269 resultados para Hb I-Philadelphia
Resumo:
A infecção pelos vírus HTLV-I/II encontra-se presente em todas as regiões brasileiras, mas as prevalências variam de um estado para outro, sendo mais elevadas na Bahia, Pernambuco e Pará. As estimativas indicam que o Brasil possui o maior número absoluto de indivíduos infectados no mundo. Testes de triagem de doadores e estudos conduzidos em grupos especiais (populações indígenas, usuários de drogas intravenosas e gestantes) constituem as principais fontes de informação sobre essas viroses em nosso país. O HTLV-I causa a leucemia/linfoma de células T do adulto (LLTA), a paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV (TSP/HAM), uveíte associada ao HTLV (HAU) e anormalidades dermatológicas e imunológicas. O HTLV-II não se mostrou associado a nenhuma doença até o momento. O diagnóstico é feito com testes de triagem (ELISA, aglutinação) e confirmatórios (Western Blot, PCR). Estes vírus são transmitidos pelo sangue e agulhas contaminadas, através de relações sexuais e de mãe para filho, especialmente através do aleitamento materno. Medidas de prevenção devem focalizar a orientação de doadores soropositivos, mães infectadas e usuários de drogas intravenosas.
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A localidade de Taquarendi (Bahia) está situada em zona de caatinga, porém com pequena faixa de terra irrigada, onde se encontram caramujos Biomphalaria glabrata. Dos 1.532 habitantes, 1.105 (72,1%) submeteram-se ao exame clínico e, destes, 1.058 (95,7%) fizeram exame parasitológico de fezes. A prevalência da esquistossomose foi de 73,1%, sendo que 16,2% destes eliminavam mais de 1.000 ovos por grama de fezes. O exame clínico mostrou que o lobo esquerdo do fígado estava aumentado e/ou endurecido em 54% dos pacientes e o baço foi palpado em 21,8%. Foram classificados como hepatosplênicas 9,8% dos examinados e como portadores da forma hepatintestinal avançada 3,7%. Houve relação direta entre estas formas clínicas da doença e a intensidade da carga parasitária acima de 1.000 ovos de S. mansoni por grama de fezes.
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To investigate epidemiological and pathogenetic features of HTLV-I infection, a cohort of carriers has been followed at the USP Teaching Hospital since 1991. This study describes the establishment of cell lines from peripheral blood mononuclear cells (PBMC) of infected subjects. Ex vivo PBMC were cultured with those from a seronegative donor and morphologic evidence of cell transformation was obtained after 90 days with detection of multinucleated cells exhibiting cerebriform nuclei. Integration of HTLV-I proviral DNA and expression of viral antigens was demonstrated in culture by PCR and immunofluorescence. Cell lines were maintained for 240 days, gradually weaned from exogenous IL-2. Immunophenotyping of cell lines on flow cytometry yielded evidence of cell activation. Establishment of HTLV-I-infected cell lines from ex vivo PBMC is feasible and may be useful for studies on lymphocyte phenotypic changes and on mechanisms of HTLV-induced cell proliferation. Moreover they may be used with diagnostic purposes in immunofluorescence tests.
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Objetivou-se avaliar a freqüência das infecções por sífilis, rubéola, hepatite B, hepatite C, toxoplasmose, doença de Chagas, HTLV I/II, herpes simples, HIV-1 e citomegalovírus em gestantes e relacionar a faixa etária das pacientes com a freqüência das infecções. Estudo transversal de 32.512 gestantes submetidas à triagem pré-natal no período de novembro de 2002 a outubro de 2003. As freqüências encontradas foram de 0,2% para infecção pelo vírus HIV-1, 0,03% para rubéola, 0,8% para sífilis, 0,4% para toxoplasmose, 0,05% para infecção aguda pelo citomegalovírus, 0,02% pelo vírus herpes simples, 0,3% para hepatite B (HBsAg), 0,1% para hepatite C, 0,1% para HTLV I/II e 0,1% para doença de Chagas. Houve associação significativa entre faixa etária e infecções por rubéola, citomegalovírus, doença de Chagas e herpes vírus. As freqüências de rubéola, sífilis, toxoplasmose, doença de Chagas e citomegalovírus nas gestantes encontram-se abaixo dos valores descritos na literatura.
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A sorologia utilizando o antígeno espécie-específico do Mycobacterium leprae, PGL-I, pode ser um marcador de carga bacteriana em pacientes com hanseníase. Estudos identificaram potencial de uso da sorologia na classificação de pacientes para fins de tratamento, monitoramento de terapia, risco de recidiva e na seleção dos contatos com maior risco de adoecer. Foi realizada uma revisão sistemática e 26 artigos foram incluídos na análise comparativa. Avaliamos os resultados do uso da sorologia PGL-I em diferentes situações, suas limitações e possíveis aplicações. Estudos mostraram eficácia da sorologia PGL-I na classificação de pacientes, monitoramento da terapia, e nas reações hansênicas como teste preditivo. Para diagnóstico precoce e seguimento de população de alto risco, as metodologias utilizadas ainda não demonstraram custo-benefício favorável, porém estudos indicam que a utilização do teste poderá influenciar positivamente nos programas de controle da hanseníase. Com técnicas simples e robustas, o uso da sorologia PGL-I é viável.
