2 resultados para Pedro, I, Emperador de Rusia, 1672-1725.

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This work aims to bring near the contemporary historical novels O feitiço da ilha do Pavão (1997), by João Ubaldo Ribeiro, e O Chalaça (1994), by José Roberto Torero, analyzing the crossing of references where both novels meet. These novels share a zone of mythical-literary appropriation, where they read the Hispanic myths of Don Juan and picaro. Torero’s novel rewrites situations from the Brazilian First Empire and it’s built by changing the perspective to Francisco Gomes da Silva, the “Chalaça”, friend and personal secretary of the emperor D. Peter I. In this way, the novel establishes an intertextual relationship with the traditional picaresque novel, recalling some structural motifs and textual organization that make a parody of the picaro autobiographical account. Ubaldo Ribeiro’s novel retrieves the Brazilian Colonial period, executing a concentration of that society and its time conflicts by parody, following by the tensions between the protagonist group (an its ideal of freedom and equality) and social institutions, such as the Church and Estate, symbols of domination and oppression. Don Juan appears in the novel through the aim of freedom and opposition to the established norms that is observed in the island. From this reading, we’ll try to work on specific dialogue points between both myths that can be noticed in the novels as well relating them to the romantic esthetic: the vengeance and the trip. Our study is based on the notion of the myth as a structuring principle of the narrative, according to Frye (1973, p. 333), and the comprehension of the text as heterogeneous, arranged as a mosaic of citations (KRISTEVA, 1974, p. 64).

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Por meio da composição do novo romance Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça (1994), de José Roberto Torero, apresenta-se a vida de Francisco Gomes da Silva que, enquanto narrador de sua própria história, expõe sua participação em grandes momentos da história do Brasil. Esta retomada do passado dá-se sob a visão de quem exercia o posto de secretário pessoal de D. Pedro I. Subordinado a este ponto de vista interno aos eventos históricos, a imagem deste que se tornaria Imperador do Brasil é configurada por meio da utilização dos recursos bakhtinianos da paródia e da carnavalização. A visão intradiegética é possível devido à proximidade entre Francisco Gomes e o príncipe. Tal empresa é romanescamente motivada pelo anseio de desconstruir as imagens cristalizadas e tradicionalmente conhecidas da realeza e de eventos como, por exemplo, a proclamação da independência (1822); é a releitura crítica da história que o novo romance histórico propõe, e que no romance de Torero se mescla às premissas da picaresca espanhola, sendo Francisco Gomes da Silva o exemplo de pícaro que anseia pela ascensão social e cuja vida e história sempre ficam a margem. O Chalaça é uma personagem que realmente existiu, mas que a história oficial não fez questão de lembrar, já que ele não conduzia o imperador às ditas ações edificantes, mas sim, à picardias e aventuras extra-conjugais. Assim, objetivamos analisar a construção discursiva de D. Pedro I sob um novo foco, que aponta para a Literatura como leitora privilegiada dos signos da história.