242 resultados para inibidores de HPPD
Resumo:
OBJETIVO: verificar se existe relação preditiva entre a contagem de folículos antrais (CFA) no segundo dia do ciclo com o padrão de resposta em ciclos de hiperestimulação ovariana controlada para injeção intracitoplasmática de espermatozóide (ICSI). MÉTODOS: estudo prospectivo, desenvolvido de maio de 2004 a maio de 2005, no qual 51 pacientes com idade <37 anos foram submetidas a reprodução assistida/ICSI, em protocolo de hiperestimulação ovariana com gonadotrofina recombinante e antagonista de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Foi realizada ultra-sonografia transvaginal (USTV) no segundo dia do ciclo, para contagem do número de folículos de 2 a 10 mm, quando do início do estímulo, dados comparados com o número de folículos >15 mm no dia do desencadeamento da ovulação, número total e em metáfase II de oócitos captados, número de embriões de boa qualidade transferidos e taxa de gestação. A análise estatística foi realizada pelos testes t de Student e de Mann-Whitney, com significância estatística de 5% (p<0,05). RESULTADOS: o grupo de estudo teve média de idade de 32,4 anos. A CFA média foi de 7,1, com mínimo de 1 e máximo de 16. Considerando a CFA como variável principal, foi observada correlação direta significativa com o número de folículos acima de 15 mm no dia do desencadeamento da ovulação (p=0,0001), o número total (p=0,0001) e em metáfase II (p=0,0001) de oócitos captados. Tal correlação entre a CFA e gravidez não foi observada (p=0,43). Não foi demonstrada uma correlação significativa entre a CFA e o número de embriões de boa qualidade transferidos (p=0,081). CONCLUSÕES: a CFA no segundo dia do ciclo estimulado pode ser utilizada na predição da qualidade da estimulação ovariana, do número de oócitos captados e do número de oócitos maduros em ciclos de fertilização in vitro utilizando antagonista de GnRH.
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OBJETIVO: avaliar um novo esquema terapêutico de emprego do atosibano quanto ao efeito tocolítico, eficácia e efeitos colaterais maternos e fetais. MÉTODOS: Estudo prospectivo com 80 gestantes em trabalho de parto prematuro admitidas para tocólise. Critérios de inclusão: gestação única, presença de contrações uterinas regulares, dilatação cervical >1 cm e <3 cm, esvaecimento cervical >50%, idade gestacional entre 23 e 33 semanas e seis dias, membranas ovulares íntegras, índice de líquido amniótico >5 e <25 e ausência de doenças maternas, patologias feto-anexiais, restrição do crescimento fetal, sofrimento fetal e incompetência cervical. Critérios de exclusão: corioamnionite ou febre na vigência de tocólise. No grupo de estudo, utilizou-se atosibano com dose de ataque de 6,75 mg iv em bolus. Em seguida, infusão por três horas de 300 mcg/min e, após, 100 mcg/min durante três horas e 30 minutos. Se as contrações persistissem, mantinha-se infusão iv de 100 mcg/min durante 12 horas e 30 minutos e fazia-se nova avaliação, sucessivamente até completar 45 horas. No Grupo Controle, foi utilizado terbutalina; diluíram-se cinco ampolas de 2,5 mg de terbutalina em 500 mL de soro glicosado a 5% e foi iniciada a infusão intravenosa contínua, 20 mL/h. Na persistência de contrações uterinas, aumentava-se a velocidade de infusão da solução em 20 mL/h até que se conseguisse a parada das contrações uterinas. Quando foi atingida a dose na qual a paciente não apresentava atividade uterina, esta foi mantida por 24 horas. RESULTADOS: a idade gestacional no parto variou de 29 semanas e cinco dias a 40 semanas e seis dias. Em 97,5% dos casos foi possível postergar o parto em pelo menos 48 horas, com intervalo médio entre o início da tocólise e o parto de 28,2 dias. No Grupo Controle, em nove casos, o parto ocorreu em intervalo inferior a 48 horas após o início da tocólise (22,5%); o intervalo médio entre o início da tocólise e o parto foi de 5,3 dias (dp=1,8 dias). No grupo atosibano, observou-se algum efeito colateral em 27,5% das pacientes (náuseas, fogachos). Não houve taquicardia, dispnéia ou taquipnéia. No Grupo Controle, efeitos colaterais foram observados em 75% das pacientes (n=30) (palpitações, taquicardia, taquipnéia, cefaléia) e em 10% (n=4) a terapia com terbutalina teve que ser suspensa. Em 22,5% dos casos (n=9) foi diagnosticado taquicardia fetal. Não foi observado nenhum caso de morte neonatal precoce. CONCLUSÕES: O Esquema terapêutico utilizado, com menores doses de atosibano, com menor tempo de infusão foi eficiente na tocólise, com bom perfil de segurança e baixa incidência de efeitos colaterais maternos, fetais e neonatais.
