3 resultados para Poema de Pentaur

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Este artigo apresenta uma leitura do poema “Morfologia do soberano”, de Zuca Sardan, com base na análise de seus recursos humorísticos, cujo emprego pode ser interpretado como estratégia para aumentar a comunicabilidade e chamar a atenção do leitor. Em primeiro lugar, desenvolvo um breve panorama da longa discussão sobre os múltiplos sentidos atribuídos ao termo humor, desde sua antiga acepção fisiológica (atrelada à doutrina dos chamados quatro humores corporais), passando pelos conceitos modernos de engenho (humor deliberadamente cultivado) e wit, até chegar à noção de humor estético. Como forma particular de representação literária, enfoco a idéia de que o humor caracteriza-se por elaborações discursivas variadas que empregam determinados procedimentos lingüísticos, no intuito de construir visões de mundo notadamente marcadas pela crítica e pela dessacralização. No caso do poema de Sardan, procuro também ressaltar como esse estrato ideológico associado ao humor vincula-se, num sentido mais amplo, ao questionamento de formas tradicionais do fazer poético brasileiro, tal como foi empreendido pela poesia marginal no contexto da década de 70.

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This paper, linked to the Research Project “Linguistic Analysis Contextualized to Practices of Reading and Production of Texts” (UEL), seeks to disseminate a proposal of approaching the speech genre poem, in terms of scientific domain, in the light of bakhtinian concepts, involving vision of ideological sign, aesthetic communication, and speech genres and its dimensions: theme content – object of sense, evaluatively built; compositional structure – elements of structure and meaning; and style – manifestation of linguistic and expressive resources relatively stable of a genre, among others, mobilized by the enunciator (linguistic and enunciation marks). It considers all characteristics are indissolubly related to the context of production. Such a context stabilizes the use of the genre and holds it collectively as long as necessary, ie, society and discourse are organized in genres that, ultimately, are the realization of the living and can be materialized. More specifically, the paper analyzes, in the aspects above mentioned, the poema “O menino que carregava água na peneira”, by Manoel de Barros, in which the author-creator of the poem brings a very particular universe which marks the literary work: childhood, in a kind of craft with the word-image. The poet feels the child’s universe pulsing in his bowels and represents it. In this sense, the study discusses, in pedagogical field, the spread of such a speech genre. It evaluates, as a result, the getting through of the poem in the school  sphere – mainly via textbook. Finally, it points to the possibility of a new attitude regarding the teaching-learning process of the genre.

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Este artigo analisa os procedimentos desconstrutores efetuadosna linguagem, evidenciados no poema-livro Galáxias (1984), de Haroldo de Campos, em que a concepção de escritura é estabelecida como “jogo”. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico as formulações de Gilles Deleuze, sobretudo o seu conceito de instância paradoxal, e as reflexões de Jacques Derrida, especialmente as formulações que deslocam a concepção de unicidade do sentido. Conclui-se que a textualidade de Galáxias realiza incessantes desterritorializações no campo da sintaxe, do léxico, da lógica e da semântica. No entanto, os procedimentos executados na materialidade da linguagem nesse longo poema variam significativamente entre seus diferentes fragmentos, alcançando inusitados efeitos de desestabilização do código estabelecido. Enfim, constata-se que o livro-viagem (ou a viagem como livro) de Haroldo de Campos trouxe uma contribuição significativa à poesia brasileira do século XX, sobretudo no que diz respeito aos textos de inovação ou às escrituras denominadas “desconstrutoras”.