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Resumo:
This article aims to undertake a discursive analysis of the label and advertising material of three beers sold in Brazil: the Cafuza beer, the Mulata beer and Devassa Negra beer. Starting from the regularity that binds and weaves the statements in question - the reference to the African-Brazilian woman - the objective is to present an analysis that considers the semiotic nature of these statements, and bring out their enunciation margins and its historical dimension. The purpose is to analyze the discursive thread that provides conditions of emergence, providing visibility to the scenario of enslavement still perdurable here as historical a priori, in a game of memories that echo through time. What we will see is the body of the black woman (also mulatto and black-indian woman) caught by a discourse that comes from the image of the female sexual slavery and reaches today its exacerbation, especially if we think of the (con)fusion established between the brand names of those beers and the women printed on their labels: products to be consumed? As a theoretical and methodological framework, this article will have as a starting point the discussions made within the French Discourse Analysis in the course of the 1980s. We will bring forward a discussion, although in general, on how emerges, in that decade, the concerns about a semiotic materiality of discourse, beyond the linguistic materiality. Anchored by this panorama, our goal is to work out new perspectives through its analytical application. It is the attempt to take the statement considering the different languages that comprise it, as well as to provide it with the historical density intrinsic to it, making it appear, in the light of the day, what was not visible immediately.
Resumo:
This paper aims to discuss some points on the concept of discursive formation’s formulation and application. I elaborate my point by putting in relation three French texts equally stated in Brazilian soil. Jean-Jacques Courtine, Jacques Guilhaumou and Dominique Maingueneau separately wrote each one of these three texts. Moreover, I have not randomly chosen their names: they are three authors who constitute concepts across theoretical formulations of Discourse Analysis in France, and, because of that, they are often cited in order to keep this area of knowledge in Brazil. So that my argument is justified by the need of analyzing, throughout the meeting of those three statements, an attempt to define the current status of the concept of discursive formation to the historical a priori for the Discourse Analysis’ discourse in Brazil. In order to be guaranteed of some theoretical approach, I turn my attention to the famous conference by Michel Foucault (1971), L’ordre du discours, in which he exposes four principles to examine the statement’s function of existence: specificity, inversion, discontinuity, and exteriority. Underlining the principle of specificity of a statement through the series of statements, I aim to demonstrate that a concept’s circulation does not depend on an ontological truth, or on a founding text, or on the specificity of a father; it is determined by the will to truth, which offers historical conditions to the underlying discursive practices.
Resumo:
Discutem-se neste artigo as ocorrências do verbo tomar como verbo-suporte no português arcaico, tomando como corpus de análise o Orto do Esposo, texto religioso pertencente ao fim do século XIV ou começo do século XV. Objetiva-se investigar se, já na fase arcaica da língua portuguesa, essas construções apresentavam características semelhantes àquelas identificadas em textos contemporâneos. As construções aqui eleitas para análise se restringem àquelas que apresentam, no texto, verbos plenos correspondentes à estrutura tomar + SN (sintagma nominal). Excluímos, portanto, construções com predicados nominais autônomos ou nomes autônomos.