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O objetivo principal para o uso de uterolíticos no trabalho de parto prematuro é prolongar suficientemente a gestação para a administração materna de glicocorticoides e/ou realizar a transferência materna para um centro hospitalar terciário. As decisões sobre o uso e a escolha de uterolítico requerem o diagnóstico correto do trabalho de parto prematuro, o conhecimento da idade gestacional, das condições médicas materno-fetais, da eficácia, dos efeitos colaterais e do custo do medicamento. Todos os uterolíticos possuem efeitos colaterais e alguns deles são potencialmente letais. Os estudos sugerem que os agonistas de receptores beta-adrenérgicos, os bloqueadores de cálcio e os antagonistas de receptor de ocitocina são eficazes para prolongar a gestação por pelo menos 48 horas. Dos três agentes, o atosiban (antagonista de receptor de ocitocina) possui maior segurança, embora o custo seja elevado. O sulfato de magnésio não é eficaz para prolongar a gestação e apresenta efeitos colaterais importantes. Os inibidores da ciclooxigenase também apresentam efeitos colaterais significativos. Até o momento, não há evidências suficientes para se recomendar o uso de doadores de óxido nítrico para inibir o trabalho de parto prematuro. Não existem fundamentos para o emprego de antibióticos para evitar a prematuridade diante do trabalho de parto prematuro.
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OBJETIVO: descrever a diversidade genética dos isolados de HIV-1 de mulheres soropositivas acompanhadas em um centro de referência. MÉTODOS: estudo transversal, no qual foram incluídas 96 mulheres com dois testes sorológicos ELISA e um teste confirmatório Western Blot. Das amostras de sangue periférico, foram determinadas a carga viral pelo kit b-DNA e a contagem de linfócitos T CD4 e T CD8 pela citometria de fluxo excalibur. A extração e purificação do DNA pró-viral foi realizada pela reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando o kit QIAamp Blood (Qiagen Inc., Chatsworth, CA, USA). O sequenciamento da região pol foi realizado em 52 isolados com o (3100 Genetic Analyzer, Applied Biosystems Inc., Foster City, CA) e a genotipagem foi investigada pela ferramenta Rega (Rega Subtyping Tool). O padrão de resistência aos antirretrovirais (ARV) foi inferido pelo algoritmo do banco de dados Stanford HIV Resistance. Os estágios clínicos das participantes foram definidos como A, B ou C segundo os critérios do Center for Diseases Control (CDC). Para a análise estatística dos dados, foram utilizados os testes do χ2 para as variáveis categóricas e o teste t de Student para as variáveis numéricas. RESULTADOS: a média de idade da amostra, o tempo médio de doença e de tratamento foram: 33,7; 3,8 e 2,5 anos, respectivamente. A média da carga viral foi log10 2,3 cópias/mL; a dos linfócitos T CD4 e T CD8 foi 494,9 células/µL e 1126,4 células/µL. Sobre o estágio clínico, 30 mulheres estavam no estádio A, 47 no B e 19 no C. O sequenciamento dos 52 isolados encontrou 33 do subtipo B, quatro do F, um do C e 14 do recombinante BF. A análise da resistência aos ARV mostrou 39 (75,0%) isolados susceptíveis, 13 (25,0%) resistentes aos inibidores da transcriptase reversa (INTR) e três (5,7%) aos inibidores da protease (IP). CONCLUSÕES: Houve grande diversidade do HIV-1 e elevado percentual de isolados resistentes aos ARV na amostra estudada.
