407 resultados para Trabalho de parto - Complicações e sequelas
Resumo:
Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar os profissionais de enfermagem que prestam assistência ao parto, nas maternidades do município de Rio Branco-AC. Foi realizado nas duas maternidades do Município. A população estudada foi composta por 30 profissionais de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de entrevistas. Os resultados mostraram que, dos 25 (83,3%) profissionais de enfermagem que realizam parto normal, 18 (72%) receberam treinamento por meio de educação informal, isto é, acompanhando e sendo acompanhados por outro profissional durante a jornada de trabalho. Conclui-se que, segundo critérios da Organização Mundial de Saúde, apenas sete (28%) profissionais de enfermagem, que prestam assistência à parturiente, são considerados qualificados para este atendimento, revelando que existe necessidade de qualificação de grande parte da equipe que atende as mulheres e seus recém-nascidos durante o parto e nascimento, nas instituições de saúde de Rio Branco.
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Este estudo objetivou identificar complicações prevalentes em Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA); relacionar as complicações às intervenções de enfermagem realizadas; relacionar o esquema de jornada de trabalho dos enfermeiros às complicações. A amostra compôs-se de 400 prontuários de pacientes maiores de 18 anos, submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande e médio porte, admitidos na unidade de SRPA, com tempo de permanência superior à uma hora. As complicações prevalentes foram: dor e hipotermia. Complicações que apresentaram relação estatisticamente significante com intervenção de enfermagem - dor: rotina, oxigenioterapia, medicação e curativo; agitação/ansiedade: rotina e oxigenioterapia; hipotensão: hidratação, exames complementares e observação; hipertensão: observação; tremor: manta térmica, transfusão sanguínea; náuseas/vômitos: rotina, medicação e sondagem vesical de alívio; sangramento: rotina, medicação e curativos; hipoxemia: rotina e oxigenioterapia; hipotermia: rotina, manta térmica e medicação. A dor, náuseas/vômitos, agitação e sangramento obtiveram relação estatisticamente significante com o enfermeiro fixo em SRPA.
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Este estudo busca entender as justificativas dos trabalhadores de um Centro Obstétrico do Sul do Brasil para a utilização de práticas do parto normal consideradas prejudiciais pela Organização Mundial da Saúde. A pesquisa é do tipo exploratória, desenvolvida em julho de 2009, por meio de entrevista com 23 trabalhadores. Na análise, houve a conformação de três núcleos temáticos: Ações e condutas na dependência do trabalhador de saúde; Práticas rotineiras como facilitadoras do trabalho e Restrição da participação da parturiente no processo decisório. Algumas justificativas para o emprego das práticas: perpetuação de modelos inadequados, facilitação para a assistência no momento do parto e autoritarismo que alguns trabalhadores exercem sobre a parturiente por acreditarem serem detentores do conhecimento.
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RESUMO Objetivo Identificar os fatores associados à carga de trabalho de enfermagem no cuidado a pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Método Estudo de coorte prospectivo, conduzido com 187 pacientes da Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica (UTI) do Instituto do Coração. Os dados foram coletados nas primeiras 24 e 72 horas do paciente na UTI. A variável dependente foi a carga de trabalho calculada por meio do Nursing Activities Score (NAS) e as independentes foram de natureza demográfico-clínicas e escores de morbimortalidade. Para análise dos dados utilizou-se os testes de Wilcoxon-Mann-Whitney e de correlação de Spearman, e a regressão linear com modelo de efeitos mistos. Resultados A maioria dos pacientes era do sexo masculino (59,4%), com média de idade de 61 anos (±12,7) e 43,9% desenvolveram algum tipo de complicação no pós-operatório. Nas 24 horas, a carga de trabalho foi de 82,4% (±3,4) e foi de 58,1% (±3,4) nas 72 horas. Os fatores associados ao aumento do NAS foram: tempo de internação do paciente na UTI (p=0,036) e a presença de complicações (p<0,001). Conclusão A gravidade do paciente nas 24 horas, em oposição a inúmeros estudos, não influenciou no aumento da carga de trabalho, a qual se mostrou associada ao tempo de internação e às complicações.
