In-betweeness of readings: O feitiço da ilha do Pavão (1997) e O Chalaça (1994)
Data(s) |
20/02/2013
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Resumo |
This work aims to bring near the contemporary historical novels O feitiço da ilha do Pavão (1997), by João Ubaldo Ribeiro, e O Chalaça (1994), by José Roberto Torero, analyzing the crossing of references where both novels meet. These novels share a zone of mythical-literary appropriation, where they read the Hispanic myths of Don Juan and picaro. Torero’s novel rewrites situations from the Brazilian First Empire and it’s built by changing the perspective to Francisco Gomes da Silva, the “Chalaça”, friend and personal secretary of the emperor D. Peter I. In this way, the novel establishes an intertextual relationship with the traditional picaresque novel, recalling some structural motifs and textual organization that make a parody of the picaro autobiographical account. Ubaldo Ribeiro’s novel retrieves the Brazilian Colonial period, executing a concentration of that society and its time conflicts by parody, following by the tensions between the protagonist group (an its ideal of freedom and equality) and social institutions, such as the Church and Estate, symbols of domination and oppression. Don Juan appears in the novel through the aim of freedom and opposition to the established norms that is observed in the island. From this reading, we’ll try to work on specific dialogue points between both myths that can be noticed in the novels as well relating them to the romantic esthetic: the vengeance and the trip. Our study is based on the notion of the myth as a structuring principle of the narrative, according to Frye (1973, p. 333), and the comprehension of the text as heterogeneous, arranged as a mosaic of citations (KRISTEVA, 1974, p. 64). Esse trabalho busca aproximar os romances históricos contemporâneos O feitiço da ilha do Pavão (1997), de João Ubaldo Ribeiro, e O Chalaça (1994), de José Roberto Torero, analisando o entrecruzamento de referências em que os dois romances se encontram. Os romances compartilham de um espaço de apropriação mítico-literária, pelo qual leem os mitos hispânicos de Dom Juan e do Pícaro. O romance de Torero reescreve situações do Primeiro Império brasileiro e se constrói deslocando a perspectiva para Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, amigo e secretário particular de D. Pedro I. Para tal, a obra estabelece uma relação intertextual com o romance picaresco tradicional, engendrando uma série de motivos estruturais e organização textual que parodiam o relato autobiográfico do pícaro.A obra de João Ubaldo Ribeiro, por sua vez, resgata o período colonial brasileiro, efetuando uma concentração paródica da sociedade e conflitos da época, guiando-se pelas tensões entre o grupo principal de personagens (e seus ideais de liberdade e igualdade) e as instituições oficiais, como a igreja e o Estado, símbolos de dominação e opressão. Dom Juan surge na obra pelo desejo de liberdade e oposição às normas estabelecidas que se observa na ilha. Dessa leitura, buscaremos, então, pontos específicos de diálogo entre os mitos que ecoam nos romances e permitem relacioná-los com a estética romântica: a vingança e a viagem. Nosso estudo se baseia, então, da noção de mito como princípio estruturador da narrativa, segundo Frye (1973, p.333), e parte da compreensão de texto como heterogêneo, configurado como um mosaico de citações (KRISTEVA, 1974, p. 64). |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/7128 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/7128/5693 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 13 n. 25 (2012) 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #O feitiço da ilha do Pavão (1997) #O Chalaça (1994) #mitos hispânicos. |
Tipo |
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