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Pré-eclâmpsia é uma síndrome sistêmica caracterizada por intenso estado inflamatório e antiangiogênico. A fisiopatologia da pré-clâmpsia envolve alterações no processo de invasão trofoblástica, com consequente inadequado suprimento sanguíneo uterino e estresse oxidativo do tecido placentário. As alterações placentárias decorrentes desse processo levam à maior produção de sFlt-1, um receptor solúvel para as moléculas de VEGF e PlGF. O sFlt-1 impede com que VEGF e PlGF realizem suas funções na homeostase endotelial, culminando com disfunção dessas células. De uma maneira geral, os processos inflamatórios, de disfunção endotelial e estresse oxidativo estão interligados e agem de maneira sinérgica. Trabalhos recentes têm demonstrado que elevações nas concentrações séricas de sFlt-1 ocorrem 5 a 6 semanas antes das manifestações clínicas da pré-eclâmpsia. Concomitantemente, observa-se queda nas concentrações séricas de PlGF. Sendo assim, as dosagens séricas de sFlt-1 e PlGF têm sido sugeridas para o diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia. Ademais, os conhecimentos adquiridos a respeito dos fatores antiangiogênicos proporcionam ainda a possibilidade de novas linhas de pesquisa sobre possíveis terapias para a pré-eclâmpsia. Neste artigo, foram revisados os aspectos inflamatórios e antiangiogênicos envolvidos na fisiopatologia da pré-eclâmpsia. Por fim, foram correlacionados esses aspectos com o risco elevado para doenças cardiovasculares apresentado por essas pacientes ao longo de suas vidas.
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Na atualidade, o sorovar Copenhageni é o representante do sorogrupo Icterohaemorrhagiae, mantido por roedores sinantrópicos, que tem prevalecido nos cães e seres humanos das grandes metrópoles brasileiras. A despeito de alguns autores sugerirem a existência de proteção cruzada entre sorovares incluídos em um mesmo sorogrupo esta condição ainda não foi suficientemente esclarecida para os sorovares Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. No presente trabalho cães adultos com dois a seis anos de idade primo-vacinados com três doses intervaladas de 30 dias a partir dos 60 dias de idade e revacinados anualmente com vacina anti-leptospirose polivalente contendo os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae, Grippotyphosa e Pomona foram revacinados com a mesma vacina e aos 30 dias da revacinação foram submetidos aos testes de soroaglutinação microscópica (SAM) e de inibição do crescimento de leptospiras in vitro (TICL), para avaliação comparativa dos níveis de anticorpos produzidos para os sorovares Canicola, Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. Os resultados obtidos indicaram que a imunidade conferida pela vacina para o sorovar Icterohaemorrhagiae é mais duradoura que a observada para o sorovar Canicola, já que títulos de anticorpos neutralizantes >1,0 log10 foram observados antes do reforço vacinal não havendo substancial aumento após a revacinação. Quanto ao sorovar Canicola, a revacinação resultou em considerável aumento do título de anticorpos neutralizantes quando comparado ao momento anterior a revacinação (p=0,001). A análise dos valores encontrados após a revacinação demonstrou claramente que cães revacinados com bacterina produzida com o sorovar Icterohaermorrhagiae não apresentam aumento do título de anticorpos inibidores do crescimento contra o sorovar Copenhageni, em nível suficiente para inibir o crescimento de leptospiras. Apesar disso, os títulos de anticorpos inibidores de crescimento anti-Copenhageni encontrados antes e após a revacinação demonstraram que, pelo menos certo grau de proteção contra a infecção por esse sorovar pode ser esperado para os cães vacinados com bacterinas do sorovar Icterohaemorrhagiae, não sendo, no entanto, uma proteção cruzada completa.
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Resumo:O leite informal é reconhecido como o produto comercializado sem inspeção. Avaliou-se a qualidade microbiológica, constituintes nutricionais e presença de substâncias inibidoras do crescimento bacteriano em 100 amostras informais de leite de vacas, comercializadas na região sudoeste do estado de São Paulo, Brasil. Verificou-se que 77% da Contagem de Células Somáticas (CCS) e 86% da Contagem Bacteriana Total (CBT) das amostras estavam em desacordo com os valores máximos exigidos pela Instrução Normativa 62 do MAPA. Identificaram-se teores em desacordo para sólidos totais (36%), proteína (23%), gordura (38%), extrato seco desengordurado (43%) e nitrogênio uréico (73%). Em 59% das amostras detectou-se a presença de resíduos de inibidores do crescimento bacteriano. Isolaram-se 240 linhagens de micro-organismos com predomínio de enterobactérias, estreptococos, estafilococos e fungos. O leite informal é comercializado na região sem as mínimas condições de higiene e oferece riscos a saúde pública, além de representar sério problema sócio-econômico para região.
