233 resultados para terapia tecidual
Resumo:
Estudo epidemiológico, longitudinal e analítico, desenvolvido em um hospital de Minas Gerais, com o objetivo de analisar os fatores associados à infecção pelo uso do cateter central de inserção periférica em recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva. A coleta dos dados foi realizada por meio de uma ficha estruturada, preenchida pelos profissionais e verificada pelos pesquisadores. Foram estudados 291 cateteres inseridos em 233 recém-nascidos. Os fatores associados à retirada por suspeita de infecção foram: prematuridade, peso ao nascer até 1.500 gramas, cateter de poliuretano, localização não centralizada do cateter e tempo de uso superior a 30 dias. Após ajuste multivariado, permaneceram independentemente associados: peso inferior a 2.500 gramas na inserção, reparo e tempo de uso do cateter. Conclui-se que fatores relacionados à prática dos profissionais contribuíram para a retirada dos cateteres, sinalizando para a necessidade de intervenções que melhorem a segurança e a eficácia em seu uso.
Resumo:
Ensaio clínico controlado e aleatorizado que comparou o uso de protocolo de insulina intensivo e convencional na evolução clínica de pacientes em sepse grave e choque séptico, nas primeiras 72 h. Foi conduzido em um hospital universitário na cidade de São Paulo. Os pacientes (n=46) foram alocados em dois grupos: glicêmico intensivo (glicemia entre 80-110mg/dl) e convencional (180-220mg/dl). Utilizaram-se testes t-Student e Qui-Quadrado na análise dos dados. Observou-se diferença estatisticamente significativa (p<0,001) na média glicêmica, mas não houve diferença para as variáveis pressão arterial média mínima (p=0,06) e máxima (p=0,11), creatinina sérica (p=0,33) e na mortalidade (p=0,11). Apesar de não haver diferença entre os grupos quanto à mortalidade, a instabilidade hemodinâmica no grupo convencional foi mais duradoura e somente nele ocorreram óbitos.
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Este estudo avaliou fatores individuais, relativos ao trabalho e organizacionais relacionados à adesão às precauções-padrão por profissionais de enfermagem que atuam em terapia intensiva. Estudo de corte transversal, realizado com 178 profissionais em um hospital de grande porte. Para a coleta de dados foram utilizadas escalas psicométricas do tipo Likert. Na Escala de Adesão às precauções-padrão obteve-se um escore de 4,45 (DP=0,27) classificado como intermediário. Houve correlação quando comparada com fatores individuais para Escala de Personalidade de Risco (r=-0,169; p=0,024) e fatores relativos ao trabalho com a Escala de Obstáculos para seguir as precauções-padrão (r=-0,359; p=0,000). A adesão às precauções-padrão entre profissionais de enfermagem foi intermediária. Fatores individuais e relativos ao trabalho influenciaram a adesão às precauções-padrão.
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Estudo descritivo, longitudinal e abordagem quantitativa, que objetivou analisar e discutir o processo do cateterismo venoso central nas Unidades de Terapia Intensiva neonatal e pediátrica; descrever as variáveis relacionadas à caracterização da população do estudo (unidade de internação, faixa etária e sexo) e descrever as variáveis relacionadas ao processo do cateterismo venoso central (tipo de cateter, motivo de indicação, número de lumens, sítio de inserção, profissional que realizou o procedimento, terapêutica medicamentosa infundida via cateter, motivo de retirada, tempo de permanência e as complicações mecânicas e infecciosas). A coleta de dados foi realizada em unidade de terapia intensiva neonatal e pediátrica, em 82 prontuários. As indicações dos cateteres foram, em sua maioria, para infusão medicamentosa prolongada e Nutrição Parenteral Total. A remoção foi indicada predominantemente por complicações mecânicas e infecciosas. Esse estudo viabilizou rever a prática assistencial para estabelecer o aprimoramento da assistência prestada à clientela neonatal e pediátrica.
