3 resultados para Sujeito
em Línguas
Resumo:
O enfoque deste trabalho literário é o de analisar a construção e o desempenho do sujeito diaspórico, dentro do contexto pós-colonial. Os eventos disponíveis na história “Uma Herança”, de V.S. Naipaul, apresentados em duas narrativas, trazem visões distintas e que se opõem, a do narrador e a da professora, resultantes do processo imperialista, especificamente em Trinidad e Tobago, no Caribe. A análise mostra que Leonard Side, um indiano, consegue sobreviver e impor seu discurso em uma sociedade dividida: uma que o marginaliza como homem de pele escura e de cultura inferior àquela dominante; outra que o valoriza. O hibridismo observado a partir do comportamento dessa personagem realiza-se em uma busca diária e constante de significados, visto como abertura para outras culturas e para outros valores. Conclui-se, que apesar da destruição e dos resultados negativos, como o rompimento de culturas, de religiões, de etnias, o colonialismo produziu, através das diásporas, relacionamentos humanos e culturais de horizontes diferenciados para a humanidade.
Resumo:
RESUMO: Sabemos que, por força do esforço de convencimento, o orador é capaz de projetar, ao produzir seu discurso, uma imagem de si que pode diferir de sua imagem enquanto sujeito empírico. É com base nessa perspectiva que nos propomos a analisar a construção da imagem, ou seja, o ethos, do sujeito enunciador em textos da modalidade do cotidiano, mais especificamente em letras de canções do renomado sambista Cartola. A representação dessa imagem se dá através das escolhas lingüísticas que o enunciador faz no ato de construção de seu discurso, lugar de engendramento do ethos. No caso da canção popular, o compositor, com simplicidade, procura agradar não só o gosto popular indiferenciado, mas, muitas vezes, igualmente ao interlocutor mais letrado e mais culto. As letras de Cartola, músico muito elogiado e admirado pela maioria dos sambistas, falam de amor sem serem vulgares, revelando fugir ao lugar comum. Considerando a preferência temática recorrente em suas composições, pode-se caracterizar seu samba como pertencente à formação discursiva da chamada “dor de cotovelo”. Assim, pretendemos averiguar em quais estereótipos, enunciados que apontem para uma determinada formação discursiva, está ancorado o ethos discursivo desse enunciador.
Resumo:
Neste estudo buscamos refletir sobre as necessidades educacionais que o sujeito que se constitui na e pela Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) possui e como o Estado, enquanto responsável pela educação desse sujeito, se coloca frente a essa questão. Para tanto, partiremos do discurso presente na Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e do capítulo IV do Decreto nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, que disserta sobre o uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação. A fundamentação teórica tomada por base neste artigo é da Análise de Discurso de Linha Francesa (AD) originada por Pêcheux na França e estruturada no Brasil pelo grupo da professora Eni Orlandi. A AD concebe a língua funcionando para a produção de sentidos. Além disso, também nos embasarão, bibliografias referentes à Politica de Língua e a História das Ideias Linguísticas (HIL).