NOTAS DE "DESCONSTRUÇÃO" NO POEMA GALÁXIAS, DE HAROLDO DE CAMPOS


Autoria(s): Guimarães, Rodrigo
Data(s)

01/01/2000

Resumo

Este artigo analisa os procedimentos desconstrutores efetuadosna linguagem, evidenciados no poema-livro Galáxias (1984), de Haroldo de Campos, em que a concepção de escritura é estabelecida como “jogo”. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico as formulações de Gilles Deleuze, sobretudo o seu conceito de instância paradoxal, e as reflexões de Jacques Derrida, especialmente as formulações que deslocam a concepção de unicidade do sentido. Conclui-se que a textualidade de Galáxias realiza incessantes desterritorializações no campo da sintaxe, do léxico, da lógica e da semântica. No entanto, os procedimentos executados na materialidade da linguagem nesse longo poema variam significativamente entre seus diferentes fragmentos, alcançando inusitados efeitos de desestabilização do código estabelecido. Enfim, constata-se que o livro-viagem (ou a viagem como livro) de Haroldo de Campos trouxe uma contribuição significativa à poesia brasileira do século XX, sobretudo no que diz respeito aos textos de inovação ou às escrituras denominadas “desconstrutoras”.

Formato

application/pdf

Identificador

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/2072

10.5935/rl&l.v9i17.2072

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Relação

https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/2072/1643

Fonte

Línguas & Letras; v. 9 n. 17 (2008); p. 175-186

1981-4755

1517-7238

Palavras-Chave #Literatura Contemporânea #Haroldo de Campos #Gilles Deleuze
Tipo

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