Resumo:
Os prematuros são submetidos a diversas manipulações e procedimentos durante internação em unidades neonatais, com consequências deletérias para a saúde. O objetivo do presente estudo foi descrever a manipulação a que são submetidos os prematuros durante as 24 horas em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Estudo observacional, descritivo, exploratório, realizado com 20 prematuros, filmados continuamente por um período de 24 horas, de setembro de 2008 a março de 2009 numa UTIN. Os prematuros foram submetidos a uma média de 768 manipulações e 1.341 procedimentos. A manipulação durou em média 2 horas e 26 minutos em um período de 24 horas. Cada manipulação agrupou uma média de 2,2 procedimentos, a maioria no turno matutino As manipulações isoladas representaram 65,6% do total de manipulações e a maioria teve duração inferior a um minuto. Conclui-se que nas 24 horas avaliadas, os prematuros foram submetidos a um excesso de manipulações na UTIN.
Resumo:
Pesquisa de campo, qualitativa, cujo objetivo foi caracterizar a clínica do cuidado de enfermagem específica da terapia intensiva. Para isso forma realizadas observação e entrevista com 21 enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva. Os resultados evidenciaram oito características desta clínica, que abarcam tanto a subjetividade quanto a objetividade, traduzidas em: interação, diálogo, princípios humanísticos, vigilância, conhecimento e domínio do maquinário. Em razão dessa clínica, a subjetividade nem sempre expressa-se de modo claro e a objetividade exige capacitação dos enfermeiros para cuidar na terapia intensiva. Conclui-se que a clínica do cuidado de enfermagem na terapia intensiva alia técnica, tecnologia e humanização, que fundamentam os cuidados de enfermagem que lá se realizam.
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RESUMO Objetivo Identificar e analisar os coeficientes de incidência de úlceras por pressão (UP) e os fatores de risco para o seu desenvolvimento em pacientes críticos com doenças cardiopneumológicas. Método Estudo de coorte, prospectivo realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiopneumológica de um hospital de grande porte na cidade de São Paulo, durante os meses de novembro de 2013 a fevereiro de 2014. Participaram do estudo 370 pacientes maiores de 18 anos, que não apresentavam UP na admissão e que estavam na UTI há menos de 24 horas. Os dados foram analisados por meio de análises univariadas e multivariada (Classification And Regression Tree - CART). Resultados Os coeficientes de incidência de UP foram: 11,0% para o total, distribuindo-se em 8,0% entre os homens e 3,0% para as mulheres (p=0,018); 10,0% na raça branca e 6,5% em pessoas com idade igual e superior a 60 anos. Os principais fatores de risco encontrados foram tempo de permanência na UTI igual ou superior a 9,5 dias, idade igual ou superior a 42,5 anos e raça branca. Conclusão O estudo contribui para os conhecimentos relacionados à epidemiologia das UP em pacientes críticos com doenças cardiopneumológicas, favorecendo o planejamento de cuidados preventivos específicos para essa clientela.
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RESUMO Objetivo Analisar a influência da carga de trabalho de enfermagem na ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o tipo de tratamento. Método Estudo de coorte retrospectivo desenvolvido em nove UTI em São Paulo, Brasil, de setembro a dezembro de 2012. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Os testes T-Student, Exato de Fisher e regressões logísticas foram utilizados nas análises. Resultados A casuística foi composta por 835 pacientes (54,3±17,3 anos; 57,5% do sexo masculino), dentre os quais 12,5% adquiriram IRAS na UTI. O NAS dos pacientes admitidos para tratamento clínico foi de 71,3±10,9 e para cirúrgico, 71,6±9,2. O tempo de permanência na unidade e a gravidade foram fatores preditivos para ocorrência de IRAS em pacientes admitidos nas UTI para tratamento clínico ou cirúrgico e o sexo masculino apenas para pacientes cirúrgicos. Ao considerar as admissões independentes do tipo de tratamento, além das variáveis citadas, o índice de comorbidades também permaneceu no modelo de regressão. O NAS não foi fator preditivo de IRAS. Conclusão A carga de trabalho de enfermagem não exerceu influência na ocorrência de IRAS nos pacientes deste estudo.