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A absorção vegetal do nitrogênio (N) presente no solo ou fornecido via fertilização é regulada por um complexo enzimático que age de forma conjunta e ordenada na planta. O objetivo desta pesquisa foi investigar efeitos dos herbicidas atrazine e glufosinate de amônio na absorção do N pelas plantas e os efeitos que exercem em características de plantas de milho. Em um dos experimentos (experimento 1) foram testadas três doses de atrazine (0, 200 e 2.000 g i.a. ha-1) e de glufosinate de amônio (0; 40 e 80 g i.a. ha-1) e duas doses de N (0 e 90 kg ha-1). No segundo experimento (experimento 2) foram testados três tratamentos herbicidas (atrazine, 200 g i.a. ha-1; glufosinate de amônio, 40 g i.a. ha-1; atrazine + glufosinate de amônio, 200 + 40 g i.a. ha-1; e testemunha), duas fontes de N (uréia e nitrato de amônio) e duas doses de N (0 e 100 kg ha-1). Os efeitos dos tratamentos foram avaliados aos 10 e 20 dias após a aplicação (DAA) dos herbicidas, no experimento 1, e quando as plantas de milho apresentavam 10 folhas desenvolvidas (15 DAA) e no pendoamento do milho (40 DAA), no experimento 2. A partir da análise dos resultados obtidos, constatou-se que aplicação de N em cobertura na cultura do milho promove aumento na maioria dos componentes do rendimento e incrementa em 35% o rendimento de grãos e que esse efeito ocorre de forma independente da fonte de N utilizada: uréia ou nitrato de amônio. Não ocorre interação entre os fatores relacionados aos herbicidas inibidores do fotossistema II (atrazine) e da síntese de glutamina (glufosinate de amônio) e aplicação de N em cobertura no milho. O uso destes herbicidas em doses reduzidas (abaixo da recomendada), aplicados isoladamente ou combinados, não afetou o rendimento de grãos nem os componentes do rendimento da cultura do milho. O herbicida atrazine tem pequena influência nos teores de clorofila e de N em milho, mas, em algumas situações, sua ação é favorável, especialmente quando usado na dose recomendada, ou mesmo isoladamente. Glufosinate de amônio, usado em doses reduzidas, em geral não afeta o teor de N em milho, porém, em alguns casos, afeta o de clorofila e, na dose de 80 g ha-1, promove aumento do teor de N no tecido.
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O amendoim-bravo, (Euphorbia heterophylla) é uma importante planta daninha em mais de 56 países, inclusive no Brasil, onde tem sido relatado o aparecimento de populações resistentes aos herbicidas inibidores da acetolactato sintase (ALS). O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do herbicida imazaquin na atividade da ALS extraída das plantas de milho e amendoim-bravo, resistentes e suscetíveis ao produto. Sementes de dois genótipos de milho e vários biótipos de amendoim-bravo provenientes de diferentes regiões agrícolas brasileiras foram cultivadas em casa de vegetação por 21 dias. A atividade da ALS extraída das folhas das plantas foi determinada na presença de doses de imazaquin. A etapa de purificação da enzima foi substituída por uma centrifugação de 2.800 rpm por dois minutos. Equações de regressão linear para absorbância em função do log da concentração de imazaquin foram ajustadas para cada população, visando obtenção do I50. A dose de imazaquin necessária para inibir 50% da atividade da ALS (I50) na variedade de milho Pioneer 3162 IR (I50 260 µM) foi 4.333 vezes maior que a dose requerida pela BRS 473 (0,06 µM), a qual é suscetível ao imazaquin. Os biótipos de amendoim-bravo provenientes do Rio Grande do Sul apresentaram valores de I50 de 1.961,3 e 13,8 mM para os biótipos resistentes e suscetíveis, respectivamente. Os biótipos provenientes de Cafelândia e Maringá (PR) e Viçosa (MG) apresentaram valores de I50 maiores que 5.000 mM para os biótipos resistentes e maiores que 1.000 mM para os suscetíveis. O amendoim-bravo coletado na Embrapa Milho e Sorgo, em área que nunca foi tratada com herbicidas inibidores da ALS, apresentou I50 de 12,2 mM. Conclui-se que a medida in vitro da atividade da ALS é um método sensível para determinação da presença de biótipos resistentes à ação do herbicida imazaquin. A etapa de purificação da ALS pode ser substituída por um método que envolve uma rápida centrifugação.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção (número e peso) e a composição (teores de lipídeo total, proteína total, carboidrato e cinzas) de sementes de Euphorbia heterophylla (biótipos suscetível e resistente aos herbicidas inibidores da ALS), Bidens pilosa e Desmodium tortuosum em condições de campo. Os biótipos de E. heterophylla apresentaram maiores valores para peso de 100 sementes. D. tortuosum produziu maior número de sementes por planta (714,2). Para todas as espécies avaliadas, a maior parte da reserva da biomassa seca das sementes foi constituída por carboidrato, e B. pilosa apresentou o maior acúmulo (61,7%). Biótipos de E. heterophylla acumularam maiores quantidades de lipídeos e de cinzas, enquanto D. tortuosum acumulou maior teor de proteínas (34,8%). Biótipos de E. heterophylla não diferiram quanto a produção e composição de suas sementes.
