103 resultados para Intolerância à Lactose
Resumo:
A intolerância à lactose consiste na ausência ou deficiência na produção da lactase, enzima responsável por hidrolisar a lactose proveniente do leite e derivados. Indivíduos acometidos desse mal são privados de ingerir o leite em virtude dos desconfortos intestinais promovidos pela não hidrólise desse carboidrato no intestino. Assim, o presente trabalho objetivou desenvolver filme de base celulósica incorporado com lactase para redução do teor de lactose presente no leite. Os filmes foram produzidos pelo método "cast", imersos em frascos contendo 100 mL de leite pasteurizado, e mantidos a 25 °C/25 horas ou a 7 °C/48 horas. Os filmes produzidos com 1 e 1,5 mL da enzima lactase reduziram, respectivamente, 78 e 85% da lactose após 24 horas de contato a 7 °C e 92 e 100% após 25 horas de contato a 25 °C. Os filmes apresentaram estabilidade quando estocados à temperatura ambiente e de refrigeração. Testes de migração mostraram que, em média, 21,94% da lactase incorporada no filme migrou para a água após 14 dias de contato. Portanto, o filme desenvolvido apresenta potencialidade de ser usado como revestimento interno de embalagens para acondicionar leite.
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Este artigo discute um dos tópicos mais polêmicos da recente Conferência das Nações Unidas contra o Racismo - a questão do pagamento de reparações para as vítimas do tráfico transatlântico de escravos - num contexto histórico amplo e profundo. Argumenta-se que a historiografia da escravidão e do tráfico apresenta um quadro complexo de envolvimento que não permite uma simples projeção de responsabilidade exclusiva nesta tragédia humana. Quando apresentado como mais um projeto de transferência de recursos dos países ocidentais para a África, a reivindicação de pagamentos de reparações está apresentada como problemática e pouco viável. Quando se trata como um aspecto de políticas publicas de combater a discriminação da população negra em países multietnicos, é considerada mais justificável e promissora.
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Foi desenvolvido um meio modificado de cultura para isolamento e caracterização de enterobactérias, visando especialmente salmonelas fermentadoras da lactose. No chamado "Meio modificado" as colônias das duas estirpes de Salmonella (lactose positivas e lactose negativas) apresentam a morfologia idêntica, o que não ocorre quando são empregados os meios rotineiros à base de lactose, para isolamento de enterobactérias. Esse meio é uma modificação do meio de Hektoen Enteric Agar, do qual retirou-se lactose e adicionou-se xilose e L-lisina. Foi verificado que há possibilidade de diferenciar-se os diversos grupos de enterobactérias, empregando um meio de cultura sem lactose e usando como sistema diferenciador xilose e L-lisina. O meio modificado foi também avaliado quantitativamente comparando o seu poder enriquecedor ou inibitório, ao dos meios de Hektoen Enteric Agar, Brilliant Green Agar e SS Agar para diferentes grupos de enterobactérias.
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Relata-se o primeiro isolamento no Rio de Janeiro, a partir de um caso de gastroenterite infantil, da variante de Salmonella typhimurium, que se tornou prevalente na cidade de São Paulo. O mesmo padrão de resistência múltipla a agentes antibacterianos foi observado, com sensibilidade à gentamicina, colimicina e a associação sulfametaxazol-trimetoprim. Discutem-se características bacteriológicas das amostras de mesmo comportamento, enfatizando-se a necessidade de adaptação das técnicas bacteriológicas visando a sua detecção, que provavelmente vem passando desapercebida pelas técnicas tradicionais.
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Salmonella typhimurium fermentadoras de lactose são comuns em São Paulo, porém, raras no Rio de Janeiro, onde descrevemos dois isolamentos. Um plasmídeo de 7,4 megadáltons, não auto-transferível, termorresistente e não eliminável pelo alaranjado de acridinafoi identificado em cada uma das duas linhagens isoladas no Rio de Janeiro. O fato de uma dessas linhagens ser derivada de um plasmídeo que originalmente não expressa o caráter fermentação de lactose, permite-nos especular acerca da origem deste caráter nas Salmonellas brasileiras.
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OBJETIVOS: estudar o efeito das drogas anti-retrovirais sobre o metabolismo glicêmico em gestantes portadoras do HIV-1 e a ação dessas medicações sobre o prognóstico perinatal. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado em 57 gestantes divididas em três grupos: grupo AZT, utilizando zidovudina (n=20); grupo TT, utilizando zidovudina+lamivudina+nelfinavir (n=25), e grupo controle, gestantes normais (n=12). Obteve-se a área sob a curva (ASC) das glicemias após teste oral de tolerância à glicose com 75 g de glicose em quatro oportunidades durante a gravidez (1º=14-20 semanas, 2º=21-26 semanas, 3º=27-32 semanas e 4º=33-38 semanas). O prognóstico perinatal levou em consideração as taxas de prematuridade, restrição de crescimento intra-útero (RCIU), baixo peso ao nascer, mortalidade perinatal e transmissão vertical do HIV-1. Os dados foram analisados utilizando-se os testes não paramétricos do c², de Friedman e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: os valores da mediana da ASC foi de 11.685 mg/dL-2h para o grupo controle, 13.477 mg/dL-2h para o grupo AZT e 13.650 mg/dL-2h para o grupo TT (p=0,049). Não se observou efeito deletério dos anti-retrovirais sobre as taxas de prematuridade, baixo peso ao nascer, RCIU e índices de Apgar. Não houve nenhum caso de transmissão vertical do HIV-1. CONCLUSÕES: verificou-se o desenvolvimento de intolerância glicêmica em gestantes que utilizaram tratamento tríplice, não sendo observado naquelas que utilizaram apenas AZT. Não houve efeitos deletérios dos anti-retrovirais sobre o prognóstico perinatal.
