5 resultados para pesquisa etnográfica

em Línguas


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O presente artigo tem o intuito de suscitar uma reflexão sobre situações observadas durante uma pesquisa de Mestrado realizada em Ponta Porã/MS, na fronteira Brasil/Paraguai. A investigação ocorreu no período de 2007/2008, em uma escola pública municipal em que o percentual de alunos oriundos do Paraguai ultrapassa os 90%. Trata-se de uma pesquisa etnográfica que, entre outros resultados, trouxe à tona alguns problemas decorrentes da falta de políticas linguísticas em escolas próximas a linhas de fronteira. Para esta reflexão, buscaram-se autores como Savedra (2003), Oliveira (2003), Calvet (2007), Pagotto (2007) e outros teóricos que reconhecem a necessidade de reflexões mais pontuais que atendam também às peculiaridades regionais. Abordam-se também, neste texto, alguns avanços já constatados em relação às faixas de fronteira, especialmente no Mato Grosso do Sul. Percebeu-se, durante a pesquisa de campo, que, em virtude da falta de políticas linguísticas adequadas a contextos sociolinguisticamente complexos, alunos e professores convivem em situações de conflitos étnicos, linguísticos e culturais, o que pode comprometer o rendimento do ensino/aprendizagem.

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Este artigo tem como objetivo apresentar as percepções das crianças sobre a escola e o bairro onde vivem, às margens do rio Paraná, em Foz do Iguaçu. Embora esse contexto dê lugar a formas de vida singulares para todos os moradores fronteiriços dos três países, nosso interesse nas crianças de quinto ano do ensino fundamental, do lado brasileiro, concentra-se nas percepções sobre o espaço onde residem, caracterizado por concentrar diversas atividades de transporte de mercadorias vindas do Paraguai. A criança, compreendida por meio das contribuições teóricas da antropologia da criança e da infância, é vista como atuante e também produtora de cultura. Os dados foram obtidos por meio da pesquisa etnográfica e técnicas próprias da psicologia como histórias de vida e desenhos. Uma das percepções evidenciadas é que ser criança no bairro é viver sob olhares de suspeita e experimentar sentimentos ambíguos, quando se referem ao trabalho dos adultos, mas também experimentar sentimentos de cuidado e a proteção desses adultos para com eles.

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O presente artigo versa sobre as atitudes de quarenta e dois alunos em relação à aprendizagem da língua inglesa. Para tanto, são delineados fatores que estão intimamente relacionados às atitudes, tais como orientação, motivação, desmotivação, ideologia e resistência. Este trabalho, desenvolvido à luz da linguística aplicada, tem caráter interdisciplinar, e por isso está ancorado nas concepções sobre o tema, encontradas na psicologia social. Os dados apresentados aqui foram obtidos através de uma pesquisa etnográfica sobre atitudes, desenvolvida em duas escolas públicas, na região do Recôncavo Baiano por Anjos (2013). Foram utilizados três instrumentos de geração de dados: um questionário, uma entrevista e observação de aulas. Os resultados apontaram alto grau de atitudes positivas para aprender inglês e de orientação instrumental. Entretanto, alguns estudantes pesquisados sinalizaram atitudes negativas. Os resultados são discutidos na parte final do artigo com a apresentação de dados qualitativos e quantitativos.

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Embora nos últimos anos tenham-se ampliado as pesquisas e publicações que rompem com a visão do Brasil como um país monolíngue, é fato inegável que, no contexto escolar, ainda persiste fortemente esse mito, mesmo em contextos de fronteira em que a ‘superdiversidade’ (VERTOVEC, 2007) salta aos olhos. A Linguística Aplicada, em sua vertente indisciplinar e transcultural (MOITA LOPES, 2006, 2013; CAVALCANTI, 2013; SIGNORINI, 2013, entre outros), no âmbito das novas epistemologias que propiciam a apreensão de fenômenos ou eventos compartilhados em que todos são participantes, abre espaço para a discussão e/ou a solução de problemas relacionados a práticas de linguagem situadas. É sob esse enfoque que, nesse artigo, problematizamos o letramento escolarizado frente às práticas “multiletradas” (SOUZA, 2011; ROJO, 2012), como forma de legitimação dos saberes locais e da superdiversidade, no contexto escolar da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina. Para tanto, apresentamos exemplos provenientes de uma pesquisa etnográfica, focando em um evento na sala de aula de Língua Portuguesa em que professora e alunos/as trabalham colaborativamente na construção de uma peça teatral. Os resultados mostram como a negociação entre os saberes escolares institucionalizados e os saberes locais da vida vivida permitem que os alunos tornem-se protagonistas da própria história e mostram ainda como as práticas multiletradas fazem parte das suas práticas sociais.

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Este artigo propõe  apresentar uma reflexão sobre o Projeto de Iniciação Científica vinculado ao Departamento de Letras da UFOP, realizado no ano de 2016, que objetivou investigar o ensino da Língua Portuguesa (LP) como segunda língua, a partir do uso da Língua de Sinais (LS) como base comunicativa, em uma escola da Rede Municipal de Ensino da cidade de Mariana-MG, que possuía 2 (dois) alunos surdos incluídos nas séries iniciais do ensino fundamental. Assim, foi determinante ao projeto que todo o processo de ensino-aprendizagem da LP para surdos fosse realizado, inicialmente, com o ensino da LS e, a partir daí, construíssem possibilidades quanto ao uso da LP escrita. Intencionou-se um trabalho diferenciado ao propor sua realização em sala de aula e com a participação de crianças surdas. O ensino-aprendizagem se desenvolveu apoiado sobre a Libras e sem a intermediação do intérprete. A metodologia adotada foi de cunho etnográfico, nesse sentido, buscou-se  triangular os dados, o método e a teoria.  Acompanhando o processo dinâmico que envolveu a abordagem, concluiu-se que o constante apoio de recursos visuais são ferramentas fundamentais que irão conferir  embasamento ao processo de desenvolvimento de aquisição da LS e, consequentemente, o despertar da consciência para compreender e assimilar os processos de aquisição da LP, de tal  forma a contribuir para um aprendizado significativo.