Resumo:
Objetivou-se neste trabalho verificar se a restrição alimentar no pós-partoem vacas Girolanda, multíparas, de bom escore de condição corporal (ECC = 3,5 a 4,5) ao parto será suficiente para impedir o reinício da atividade ovariana luteal cíclica (AOLC) pós-parto.Os animais foram distribuídos em três tratamentos: Grupo I (n = 15), mantença; Grupo II (n = 10) e Grupo III (n = 13), sendo que os grupos II e III receberam restrição alimentar até 90 e 180 dias pós-parto, respectivamente. As pesagens e avaliações do ECC foram efetuadas logo após o parto, e depois semanalmente. A AOLC foi avaliada por palpação retal, observação de cio e concentração de progesterona no leite. Os intervalos do parto ao primeiro cio foram de 53,1, 63,2 e 51,2 dias (P>0,05), respectivamente para os Grupos I, II e III, que apresentaram perdas de peso de 7,3 kg, 57,0 kg e 63,7 kg nesse período; e de 14,2 kg, 63,8 kg e 78,4 kg do parto até 90 dias pós-parto, repectivamente. Em vacas Girolanda de bom escore de condição corporal ao parto, a perda de 15,2% do peso nos três primeiros meses de lactação, e de 16,3% do peso até 180 dias pós-parto, não é suficiente para atrasar o reinício ou interromper a AOLC nos respectivos períodos.
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O objetivo deste trabalho foi utilizar o método Bayesiano no ajuste do modelo de Wood a dados de produção de leite de cabras da raça Saanen. Dois grupos de animais da primeira e segunda lactação foram considerados. Amostras das distribuições marginais a posteriori dos parâmetros do modelo de Wood e das funções de produção derivadas desses parâmetros - pico de produção, tempo do pico de produção, persistência e produção total de leite - foram obtidas pelo algoritmo Gibbs Sampler. As inferências foram feitas em cada população e os resultados mostraram diferenças na taxa de decréscimo da produção após o pico e na persistência, indicando maior produção nos animais de segunda lactação. Realizou-se um estudo de simulação de dados para avaliar o método Bayesiano sob diferentes estruturas de matrizes de covariâncias dos parâmetros. Os resultados desse estudo indicam que o método é eficiente no estudo das curvas de lactação quando a matriz de covariância apresenta alta correlação dos parâmetros.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de dispositivos intravaginais (DIV) para o controle da reprodução em suínos. Porcas aos 112 dias de gestação receberam injeção de PGF2α (controle, n = 15) ou PGF2α com inserção de DIV contendo acetato de medroxiprogesterona (grupo DIV, n = 14) por 48 horas. As fêmeas iniciaram o parto 27,7±1,6 e 82,3±3,8 horas após aplicação de PGF2α nos grupos controle e tratado, respectivamente. Quanto ao controle do estro, dez porcas receberam DIV por 12 dias, iniciando imediatamente após o desmame, e o estro foi confirmado aos 17,25±0,17 dias após o desmame, em comparação a 4±0,25 dias no grupo controle. Dispositivos intravaginais com progestágeno podem ser utilizados no controle da reprodução em suínos.
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A enterocolite necrosante representa uma das emergências gastrintestinais mais freqüentes e graves no período neonatal. Na suspeita clínica dessa doença, o exame radiológico simples de abdome é um procedimento de rotina, desempenhando um papel fundamental no diagnóstico, acompanhamento e detecção de complicações. No presente trabalho, realizamos uma revisão da literatura pertinente e descrevemos os achados radiológicos da enterocolite necrosante, ilustrados com casos do nosso serviço. Concluímos que o diagnóstico radiológico da enterocolite necrosante realizado em todas as suas etapas, contribui para uma conduta terapêutica imediata, reduzindo as complicações e aumentando a sobrevida dos pacientes.