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OBJETIVO: Avaliar a importância do teste de tolerância à glicose oral (TTGO) no diagnóstico da intolerância à glicose (IG) e diabetes mellitus do tipo 2 (DM-2) em mulheres com SOP. MÉTODOS: Estudo retrospectivo em que foram incluídas 247 pacientes portadoras de SOP, selecionadas de forma aleatória. O diagnóstico de IG foi obtido por meio do TTGO de duas horas com 75 gramas de glicose de acordo com os critérios do World Health Organization (WHO) (IG: glicemia plasmática aos 120 minutos >140 mg/dL e <200 mg/dL); e o de DM-2 tanto pelo TTGO (DM: glicemia plasmática aos 120 minutos >200 mg/dL) quanto pela glicemia de jejum segundo os critérios da American Diabetes Association (glicemia de jejum alterada: glicemia plasmática >100 e <126 mg/dL; DM: glicemia de jejum >126 mg/dL). Para comparar o TTGO com a glicemia de jejum foi aplicado o modelo de regressão logística para medidas repetidas. Para a análise das características clínicas e bioquímicas das pacientes com e sem IG e/ou DM-2 foi utilizada a ANOVA seguida do teste de Tukey. O valor p<0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: As pacientes com SOP apresentaram média etária de 24,8±6,3 e índice de massa corpórea (IMC) entre 18,3 e 54,9 kg/m² (32,5±7,6). O percentual de pacientes obesas foi de 64%, de sobrepeso 18,6%, e peso saudável 17,4%. O TTGO identificou 14 casos de DM-2 (5,7%), enquanto a glicemia de jejum detectou somente três casos (1,2%), sendo que a frequência destes distúrbios foi maior com o aumento da idade e IMC. CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo demonstram a superioridade do TTGO em relação à glicemia de jejum em diagnosticar DM-2 em mulheres jovens com SOP e deve ser realizado neste grupo de pacientes.
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Ninety-six weanling male Wistar rats were fed for four weeks one of two different chows: a normal rat chow containing 55.5% (w/w) starch (control group, N = 48) or a rat chow in which starch was partially replaced by lactose, in such a way that the experimental group (N = 48) received 35.5% (w/w) starch and 20% (w/w) lactose. The gastric emptying of fluid was then studied by measuring the gastric retention of four test meals containing lactose (5% or 10%, w/v) or glucose + galactose (5% or 10%, w/v). Homogenates of the small intestine were assayed for lactase activity. The gastric retention values were obtained 15 min after orogastric infusion of the liquid meals. The median values for gastric retention of the 5% lactose solutions were 37.7% for the control group and 37.0% for the experimental group (P>0.02). For the 10% lactose solution the median values were 51.2% and 47.9% (P>0.02) for the control and experimental groups, respectively. However, for the 2.5% glucose + 2.5% galactose meal the median gastric retention was lower (P<0.02) in the group fed a lactose-enriched chow (38.5%) than in the control group (41.6%). For the 5% glucose + 5% galactose solution the median values were not statistically different between groups, 65.0% for the control group and 58.8% for the experimental group. The median values of the specific lactase activity in the small intestine homogenate was 0.74 U/g in the control group and 0.91 U/g in the experimental group. These values were not statistically different (P>0.05). These results suggest that the prolonged ingestion of lactose by young adult rats changes the gastric emptying of a solution containing 5% monosaccharides. This adaptation may reflect the desensitization of intestinal nutrient receptors, possibly by an osmotic effect of lactose present in the chow.