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Foi realizado um levantamento referente à comercialização de herbicidas no Estado do Paraná, visando quantificar o volume de sua utilização durante o ano de 2000. Em seguida, com base nas propriedades químicas desses herbicidas, estudaram-se critérios teóricos para classificá-los de acordo com o potencial de lixiviação. A análise dos dados do levantamento indicou que o maior volume comercializado ocorreu no quarto trimestre, relacionando-se provavelmente ao aumento da demanda provocada pela safra de verão. Os grupos de mecanismos de ação cujo consumo é mais significativo são, pela ordem, os inibidores da síntese de aminoácidos (36,9% do total comercializado), os inibidores da fotossíntese (31,3%), os mimetizadores da auxina (11%) e os inibidores da divisão celular (8,8%). Os herbicidas glyphosate (4.562,28 t), atrazine (3.075,91 t), 2,4-D (1.659,33 t) e sulfosate (631,60 t) representam, em conjunto, cerca de 65% do volume total comercializado no Estado. A classificação quanto ao potencial de lixiviação demonstrou que acifluorfen-sódio, alachlor, atrazine, chlorimuron-ethyl, fomesafen, hexazinone, imazamox, imazapyr, imazaquin, imazethapyr, metolachlor, metribuzin, metsulfuron-methyl, nicosulfuron, picloram, sulfentrazone e tebuthiuron são potencialmente lixiviadores, de acordo com os três critérios teóricos adotados (GUS, CDFA e Cohen).
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Objetivou-se neste trabalho determinar o ponto de murcha permanente das culturas da soja e do feijão e de plantas daninhas de grande ocorrência nas áreas agrícolas do Brasil. Os tratamentos foram constituídos por seis espécies, sendo duas cultivadas, Glycine max e Phaseolus vulgaris, e quatro de plantas daninhas - Euphorbia heterophylla (plantas suscetíveis e resistentes a herbicidas inibidores de ALS), Bidens pilosa e Desmodium tortuosum -, com duas épocas de indução de estresse hídrico (pré-florescimento e início do enchimento de grãos). Os solos contidos nos vasos foram mantidos próximos a 80% da capacidade de campo até as épocas predeterminadas para o início do estresse hídrico. A partir desta etapa não foram mais molhadas e, ao primeiro sinal de murcha das espécies, no final do dia, os respectivos vasos foram transferidos para câmara escura, com umidade relativa do ar próxima a 100%, para constatação do não-retorno definitivo da turgidez [ponto de murcha permanente (PMP)]. Nesse ponto, foi coletada uma amostra (sem raízes) do solo para a determinação do teor de água pelo método gravimétrico. A partir dos valores de umidade determinados nas amostras de solo, para cada tratamento avaliado, caracterizou-se, por meio da curva de retenção de umidade do solo, o potencial da água no PMP. Na fase de enchimento de grãos, o PMP das plantas de B. pilosa ocorreu quando o potencial de retenção de água do solo era mais negativo em relação às outras espécies avaliadas, demonstrando que, neste estádio de desenvolvimento, esta espécie apresenta maior eficiência na extração de água do solo e, conseqüentemente, maior potencial competitivo do que as outras avaliadas.