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Neste trabalho, são analisadas retrospectivamente as complicações locais e sistêmicas associadas ao implante e uso de catéteres venosos centrais (CVC) de longa permanência. Num período de oito anos, foram implantados 500 CVC para quimioterapia de doenças malignas ou para suporte em transplantes de medula óssea. Dois tipos de CVC foram usados: 322 CVC totalmente implantáveis (com reservatório subcutâneo) e 178 CVC semi-implantáveis (com segmento externo). Os implantes foram feitos por via percutânea ou por dissecção venosa cirúrgica. As veias de acesso foram: jugular interna, subclávia, cefálica, e safena magna. OS CVC foram usados de três dias a 75 meses (média de 4,8 meses). Foram analisadas as complicações que necessitaram de tratamento, prolongaram a estadia hospitalar ou levaram à retirada do catéter. Complicações menores foram excluídas deste estudo. Os tipos e os números de complicações observadas foram: Anestésicas: broncoespasmo grave (um); enfisema do pescoço por perfuração traqueal (um). Cirúrgicas: deiscência da incisão (duas); hematoma do pescoço (três); infecção aguda no local de implante (duas); lesão temporária do nervo vago (três}; linfocele (uma); fístula do ducto torácico (uma). Venosas: trombose aguda da jugular (três) e da veia subclávia (cinco); síndrome da cava superior (três). Do próprio catéter: bacteremia tardia (39); trombose do catéter (48); erosão da pele sobre o catéter/reservatório(três); torção do reservatório (duas); fratura do catéter (duas). No total, ocorreram 119 complicações, para uma taxa cumulativa de 23,8%. Nenhuma complicação foi fatal. O implante e uso dos CVC de longa permanência estão associados a complicações freqüentes, que podem ser graves. Mas os benefícios trazidos por estes CVC nos pacientes que necessitam de acesso venoso confiável por tempo prolongado são certamente muito maiores do que os riscos das complicações.
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A reconstrução biliar é um dos pontos vulneráveis do transplante hepático apresentando incidência de complicações biliares, variando de 10 a 35%, nos diversos estudos da literatura. Esse trabalho tem por objetivo apresentar a experiência do nosso serviço em relação à incidência e ao manejo das complicações biliares no transplante de fígado. Foram incluídos no estudo 147 transplantes hepáticos ortotópicos, com idade média de 37,3 anos, correspondendo a 88 procedimentos em pacientes do sexo masculino e 59 do sexo feminino. Complicações biliares ocorreram em 27 transplantes (18,36%) em 25 pacientes (dois retransplantes). A presença de rejeição celular e de complicações vasculares foi identificada como fator de risco para as complicações biliares. A idade, o sexo, a etiologia da cirrose e a técnica utilizada na reconstrução biliar não foram fatores de risco. No total, foram empregados 52 cursos terapêuticos: tratamento cirúrgico em 23 vezes; tratamento endoscópico em 15 vezes; retransplante em sete vezes; drenagem biliar transparieto-hepática em seis vezes e um paciente está em lista de espera para retransplante. Conclui-se deste estudo que as complicações biliares são freqüentes após o transplante hepático e que as vasculares e a rejeição celular são fatores de risco.
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OBJETIVO: A realização de abdominoplastias associadas a outras cirurgias da parede ou da cavidade abdominal, embora atrativa, é motivo de controvérsias. O objetivo deste trabalho é avaliar o grau de morbidade e mortalidade destas associações. MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente 75 pacientes com indicação de abdominoplastia dos quais 39 submeteram-se a abdominoplastia isoladamente (grupo 1) e 36 à associação de abdominoplastia a outras cirurgias do abdome (grupo 2), como correção de hérnias, histerectomias e colecistectomias. Foram analisados os diversos fatores capazes de interferir na evolução do paciente, como doenças pré-existentes, assim como as complicações pós-operatórias. RESULTADOS: As complicações observadas foram: seroma (grupo 1: 2.6% , grupo 2: 25%,), epidermólise (grupo 1: 12.82% , grupo 2: 5.55%), deiscência de sutura (grupo 1: 5.12% , grupo 2: 5.55%), infecção da ferida operatória (grupo 1: 0%, grupo 2: 8.33%) e hematoma (grupo 1: 0%, grupo 2: 5.55%). Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos no que se refere a complicações pós-operatórias, exceto quanto ao seroma (p=0,009). CONCLUSÕES: Concluímos que não houve aumento significativo da morbidade e da mortalidade dos pacientes submetidos a cirurgias combinadas quando comparados aos pacientes submetidos à abdominoplastia isoladamente.
