3 resultados para Reforma do ensino - Brasil - História

em Línguas


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Historicamente, o espanhol sempre esteve à margem das políticas de ensino de línguas no Brasil. Entretanto, nos últimos quatorze anos, vivenciamos dois processos que mudaram os rumos do ensino de línguas, a oficialização e a desoficialização do ensino do espanhol na educação básica. Dessa forma, nosso objetivo é discutir a(s) política(s) linguística(s) que levaram à oficialização e desoficialização do ensino do espanhol, bem como compreender, a exemplo do Amapá, como se deu a implementação do ensino desta língua nas escolas da rede pública. Para tanto, valemo-nos de discussões teóricas de autores como Paraquett (2014, 2009), Rajagopalan (2016, 2014) e Lagares (2013). Assim, a partir dos dados que dispomos, é possível observar que a a falta de clareza da regulamentação estadual refletiu em uma dúbia interpretação pelas escolas da rede pública, o que possibilitou que o ensino do espanhol fosse utilizado inclusive para preenchimento de lacunas de horários. Além disso, cumprimento das políticas linguísticas está acima da preocupação com o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a formação de professores também deveria fazer parte planejamento linguístico.

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Este artigo tem como propósito discorrer sobre o ensino de espanhol na escola brasileira e, ao mesmo tempo, sobre a formação de professores dessa língua, tomando as últimas décadas como referência. Escolhemos como ponto de partida o momento em que cada um de nós ingressou como aluna/aluno na licenciatura em espanhol (décadas de 1980/90). O eixo ou fio condutor do percurso reflexivo realizado é a nossa própria história como alunos, professores, formadores e pesquisadores, pois acreditamos nessa estratégia como forma de mostrar que, se o presente nos leva ao pessimismo, temos algo concreto para nos sustentar e estimular: tudo o que já foi feito até aqui, o caminho que ajudamos a construir ao andar. Se olharmos para o futuro, influenciados pela Reforma do Ensino Médio, pela Base Nacional Comum Curricular e, principalmente, pelo cenário político que vem se configurando nos últimos tempos e pela indefinição de um projeto educacional para o país, podemos considerar as perspectivas nebulosas, sem um horizonte à vista.  Assim, rever o caminho trilhado até aqui pode nos ajudar a adotar outro ponto de vista, já que o espanhol no contexto educacional brasileiro nunca navegou em águas mansas, mas sempre seguiu em frente. Além disso, devemos considerar que, neste momento, mais do que pensar em casos específicos, como é o do ensino da língua espanhola, devemos considerar que a história se constitui de avanços e retrocessos. Portanto, olhar o passado permite ter uma dimensão mais clara do que representa o contexto atual e, ao mesmo tempo, vislumbrar alguns rumos a seguir.

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No presente artigo apresento resultados iniciais da pesquisa A imagem da polícia na literatura brasileira, na qual identifico e examino as imagens desta instituição elaboradas por escritores brasileiros em três momentos da história: os primeiros anos da república brasileira (1889-1910), a Era Vargas (1935-1945) e os anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira chegando até a abertura política (1969-1985). As imagens que compõem a primeira fase da pesquisa foram extraídas de obras de Machadode Assis, Aluízio de Azevedo, Lima Barreto e Jõao do Rio e foram publicadas nos anos em que tanto havia uma reforma política no Brasil (a passagem do sistema monárquico para o republicano), quanto estava em curso uma tentativa de reforma da instituição policial, tendo em vista a inserção de aspectos ditos mais científicos de investigação e de punição. O levantamento e a análise dos textos permite aquilatar as críticas feitas pelos escritores da época ao literaturizarem uma instituição problemática porque era eivada de preconceitos, atrasos e resistente a inovações. Além disso, aspectos ainda hoje presentes na crítica à polícia, tais como a violência desproporcional e a corrupção, comparecem na literatura produzida no período e possibilitam uma compreensão mais ampla da realidade policial desde o ponto de vista da arte literária.