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O ML Flow e o ELISA PGL-I são testes sorológicos que detectam anticorpos IgM contra o glicolipídio fenólico I específico do Mycobacterium leprae. Para avaliar o comportamento destes testes em áreas endêmica e não endêmica para hanseníase foram estudados 351 voluntários no Brasil e no Chile, incluindo pacientes com hanseníase, controles sadios, portadores de outras doenças infecciosas, não infecciosas e dermatoses que fazem diagnóstico diferencial com hanseníase. O ponto de corte do ELISA foi estabelecido pelo método da Curva ROC (> 0,157). Em área endêmica, o ML Flow apresentou resultados positivos em 70% dos pacientes com hanseníase; o ELISA foi positivo em 53,3%. Em área não endêmica, o ML Flow foi negativo em todos os voluntários testados; o ELISA foi positivo em 4 voluntários. O ML Flow é um ensaio mais rápido, facilmente aplicável e, portanto, mais adequado para ser utilizado na Atenção Básica; o ELISA necessita, alem de uma infra-estrutura de laboratório adequada, pessoal treinado e especializado em sua execução.
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As reações hansênicas são fenômenos imuno inflamatórios que ocorrem durante a evolução da hanseníase. Atualmente com os critérios de finalização de tratamento esta intercorrência pode ser observada após a alta da poliquimioterapia. Trata-se de um estudo caso-controle onde foram comparados, laboratorialmente, os casos de reação hansênica após alta da poliquimioterapia multibacilar (PQT/MB) com o grupo controle para analisar a possível associação entre a reação hansênica após alta e a carga bacilar, utilizando o ML Flow, teste sorológico para detecção de anticorpos contra o Mycobacterium leprae, e os resultados das baciloscopias cutâneas. O estudo foi realizado em dois serviços de referência na cidade de Recife - Pernambuco - Brasil, onde participaram 208 pacientes. Os resultados encontrados indicam que a reação após alta está estatisticamente associada à carga bacilar através da positividade do teste sorológico após alta. Conclui-se que existem fatores de riscos comuns entre a recidiva e a reação após alta.
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Tatus têm sido envolvidos na transmissão da hanseníase e considerados como fonte de Mycobacterium leprae em muitas publicações. Médicos de partes dos EUA consideram o contato com tatus um fator de risco para hanseníase. Entretanto, há um desafio associado ao papel do tatu na perpetuação da hanseníase no Continente Americano. Foi pesquisada a presença de anticorpos anti-PGL-I em tatus selvagens de áreas endêmicas em hanseníase do Estado do Espírito Santo, Brasil, através de ELISA realizado em amostras de soro de 47 animais. Elisa positivo foi encontrado em 5 (10.6%) tatus. Tatus infectados podem ter algum papel na transmissão da hanseníase disseminando bacilos no meio ambiente, talvez tornando mais difícil a interrupção da cadeia de transmissão e redução do número de casos novos de hanseníase. A técnica de ELISA é um eficiente método para investigação soroepidemiológica da presença do Mycobacterium leprae em tatus.
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Os programas de controle da hanseníase se beneficiariam de um método fácil para estimar prevalência e avaliar o impacto das ações de controle na prevalência da doença. A determinação da soroprevalência de anticorpos contra PGL-I através de estudos com crianças em idade escolar foi sugerida como indicador útil da taxa de prevalência da hanseníase a nível municipal.Para investigar se a soropositividade estaria associada aos coeficientes de detecção da hanseníase e se poderia ser usada como indicador da prevalência em outras áreas, 7.073 crianças em três estados endêmicos de hanseníase no Brasil foram testadas. Resultados mostram uma considerável variação da distribuição de soropositividade nas comunidades, independente do número de casos de hanseníase detectados. A soroprevalência foi significativamente menor nos colégios. Nenhuma diferença na distribuição da soropositividade determinada por ELISA ou dipstick foi observada. Nenhuma correlação entre o coeficiente de detecção da hanseníase e soropositividade pôde ser estabelecida.