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Os objetivos deste trabalho foram: determinar o coeficiente de mortalidade materna para o município de São Paulo, as patologias mais freqüentes que determinaram o óbito e a distribuição por faixas etárias. Foram revisados neste estudo retrospectivo 179.872 atestados de óbito de mulheres entre 10 e 49 anos de idade abrangendo no período de abril de 1993 a dezembro de 1995.Foram selecionados 761 atestados de óbito nos quais o estado gravídico era declarado ou presumido. A gravidez foi confirmada em 291 dos 761 casos e 53 destes estão ainda sob investigação. Os dados foram tabulados, agrupados e analisados considerando a idade e a causa da morte, de acordo com a 9ª Revisão do CID - Classificação Internacional de Doenças. Dos 291 casos positivos para associação com gravidez, 82 (28,17%) não apresentaram nenhuma referência a este fato no atestado de óbito (subnotificação). Dos 291 óbitos, 183 (62,9%) se deveram a causas diretas, sendo a hemorragia (47/183), a pré-eclâmpsia/eclâmpsia (46/183) e as complicações do aborto (43/183) as principais patologias. Em 79 casos a causa foi indireta, sendo a cardiopatia (33/79) a principal patologia determinante do óbito. A síndrome hipertensiva (pré-eclâmpsia/eclâmpsia e/ou hipertensão arterial crônica) foi responsável por 19,93% das mortes. Este estudo possibilitou calcular o Coeficiente de Mortalidade Materna para o município de São Paulo: 50,24 por 100.000 nascidos vivos.
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Objetivo: comparar a eficácia e segurança entre duas doses de misoprostol administradas por via vaginal para amadurecimento cervical e indução do parto. Pacientes e Métodos: sessenta e uma pacientes com indicação médica para indução do parto e colo desfavorável foram incluídas neste estudo. Vinte e oito pacientes receberam 25 µg e trinta e três 50 µg de misoprostol, a intervalos de 4 horas, até um período máximo de 24 horas. Resultados: a rotura prematura de membranas, gestação prolongada e doença hipertensiva específica da gestação foram as principais indicações para a indução do parto. O intervalo de tempo, em minutos, entre inserção do misoprostol até o parto vaginal foi similar nos grupos de 25 µg (416,3 ± 148,1) e 50 µg (425 ± 135,9). A porcentagem de parto vaginal foi de 82,2% e 81,9% nos grupos de 25 e 50 µg, respectivamente. Não houve diferença significativa entre os grupos no que se refere a complicações maternas e fetais. Conclusões: a administração de misoprostol por via vaginal mostrou-se um método eficiente e seguro para o amadurecimento cervical e indução do parto. A dose de 25 µg mostrou ter eficácia e segurança comparável à de 50 µg.
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Objetivo: avaliar a evolução da epilepsia durante a gestação e a ocorrência de malformações nos recém-nascidos de mães epilépticas, que usaram drogas anticonvulsivantes durante a gestação. Avaliar as características perinatais relacionadas ao peso ao nascer e Apgar dos recém-nascidos. Métodos: foram analisados 126 prontuários de pacientes epilépticas atendidas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia HC-FMRP-USP. Por meio da pesquisa de prontuário foram avaliadas as seguintes variáveis: idade, paridade, diagnóstico quanto ao tipo de crise epiléptica, droga anticonvulsivante usada durante o pré-natal, evolução das crises epilépticas durante o pré-natal, tipo de parto e idade gestacional na resolução e caraterísticas perinatais dos recém-nascidos. Foram excluídas da avaliação de evolução da epilepsia durante a gravidez as pacientes que não freqüentaram o pré-natal do HC-FMRP-USP. Resultados: a porcentagem de gestantes portadoras de epilepsia neste estudo foi de 0,2% em relação às pacientes em seguimento no pré-natal no HC-RP. A epilepsia parcial simples foi o tipo mais freqüente, com 40% casos. No tratamento, a monoterapia esteve presente em 75% dos casos e a carbamazepina foi a droga mais utilizada. Das pacientes que puderam ser avaliadas (111 gestantes) quanto à evolução da doença durante a gravidez, 53% não sofreram modificação, 31% pioraram e 16% apresentaram melhora. O parto normal foi realizado em 62,5% dos casos, com resultado perinatal satisfatório na avaliação do índice de Apgar e com taxa de recém-nascido de baixo peso acima dos valores de populações de baixo risco. Não foram observadas malformações fetais. Conclusões: a epilepsia apresentou evolução favorável durante a gestação, não tendo sido agravada pela mesma; os casos em que houve piora do quadro são associados com epilepsia de difícil controle antes da gestação. A avaliação das características perinatais dos recém-nascidos apresentou Apgar e evolução satisfatórios mostrando que a epilepsia e as drogas anticonvulsivantes não comprometem de forma grave a vitalidade intraparto. Não foram observados casos de malformações fetais ou complicações hemorrágicas neste trabalho.