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Until recently, dietary sources of nucleotides were thought not to be essential for good nutrition. Certain states with higher metabolic demands may require larger amounts that cannot be provided by endogenous production. The objective of the present study was to determine the action of nucleotides on the recovery from lactose-induced diarrhea in weaned rats. Thirty-six weanling Fisher rats were divided into two groups. Group 1 received a standard diet and group 2 received a diet containing lactose in place of starch. On the 10th day, six animals per group were sacrificed for histopathological evaluation. The remaining animals were divided into two other subgroups, each with 6 animals, receiving a control diet, a control diet with nucleotides (0.05% adenosine monophosphate, 0.05% guanosine monophosphate, 0.05% cytidine monophosphate, 0.05% uridine monophosphate and 0.05% inosine monophosphate), a diet with lactose, and a diet with lactose and nucleotides. On the 32nd day of the experiment all animals were sacrificed. Animals with diarrhea weighed less than animals without diarrhea. The introduction of nucleotides did not lead to weight gain. Mean diet consumption was lower in the group that continued to ingest lactose, with the group receiving lactose plus nucleotides showing a lower mean consumption. Animals receiving lactose had inflammatory reaction and deposits of periodic acid-Schiff-positive material in intestinal, hepatic and splenic tissues. The introduction of nucleotides led to an improvement of the intestinal inflammatory reaction. In lactose-induced diarrhea, when the stimulus is maintained - lactose overload - the nucleotides have a limited action on the weight gain and on recovery of intestinal morphology, although they have a protective effect on hepatic injury and improve the inflammatory response.
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The C/T-13910 mutation is the major factor responsible for the persistence of the lactase-phlorizin hydrolase (LCT) gene expression. Mutation G/A-22018 appears to be only in co-segregation with C/T-13910. The objective of the present study was to assess the presence of these two mutations in Brazilian individuals with and without lactose malabsorption diagnosed by the hydrogen breath test (HBT). Ten milk-tolerant and 10 milk-intolerant individuals underwent the HBT after oral ingestion of 50 g lactose (equivalent to 1 L of milk). Analyses for C/T-13910 and G/A-22018 mutations were performed using a PCR-based method. Primers were designed for this study based on the GenBank sequence. The CT/GA, CT/AA, and TT/AA genotypes (lactase persistence) were found in 10 individuals with negative HBT. The CC/GG genotype (lactase non-persistence) was found in 10 individuals, 9 of them with positive HBT results. There was a significant agreement between the presence of mutations in the LCT gene promoter and HBT results (kappa = -0.9, P < 0.001). The CT/AA genotype has not been described previously and seems to be related to lactase persistence. The present study showed a significant agreement between the occurrence of mutations G/A-22018 and C/T-13910 and lactose absorption in Brazilian subjects, suggesting that the molecular test used here could be proposed for the laboratory diagnosis of adult-type primary hypolactasia.
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Entre 1341 linhagens de microrganismos isolados a partir de amostras de solos, flores e frutos e testados quanto à produção de β-frutofuranosidase com atividade de transferência para produção de lactosacarose foi selecionado uma linhagem, identificada como Bacillus sp n°417. Verificou-se que após 8 horas de reação, a proporção de lactose e sacarose 1:1 (p/p) e 20% de concentração de açúcares totais, a uma temperatura de 45°C e pH 5,6 foram as melhores condições para produção de lactosacarose.
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The effectiveness of different types of rice in relation to their ability to accelerate diarrhea recovering was evaluated in a rat model of osmotic diarrhea (OD). Animals (90-100 g) received protein free diet until reaching up to 20% weight loss, followed by lactose rich diet (LRD) to induce osmotic diarrhea. Rats presenting osmotic diarrhea were divided into 4 groups, which received lactose rich diet for 4 days from 8 am to 8 pm, and one of three experimental products containing 6% rice flour differing in amylose content during the night: high (HA), intermediate (IA), and low (LA). A group fed stock diet containing equivalent amount of lactose was taken as control and allowed to recover spontaneously. Amylose and viscosity (cp at 25 °C, 10 rpm) of final products were determined. Effectiveness was expressed as the ratio between percentages of normal vs. diarrheic stools during the treatment. Fecal characteristics in this rat model improved only as result of feeding high amylose content (HA) type of rice. In this experimental model of osmotic diarrhea in young rats, the antidiarrheal effects of rice were strongly dependent on the type of diet used and appear to be related to its amylose content.
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Abstract The commercial enzyme (E.C. = 3.2.1.23) from Kluyveromyces lactis (liquid) and Aspergillus oryzae(lyophilized) was investigated for its hydrolysis potential in lactose substrate, UHT milk, and skimmed milk at different concentrations (0.7; 1.0 and 1.5%), pH values (5.0; 6.0; 6.5 and 7.0), and temperature (30; 35; 40 and 55 ºC). High hydrolysis rates were observed for the enzyme from K. lactis at pH 7.0 and 40 ºC, and from A. oryzae at pH 5.0 and 55 ºC. The enzyme from K. lactis showed significantly higher hydrolysis rates when compared to A. oryzae. The effect of temperature and β-galactosidase concentration on the lactose hydrolysis in UHT milk was higher than in skimmed milk, for all temperatures tested. With respect to the thermal stability, a decrease in hydrolysis rate was observed at pH 6.0 at 35 ºC for K. lactisenzyme, and at pH 6.0 at 55 ºC for the enzyme from A. oryzae. This study investigate the hydrolysis of β-galactosidase in UHT and skimmed milk. The knowledge about the characteristics of the β-galactosidase fromK. lactis and A. oryzae enables to use it most efficiently to control the enzyme concentration, temperature, and pH in many industrial processes and product formulations.