Resumo:
O presente trabalho aborda uma reflexão sobre como a Linguística Aplicada tem encaminhado suas pesquisas nos últimos anos e em que tem se debruçado para continuar a sua trajetória e conseguir alcançar e firmar o status que almeja enquanto produtora de conhecimento científico. O artigo destaca os aspectos mais relevantes da Linguística Aplicada, principalmente no Brasil, procurando mostrar o que os maiores nomes da área têm defendido, em que concordam e discordam, como têm direcionado a questão das inovações temáticas e epistemológicas e como as pesquisas atuais colaboram com os estudos linguísticos em geral. O entendimento desse estudo é de que a Linguística Aplicada no Brasil tem conseguido produzir substanciosa teoria proveniente de estudos da linguagem enquanto prática social, articulando pesquisas feitas de maneira transdisciplinar e insistindo na importância de voltar o olhar para os problemas localizados nas margens da modernidade recente. Fica claro, nesta observação, que apesar dos incontáveis desafios para essa área de estudo conquistar o espaço merecido entre outras áreas de prestígio, a Linguística Aplicada tem conseguido mostrar que fazer ciência no contexto atual requer olhares dispostos a abandonar crenças inarredáveis nos conhecimentos disciplinares tradicionais, promovendo pesquisas mais alinhadas com os problemas reais que emergem da superdiversidade da modernidade recente.http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20170021
Resumo:
RESUMO: Este texto é resultado de uma pesquisa acerca dos gêneros escritos da história e da literatura. Ele aparece no contexto do debate sobre as relações que mantêm os dois domínios discursivos, afirmando-se já de início que história e literatura são dois domínios discursivos e que os gêneros que emergem desses domínios adquirem formas diferentes tanto pelo conteúdo que fazem circular enquanto ideologia, quanto pela pressão arquétipa de constituição instrumental: o gênero. Teoricamente, este trabalho se sustenta em dois dos nomes mais influentes no campo da rediscussão sobre a escrita da história: Peter Burke e Michel De Certeau. O primeiro retoma autores que defendem a escrita da história mais próxima do gênero literário e o outro apresenta uma tese sobre o trabalho dos autores de textos historiográficos.
Resumo:
O artigo apresenta alguns aspectos comuns entre a obra do escritor brasileiro Erico Verissimo e a do escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido como Pepetela, que, apesar de viverem em épocas e contextos históricos e geográficos diferentes, apresentam uma grande afinidade literária entre algumas de suas obras. Dentre essas obras que possuem elementos convergentes destacamos O tempo e o vento, trilogia formada pelos romances O continente (1949), O retrato (1951) e O arquipélago (1962), de Erico, e Yaka (1984), de Pepetela. Ambos se assemelham por serem romances planejados por seus autores com um fim específico (em O tempo e o vento, a busca da identidade rio-grandense e a formação do estado do Rio Grande do Sul, e em Yaka, a formação da nação angolana e a construção da identidade nacional); por visarem à construção da identidade angolana e rio-grandense com base no contato de diferentes grupos sociais e raciais e por isso apostam na mestiçagem seja cultural ou biológica; por serem narrativas permeadas por guerras e revoltas sangrentas pela posse territorial; por apresentarem uma desconstrução de estereótipos criados pelo discurso oficial; e por ambos utilizarem recursos simbólicos e alegóricos de forma muito significativa, a começar pelos próprios títulos dos romances, passando por nomes de capítulos e de alguns outros elementos significativos em comum: terra, árvore, punhal e casarões coloniais. O texto aborda, principalmente, o processo de criação das duas obras, enfatizando as motivações que levaram Erico Verissimo e Pepetela a escrevê-las.
Resumo:
O que ocorre quando crianças de 8 anos são solicitadas a reescrever, em provas escolares, textos-fonte previamente lidos por sua professora? Analisando 116 textos escritos por 30 estudantes de terceiro ano do Ensino Fundamental em escola pública paulista, o estudo procurou investigar: 1) As operações de escrita utilizadas pelos participantes; e 2) A possibilidade de encontrar criação em textos cuja proposta inicial era a de reprodução parafrástica. Partiu-se de uma concepção de linguagem que a vê tanto como um trabalho linguístico, um elemento ontológico fundador do ser humano (ROSSI-LANDI, 1985) quanto salienta seu caráter voltado para à variação e para a criatividade (BENVENISTE, 1991). Concluiu-se que, mesmo em exercícios escolares nos quais aparentemente existe pouco espaço para a inventividade, o exercício da escrita autoral pode irromper, pois as brechas de incompreensão e/ou equívoco que os textos apresentam para as crianças abrem oportunidades para o surgimento da subjetividade. Palavras-chave: escrita; reformulação parafrástica; autoria.