2 resultados para PERSPECTIVISMO

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This paper aims to investigate the possible relationship between the polyhedral poetic of Murilo Mendes in Poliedro (1972) and the theory of Amerindian Perspectivism of Viveiros de Castro (1996) and Lima (1996). It is proposed to analyze the figurations of non-humans beings in Poliedro in order to demonstrate its uniqueness, indicating a possible underlying cosmopolitics to the murilian poetics. The approach made between the mentioned works points to an interspacing area, which is an intermundane cosmopolitan sphere, whose basic relational principle is a radical acknowledging of the possible alterities. In this sense, the considerations on murilian poetics are tied in the Cosmopolitical Proposal of Isabelle Stengers (2007), suggesting a reconfiguration of the relationships between antropology and fiction. From these considerations, it is advanced, finally, certain questions on the relationship between anthropology and fiction, which imply perhaps seeing poetics, fiction, not as we accounted drifting of ourselves, but as an invitation a spread transindividual and not inter-subjective metamorphosis and alteration process, intra-differentiated and non identitary.

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Em suas manifestações iniciais, a literatura na América Latina desempenhou um papel determinante no processo colonizador, funcionando muitas vezes como expressão dos padrões culturais do colonizador. Conforme desenvolveu-se, entretanto, a produção literária latino-americana possibilitou uma resistência às tendências colonizadoras, promovendo o resgate e revalorização de elementos característicos das tradições culturais nativas do continente americano. Esse papel de resistência foi amplamente estudado pelo crítico uruguaio Ángel Rama, sobretudo em seus escritos sobre a transculturação narrativa, conceito formulado a partir das contribuições do antropólogo cubano Fernando Ortiz. Rama mostrou-se particularmente interessado pelo modo como alguns escritores latino-americanos rearticularam no âmbito ficcional os aspectos próprios das tradições populares das regiões rurais da América Latina, criando a partir da fala dos habitantes do interior uma linguagem literária mais apropriada para expressar a visão de mundo engendrada por esses elementos culturais. Um dos autores estudados por Rama é Guimarães Rosa. De fato, os pontos centrais da proposta poética do escritor mineiro vão ao encontro do conceito de transculturação desenvolvido pelo crítico uruguaio. Nesse sentido, a proposta deste artigo é analisar o conto “Meu tio o iauaretê” (1961) para explicitar os procedimentos de transculturação narrativa empregados por Guimarães Rosa. O objetivo é explorar a partir da obra rosiana o papel de resistência cultural desempenhado pela literatura latino-americana, mostrando como o conto contribui para uma reafirmação e valorização de elementos próprios da cultura indígena frente a problemática da colonização.