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INTRODUÇÃO: O esôfago e os cólons foram investigados em pacientes na fase aguda da doença de Chagas, entre 1956 e 1989. MÉTODOS: A deglutição e o exame radiológico do esôfago foram explorados em 94 (90,4%) pacientes, sendo excluídas 10 crianças em virtude de tenra idade. O enema opaco foi realizado em 59 (56,7%) pacientes. RESULTADOS: A deglutição foi referida como normal em 86 (91,5%) pacientes, 5 dos quais apresentaram aperistalse do grupo I, enquanto a disfagia incipiente foi referida por 8, dos quais 7 apresentaram exame radiológico normal e apenas um, aperistalse do grupo I. Um segundo exame radiológico, realizado em 4 dos 6 casos, 6 meses após o primeiro, mostrou-se normal em 3 e permaneceu inalterado em um, o único que recebeu tratamento (benzonidazol) e considerado como curado da infecção. O ritmo intestinal resultou normal em 96 (92,3%) pacientes, obstipado em 7 (6,7%) e diarreico em um (1%). O enema evidenciou resultado normal em 54 (91,5%) pacientes, dolicossigmoide em 4 (6,8%) e dolicorretomegassigmoide em um (1,7%), que a eletromanometria demonstrou ser de natureza funcional. CONCLUSÕES: Para explicar a regressão da aperistalse, aventaram os autores duas hipóteses que não se excluem. A primeira,é a de que o processo inflamatório intramural na fase inicial da infecção poderia interferir na motilidade esofagiana, enfraquecendo a onda peristáltica; com a regressão do processo inflamatório, o peristaltismo voltaria ao normal, desde que a desnervação fosse limitada; a segunda hipótese é a de que tenha havido real re-inervação, com recuperação normal da onda peristáltica.
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INTRODUCTION: The present study was designed to investigate a possible role of HLA (histocompatibility leucocyte antigen) class-I alleles (HLA-A, -B, and -C) in leprosy patients from Southern Brazil. METHODS: Two hundred and twenty-five patients with leprosy and 450 individuals for the control group were involved in this research. HLA genotyping was performed through PCR-SSO protocols (One Lambda, USA); the frequency of these alleles was calculated in each group by direct counting, and the frequencies were then compared. RESULTS: There was an association between HLA-A*11 (6.9% vs 4.1%, p=0.0345, OR=1.72, 95% CI=1.05-2.81), HLA-B*38 (2.7% vs. 1.1%, p=0.0402, OR=2.44, 95% CI=1.05-5.69), HLA-C*12 (9.4% vs. 5.4%, p=0.01, OR=1.82, 95% CI=1.17-2.82), and HLA-C*16 (3.1% vs. 6.5%, p=0.0124, OR=0.47, 95% CI=0.26-0.85) and leprosy per se. In addition, HLA-B*35, HLA-C*04, and HLA-C*07 frequencies were different between lepromatous (LL) and tuberculoid (TT) patients. However, after adjusting for the number of alleles compared, Pc values became nonsignificant. CONCLUSIONS: Although our results do not support the previous findings that HLA class-I alleles play a role in leprosy pathogenesis, we suggest new studies because of the importance of the association between the HLA and KIR in the innate immune response to leprosy.
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Introduction: Human T cell lymphotropic virus type I-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP) can impact the independence and motricity of patients. The aims of this study were to estimate the effects of physiotherapy on the functionality of patients with HAM/TSP during the stable phase of the disease using proprioceptive neuromuscular facilitation (PNF) and to compare two methods of treatment delivery. Methods: Fourteen patients with human T cell lymphotropic virus type I (HTLV-I) were randomly allocated into two groups. In group I (seven patients), PNF was applied by the therapist, facilitating the functional activities of rolling, sitting and standing, walking and climbing and descending stairs. In group II (seven patients), PNF was self-administered using an elastic tube, and the same activities were facilitated. Experiments were conducted for 1h twice per week for 12 weeks. Low-back pain, a modified Ashworth scale, the functional independence measure (FIM) and the timed up and go test (TUG) were assessed before and after the interventions. Results: In the within-group evaluation, low-back pain was significantly reduced in both groups, the FIM improved in group II, and the results of the TUG improved in group I. In the inter-group analysis, only the tone was lower in group II than in group I. Conclusions: Both PNF protocols were effective in treating patients with HAM/TSP.
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Introduction: The Baixada Maranhense Microregion currently has the highest prevalence of schistosomiasis in the State of Maranhão, likely because this parasitosis is characterized as an occupational disease, and increased contact with water increases the risk of infection by Schistosoma mansoni. This paper reports the results of the first comprehensive freshwater malacological survey performed in the Baixada Maranhense Microregion. Methods: Freshwater mollusks were collected from the twenty-one municipalities of the Baixada Maranhense Microregion and from Bacurituba and Cajapió and were evaluated for infection by trematodes. Results: A total of 9,129 mollusks were collected (sixteen species), which included the first records of six species in the State of Maranhão: Gundlachia radiata, G. ticaga, Hebetancylus moricandi, Plesiophysa guadeloupensis, Pomacea bridgesii diffusa and Omalonyx sp. Biomphalaria glabrata was found in five municipalities, whereas B. straminea was found in nine. Biomphalaria glabrata and B. straminea were observed in syntopy in Pinheiro and São Bento. Of the 990 specimens of B. glabrata and the 2,109 specimens of B. straminea that were exposed to and/or analyzed for the presence of larval trematodes, only a single specimen of B. glabrata (0.1%) from São Bento shed S. mansoni. Other larval trematodes were first observed in mollusks from the State of Maranhão. Conclusions: These results indicate that the study area is epidemiologically important due to the presence of two natural vectors of schistosomiasis and the active transmission of schistosomiasis, which was confirmed in the infected specimen that was collected in this study.