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O objetivo do trabalho foi avaliar os características fisiológicas taxa de fotossíntese líquida (A), taxa de transpiração (E), condutância estomática (gs) e eficiência do uso da água (WUE) e os índices de crescimento biomassa seca total (Wt) e índice de área foliar (L) para as culturas de soja (Glycine max) e feijão (Phaseolus vulgaris) e para as das plantas daninhas Bidens pilosa, Desmodium tortuosum e dois biótipos de Euphorbia heterophylla (um suscetível e outro resistente aos herbicidas inibidores da ALS), em duas épocas de avaliação: 39 e 67 dias após a semeadura (DAS). O experimento foi conduzido a campo em um Argissolo Vermelho-Amarelo, fase terraço, utilizando-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, sendo o fator da parcela principal as espécies vegetais e o da subparcela as épocas de avaliação, com quatro repetições por tratamento. Foi observado maior Wt da soja em relação às plantas daninhas. As culturas de soja e feijão apresentaram maior L do que as plantas daninhas. Os biótipos de E. heterophylla apresentaram a maior A, bem como a maior gs. Com exceção de D. tortuosum, as plantas daninhas apresentaram maior WUE em relação às culturas nos estádios iniciais de desenvolvimento. Não foram observadas diferenças em relação a qualquer parâmetro fisiológico avaliado entre os biótipos de E. heterophylla.
Resumo:
O azevém é uma gramínea de ciclo anual, constituindo-se com freqüência em planta infestante em lavouras de trigo do Rio Grande do Sul. Em experimentos realizados em casa de vegetação e no campo, foi avaliada a suscetibilidade de dois biótipos de azevém ao herbicida glyphosate, bem como a eficiência de herbicidas de ação total na dessecação de Lolium multiflorum para a semeadura direta de trigo. O delineamento experimental foi completamente casualizado em casa de vegetação e de blocos ao acaso em campo, com três e quatro repetições, respectivamente. Foram avaliados herbicidas com mecanismos de ação distintos em diferentes doses: glyphosate, glufosinate, clethodim, haloxyfop-r e diclofop, paraquat e paraquat + diuron. Os resultados, em casa de vegetação, evidenciam que o biótipo sensível é totalmente controlado com glyphosate na dose de 360 g e.a. ha-1 e que doses de até 1.440 g e.a. ha-1 não afetam significativamente o acúmulo de matéria seca do biótipo resistente e produzem toxicidade inferior a 15% sobre este. Já as doses entre 1.440 e 5.760 g e.a. ha-1 de glyphosate reduzem significativamente a produção de matéria seca e resultam em toxicidade inferior a 45%. Em campo, os melhores controles de azevém foram propiciados pelos tratamentos clethodim (79,2 g ha-1) e diuron + paraquat (300 + 600 g ha-1), que não diferiram entre si. Assim, evidencia-se que a população de Lolium multiflorum avaliada neste trabalho é constituída predominantemente de um biótipo resistente aos herbicidas inibidores da enzima EPSPs.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho estudar os efeitos e as interações entre os herbicidas imazapyr + imazapic e os inseticidas thiamenthoxan, thiodicarb, clorpirifós e fipronil sobre a cultura do milho. O experimento foi conduzido a campo em Castro, Paraná, na safra de 2001/2002, sendo o híbrido DKB 909 CL, tolerante ao herbicida, cultivado em sistema de plantio direto. Os inseticidas thiodicarb (120 mL ha-1) e thiamenthoxan (32 g ha-1) foram misturados às sementes; clorpirifós (1.125 mL ha-1) e fipronil (96 g ha-1) foram aplicados no sulco de plantio. A aplicação dos tratamentos com os herbicidas imazapyr + imazapic nas doses de 0; 17,5 + 52,5; 35,0 + 105,0 e 52,5 + 157,5 g ha-1 foi realizada quando o milho apresentava cinco folhas (V5). As avaliações de toxicidade na cultura foram realizadas aos 7, 16, 25 e 30 DAA (dias após aplicação dos herbicidas); por ocasião da colheita, avaliaram-se o rendimento e a massa de mil grãos. Não houve interações entre os inseticidas aplicados no sulco de semeadura ou nas sementes de milho e as diferentes doses de herbicida. Todavia, o inseticida clorpirifós e a maior dose do herbicida provocaram os maiores sintomas de intoxicação (20,5 e 30,0 respectivamente), caracterizados por clorose inicial próxima do cartucho das folhas, observando-se recuperação da cultura aos 30 DAA. Nenhum dos tratamentos afetou o rendimento e a massa de mil grãos do milho DKB 909CL.