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RESUMO Objetivo Investigar o estresse emocional, o coping e burnout da equipe de enfermagem e a associação com fatores biossociais e do trabalho em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método Estudo transversal, realizado em oito UTI de hospital-escola, do município de São Paulo, em 2012. Coletaram-se dados biossociais e de trabalho dos profissionais, juntamente com Escalas de Estresse no Trabalho, Coping Ocupacional, Lista de Sinais e Sintomas e Inventário Maslach de Burnout. Resultados Participaram da pesquisa 287 sujeitos, predominantemente mulheres, com companheiro e filhos. O nível médio de estresse e coping controle foram prevalentes (74,47% e 79,93%, respectivamente) e a presença de burnout em 12,54%. Fatores associados ao estresse referiram-se às condições de trabalho. Ter companheiro, atuar em UTI Clínica e gostar do trabalho foram fatores de proteção para coping prevalente, enquanto que horas de sono adequadas foi fator de proteção para burnout. Conclusão O controle do ambiente de trabalho e o sono adequado são fatores decisivos e protetores para enfrentamento das situações de estresse ocupacional.
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RESUMO Objetivo Avaliar a percepção dos profissionais de saúde sobre o clima e a cultura de segurança do paciente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e a relação entre os instrumentos Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC) e o Safety Attitudes Questionnaire (SAQ). Método Estudo transversal realizado em hospital de ensino no interior do estado de São Paulo, Brasil, em março/abril de 2014. Aplicaram-se o HSOPSC, o SAQ e um instrumento para levantamento das informações sociodemográficas e profissionais aos funcionários das UTI adulto, pediátrica e neonatal. A análise utilizou a estatística descritiva. Resultados As escalas apresentaram boa confiabilidade. Maiores fragilidades para a segurança do paciente foram observadas nos domínios “condições de trabalho” e “percepções da gerência” do SAQ e “resposta não punitiva aos erros” do HSOPSC. As fortalezas no SAQ foram o “clima de trabalho em equipe” e a “satisfação no trabalho” e para o HSOPSC “expectativas e ações de promoção de segurança supervisores/gerentes” e “aprendizado organizacional e melhoria mútua”. Na UTI Neonatal houve maior satisfação no trabalho do que nas demais UTI. A UTI Adulto apresentou menores pontuações para a maioria dos domínios do SAQ e HSOPSC. A correlação entre as escalas foi de força moderada (r=0,66). Conclusão Há diferenças de percepções quanto à segurança do paciente entre as UTI, o que corrobora com a existência de microculturas locais. O estudo não demonstra que o SAQ e o HSOPSC sejam equivalentes.
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RESUMO Objetivo Relatar a experiência sobre os diferentes processos envolvidos no desenvolvimento de um Projeto de Pesquisa em Segurança do Paciente em Unidades de Terapia Intensiva. Método Estudo com delineamento misto: coorte histórica para a coleta dos dados dos pacientes e eventos adversos/incidentes e transversal para a coleta dos dados da equipe de enfermagem. A coleta de dados ocorreu durante 90 dias, em 2012, no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Processos desenvolvidos A pesquisa envolveu diversas etapas para sua efetivação: implantação doNursing Activities Score (NAS) no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, desenvolvimento de sistema de banco de dados, digitalização de prontuários, treinamento de monitores, extração e carga de dados dos pacientes e coleta de dados durante a passagem de plantão, prontuários. Considerações finais Treinamentos, comprometimento dos pesquisadores e parceria com profissionais da tecnologia da informação foram fundamentais para a qualidade dos resultados obtidos e da produção científica alcançada. Espera-se que esse relato de experiência possa orientar e encorajar os pesquisadores a realizar pesquisas complexas que contribuam para a construção do conhecimento na enfermagem e saúde.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição tecidual dos cortes da carcaça de ovinos jovens e adultos. Utilizaram-se 36 animais ½ Ile de France ½ Ideal (12 cordeiros não castrados, 12 ovelhas e 12 capões). Os animais foram criados em pasto de Tifton-85 e suplementados com concentrado em 1% em relação ao peso corporal. Os cordeiros foram desmamados com aproximadamente 17±0,87 kg de peso corporal e abatidos aos 32 kg, com aproximadamente cinco meses de idade; as ovelhas e os capões foram abatidos com aproximadamente 55±1,26 kg e 60 meses de idade. O corte da carcaça com maior porcentual de músculos foi o da perna, seguido da paleta e do lombo, entre as categorias animais estudadas. Os cordeiros apresentaram o maior porcentual de ossos, nos cortes da carcaça estudados, do que os animais adultos. As gorduras subcutânea, intermuscular e total, dos cortes da carcaça, foram maiores nos animais adultos do que nos jovens, e o lombo teve maior porcentual de gordura total, seguido da paleta e da perna. Concluiu-se que as categorias animais influenciam a composição tecidual dos cortes da carcaça, e o tecido adiposo é um dos principais responsáveis por tais diferenças.