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OBJETIVO: verificar a prevalência do sinal eco glandular endocervical (EGE) e o comprimento cervical menor ou igual a 20 mm em gestantes entre a 21ª e a 24ª semana e comparar estes sinais ecográficos como fatores indicadores de parto pré-termo espontâneo. MÉTODOS: estudo prospectivo transversal no qual foram incluídas 361 gestantes da população geral, para realização de exame ultra-sonografico em idade gestacional entre a 21ª a 24ª semana. Os critérios de exclusão do estudo foram malformações müllerianas, gestações múltiplas, malformações fetais, óbito fetal, alterações da quantidade de líquido amniótico, placenta com inserção segmentar, antecedentes de cirurgia no colo uterino (conização, amputação, cerclagem) e procedimentos cirúrgicos durante a gestação. Após a realização do exame ultra-sonográfico obstétrico morfológico efetuado por via abdominal, seguiu-se o exame ecográfico por via vaginal para observação de uma faixa hipoecóica ou hiperecóica adjacente ao canal endocervical correpondente às glândulas do epitélio endocervical (EGE) e mensuração do comprimento cervical. As variáveis qualitativas são representadas por freqüência absoluta e relativa, ao passo que as variáveis quantitativas, por média, desvio-padrão, mediana e valores mínimo e máximo. A associação entre as variáveis qualitativas foi avaliada pelo teste c² ou teste exato de Fisher. Para cada variável estudada, foi calculado o risco relativo seguido do intervalo com 95% de confiança. A técnica de análise de regressão logística univariada foi utilizada para verificar, entre as variáveis estudadas, quais foram indicativas de parto pré-termo espontâneo. O nível de significância adotado foi de 95% (alfa = 5%) e descritivos (p) iguais ou inferiores a 0,05 foram considerados significantes. RESULTADOS: a incidência do parto pré-termo espontâneo foi de 5,0%. O comprimento do colo uterino revelou-se igual ou inferior a 20 mm em 3,3% da população estudada e em 27,8% das pacientes que apresentaram parto pré-termo espontâneo. A ausência do EGE foi detectada em 2,8% das pacientes estudadas e em 44,4% das pacientes que evoluíram para parto pré-termo espontâneo. A associação entre ausência do EGE e presença do colo curto revelou-se estatisticamente significante (p<0,001). A ausência do EGE teve forte associação com parto pré-termo espontâneo e risco relativo de 28,57, com intervalo de confiança (IC 95%) 14,40-56,68. A medida do comprimento cervical inferior a 20 mm também apresentou associação com parto pré-termo espontâneo (p<0,001), com risco relativo de 11,27 e IC 95% de 4,79-26,53. CONCLUSÃO: a não visualização do EGE endocervical constitui parâmetro morfológico ultra-sonográfico novo e útil na predição do parto pré-termo espontâneo nas gestações únicas da população geral. Os resultados deste trabalho indicam uma tendência clara da marcante importância da ausência do EGE como indicador do risco para parto pré-termo espontâneo, a ser confirmada em pesquisas multicêntricas futuras.