia e 10 sem icterícia, foi possível verificar-se que: a diferença entre os dois grupos e mais quantitativa que qualitativa, sendo que o grau e extensão da necrose congestiva parece ser o fator mais importante nos casos ictéricos: a presença de infarto pulmonar ocorreu de maneira semelhante nos dois grupos e não pareceu ter papel fundamental na patogenese da icterícia.
Resumo:
São descritas as principais etapas de uma técnica simples e sensível para a pesquisa, na mesma placa, do antígeno, do anticorpo e de imunocomplexos específicos baseada no "Enzyme-Linked Immunosorbent Assay" (ELISA). A técnica se mostrou de grande utilidade na pesquisa do antígeno, do anticorpo e de imunocomplexos específicos no soro de pacientes com esquistossomose hépato-intestinal crônica.
Resumo:
Cinquenta e nove pacientes chagásicos crônicos foram submetidos a xenodiagnósticos e hemocultura concomitantes para isolamento de amostras de Trypanosoma cruzi. O xenodiagnóstico foi composto de 40 ninfas de Panstrongylus megistrus, Triatoma infestans e Dipetalogylus megistus, Triatoma infestans e Dipetalogaster maximus num total de 120 triatomíneos. Os insetos foram dissecados em grupo de 10 por espécie e o conteúdo intestinal, agrupado, examinado após prévia trituração e homogeneização. O material negativo ao microscópio foi semeado em meio LIT e examinado após 20 dias. Vinte e nove pacientes foram parasitologicamente comprovados, sendo 15 apenas no xenodiagnóstico, quatro apenas com a hemocultura e 10 por ambos os métodos. Discutem-se as dificuldades para a comprovação parasitológica dos pacientes chagásicos crônicos, o valor da utilização simultânea de diferentes espécies de triatomíneos no xenodiagnóstico e a hemocultura, numa associação positiva favorável ao aumento da sensibilidade para o diagnóstico da doença de Chagas. A positividade de 49,2% obtida neste grupo de pacientes visualiza abordagens do tipo ensaio clínico-terapêutico e/ou epidemiológico (tipo caso-controle) com a finalidade de investigar uma possível associação entre amostras do T. cruzi e diferentes formas clínicas da doença de Chagas.
Resumo:
To evaluate the results of xenodiagnosis in chronic Chagas patients infected for ten years or over in an area where transmission has been stemmed as well as the performance of these tests applied one or more times to determine the presence of the paraiste in serum-positive patients for Trypanosoma cruzi infection, 570 xenodiagnosis were performed in 246 patients by exoposing each pacient to 40 Triatoma infestans nymphs of 3 rd/4th stage once, twice or three times, at 30 days intervals. The 570 xenodiagnosis showed overall positive results in 50.7% with a peak 78% in patients under 20 years of age, and 60.5% in those over 60. Of the l58 patients who underwent three xenodiagnosis, 51 (32.3%) had three positive tests, 48 (30.3%) had all negative results, and the remainder had alternating positve and negative findings. There was no difference in number of positive results between the 1st, 2nd and 2rd tests; however, the 1st and 2nd trials added up to 53.2% and the sum total of all three trials was 57.7%.
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We identified a gametocyte-specific protein of Plasmodium falciparum called Pf11-1 and provide experimental evidence that this molecule is involved in the emergence of gametes of the infected erythrocyte (gametogenesis). A mutant parasite clone, which has deleted over 90% of the PF11-1 gene locus, was an important control to establish the gametocyte-specific expression of the Pf11-1. Molecular analysis of the Pf11-1 deletion indicates that it is presumably due a chromosome breakage with subsequent "healing" by the addition of telomeric heptanucleotides. Moreover, similar DNA rearrangements are observed in most of the laboratory isolates during asexual propagation in vitro.
Resumo:
Available evidence suggests that the antischistosomal drug oxamniquine is converted to a reactive ester by a schistosome enzyme that is missing in drug-resistant parasites. This study presents data supporting the idea that the active ester is a sulfate and the activating enzyme is a sulfotransferase. Evidence comes from the fact that the parasite extract loses its activating capability upon dialysis, implying the requirement of some dialyzable cofactor. The addition of the sulfate donor 3'-phosphoadenosine 5'-phosphosulfate (PAPS) restored activity of the dialyzate, a strong indication that a sulfotransferase is probably involved. Classical sulfotransferase substrates like beta-estradiol and quercetin competitively inhibited the activation of oxamniquine. Furthermore, these substrates could be sulfonated in vitro using an extract of sensitive (but not resistant) schistosomes. Gel filtration analysis showed that the activating factor eluted in a fraction corresponding to a molecular mass of about 32 kDa, which is the average size of typical sulfotransferase subunits. Ion exchange and affinity chromatography confirmed the sulfotransferase nature of the enzyme. Putative sulfotransferases present in schistosome databases are being examined for their possible role as oxamniquine activators.