Resumo:
Esta pesquisa teve por finalidade avaliar a ação da vitamina E como radioprotetora no processo de reparação tecidual em ratos, após sofrerem um procedimento cirúrgico, que consistiu da produção de uma ferida na região dorsal anterior. Os animais foram divididos em cinco grupos: grupo CO (controle) - constituído de animais em que foi produzida somente a ferida; grupo VE - pré-tratamento com vitamina E (90 UI); grupo IR - irradiação três dias após a cirurgia; grupo VEIR - pré-tratamento com 90 UI de vitamina E e irradiação de suas bordas três dias após a cirurgia; grupo OIR - pré-tratamento com óleo de oliva e irradiação de suas bordas três dias após a cirurgia. A ação radioprotetora da vitamina E foi avaliada pela coloração por hematoxilina-eosina para análise morfológica do tecido de granulação, aos 4, 7, 14 e 21 dias após a cirurgia. A análise dos resultados mostrou que o retardo no processo de reparação tecidual causado por 6 Gy de radiação de elétrons com feixe de 6 MeV não ocorreu no grupo de animais que recebeu vitamina E, mostrando-se esta substância efetiva como radioprotetora.
Resumo:
Relatamos o caso de uma paciente em terapia anticoagulante oral com Warfarin, apresentando obstrução intestinal aguda. A tomografia computadorizada revelou hematoma intramural duodenal. O tratamento baseou-se na correção das provas de coagulação e medidas expectantes. Este caso ilustra o valor da tomografia computadorizada e da abordagem conservadora nos pacientes em terapia anticoagulante com obstrução aguda do intestino delgado.
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OBJETIVO: Avaliar a relevância clínica da varredura pré-dose ablativa em pacientes com carcinoma diferenciado de tireóide. MATERIAIS E MÉTODOS: Analisamos a varredura com 131I e a tireoglobulina (Tg) sérica em hipotireoidismo antes da primeira terapia ablativa em 100 pacientes submetidos a tireoidectomia total, considerando a varredura clinicamente importante quando revelou metástases ressecáveis ou que foram tratadas com doses maiores que a inicialmente proposta (100 mCi de 131I), além dos casos sem captação e com Tg < 5 ng/ml, que não receberam radioiodoterapia. RESULTADOS: A varredura revelou captação correspondente a metástases linfonodais em dez pacientes (10%), metástases distantes em cinco (5%), apenas em leito tireoidiano em 76 (76%) e foi negativa em nove (9%), sendo clinicamente relevante (indicando cirurgia, aumento da dose ou dispensando a radioiodoterapia) em 18% dos pacientes. Nos pacientes com Tg > 10 ng/ml a varredura influenciou a conduta em 41% dos casos pela presença de metástases, e naqueles com Tg < 10 ng/ml em apenas 10%, na maioria por não receberem radioiodo. CONCLUSÃO: A varredura pré-dose ablativa fornece informacões clinicamente importantes (presença de metástases) em muitos pacientes com Tg > 10 ng/ml, sendo indicada nesta condição.