PERSPECTIVISM AND COSMOPOLITICS IN POLIEDRO BY MURILO MENDES
Contribuinte(s) |
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. |
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Data(s) |
14/12/2015
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Resumo |
This paper aims to investigate the possible relationship between the polyhedral poetic of Murilo Mendes in Poliedro (1972) and the theory of Amerindian Perspectivism of Viveiros de Castro (1996) and Lima (1996). It is proposed to analyze the figurations of non-humans beings in Poliedro in order to demonstrate its uniqueness, indicating a possible underlying cosmopolitics to the murilian poetics. The approach made between the mentioned works points to an interspacing area, which is an intermundane cosmopolitan sphere, whose basic relational principle is a radical acknowledging of the possible alterities. In this sense, the considerations on murilian poetics are tied in the Cosmopolitical Proposal of Isabelle Stengers (2007), suggesting a reconfiguration of the relationships between antropology and fiction. From these considerations, it is advanced, finally, certain questions on the relationship between anthropology and fiction, which imply perhaps seeing poetics, fiction, not as we accounted drifting of ourselves, but as an invitation a spread transindividual and not inter-subjective metamorphosis and alteration process, intra-differentiated and non identitary. O presente trabalho visa investigar as relações possíveis entre a poética poliédrica de Murilo Mendes em Poliedro (1972) e a teoria do Perspectivismo Ameríndio de Viveiros de Castro (1996) e Lima (1996). Propõe-se analisar as figurações de seres não-humanos em Poliedro, a fim de demonstrar sua singularidade, apontando indicações de uma possível cosmopolítica subjacente à poética muriliana. A aproximação feita entre as obras referidas aponta para a existência de um espaço intercalar, qual seja, uma esfera cosmopolítica intermundana, cujo princípio relacional elementar é o reconhecimento radical das alteridades possíveis. Nesse sentido, ligam-se as considerações feitas sobre a poética muriliana à proposta cosmopolítica de Isabelle Stengers (2007), apontando para uma reformulação das relações entre antropologia e ficção. A partir de tais considerações, avançam-se, finalmente, certas questões sobre as relações entre antropologia e ficção que impliquem, talvez, em ver a poética, a ficção, não como a deriva contabilizada de nós em torno de nós mesmos, mas como convite a um processo disseminado de metamorfose e alteração transindividual e não intersubjetivo, intra-diferenciado e não identitário. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/12448 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual do Oeste do Paraná |
Relação |
https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/12448/9207 |
Fonte |
Línguas & Letras; v. 16 n. 33 (2015) 1981-4755 1517-7238 |
Palavras-Chave | #Poliedro. Perspectivismo Ameríndio. Cosmopolítica. #Poliedro. Perspectivismo Ameríndio. Cosmopolítica. |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |